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Re: EUA

Enviado: Qua Nov 09, 2016 5:39 pm
por P44
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Re: EUA

Enviado: Qua Nov 09, 2016 6:03 pm
por Bolovo
J.Ricardo escreveu:Pow gente o cara é amigo do Putin, teremos 8 anos de paz, tchau III guerra. :lol:

A Califórnia aprovou o uso recreativo da maconha, cada um vai poder plantar até 6 pés da droga. Má notícia pra economia mexicana...
Não só a Califórnia, mas em 8 dos 9 estados venceu a legalização.

Agora quanto ao Trump, é isso. Eu sabia que ia ganhar. E eu tenho certeza que se o partido democrata não fosse tão safado e colocasse o Sanders, venceria o candidato democrata.

Apoiaram a Bush de saia e mereceram a derrota. Se fuderam!

Re: EUA

Enviado: Qua Nov 09, 2016 6:52 pm
por P44
Toda a gente avisou, quando a vigarista roubou a nomeação ao Sanders, que isto poderia muito bem acontecer. O DNC fez orelhas moucas e agora teve a recompensa.

Re: EUA

Enviado: Qua Nov 09, 2016 7:21 pm
por Wingate
J.Ricardo escreveu:Pow gente o cara é amigo do Putin, teremos 8 anos de paz, tchau III guerra. :lol:

A Califórnia aprovou o uso recreativo da maconha, cada um vai poder plantar até 6 pés da droga. Má notícia pra economia mexicana...




Wingate :mrgreen:

Re: EUA

Enviado: Qua Nov 09, 2016 8:18 pm
por P44
Dos tímidos aos pessimistas, como votou a América

Por Bárbara Reis
09/11/2016 - 19:45

Padrões eleitorais com mais de 30 anos foram virados do avesso. Para se perceber a eleição de Trump, é preciso olhar para todo o eleitorado e encontrar dezenas de pistas.

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Não há uma explicação, há muitas. Não uma pista, mas dezenas. Capaz de nos surpreender como poucos países, da eleição de Donald Trump emergiu a América que não conhecemos ou não queremos reconhecer que existe. Não foi só uma questão de rendimentos (que foi decisiva), nem de educação (fundamental) ou de raça (que ajudou). Padrões eleitorais com mais de 30 anos foram virados do avesso. Não foi só a vitória dos angry white men. Não foi só o medo dos imigrantes. Nem a frustração gerada por uma América cujo mercado de trabalho precisa de menos humanos e de humanos diferentes dos operários da era pré-digital e pré-globalização.

Cintura da Ferrugem versus universitários

Se Hillary Clinton teve o voto de muitos pós-graduados (ainda não é certo se a maioria), Donald Trump ganhou a Rust Belt (Cintura da Ferrugem), região que há meio século era a pujante Factory Belt (Cintura Industrial), mas onde desapareceram milhares de postos de trabalho – em alguns estados chegou aos 60%. Clinton subestimou a região. Mal fez campanha na Pensilvânia (que era democrata há 24 anos) e no Michigan (democrata há 28) e desde o fim das primárias que não vai ao Wisconsin (democrata há 32 anos). No Minnesota, que acabou por ganhar, nem sequer colocou anúncios. Além de confiar no padrão eleitoral, Clinton acreditou nas sondagens que indicavam que os brancos sem estudos superiores representavam apenas um terço dos eleitores. A avaliação foi clara: não havia espaço para perdas democratas na white working-class. Enganou-se. O especialista Nate Cohn alertou há meses para o facto de se estar a tomar por certas sondagens à boca das urnas erradas e tentou demonstrar que, em 2012, votaram mais dez milhões de operários brancos do que se pensava. Se os democratas queriam ganhar, tinham de conquistar esse grupo. Sobretudo no Norte, onde Obama teve resultados inimagináveis. Por outro lado, não só Clinton teve piores resultados do que Obama, como Trump ganhou mais votos de brancos sem educação universitária do que Mitt Romney. No conjunto, Clinton teve menos votos nas minorias, nos jovens e nos centros urbanos do que Obama. Em traços gerais, é possível também dizer que a maioria dos ateus está com Clinton e a maioria dos protestantes evangélicos está com Trump – e que, tirando estes extremos opostos, os religiosos mainline (católicos e protestantes) estão distribuídos por igual entre os dois candidatos.

Terrorismo versus Ambiente

Perante uma lista de sete “grandes problemas” dos EUA proposta pelo Pew Research Center, os apoiantes de Trump acreditam no oposto dos de Hillary – em praticamente tudo. Para os pró-Trump são o terrorismo e a imigração; para os pró-Clinton, são o ambiente e a desigualdade social. Paradoxalmente, 80% dos apoiantes de Trump são contra o aumento do salário mínimo de 7,25 para 15 dólares por hora, quando 80% dos apoiantes de Clinton são a favor. Quanto à necessidade de o Estado apoiar os pobres, o contraste é absoluto – se 70% do lado de Trump é contra, 70% do lado de Clinton é a favor. O mesmo para a regulação do mundo empresarial: 80% da ala pró-Trump diz que “prejudica as empresas” e 70% da ala pró-Clinton diz que é necessário para “proteger o interesse público”. O contraste é igual quando se pede opinião sobre a ideia de os muçulmanos que vivem nos EUA serem sujeitos a um “escrutínio maior do que cidadãos de outras religiões”. Sem surpresa, 80% dos apoiantes de Trump querem mudar o curso das políticas de Barack Obama. Era assim este Verão. Nada terá mudado.

