Corpo de Fuzileiros Navais
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- FCarvalho
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Re: Corpo de Fuzileiros Navais
Esse site aqui é bem ilustrativo da verdadeira muvuca que é a questão de compras nas ffaa's. E ilustra muito bem o porque do MD não funcionar para nada além de testa de ferro do planalto a fim de não ter de se relacionar diretamente com os militares.
https://fotosdeviaturas.blogspot.com/20 ... madas.html
A quantidade e a mistura de viaturas diferentes até para o mesmo tipo de emprego é claro e evidente.
Enfim, é possível notar que se houvesse um mínimo de gestão centralizada e movida à lógica em termos de compras, no mínimo se pode dizer que a Agrale não viveria à mingua em relação à produção dos Marruá, e eles teriam ao menos duas ou três gerações a mais além da atual, que ainda é a segunda, mesmo depois de vinte anos de lançada.
Fazer o quê, quando cada força faz o que quer e bem entende.
https://fotosdeviaturas.blogspot.com/20 ... madas.html
A quantidade e a mistura de viaturas diferentes até para o mesmo tipo de emprego é claro e evidente.
Enfim, é possível notar que se houvesse um mínimo de gestão centralizada e movida à lógica em termos de compras, no mínimo se pode dizer que a Agrale não viveria à mingua em relação à produção dos Marruá, e eles teriam ao menos duas ou três gerações a mais além da atual, que ainda é a segunda, mesmo depois de vinte anos de lançada.
Fazer o quê, quando cada força faz o que quer e bem entende.
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- Strike91
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Re: Corpo de Fuzileiros Navais
Já que a compra de "possiveis" mísseis spikes Israelense ou qualquer outro de primeira categoria seria a "conta-gotas", seria interessante os fuzileiros e o EB comprar uma quantidade substancial do MSS 1.2 AC para equipar as tropas "rasas" em quantidade razoável, a fim de ao menos criar rotina de emprego de mísseis anticarros, algo tão normal e difundido em qualquer exército!!!
Obs: Antes que comece à encher o saco... Sim eu sei que o MSS 1.2 AC é defasado, que seria melhor economizar e investir em mísseis melhores e etc... Mais gurizada estamos no Brasil infelizmente, sabemos que nenhum cenário lógico vai acontecer, melhor ter mísseis em alguma escala nas tropas "rasas" e mísseis no estado da arte nas tropas especiais (infelizmente o EB e MB só compra migalhas de quantidade) do que continua nesta penúria sem nada!
- Viking
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Re: Corpo de Fuzileiros Navais
Strike91 escreveu: ↑Ter Jul 18, 2023 4:13 pm
Já que a compra de "possiveis" mísseis spikes Israelense ou qualquer outro de primeira categoria seria a "conta-gotas", seria interessante os fuzileiros e o EB comprar uma quantidade substancial do MSS 1.2 AC para equipar as tropas "rasas" em quantidade razoável, a fim de ao menos criar rotina de emprego de mísseis anticarros, algo tão normal e difundido em qualquer exército!!!
Obs: Antes que comece à encher o saco... Sim eu sei que o MSS 1.2 AC é defasado, que seria melhor economizar e investir em mísseis melhores e etc... Mais gurizada estamos no Brasil infelizmente, sabemos que nenhum cenário lógico vai acontecer, melhor ter mísseis em alguma escala nas tropas "rasas" e mísseis no estado da arte nas tropas especiais (infelizmente o EB e MB só compra migalhas de quantidade) do que continua nesta penúria sem nada!
Concordo plenamente com a opinião do colega, até porque em um embate contra os EUA e seus aliados da UE as FA brasileiras já estão devidamente derrotadas.
E vá pensando os incautos que o Brasil vai ter algum apoio militar dos BRICS, uma vez que quando e se acontecer qualquer ação militar contra o Brasil seja ela um bloqueio naval ou destruição seletiva de algumas estruturas estratégicas será um problema somente nosso. Como as elites mesquinhas e medíocres do país coadjuvada por uma elite militar do mesmo nível não preparou a Nação para ter poder dissuasório crível vamos ajoelhar e rezar para os adversários.
Sds
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Re: Corpo de Fuzileiros Navais
- Dúvida: são rifles novos, ou são M16A2 modificados para um padrão análogo ao do M16A4 a partir de um kit de atualização?
