Fórum Defesa Brasil

Clermont escreveu:

Meu deus, Clermont.

Ter um carro, um Azera (que um usado custa uns 30 mil), agora é riqueza? Riqueza segundo o dicionário é quem tem fortuna, abundância de bens. Quando se fala em riqueza estão falando dos milionários, bilionários etc que concentram a renda. Sobretudo se falarmos de Brasil, um país que tem um dos piores coeficientes de Gini do continente, onde o IBGE revelou semana passada que os 1% mais ricos da população ganham 36 vezes a renda média da metade mais pobre (Valor Econômico). A "explicação" dela não tá toda errada, até porque um dos objetivos do socialismo, diria que de todo espectro da esquerda em geral é a diminuição das desigualdades (coisa que a direita considera natural - essa é a grande diferença entre esquerda e direita e não esse debate difuso sobre mais ou menos Estado). Karl Marx jamais disse que alguém deva fazer "voto de pobreza". Se alguém disse isso algum dia, o mais provável é que tenha sido Jesus Cristo. Uma pessoa que trabalha, sobretudo um professor, uma das classes mais desvalorizadas do país, para pagar as contas no final do mês é tudo menos alguém "com riqueza". Não dá pra botar na mesma balança uma professora de história e o Jorge Paulo Lemann ou o José Safra.

Bolovo escreveu:

Clermont escreveu:

Meu deus, Clermont.

Ter um carro, um Azera (que um usado custa uns 30 mil), agora é riqueza? Riqueza segundo o dicionário é quem tem fortuna, abundância de bens. Quando se fala em riqueza estão falando dos milionários, bilionários etc que concentram a renda. Sobretudo se falarmos de Brasil, um país que tem um dos piores coeficientes de Gini do continente, onde o IBGE revelou semana passada que os 1% mais ricos da população ganham 36 vezes a renda média da metade mais pobre (Valor Econômico). A "explicação" dela não tá toda errada, até porque um dos objetivos do socialismo, diria que de todo espectro da esquerda em geral é a diminuição das desigualdades (coisa que a direita considera natural - essa é a grande diferença entre esquerda e direita e não esse debate difuso sobre mais ou menos Estado). Karl Marx jamais disse que alguém deva fazer "voto de pobreza". Se alguém disse isso algum dia, o mais provável é que tenha sido Jesus Cristo. Uma pessoa que trabalha, sobretudo um professor, uma das classes mais desvalorizadas do país, para pagar as contas no final do mês é tudo menos alguém "com riqueza". Não dá pra botar na mesma balança uma professora de história e o Jorge Paulo Lemann ou o José Safra.

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Aqui no Brasil com certeza ter um Azera é sinal de riqueza. Ainda mais que um Azera usado por 30 mil tá caindo aos pedaços.

O dever de um professor é instruir seus alunos.

Não é converter ateus em católicos, em evangélicos ou em muçulmanos.

Não é converter evolucionistas em criacionistas; globalistas em terraplanistas.

E também não é recrutar adolescentes para partidos socialistas, seja o PT, o PC do B, a REDE ou o PSOL.

Clermont escreveu:O dever de um professor é instruir seus alunos.

Não é converter ateus em católicos, em evangélicos ou em muçulmanos.

Não é converter evolucionistas em criacionistas; globalistas em terraplanistas.

E também não é recrutar adolescentes para partidos socialistas, seja o PT, o PC do B, a REDE ou o PSOL.

Concordo plenamente, qualquer forma de doutrinação política no ensino deve ser razão pra abertura de processo disciplinar administrativo e expulsão do professor do ensino público.

Viktor Reznov escreveu:

Clermont escreveu:O dever de um professor é instruir seus alunos.

Não é converter ateus em católicos, em evangélicos ou em muçulmanos.

Não é converter evolucionistas em criacionistas; globalistas em terraplanistas.

E também não é recrutar adolescentes para partidos socialistas, seja o PT, o PC do B, a REDE ou o PSOL.

Concordo plenamente, qualquer forma de doutrinação política no ensino deve ser razão pra abertura de processo disciplinar administrativo e expulsão do professor do ensino público.

Isso é um grande disparate. Não existe "conhecimento neutro". Qualquer forma de conhecimento, tratando-se de história, geografia, ciências sociais, economia ou até mesmo as naturais é carregado de algum tipo de ideologia. Não é a toa que em alemão ideologia pode ser traduzida como "visão de mundo" (weltanschauung). A defesa da não-ideologia é uma forma de ideologia.

Portanto seu pensamento sobre a proibição de alguma forma de ideologia é uma baita ideologia, que deveria, portanto, sofrer a condenação que está pregando...

