porreiro pá!!!!cabeça de martelo escreveu:Pensões vitalícias para 399 políticos
Há quase quatro centenas de políticos e ex-políticos portugueses com pensão vitalícia. Só desde o início deste ano, já foi pedida por 16 pessoas.
Segundo a Caixa Geral de Aposentações, há 399 políticos e ex-políticos abrangidos por pensões vitalícias.
Segundo o Correio da Manhã, a média do valor das pensões ronda os 1900 euros por mês.
Criada em 1985, a pensão vitalícia era atribuída a quem tivesse assumido cargos durante 12 anos. Foi extinta 20 anos depois e, de 2005 a 2009, vigorou num regime transitório. Este ano, o Estado terá de gastar 8,8 milhões de euros com este encargo.
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politi ... _id=172876
Doze anos de tacho e depois 1900 euros mensais, para digamos, recuperação psicológica por perda da panela.
o "malandro" do Campos e Cunha parece não estar só, vejam lá o escândalo!
http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=426317Opinião
Pedro Braz Teixeira
Portugal, protectorado
Penso que Vasco Pulido Valente não exagera ao escrever: "ninguém reparou que o país sofreu a maior humilhação nacional deste último século". Rui Ramos diz-nos que Portugal passou à condição de protectorado a 10 de Maio de 2010 (uma data a colocar a par do "5 de Outubro, 28 de Maio e 25 de Abril") e que "perante o mau governo dos últimos 15 anos, talvez seja de dizer: ainda bem". Campos e Cunha não tem dúvidas: "uma vez que não nos sabemos governar, é melhor aceitar a tutela."
Mas será que as condições impostas pelos "colonizadores" serão as mesmas que as que resultariam de um bom Governo português? Mesmo que fossem, é evidente que existe um abismo de diferença entre um adulto que assume a opção de emagrecer para aumentar a sua saúde e um adolescente a quem os pais impõem um dieta.
Considero que um bom Governo português (no plano económico) deveria tentar alcançar dois objectivos e respeitar duas restrições. Os objectivos, que contribuem para o nosso bem-estar, deveriam ser: alcançar o pleno emprego e aumentar o nosso potencial de crescimento. Poder-se-ia acrescentar um terceiro objectivo - diminuir a desigualdade - mas vou simplificar, visto que a conjuntura também não ajuda. As restrições, que garantem a sustentabilidade dos objectivos, deveriam ser: controlar as contas públicas e controlar as contas externas.
O meu primeiro medo é que os "colonizadores" ignorem os objectivos por completo e se concentrem nas restrições. Os "colonizadores" querem lá saber se os portugueses são felizes ou não, só querem é que nós paguemos as contas. É evidente que os "colonizadores" não nos vão obrigar a tomar medidas para alcançar os objectivos, mas isso não impede o governo do protectorado de as tomar. Mas, pelo menos no curto prazo, faz sentido presumir que o governo do protectorado continuará a ser mau, caso contrário não nos teria conduzido à condição de protectorado, nem teria adjudicado a auto-estrada do Pinhal Interior nem meio TGV. A propósito, o que é que a Procuradoria-Geral da República está à espera para investigar estas concessões? Se isto não suscita suspeitas, o que é que suscita suspeitas?
O meu segundo medo é que os "colonizadores" se concentrem nas contas públicas e ignorem ou subvalorizem as contas externas. Isto produziria o mais frustrante dos cenários. Até 2013, os portugueses sofreriam sacrifícios duríssimos para controlar as contas públicas mas, exaustos, estariam animados na esperança de que os sacrifícios estariam a chegar ao fim. Devo dizer que estariam algo iludidos porque este PEC, mesmo na versão revista, não contém reformas estruturais da despesa, pelo que não resolve o problema.
Mas o pior de tudo seria acordar em 2013 a ver o fim da consolidação orçamental e os "colonizadores" (e os investidores internacionais) a exigirem que então voltássemos os nossos esforços para controlar as contas externas. E os portugueses, completamente derreados, a levarem em cima com um segundo pacote draconiano. Mas porque é que não nos avisaram disto antes? Porque é que perdemos tanto tempo em que podíamos estar a tomar medidas?
É improvável que os investidores esperem por 2013 para tomar consciência da insustentabilidade das nossas contas externas, com a nossa dívida externa a continuar a sua trajectória explosiva de 110% do PIB em 2009 para 130% do PIB em 2013. De qualquer forma todo o tempo que passar sem que os problemas do défice externo sejam atalhados será tempo irremediavelmente perdido.
Parece assim (mas que surpresa...) que o ideal seria termos um bom governo, mas que a condição de protectorado é, ainda assim, preferível à de sermos (muito) mal governados.
Economista
http://pbteixeira.blogspot.com/
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assino por baixo!
Que entrem por aqui de uma vez e tomem conta disto, e corram com esta CORJA DE incapazes e chulos!