- Olhando de perto a caixa da culatra, não me parece exatamente um M16A4 novo...
- FCarvalho
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Re: Corpo de Fuzileiros Navais
Interessante. Todos os documentos relativos à defesa nacional propalam e demandam investimento na BIDS sempre que houver similar nacional adequado às demandas das forças.
Se pode M-16A4 no CFN a troco de pinga, porque não pode T-4 ou M-4 da Taurus e Fire Eagle pagos em real e não em dólar?
Se pode M-16A4 no CFN a troco de pinga, porque não pode T-4 ou M-4 da Taurus e Fire Eagle pagos em real e não em dólar?
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- J.Ricardo
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Re: Corpo de Fuzileiros Navais
Então... as vezes parece tanto que os FN querem ser a USNavy que daqui a pouco trocam a bandeirinha do uniforme pela americana...
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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- FCarvalho
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Re: Corpo de Fuzileiros Navais
Como se diz por aí, "a regra é clara". Mas parece que nem isso consegue fazer com que várias decisões sobre compras materiais do CFN, e demais forças, se justifiquem, mesmo havendo opções nacionais. E o MD não fala nada.
Sinceramente, sem ninguém no MD que controle e faça a gestão direta das compras militares que fazemos, vai ficar muito difícil para a BIDS e indústria nacional vender até coisas simples como um fuzil para as ffaa's.
É simplesmente inexplicável que Taurus e Fire Eagle tenham certificado de garantia e qualidade para exportar para meio mundo e não vendem um único fuzil ao CFN só porque não querem.
Comprar fuzis lá fora é um atestado de incompetência da indústria nacional, o que parece não ser o caso, ou pura e simples ação de lesa pátria a título de operação fã boy do CFN por tudo que é yankee.
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Re: Corpo de Fuzileiros Navais
É o Lobby externo dentro das instituições. Aparentemente não temos figuras nacionalistas na tomada de decisões.FCarvalho escreveu: ↑Ter Jul 25, 2023 2:32 am Interessante. Todos os documentos relativos à defesa nacional propalam e demandam investimento na BIDS sempre que houver similar nacional adequado às demandas das forças.
Se pode M-16A4 no CFN a troco de pinga, porque não pode T-4 ou M-4 da Taurus e Fire Eagle pagos em real e não em dólar?
Abraços.
"A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração." (Thomas Jefferson)
- gusmano
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Re: Corpo de Fuzileiros Navais
Bom, se fizeram um simulador, o programa não esta "morto"... ou será que é algo antigo sendo divulgado agora?Strike91 escreveu: ↑Ter Jul 18, 2023 4:13 pm
Já que a compra de "possiveis" mísseis spikes Israelense ou qualquer outro de primeira categoria seria a "conta-gotas", seria interessante os fuzileiros e o EB comprar uma quantidade substancial do MSS 1.2 AC para equipar as tropas "rasas" em quantidade razoável, a fim de ao menos criar rotina de emprego de mísseis anticarros, algo tão normal e difundido em qualquer exército!!!
Obs: Antes que comece à encher o saco... Sim eu sei que o MSS 1.2 AC é defasado, que seria melhor economizar e investir em mísseis melhores e etc... Mais gurizada estamos no Brasil infelizmente, sabemos que nenhum cenário lógico vai acontecer, melhor ter mísseis em alguma escala nas tropas "rasas" e mísseis no estado da arte nas tropas especiais (infelizmente o EB e MB só compra migalhas de quantidade) do que continua nesta penúria sem nada!
abs
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Re: Corpo de Fuzileiros Navais
Tenho curiosidade realmente de saber o preço ofertado por cada um dos concorrentes. MAS, desconfio que nesse caso nem concorrência/licitação foi feito.FCarvalho escreveu: ↑Ter Jul 25, 2023 2:32 am Interessante. Todos os documentos relativos à defesa nacional propalam e demandam investimento na BIDS sempre que houver similar nacional adequado às demandas das forças.
Se pode M-16A4 no CFN a troco de pinga, porque não pode T-4 ou M-4 da Taurus e Fire Eagle pagos em real e não em dólar?
abs
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Re: Corpo de Fuzileiros Navais
É por isso, também, que esse tipo de decisão deveria ser centrado em algum órgão do MD, e não deixar simplesmente os militares fazerem o que bem entende de acordo com eventuais, e sempre presentes, lobby comercias.
