Fórum Defesa Brasil

FIGHTERCOM escreveu: ↑Qua Mar 08, 2023 8:33 am Sinto "cheiro" de incoerência no ar! Vamos lá
Vejamos, em outro tópico você deu a entender que a Iveco precisa exportar o Guarani para não ter prejuízo, mesmo já tendo entregue mais de 500 para o EB. Agora você está defendendo que 100 unidades do Guará são suficientes para tirar o mesmo do papel?!
Qual a matemática aplicada nesses dois casos? Não entendi!
Abraços,
Wesley
Obs: também não sou fã da aquisição do JLTV. Mas também não acho que o Guará seja a solução ideal.

Olá Wesley.

A Iveco ficou no prejuízo quando o EB diminuiu meio que à revelia o número de unidades do Guarani a serem produzidos\comprados no contrato original que previa mais de 2,5 mil bldos, já que a empresa fez todo um planejamento para organizar seu processo produtivo\comercial para uma determinada quantidade anual de bldos, o que obviamente nunca aconteceu por pura e simples insolvência financeira e irresponsabilidade de quem escreveu um contrato fora da realidade. Tanto que foi gerenciado entre o EB e Iveco um número mínimo de compras anuais (60 unidades) a fim de não tornar a operação toda do veículo deficitária para a Iveco. Ou seja, a empresa está produzindo o mínimo do mínimo do mínimo apenas para manter a linha aberta, e ainda assim ter algum retorno. E nada mais. As exportações se tornaram mais importantes ainda no momento em que o EB deu para trás em tudo o que havia no contrato original, que dispensava a exportações como item impositivo a fim de manter o equilíbrio financeiro do projeto.

No caso do Guará 4WS, é só olhar os valores que o CFN dispensou para comprar míseras 12 unidades do JLTV, e ver que o mesmo investimento daria à Avibras mais que condições para terminar o desenvolvimento do blindado e ainda deixar ele dentro dos requisitos do CFN para um bldo 4X4. Aliás, este bldo foi concebido dentro do ROB da VBMT LSR do exército, ou seja, está totalmente adequado ao TO nacional.

O requisito para 100 bldos era inicial, e contava apenas as versões básicas. Seriam compradas muito mais que esta quantidade, incluindo versões especializadas. Eu fiz uma pequena análise particular da distribuição entre as OM do CFN em todo o país, e os números indicam que são necessários mais de 250 blindados entre básico e especiais.

O Guará 4WS hoje não passa de um protótipo. Mas mesmo assim ele foi aprovado, com sobras, segundo se diz, na avaliação que o CFN fez com ele anos atrás. Como de praxe, houve apontamentos aqui e ali para adequar o veículo aos padrões dos fuzileiros, mas nada que exigisse um reprojeto do mesmo. Conquanto, nem isso foi suficiente para que alguém em Brasília notasse essa possibilidade de investimento na indústria nacional.

Como disse antes, os números que aferi no geral levariam para a produção de mais de 250 blindados, o que deixaria os custos do projeto mais baratos no médio e longo prazo, e abriria uma porta para a sua entrada no EB, e talvez FAB.

Mas agora vamos ver o erário público deixar o tio Sam mais rico ainda, com centenas de JLTV sendo adquiridos nos próximos anos, quiçá décadas.

Fazer o que.

obs: a Avibras está oferecendo agora o Guará 4WS como AV-VOA - Veículo Observação Avançada para as Bia Observação dos GAC no exército. Antes ela oferecia o AV-VBL. O veículo possui ao menos 5 versões projetadas pela empresa, com emprego em diversas missões que cabem sem maiores problemas tanto no EB como no CFN. E a artilharia de campanha de um e outro sequer começou a ser modernizada de fato.

Estima-se que o custo de cada unidade 0km em configuração básica gire em torno de US$ 345 mil (ou R$ 1,8 milhão, pela cotação atual).

https://motor1.uol.com.br/features/6561 ... ha-brasil/

Algumas fontes abertas na internet dizem que a MB está pagando 15 milhões de reais pelos 12 JLTV adquiridos. Que intenciona-se sejam 60 até 2030.
Se o valor da matéria acima estiver correto, ou próximo da realidade do contrato, o custo da compra é de aproximadamente 21 milhões de dólares, apenas os veículos. Se adicionarmos CLS, peças de reposição, treinamento, etc, isto pode ultrapassar facilmente as 24 milhões de dólares. Por apenas 12 veículos.
O que me deixa mais puto da vida é saber que a marinha - que vive choramingando a falta de verbas para investimento, como as demais forças - se dispôs a meter a mão no bolso e botar no bolso do endinheirado tio Sam só para o CFN ficar um pouco mais parecido com o USMC, do tamanho de uma ameba, claro, então poderia muito bem financiar do próprio bolso o apronto do Guará 4WS e comprar o mesmo, que inda sobrava troco.
Se reclamavam aqui que o preço cotado do veículo da Avibras seria muito alto, caro demais para o nosso minguado orçamento, bom, aí está a demonstração cabal de que quando querem, os militares não tem problemas com recursos para comprar exatamente o que querem.
E não vejo ninguém reclamando por isso.

Isso daí é uma verdadeira pechincha! Afinal, estamos falando do único carro possível para o Chuck Norris.