Voto anti-Hillary Clinton versus voto anti-Obama

O “voto negativo” foi muito mais forte nestas eleições do que em 2008, quando Obama foi eleito para o primeiro mandato na Casa Branca. Sobretudo entre os eleitores de Trump, onde o sentimento anti-Clinton foi muito expressivo. Mais até do que o sentimento pró-Trump. Entre os republicanos que disseram que iam votar em John McCain porque não queriam Obama e os que, agora, disseram que iam votar em Trump porque não queriam Clinton há uma grande diferença: 20 pontos percentuais.

Pessimistas versus optimistas

80% dos apoiantes de Trump acreditam que a vida nos EUA é pior hoje do que era há 50 anos e 70% acreditam que ainda vai ser pior para a próxima geração. Não é uma divisão de opostos perfeita, mas se não é “pessimistas versus optimistas”, está perto: 60% dos apoiantes de Hillary diz o contrário – que a vida está melhor – e só 30% antecipam piores dias.

Cépticos e desapaixonados

Há meses que lemos que só 9% dos eleitores dizem que Trump será um “óptimo Presidente”. Quase 45% dizem que será “péssimo”. A descrença foi aliás transversal: da esquerda à direita, os eleitores foram votar com enorme cepticismo. A campanha não mudou isso. Dias antes da eleição, a ABC News noticiou que 61% dos americanos não consideram Trump “presidenciável”.

Mulheres versus homens

Sem surpresa, mais mulheres estão ao lado de Clinton, mas Trump terá tido 60% do voto dos homens brancos e 52% das mulheres brancas. As sondagens à boca das urnas mostram que as mulheres republicanas ficaram com Trump – apesar de Hillary (ou por causa disso).

Pele negra versus pele branca

O “factor Obama” (ser o primeiro Presidente negro da História) também contribuiu para a vitória de Trump. Há cálculos que apontam para um efeito de menos 10% de votos, distribuídos por vários estados, incluindo o trio de estados swing que Trump ganhou – Florida, Carolina do Norte e Ohio. Se Obama foi eleito porque conseguiu atrair negros que nunca votavam, Trump conseguiu atrair brancos com pouco rendimento e pouca educação que estavam à margem da vida política. Com Obama, o voto afro-americano subiu em 2012 para um pico histórico de 66%. Ao mesmo tempo, quando comparado com os predecessores republicanos, Trump teve melhores resultados em lugares com grande concentração de brancos, especialmente rurais. As sondagens à boca das urnas mostram que Hillary teve a maioria do voto negro, hispânico e asiático, mas em menor número do que Obama.

Silêncio e shy voters versus sondagens

Há meses que se discute a possibilidade de as sondagens subestimarem Trump porque os eleitores, quando questionados, teriam vergonha de assumir o voto e declaravam-se como “indecisos”. Essa dúvida vai provavelmente ficar por responder.




https://www.publico.pt/mundo/noticia/do ... ca-1750588

Re: EUA

Enviado: Qua Nov 09, 2016 8:44 pm
por knigh7
Matéria bem extensa publicada no Defense News e traduzida pelo site Defesa e Segurança:
Trump vai aumentar capacidade militar dos Estados Unidos
http://defesaeseguranca.com.br/internac ... os-unidos/

Re: EUA

Enviado: Qua Nov 09, 2016 10:10 pm
por P44
Vitória de Clinton no "voto popular" reacende discussão sobre sistema eleitoral

Por AFP
09/11/2016 - 23:49

No sistema eleitoral dos EUA é possível o candidato que reúne maior número de votos sair derrotado. Aconteceu em 2016 e já tinha acontecido, por exemplo, em 2000.


Se se confirmar a tendência nos resultados finais nas eleições americanas, Donald Trump será eleito Presidente dos EUA apesar de ter recolhido menos votos do que Hillary Clinton. Este cenário pode reavivar a discussão sobre a reforma do sistema eleitoral norte-americano.

Numa altura em que a contagem ainda não está terminada, a democrata recolheu mais 200 mil votos do que o empresário: 59.813.991 contra 59.611.551. Uma gota de água nos mais de 120 milhões de boletins que entraram nas urnas nas eleições, mas que, no entanto, permitiu que o republicano festejasse a vitória.

Em eleições directas, a antiga primeira-dama teria sido eleita para a Casa Branca (47,7% contra 47,5%). Mas nos EUA são os grandes eleitores escolhidos estado por estado que garantem a vitória final, e aí, Donald Trump esmagou a concorrência: 279 contra 228 (e ainda há 31 por apurar). São necessários 270 para garantir a entrada na Sala Oval.