Mas o MD é mera caricatura.
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- FCarvalho
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Re: Corpo de Fuzileiros Navais
Eu particularmente nunca ouvi falar de concorrência para compra de fuzis para o CFN. Sempre escolheram o que dá na telha e f...se o resto.
Infelizmente não há ninguém capaz de opor-se a esse tipo de coisa.
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- FCarvalho
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Re: Corpo de Fuzileiros Navais
Os ataques russos aos portos da Ucrânia, junto ao bloqueio naval impetrado no Mar Negro de forma a tentar impedir o comércio marítimo ucraniano, e consequentemente afetando a capacidade do país de receber divisas de exportação de seus produtos, é uma forma de guerra já muito antiga, e que os russo, até o presente momento, estão levando vantagem.
A resposta da OTAN foi o anúncio da aumento da vigilância sobre o Mar Negro e as rotas comerciais que cruzam o litoral romeno e búlgaro, sem intervir diretamente no mar que banha a Ucrânia, seja com drones e aviões de patrulha marítima e ISR, estes escoltados não raras vezes por caças da aliança ocidental.
Os ataques tem sido feitos prioritariamente com drones e mísseis de longo alcance, lançados a partir de caças, bombardeiros e navios. Todos eles tem chegado até seus alvos, sendo que parte é interceptada, mas o restante tem conseguido causar muitos estragos. E a Ucrânia não tem recursos suficientes para dispor de defesas AAe que possam defender seus principais portos, de forma a escoar sua produção agrícola.
Como um paralelo, segue aqui a lista dos principais portos brasileiros. Qualquer tentativa externa de barrar a entrada e saída de navios nestes locais trará consequências dantescas para a economia do país. E o CFN e a MB não dispõe hoje de meios necessários tanto para a defesa AAe como naval destes portos, que como se pode ver, estão espalhados pelo litoral de norte a sul.
Principais Portos em Movimentação de Carga.
Fonte dos Dados: Antaq - Período de Janeiro a Outubro de 2019.
https://www.fazcomex.com.br/comex/portos-brasileiros/
Existem 175 instalações de carga portuária no Brasil, com 99 deles situados no litoral, e outros 76 no interior do país.
Lista com Principais Portos Brasileiros
1. Porto de Santos (SP)
2. Porto de Paranaguá (PR)
3. Porto Itapoá (SC)
4. Portonave (SC)
5. Porto de Rio Grande (RS)
6. Dp World Santos (SP)
7. Porto Chibatão (AM)
8. Porto de Suape (PE)
9. Porto de Itajaí (SC)
10. Porto de Rio de Janeiro (RJ)
https://www.fazcomex.com.br/comex/portos-brasileiros/
Apesar da maioria destes portos se localizar na região sul-sudeste, isto pode ser um ponto a favor de eventual adversário que poderá concentrar meios naquela área ao mesmo tempo que também imputa novos bloqueios ou ataques a outros terminais nas regiões norte e nordeste, o que forçaria a marinha a demandar um maior esforço para a defesa dos portos situados naquelas duas primeiras regiões, deixando as demais meio que à sorte, ou com meios menos capazes de realizar a sua defesa.
Um apontamento importante a fazer é que um eventual bloqueio naval também pode nos ser imposto indiretamente no Atlântico Sul ao barrar toda a navegação nas linhas marítimas que conectam o Atlântico Norte, Índico, Caribe e Pacífico à costa brasileira, sem precisar necessariamente fazer isso à curta distância de nós. O uso de submarinos e FT nucleadas em Nae - e até mesmo aviação a partir de aeroportos na costa atlântica, pode obliterar os portos brasileiros e sufocar a economia do país no curto e médio prazo. Mais uma vez, não temos os meios necessários e suficientes para defender-nos de uma eventual ameaça(s) que nos imponha um bloqueio assim.
No que concerne a defesa própria dos portos em questão, é mister afirmar que o CFN tem essa missão prioritária, e portanto, deve dispor dos recursos necessários para a sua auto-defesa e a defesa das infraestruturas pelas quais é responsável. Assim, além de Manpad\shorad, é impositiva a aquisição de meios AAe de médio e longo alcance que visem a defesa em camadas ao menos dos principais portos brasileiros ao longo da costa, já que não é viável, embora possível, a defesa de todos os 176 portos que temos.