E o STF soltou a irmã do Aécio...

Impressionante o poder desse cidadão. Fico imaginando então se ele tivesse sido eleito presidente em 2014...

Lucas Lasota escreveu:

Viktor Reznov escreveu:Concordo plenamente, qualquer forma de doutrinação política no ensino deve ser razão pra abertura de processo disciplinar administrativo e expulsão do professor do ensino público.

Isso é um grande disparate. Não existe "conhecimento neutro". Qualquer forma de conhecimento, tratando-se de história, geografia, ciências sociais, economia ou até mesmo as naturais é carregado de algum tipo de ideologia. Não é a toa que em alemão ideologia pode ser traduzida como "visão de mundo" (weltanschauung). A defesa da não-ideologia é uma forma de ideologia.

Portanto seu pensamento sobre a proibição de alguma forma de ideologia é uma baita ideologia, que deveria, portanto, sofrer a condenação que está pregando...

O problema não é ideologia, mas sim a quantidade de professores tosquinhos que existem por aí com um péssima cultura, formação e falam bobagens enormes. Como esse pessoal forma um aluno crítico e aplicado? Não forma. É uma falha enorme no sistema educacional que refletem nos grupos "escola sem partido", "conhecimento é neutro". E claro que não é. O papel do professor ou professora de um ensino fundamental é mostrar as coisas e deixar sua visão. O problema é que a maioria não sabe fazer isso porque não tem formação. Esse é o ponto.

O problema dos professores tosquinhos não é só fundamental. Tem muito prof. universitário que deveria ser pesquisador e tem um doutorado que são deprimentes. O motivo que o processo de seleção é ruim que nada avalia (prova escrita, aula didática e currículo), então se deslizou na prova e aula e dispensado mesmo que seja um futuro nobel com doutorado no MIT. Depois não tem avaliação e nem diferenciação de salários. Se trabalhar mais ou menos é irrelevante nas federais. Quem é bom e esforçado prefere o exterior, setor privado ou carreira de estado. É a realidade e vai piorar. A quantidade de professor universitário que vejo por aí me assusta. Sem cultura geral, sem formação técnica rigorosa e com arrogância padrão ítalo-paulista.

O futuro e presente no Brasil são terríveis.

Só esqueceu o passado.

Bourne escreveu:
O problema não é ideologia, mas sim a quantidade de professores tosquinhos que existem por aí com um péssima cultura, formação e falam bobagens enormes. Como esse pessoal forma um aluno crítico e aplicado? Não forma. É uma falha enorme no sistema educacional que refletem nos grupos "escola sem partido", "conhecimento é neutro". E claro que não é. O papel do professor ou professora de um ensino fundamental é mostrar as coisas e deixar sua visão. O problema é que a maioria não sabe fazer isso porque não tem formação. Esse é o ponto.

O problema dos professores tosquinhos não é só fundamental. Tem muito prof. universitário que deveria ser pesquisador e tem um doutorado que são deprimentes. O motivo que o processo de seleção é ruim que nada avalia (prova escrita, aula didática e currículo), então se deslizou na prova e aula e dispensado mesmo que seja um futuro nobel com doutorado no MIT. Depois não tem avaliação e nem diferenciação de salários. Se trabalhar mais ou menos é irrelevante nas federais. Quem é bom e esforçado prefere o exterior, setor privado ou carreira de estado. É a realidade e vai piorar. A quantidade de professor universitário que vejo por aí me assusta. Sem cultura geral, sem formação técnica rigorosa e com arrogância padrão ítalo-paulista.

O futuro e presente no Brasil são terríveis.

A uns anos atrás eu teria a resposta para esse post na ponta dos dedos: São os salários.
Hoje, diante dos absurdos cometidos pelas carreiras mais bem remuneradas da nossa estrutura estatal, não sei mais o que dizer. Deve ser a água.

Problema educacional afeta tudo e todos. As carreiras de estado estão inseridas nisso. No judiciário está cheio de belos exemplos que falam belos absurdos e não tem da função na sociedade e estado de direito.

Hoje tenho medo. Muita gente com mais anos de estudo e não pensam.

Bourne escreveu: O problema não é ideologia, mas sim a quantidade de professores tosquinhos que existem por aí com um péssima cultura, formação e falam bobagens enormes. Como esse pessoal forma um aluno crítico e aplicado? Não forma. É uma falha enorme no sistema educacional que refletem nos grupos "escola sem partido", "conhecimento é neutro". E claro que não é. O papel do professor ou professora de um ensino fundamental é mostrar as coisas e deixar sua visão. O problema é que a maioria não sabe fazer isso porque não tem formação. Esse é o ponto.

