soultrain escreveu:E essa versão do SICONTA é baseado no SETIS?
Olha, o SICONTA MK II nasceu do SICONTA MKI, que é de 1990. Sinceramente, não sei quais sistemas devem ter sido observados na época, porém, toda a arquitetura do sistema é nacional. Pelo que me lembro o MK II é baseado em Processadores Power PC e plataformas COTS com sistemas modulares.
SICONTA
O SICONTA(foto do modelo MK I instalado no Minas Gerais) é um sistema que permite adquirir e apresentar ao operador, em tempo real, um cenário tático. Além de controlar os sistemas de armas e outros subsistemas(dependendo da versão). O sistema recebe, processa, integra e apresenta informações provenientes de diversos sensores de bordo, além de permitir a troca de informações táticas entre os navios das forças amigas. Assim, o SICONTA pode ser definido como um Sistema Integrado. Todos os Sistemas mostrados aqui, foram desenvolvidos em uma parceria entre a Industria Privada Nacional e os Institutos de Pesquisas Estatais(MB) e de nossas Universidades, graças ao esforço de integração e gerenciamento da EMGEPRON. A Empresa Datanav foi selecionada pela EMGEPRON para produzir os Consoles. Fundada por um grupo de engenheiros com larga experiência no desenvolvimento de sistemas de radar, processamento digital de informações em tempo real e visualização gráfica, a Datanav iniciou suas atividades em 1984, em São José dos Campos, SP. Nesta ocasião a empresa foi contratada pelo Ministério da Aeronáutica para desenvolver e industrializar terminais e consoles com vídeo de alta resolução, para operação com radares meteorológicos e de controle de tráfego aéreo.
SICONTA Mk-I
O SICONTA MK-I (Sistema de Controle Tático) foi projetado com a finalidade principal de atuar em operações navais no suporte às atividades de comando e controle tático (compilação do cenário tático, avaliação da situação tática, reposta tática e apoio). Concebido para ser usado pelo NAeL Minas Gerais é um sistema de comando e controle tático de tempo real, capaz de receber informações dos diversos sensores do próprio navio (giro, GPS, radares, etc) e de entidades externas, através de enlace automático de dados e, de compilar e apresentá-las aos operadores em formato gráfico. O sistema foi concebido com uma arquitetura modular e facilmente expansível, podendo ser adaptado a diversos tipos de aplicações militares e, até mesmo comerciais, e em diversos tipos de plataformas, sendo seu software, bem como componentes considerados críticos (Extrator, EAD, e RSC) totalmente desenvolvidos no país. O Projeto SICONTA-NAeL teve início em 1985 com o projeto SITAM, sendo em 1989 alterado para SICONTA Protótipo Industrial. Neste período foi elaborada a sua especificação e desenvolvido o Hardware dos consoles hoje utilizados pelo Sistema. Em 1990 teve início o projeto SICONTA-NAeL com o objetivo de desenvolver um sistema de controle tático para instalação a bordo do NAeL "Minas Gerais". A instalação teve início em Novembro/1993 sendo concluída em maio de 1994, sendo a partir de então realizados diversas comissões operativas nas quais se pode avaliar funções implementadas no sistema bem como sua depuração. Durante este período foi detectada a necessidade de implementar melhorias nos módulos de Enlace Automático de Dados (somente o Link YB) e Extratores de Alvos Radar.
Em maio de 1996 iniciou-se a última fase do projeto que consistiu do Desenvolvimento de: módulos de Link YB/14, Extratores de Alvos Radar no barramento VME, integração do MAGE, Radar 40 e IFF, desenvolvimento do novo Modo de Operação Local e revisão de toda a instalação do sistema. Neste período também foi realizado um elevado esforço de implementação para o SICONTA-NAeL de todo o seu Apoio Logístico Integrado – ALI.
Características Técnicas do SICONTA MK-I:
-Acompanhamento manual e automático de alvos;
- Compilação multi-sensores do panorama tático;
- Auxílio a manobras táticas e à navegação;
- Controle de aeronaves;
- Interface com sistemas de armas e
- Controle de guerra eletrônica.
Interface com sensores:
- Radares de vigilância e navegação e IFF;
- Transpondedores de helicópteros;
- MAGE;
- Enlaces digitais de dados e
- Sonares.
Equipamento(Hardware) e Programas(Software):
- Dois tipos de consoles: horizontal e vertical;
- Processadores Motorola 68030 e 68020;
- Barramento padrão VME;
- Interface de comunicação 802.3, 802.5, RS-422 e RS-232;
- Visualização de radares em terminais gráficos;
- Protocolos TCP/IP e HDLC;
- Sistema operacional VRTX32 e
- Sistema implementado de forma distribuída e tolerante a falhas.
SICONTA Mk-II
O SICONTA MK-II é a evolução natural do SICONTA MK-I, capaz de todas as tarefas e recursos do modelo anterior, seus consoles são multifuncionais e modulares, capaz também de atuar no engajamento do inimigo com armas acima e abaixo da linha d'água. O controle de combate(armas) é um dos sub-sistemas que integra o SICONTA MK II, atuando diretamente sobre os sistemas de radares de tiro de mísseis, reparos de lançamento, canhões e armas AS. Podendo ser definido com um moderno Sistema Integrado(totalmente). Foi concebido para o Programa de Modernização das Fragatas da Classe Niterói(ModFrag), e já se encontra instalado e operacional em pelo menos duas unidades(F-43 Liberal e F-41 Defensora). Já tendo praticamente concluído os testes de integração de sistemas, e já passando pela fase de ajustes finais, para ser declarado operacional. A empresa escolhida pela MB para construir os consoles do SICONTA MK II foi a DSND CONSUB, com sede da cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, inicialmente, de capital nacional, CONSUB foi absorvida pela Empresa Norueguesa DSND Subsea, passando a se chamar DSND Consub S/A, esta empresa prestava serviços submarinos para a Petrobrás, junto de suas plataformas de extração de petróleo marítimas. Passou a produção de minas navais e outros produtos do setor de defesa, em parceria com a Marinha do Brasil, através da ENGEPRON.
Características Técnicas do SICONTA MK-II:
-Acompanhamento manual e automático de alvos;
- Compilação multi-sensores do panorama tático;
- Auxílio a manobras táticas e à navegação;
- Controle de aenonaves;
- Interface com sistemas de armas;
- Controle de guerra eletrônica e
- Disparo de armas.
Interface com sensores:
- Radares de vigilância e navegação e IFF;
- Transpondedores de helicópteros;
- MAGE/CME/CCME/CHAFF;
- Enlaces digitais de dados e
- Sonares.
Interface com Armas:
- Canhões;
- Mísseis SA(anti-aéreos e de superfície) e
- Armas AS(anti-submarinas).
Equipamento(Hardware) e Programas(Software):
- Dois tipos de consoles vertical;
- Processadores Power PC;
- Barramento padrão VME;
- Rede Ethernet Duplicada;
- Interface de comunicação RS-422 , RS-232 e 1553-B;
- Visualização de radares em terminais gráficos;
- Protocolos TCP/IP e HDLC;
- Sistema operacional VXWORKS;
- Sistema implementado de forma distribuída e tolerante a falhas e
- Avaliação de ameaças.