De qualquer forma, a título de análise de contexto, a defesa de costa e a AAe alocadas ao CFN devem possuir meios que visem pelo menos a defesa dos principais portos do país, de forma a podermos manter, ainda que minimamente, a fluidez do nosso comércio exterior, sob o risco do país se ver sufocado e sem acesso a um de seus maiores meios de obtenção de recursos financeiros vindos do exterior, com a economia solapando em pouco tempo.
Notar que o CFN em virtude dos dados acima irá demandar ao menos recursos para a defesa dos 10 principais portos ao longo do litoral, inclusos neles os que se destacam em movimentação de mercadorias. Assim, imagino que ao menos 10 Bia AAe seriam necessárias para que os fuzileiros navais estejam devidamente equipados para defender estas importantes infraestruturas do poder econômico nacional. Além da defesa AAe, a defesa de costa com mísseis e\ou artilharia deve ser compartilhada com o EB, ou deixada ao CFN caso o exército não se resigne a operar novamente esta via da artilharia terrestre.
Logo, é possível verificar que as 2\3 baterias destacadas para a MB no contexto do Programa Defesa AAe comum são no mínimo irrisórias, e não condizentes com a realidade da defesa da infraestrutura a ser operada prioritariamente pela MB. E como se sabe, é muito difícil encontrar soluções que casem com os onipresentes limitações de verbas para investimento, ainda que eles sejam claros e inequívocos, apesar de nunca reconhecidos e compreendidos.
O CFN possui batalhões nas seguintes localidades: Manaus, Belém, Ladário e Rio de Janeiro. Os grupamentos estão localizados nas seguintes cidades: Brasília, Natal, Salvador, Rio de Janeiro, Santos e Rio Grande.
Como se pode ver, não há unidades em vários locais onde os principais portos estão localizados, dependendo, portanto, do deslocamento de tropas navais de outros lugares para a sua defesa, assim como seus meios.
Por fim, é importante fazer-se notar que o CFN e a MB não tem como dispor dos meios mais modernos para a defesa AAe e\ou de costa dos principais portos do país, de forma que na eventualidade de sofrermos um bloqueio naval, assim como a Ucrânia, estaremos fadados à rendição em tempo bem curto, já que a nossa economia não consegue sobreviver a uma semana que seja sem poder operar suas atividades de importação e exportação. E é sempre bom lembrar, a economia do país ainda depende em mais de 95% do modal marítimo para poder mover sua indústria e comércio. Inclusivo o sacro santo agro do Brasil, que sem seus portos, fenece antes mesmo de pedir arrego.
A resposta da OTAN foi o anúncio da aumento da vigilância sobre o Mar Negro e as rotas comerciais que cruzam o litoral romeno e búlgaro, sem intervir diretamente no mar que banha a Ucrânia, seja com drones e aviões de patrulha marítima e ISR, estes escoltados não raras vezes por caças da aliança ocidental.
Os ataques tem sido feitos prioritariamente com drones e mísseis de longo alcance, lançados a partir de caças, bombardeiros e navios. Todos eles tem chegado até seus alvos, sendo que parte é interceptada, mas o restante tem conseguido causar muitos estragos. E a Ucrânia não tem recursos suficientes para dispor de defesas AAe que possam defender seus principais portos, de forma a escoar sua produção agrícola.
Como um paralelo, segue aqui a lista dos principais portos brasileiros. Qualquer tentativa externa de barrar a entrada e saída de navios nestes locais trará consequências dantescas para a economia do país. E o CFN e a MB não dispõe hoje de meios necessários tanto para a defesa AAe como naval destes portos, que como se pode ver, estão espalhados pelo litoral de norte a sul.
Principais Portos em Movimentação de Carga.
Fonte dos Dados: Antaq - Período de Janeiro a Outubro de 2019.
https://www.fazcomex.com.br/comex/portos-brasileiros/
Existem 175 instalações de carga portuária no Brasil, com 99 deles situados no litoral, e outros 76 no interior do país.