O problema dos professores tosquinhos não é só fundamental. Tem muito prof. universitário que deveria ser pesquisador e tem um doutorado que são deprimentes. O motivo que o processo de seleção é ruim que nada avalia (prova escrita, aula didática e currículo), então se deslizou na prova e aula e dispensado mesmo que seja um futuro nobel com doutorado no MIT. Depois não tem avaliação e nem diferenciação de salários. Se trabalhar mais ou menos é irrelevante nas federais. Quem é bom e esforçado prefere o exterior, setor privado ou carreira de estado. É a realidade e vai piorar. A quantidade de professor universitário que vejo por aí me assusta. Sem cultura geral, sem formação técnica rigorosa e com arrogância padrão ítalo-paulista.

O futuro e presente no Brasil são terríveis.

Não é só no Brasil. Os processos, as abordagens e métodos de estudo estão sendo postos em evidência na maioria dos países.

No belo livro de Tony Judt, sobre a Europa do pós-guerra, na parte que trata da educação a partir da década de 1960 está exposto o dilema que até hoje tenta-se uma solução democrática razoável: qualidade vs quantidade.

A democratização do acesso ao ensino superior literalmente entupiu as faculdades com pessoas buscando ascensão pessoal através do estudo. Por outro lado, a necessidade cada vez maior de corpos docentes mais amplos acabou por afrouxar as regras de aceitação. Se na Europa isso é sentido contundentemente, imagina aqui para nós.

Mas a solução não passa pelo "endurecimento das posições" e fechamento ao diálogo adotando-se fórmulas prontas e mesquinhas com traços totalitaristas do tipo "professores são todos comunistas" ou "dá aula porque não sabe fazer outra coisa" - ou pior: a censura acadêmica mascarada pela bandeira da ausência de ideologia, conhecimento neutro ou "democracia das ideias", quando na verdade somente as mais conservadoras teriam espaço.

E no Brasil o buraco é mais embaixo, a maioria dos brasileiros hoje estudam apenas para passarem em concursos públicos e não mais para se tornarem engenheiros na área de tecnologia, cientistas ou pesquisadores. É a geração "apostila".... Pelo o jeito seremos sempre dependentes de tecnologias estrangeiras, pagando o dobro.

Quer passar em concurso público e ficar tri de boa. Onde trabalho é cheio disso, gente que só pensa em sentar em cima do rabo e amar exclusivamente o umbigo. Ninguém quer ser profissional, determinar-se de acordo com os comandos de leis.

O pior problema desse país são os salários. Muito baixos! É tanta riqueza que se torna inexplicável tanta miséria. O trabalhador tem que ter uma coisa que se chama dinheiro, na minha opinião. Aí ele mesmo paga a educação, a saúde, o lazer etc. Ou que seja como o modelo europeu, pagam-se impostos atrás de impostos, mas um serviço público de 'primeiro mundo', de muito boa qualidade, chega ao cidadão, e os desníveis sociais não são tão gritantes.

Lucas Lasota escreveu: Isso é um grande disparate. Não existe "conhecimento neutro". Qualquer forma de conhecimento, tratando-se de história, geografia, ciências sociais, economia ou até mesmo as naturais é carregado de algum tipo de ideologia. Não é a toa que em alemão ideologia pode ser traduzida como "visão de mundo" (weltanschauung). A defesa da não-ideologia é uma forma de ideologia.

Portanto seu pensamento sobre a proibição de alguma forma de ideologia é uma baita ideologia, que deveria, portanto, sofrer a condenação que está pregando...

Você deve ser esquerdista pelo visto. Matemática é um conhecimento neutro, biologia, química, física, todas as ciências exatas são conhecimentos neutros e a pessoa que não consegue ministrar essas disciplinas de modo imparcial é um incompetente que não tem razão de estar no ensino. História também é plenamente possível de ser ensinada de modo neutro porque eu já presenciei isso durante meu ensino médio, tive três professores de história e só um deles empurrava baboseira ideológica goela abaixo nos alunos, bem como geografia também.

Bourne escreveu:O papel do professor ou professora de um ensino fundamental é mostrar as coisas e deixar sua visão.

Deixar "sua visão" uma ova, é canalhice intelectual e abuso de posição de superioridade formal advinda da sua qualidade de professor e da maleabilidade intelectual dos alunos. Pessoas como você são a razão pela qual o ensino brasileiro tem perdido qualidade a cada ano que passa pois esse meio perpetua uma corja de inúteis que está mais preocupada em fazer propaganda política do que passar adiante conhecimentos úteis que servirão futuramente para as vidas dos alunos. VOCÊ é parte do problema.