Para Robert Shapiro, professor de ciência política na Universidade de Columbia em Nova Iorque, redesenhar o Colégio Eleitoral implicaria alterar a sacrossanta Constituição dos EUA, o que é uma tarefa delicada. “A questão é até que ponto o nosso sistema é democrático”, reconhece.

Antes desta vitória de Donald Trump, outro republicano, George W. Bush, havia imposto em 2000 uma vitória a Al Gore, quando não conseguiu igualmente recolher a maioria dos votos: 48,4% para o democrata contra 47,9% para o antigo Presidente dos EUA.

Este cenário pode mesmo tornar-se norma, diz Shapiro. Se a regra “uma pessoa = um voto” é um pilar da democracia, continua, a eleição indirecta altera o jogo.

Em todos os 50 estados e na capital Washington, os votos são convertidos em grandes eleitores, cujo número varia em função da população de cada estado.

Sem uma mudança na Constituição, os estados que compõem os EUA poderiam adoptar leis para atribuir os seus grandes eleitores ao candidato com a maioria dos votos a nível nacional. Porém este tipo de iniciativa, até ao momento, não surtiu efeitos.

https://www.publico.pt/mundo/noticia/vi ... al-1750628

Re: EUA

Enviado: Qua Nov 09, 2016 10:17 pm
por P44
A tragédia de Hillary Clinton
Por Ana Fonseca Pereira
09/11/2016 - 23:56

Hillary foi "a candidata errada para o actual momento político”, dizem os analistas. Depois da derrota de 2008, a hecatombe eleitoral de terça-feira enterra o sonho de ser a primeira mulher a chegar à presidência americana.

https://www.publico.pt/mundo/noticia/a- ... on-1750582

Re: EUA

Enviado: Qui Nov 10, 2016 12:03 am
por Bolovo
http://www.youtube.com/watch?v=yosAVMB47-Y

[003]

Re: EUA

Enviado: Qui Nov 10, 2016 11:28 am
por Wilton kvalheiro
Esse troço do sistema eleitoral creio que os americanos deveriam realmente mudar, ocorre que a choradeira no caso só acontece pq Hilary perde.

A diferença é ridícula, e as regras eleitorais são claras e não foram mudadas no meio do jogo, como bem disse o P44 os democratas perderam estados como Wisconsim que venciam desde 1998, e perderam por displicência, prepotência e arrogância de simplesmente não ir la pelo menos 1 vez...

Não adianta botar a culpa da derrota nisso, a maior razão para os democratas terem perdido é a própria cúpula do partido democrata que destruiu sua militância e enfiou goela a baixo uma mulher que os EUA já demonstraram outras vezes que não querem na presidência, nem ela, nem o Marido se pudesse disputar a eleição seria eleito.

Re: EUA

Enviado: Qui Nov 10, 2016 11:48 am
por Lirolfuti
O sistema de votação deles esta la e mais de 200 anos, so não presta agora porque a bu**ta mágica perdeu :x :roll:

Re: EUA

Enviado: Qui Nov 10, 2016 12:08 pm
por Wilton kvalheiro
Lirolfuti escreveu:O sistema de votação deles esta la e mais de 200 anos, so não presta agora porque a bu**ta mágica perdeu :x :roll:
Alguém deveria perguntar pra ela: A cesta de pessoas deploráveis ta pesada Sra. Hilary?

Re: EUA

Enviado: Qui Nov 10, 2016 12:26 pm
por Clermont
Lirolfuti escreveu:O sistema de votação deles esta la e mais de 200 anos, so não presta agora porque a bu**ta mágica perdeu :x :roll:
Isso mesmo.

Se fosse ao contrário, os puxa-sacos de Clinton agora estariam reverenciando a sabedoria das regras americanas.

Re: EUA

Enviado: Qui Nov 10, 2016 12:49 pm
por Wilton kvalheiro
Clermont escreveu:
Lirolfuti escreveu:O sistema de votação deles esta la e mais de 200 anos, so não presta agora porque a bu**ta mágica perdeu :x :roll:
Isso mesmo.

Se fosse ao contrário, os puxa-sacos de Clinton agora estariam reverenciando a sabedoria das regras americanas.
Pois é...
...vamos pensar o contrário, e se atribuirmos aqui no Brasil o mesmo sistema, será que seria legal? Claro, com algumas atualizações e melhorias, mas em fim, seria por colégio eleitoral mesmo.

Re: EUA

Enviado: Qui Nov 10, 2016 1:06 pm
por Clermont
Wilton kvalheiro escreveu:...vamos pensar o contrário, e se atribuirmos aqui no Brasil o mesmo sistema, será que seria legal?
Copiar os Estados Unidos não é novidade.

Aqueles CRETINOS que deram o Golpe do 15 de Novembro de 1889 já tinham pensado nisto. Até bolaram uma bandeira ridícula...

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... e o resultado foi esta PORCARIA de república que nós ganhamos.

Então, eu não acho que copiar o sistema de delegados estaduais seria legal para o Brasil.

Aliás, na próxima terça-feira é feriado nacional em homenagem àquela quartelada de Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto e Ruy Barbosa.

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