Lista com Principais Portos Brasileiros
1. Porto de Santos (SP)
2. Porto de Paranaguá (PR)
3. Porto Itapoá (SC)
4. Portonave (SC)
5. Porto de Rio Grande (RS)
6. Dp World Santos (SP)
7. Porto Chibatão (AM)
8. Porto de Suape (PE)
9. Porto de Itajaí (SC)
10. Porto de Rio de Janeiro (RJ)
https://www.fazcomex.com.br/comex/portos-brasileiros/
Apesar da maioria destes portos se localizar na região sul-sudeste, isto pode ser um ponto a favor de eventual adversário que poderá concentrar meios naquela área ao mesmo tempo que também imputa novos bloqueios ou ataques a outros terminais nas regiões norte e nordeste, o que forçaria a marinha a demandar um maior esforço para a defesa dos portos situados naquelas duas primeiras regiões, deixando as demais meio que à sorte, ou com meios menos capazes de realizar a sua defesa.
Um apontamento importante a fazer é que um eventual bloqueio naval também pode nos ser imposto indiretamente no Atlântico Sul ao barrar toda a navegação nas linhas marítimas que conectam o Atlântico Norte, Índico, Caribe e Pacífico à costa brasileira, sem precisar necessariamente fazer isso à curta distância de nós. O uso de submarinos e FT nucleadas em Nae - e até mesmo aviação a partir de aeroportos na costa atlântica, pode obliterar os portos brasileiros e sufocar a economia do país no curto e médio prazo. Mais uma vez, não temos os meios necessários e suficientes para defender-nos de uma eventual ameaça(s) que nos imponha um bloqueio assim.
No que concerne a defesa própria dos portos em questão, é mister afirmar que o CFN tem essa missão prioritária, e portanto, deve dispor dos recursos necessários para a sua auto-defesa e a defesa das infraestruturas pelas quais é responsável. Assim, além de Manpad\shorad, é impositiva a aquisição de meios AAe de médio e longo alcance que visem a defesa em camadas ao menos dos principais portos brasileiros ao longo da costa, já que não é viável, embora possível, a defesa de todos os 176 portos que temos.
De qualquer forma, a título de análise de contexto, a defesa de costa e a AAe alocadas ao CFN devem possuir meios que visem pelo menos a defesa dos principais portos do país, de forma a podermos manter, ainda que minimamente, a fluidez do nosso comércio exterior, sob o risco do país se ver sufocado e sem acesso a um de seus maiores meios de obtenção de recursos financeiros vindos do exterior, com a economia solapando em pouco tempo.
Notar que o CFN em virtude dos dados acima irá demandar ao menos recursos para a defesa dos 10 principais portos ao longo do litoral, inclusos neles os que se destacam em movimentação de mercadorias. Assim, imagino que ao menos 10 Bia AAe seriam necessárias para que os fuzileiros navais estejam devidamente equipados para defender estas importantes infraestruturas do poder econômico nacional. Além da defesa AAe, a defesa de costa com mísseis e\ou artilharia deve ser compartilhada com o EB, ou deixada ao CFN caso o exército não se resigne a operar novamente esta via da artilharia terrestre.
Logo, é possível verificar que as 2\3 baterias destacadas para a MB no contexto do Programa Defesa AAe comum são no mínimo irrisórias, e não condizentes com a realidade da defesa da infraestrutura a ser operada prioritariamente pela MB. E como se sabe, é muito difícil encontrar soluções que casem com os onipresentes limitações de verbas para investimento, ainda que eles sejam claros e inequívocos, apesar de nunca reconhecidos e compreendidos.
O CFN possui batalhões nas seguintes localidades: Manaus, Belém, Ladário e Rio de Janeiro. Os grupamentos estão localizados nas seguintes cidades: Brasília, Natal, Salvador, Rio de Janeiro, Santos e Rio Grande.
Como se pode ver, não há unidades em vários locais onde os principais portos estão localizados, dependendo, portanto, do deslocamento de tropas navais de outros lugares para a sua defesa, assim como seus meios.
Por fim, é importante fazer-se notar que o CFN e a MB não tem como dispor dos meios mais modernos para a defesa AAe e\ou de costa dos principais portos do país, de forma que na eventualidade de sofrermos um bloqueio naval, assim como a Ucrânia, estaremos fadados à rendição em tempo bem curto, já que a nossa economia não consegue sobreviver a uma semana que seja sem poder operar suas atividades de importação e exportação. E é sempre bom lembrar, a economia do país ainda depende em mais de 95% do modal marítimo para poder mover sua indústria e comércio. Inclusivo o sacro santo agro do Brasil, que sem seus portos, fenece antes mesmo de pedir arrego.
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Re: Corpo de Fuzileiros Navais
Tomando como princípio as necessidades do CFN como força expedicionária, quais seriam os meios de defesa AAe e de costa que mais se adequam às suas demandas, que passa pela defesa dos portos ao longo do litoral e interior do país
Antes de tentar responder a esta pergunta, é importante compreender quais são as possíveis ameaças que se pode encontrar no contexto sul americano e extra regional.
No caso dos vizinhos, a maior ameaça seria a aviação de ataque e os mísseis anti-navio de fragatas e outros meios lançados a partir do Atlântico Sul. No caso daquela, não temos até o momento, e em prazo visível, qualquer vislumbre de que a caça dos vizinhos possa engendrar um ataque aos portos brasileiros, seja pelas distâncias, seja pela ausência de armamento adequado e mesmo de aviões adequados. Talvez a exceção seja a Venezuela que, com seus Su-30 podem fazer um bom estrago ao portos localizados na região norte do país, uma vez que não temos defesa área na região. Em relação a segunda, os mísseis operados pelas marinhas vizinhas não possuem alcance suficiente para disparar de uma distância segura sem expor seus navios à caça da marinha ou da FAB.
Os mísseis com maior alcance são os Otomat Mk II peruanos, e estes não tem como chegar ao Atlântico e mesmo possuem interesse em fazê-lo. Os venezuelanos possuem mísseis Kh-35 e suas versões, que possuem mais de 100 kms de alcance, mas seus navios são pequenos, mas podem se caracterizar como uma ameaça real caso não forem detectados a tempo.
Assim, passamos ao contexto extra regional, que é de onde viriam as principais ameaças aos portos nacionais. Em relação a esta hipótese, vindos do Atlântico Sul, os principais vetores empregados contra nós seriam, a priori, os mísseis de cruzeiro táticos e os de longo alcance, normalmente lançados de navios de escolta e\ou submarinos, e que podem ser usados a partir de distâncias fora do alcance da nossa defesas costeiras, e mesmo da aviação de caça. Exemplos são o Tomahawk norte americano e os SCALP\StormShadow franco\britânico e o KEPD Taurus sueco\alemão. Estes últimos podendo ser lançados a partir de caças em Nae ou a partir de bases terrestres ao longo da nossa costa. Depois dos mísseis segue-se as bombas inteligentes e os drones, também agora adaptados para realizar ataques a longa distâncias com cargas bélicas cada vez maiores. Estes vetores são carregados por aviação estratégica ou tática, dependendo dos objetivos a serem cumpridos e os tipos de alvos.
Para enfrentar cada um deles é preciso escalar a defesa AAe do CFN de forma a empregar os meios adequados ao tipo de ameaça enfrentada. Para isso, um misto de canhões de tiro rápido, mísseis de curto alcance e médio\longo alcance é necessário para compor da forma mais equilibrada a defesa dos portos nacionais. Mas isso seria uma novidade muito grande para o CFN, que se caracteriza por ser uma tropa leve e essencialmente expedicionária. Não seria o caso então do EB fazer a defesa dos portos, também, ao invés do CFN como está prescrito na missão primária daquela força anfíbia? O exército, porém, não tem OM AAe em quantidade e qualidade para poder cumprir, também, mais esta tarefa, deixando aos fuzileiros este trabalho, que no entanto, torna a força anfíbia da marinha uma tropa comum de defesa terrestre, o que com certeza muito desagradaria a maioria. Então, como dividir este trabalho sem misturar ambas as funções, sendo que o CFN precisa necessariamente dispor de flexibilidade e mobilidade para fazer frente as necessidades do alto comando da FFE e da MB?
Dotar o CFN apenas com sistemas AAe de curto alcance poderia ser uma opção, sejam eles manpad e\ou shorad, já que a defesa da FFE a priori prescinde de sistemas de médio e longo alcance, visto a característica das operações navais e anfíbias.
Mas defender os portos apenas com manpad e shorad está muito longe de ser a melhor solução. Aí talvez entre a questão do programa AAe comum, onde cada força receberia o mesmo sistema de médio alcance, embora cada uma tenha suas próprias necessidades, e demandas materiais, que podem não combinar exatamente com o uso do um sistema comum. A não ser que ele seja de tal forma flexível e adaptável que possa ser utilizado em todas elas ao gosto de cada força. Mas isso é algo muito difícil de se conseguir, por melhor que seja o sistema escolhido.
Atualmente o CFN possui apenas o Mistral francês em pedestal duplo para defesa de ponto da FFE a nível Btl\Bda anfíbio(a), o que denota a completa ineficácia dos meios à disposição. Já o EB possui os Igla-S e RBS-70NG, enquanto a FAB usa apenas o IGLA-S. Um bom começo seria padronizar a defesa AAe de curta distância e homogenizar a doutrina de uso dos sistemas, que no caso, seria o RBS-70NG, o mais avançado deles, e que pode ser adaptado de várias formas em diferentes plataformas terrestre ou navais. No caso do CFN a versão lançada de terra pode ser um ótimo substituto para o Mistral e ainda equipar os grupamentos e batalhões de fuzileiros, além de outras OM de apoio ao combate de forma a dotar a tropa com autodefesa AAe apropriada e qualitativa. Seria o caso então de dotar o BtlAAe da FFE com meios de médio alcance, mas, com o porém de que ele precisa necessariamente operar embarcado e ter alta mobilidade, em condições extremas, principalmente no transbordo navio-terra e terra-navio, principalmente para a defesa das cabeças de ponte nas praias. Este tipo de sistema pode contar tanto com elementos de tubo como mísseis, ou apenas um ou outro de preferencia montados em em veículos 6x6 ou 8x8 blindados. Devem ser capazes de realizar a defesa contra alvos voando baixo, munição inteligente, drones, mísseis, caças, helos e aviões voando tanto baixo como em média altura, ou seja, até 15 mil metros.
Qual sistema hoje melhor se encaixa nesta demanda do CFN? Existem algumas alternativas no mercado, mas nem todas combinam exatamente com o que FAB e EB gostariam de obter a si. Eis a questão mais difícil a ser resolvida. De qualquer forma, a operação de defesa AAe dos portos brasileiros não pode ficar restrita apenas aos manpad e shorad que o CFN eventualmente possa receber, mesmo que a título de "tapa buraco" até um dia a gente conseguir algo melhor. Porque entre o menos ruim e o pior, podemos não ter tempo, e opções, para melhorar de pronto a defesa AAe que precisamos, mas abrimos mão por questões orçamentárias, ou outras.
Antes de tentar responder a esta pergunta, é importante compreender quais são as possíveis ameaças que se pode encontrar no contexto sul americano e extra regional.
No caso dos vizinhos, a maior ameaça seria a aviação de ataque e os mísseis anti-navio de fragatas e outros meios lançados a partir do Atlântico Sul. No caso daquela, não temos até o momento, e em prazo visível, qualquer vislumbre de que a caça dos vizinhos possa engendrar um ataque aos portos brasileiros, seja pelas distâncias, seja pela ausência de armamento adequado e mesmo de aviões adequados. Talvez a exceção seja a Venezuela que, com seus Su-30 podem fazer um bom estrago ao portos localizados na região norte do país, uma vez que não temos defesa área na região. Em relação a segunda, os mísseis operados pelas marinhas vizinhas não possuem alcance suficiente para disparar de uma distância segura sem expor seus navios à caça da marinha ou da FAB.
Os mísseis com maior alcance são os Otomat Mk II peruanos, e estes não tem como chegar ao Atlântico e mesmo possuem interesse em fazê-lo. Os venezuelanos possuem mísseis Kh-35 e suas versões, que possuem mais de 100 kms de alcance, mas seus navios são pequenos, mas podem se caracterizar como uma ameaça real caso não forem detectados a tempo.
Assim, passamos ao contexto extra regional, que é de onde viriam as principais ameaças aos portos nacionais. Em relação a esta hipótese, vindos do Atlântico Sul, os principais vetores empregados contra nós seriam, a priori, os mísseis de cruzeiro táticos e os de longo alcance, normalmente lançados de navios de escolta e\ou submarinos, e que podem ser usados a partir de distâncias fora do alcance da nossa defesas costeiras, e mesmo da aviação de caça. Exemplos são o Tomahawk norte americano e os SCALP\StormShadow franco\britânico e o KEPD Taurus sueco\alemão. Estes últimos podendo ser lançados a partir de caças em Nae ou a partir de bases terrestres ao longo da nossa costa. Depois dos mísseis segue-se as bombas inteligentes e os drones, também agora adaptados para realizar ataques a longa distâncias com cargas bélicas cada vez maiores. Estes vetores são carregados por aviação estratégica ou tática, dependendo dos objetivos a serem cumpridos e os tipos de alvos.
Para enfrentar cada um deles é preciso escalar a defesa AAe do CFN de forma a empregar os meios adequados ao tipo de ameaça enfrentada. Para isso, um misto de canhões de tiro rápido, mísseis de curto alcance e médio\longo alcance é necessário para compor da forma mais equilibrada a defesa dos portos nacionais. Mas isso seria uma novidade muito grande para o CFN, que se caracteriza por ser uma tropa leve e essencialmente expedicionária. Não seria o caso então do EB fazer a defesa dos portos, também, ao invés do CFN como está prescrito na missão primária daquela força anfíbia? O exército, porém, não tem OM AAe em quantidade e qualidade para poder cumprir, também, mais esta tarefa, deixando aos fuzileiros este trabalho, que no entanto, torna a força anfíbia da marinha uma tropa comum de defesa terrestre, o que com certeza muito desagradaria a maioria. Então, como dividir este trabalho sem misturar ambas as funções, sendo que o CFN precisa necessariamente dispor de flexibilidade e mobilidade para fazer frente as necessidades do alto comando da FFE e da MB?
Dotar o CFN apenas com sistemas AAe de curto alcance poderia ser uma opção, sejam eles manpad e\ou shorad, já que a defesa da FFE a priori prescinde de sistemas de médio e longo alcance, visto a característica das operações navais e anfíbias.
Mas defender os portos apenas com manpad e shorad está muito longe de ser a melhor solução. Aí talvez entre a questão do programa AAe comum, onde cada força receberia o mesmo sistema de médio alcance, embora cada uma tenha suas próprias necessidades, e demandas materiais, que podem não combinar exatamente com o uso do um sistema comum. A não ser que ele seja de tal forma flexível e adaptável que possa ser utilizado em todas elas ao gosto de cada força. Mas isso é algo muito difícil de se conseguir, por melhor que seja o sistema escolhido.
Atualmente o CFN possui apenas o Mistral francês em pedestal duplo para defesa de ponto da FFE a nível Btl\Bda anfíbio(a), o que denota a completa ineficácia dos meios à disposição. Já o EB possui os Igla-S e RBS-70NG, enquanto a FAB usa apenas o IGLA-S. Um bom começo seria padronizar a defesa AAe de curta distância e homogenizar a doutrina de uso dos sistemas, que no caso, seria o RBS-70NG, o mais avançado deles, e que pode ser adaptado de várias formas em diferentes plataformas terrestre ou navais. No caso do CFN a versão lançada de terra pode ser um ótimo substituto para o Mistral e ainda equipar os grupamentos e batalhões de fuzileiros, além de outras OM de apoio ao combate de forma a dotar a tropa com autodefesa AAe apropriada e qualitativa. Seria o caso então de dotar o BtlAAe da FFE com meios de médio alcance, mas, com o porém de que ele precisa necessariamente operar embarcado e ter alta mobilidade, em condições extremas, principalmente no transbordo navio-terra e terra-navio, principalmente para a defesa das cabeças de ponte nas praias. Este tipo de sistema pode contar tanto com elementos de tubo como mísseis, ou apenas um ou outro de preferencia montados em em veículos 6x6 ou 8x8 blindados. Devem ser capazes de realizar a defesa contra alvos voando baixo, munição inteligente, drones, mísseis, caças, helos e aviões voando tanto baixo como em média altura, ou seja, até 15 mil metros.
Qual sistema hoje melhor se encaixa nesta demanda do CFN? Existem algumas alternativas no mercado, mas nem todas combinam exatamente com o que FAB e EB gostariam de obter a si. Eis a questão mais difícil a ser resolvida. De qualquer forma, a operação de defesa AAe dos portos brasileiros não pode ficar restrita apenas aos manpad e shorad que o CFN eventualmente possa receber, mesmo que a título de "tapa buraco" até um dia a gente conseguir algo melhor. Porque entre o menos ruim e o pior, podemos não ter tempo, e opções, para melhorar de pronto a defesa AAe que precisamos, mas abrimos mão por questões orçamentárias, ou outras.
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Re: Corpo de Fuzileiros Navais
CGCFN-322 - Manual de Defesa Antiaérea dos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais
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