Que porra de Chuck Norris mané coisa nenhuma
O nosso problema é arrumar um carro fodão para o nosso herói aqui



Para ele o Guará 4WS dá e sobra.

Ainda está para aparecer o cabra macho que irá fazer o CFN comprar material nacional.

FCarvalho escreveu: ↑Qui Abr 13, 2023 6:07 pm Ainda está para aparecer o cabra macho que irá fazer o CFN comprar material nacional.

Uma grande verdade.... É quase uma "obcessão" da força ser uma cópia da USN!!!!

Adotando um fuzil de 20" de cano, enquanto todo mundo está reduzindo o tamanho dos fuzis, mesmo adotando cartuchos mais poderosos, como 6.5 mm e .277 Fury, inclusive o USMC tem trocado as M16 pela M27 e M38, mas só o CFN acha legal adquirir M16A4 em 2023.

Se fossem preferir continuar na plataforma AR, tem o T4 ai e suas versões Militares, bem mais modernos que o IA2, mas não, vamos pegar M16A4.

gabriel219 escreveu: ↑Qui Abr 13, 2023 7:13 pm Adotando um fuzil de 20" de cano, enquanto todo mundo está reduzindo o tamanho dos fuzis, mesmo adotando cartuchos mais poderosos, como 6.5 mm e .277 Fury, inclusive o USMC tem trocado as M16 pela M27 e M38, mas só o CFN acha legal adquirir M16A4 em 2023.

Se fossem preferir continuar na plataforma AR, tem o T4 ai e suas versões Militares, bem mais modernos que o IA2, mas não, vamos pegar M16A4.

Não basta ter um cano de 20" ainda tem que ter coronha fixa.

Eu fico até admirado do CFN não ter embarcado na M-60E4.



Um abraço e t+

Strike91 escreveu: ↑Qui Abr 13, 2023 6:47 pm

FCarvalho escreveu: ↑Qui Abr 13, 2023 6:07 pm Ainda está para aparecer o cabra macho que irá fazer o CFN comprar material nacional.

Uma grande verdade.... É quase uma "obcessão" da força ser uma cópia da USN!!!!

O USMC o que está a usar é isto:



https://hk-usa.com/wp-content/uploads/M ... 4-2011.pdf

O que o vosso CF está a imitar é o USMC pré-2000.

cabeça de martelo escreveu: ↑Sex Abr 14, 2023 12:37 pm O que o vosso CF está a imitar é o USMC pré-2000.

Essa é a mentalidade do Militar mais forte das Forças Armadas Brasileiras.

Mas é de se admirar, no Exército, por exemplo, temos mentalidade de 1960, quando MBT Médios faziam sucesso sem enfrentar um conflito, até que veio a Guerra do Vietña e todo mundo correu pra desenvolver blindados mais pesados e blindados, eliminando carros de combate médios.

Frederico Vitor escreveu: ↑Sex Abr 14, 2023 10:03 am

Agora que vi essa foto e meu Deus do céu, olha o posicionamento dessa Acog!

A Acog é conhecidíssima por possuir um "Eye Relief" extremamente curto, o que faziam tropas do EUA utilizá-las na parte mais inferior possível, tanto no USMC quanto na US Army. O Eye Relief da Acog é de 1.5", sendo 3.1 cm e no M16A4 da Marinha deve estar a no mínimo uns 10 cm, praticamente INUTILIZANDO a Acog, é totalmente fora do Eye Box. O Fuzileiro Naval ali não vai enxergar absolutamente nada na Acog, quem que teve essa ideia estúpida?



O Eye Relief e o Eye Box são os dois fatores mais detestados da Acog por serem muito curto, o que incomoda em alguns fuzis, e ai alguém do CFN decide usar da forma mais imbecil que a humanidade pode proporcionar.

Podíamos até aliviar por ser uma exposição, mas mantiveram o "Carrying Handle", o que basicamente impede que qualquer óptico que tenha zoom, por maior que seja o Eye Relief, opere de forma confiável no fuzil por estar longe pra burro dos olhos do Fuzileiro, Acog fica totalmente inutilizada, inutilizando junto o Fuzil, já que a única forma de usá-lo com precisão é removendo a Acog, que neste ângulo está impedindo o alinhamento entre a massa e a alça de mira.

Sabe o que mais de deixa fodido? O que o CFN mais criticou quanto ao IA2 é ele não ser ergonômico o suficiente, principalmente devido a sua coronha não ter ajuste de comprimento e agora vão "adotar" um fuzil com coronha fixa. Brabo demais, combina bem com essa nova camuflagem de Airsoft do ML que escolheram.

A impressão que eu tenho é que Oficiais-Generais das Forças Armadas, especialmente EB e MB, parecem usar o orçamento que tem pra ficar brincando de The Sims Militar e não algo realmente sério.

gabriel219 escreveu: ↑Qui Abr 13, 2023 7:13 pm Adotando um fuzil de 20" de cano, enquanto todo mundo está reduzindo o tamanho dos fuzis, mesmo adotando cartuchos mais poderosos, como 6.5 mm e .277 Fury, inclusive o USMC tem trocado as M16 pela M27 e M38, mas só o CFN acha legal adquirir M16A4 em 2023.

Se fossem preferir continuar na plataforma AR, tem o T4 ai e suas versões Militares, bem mais modernos que o IA2, mas não, vamos pegar M16A4.

Sem contar os Fire Eagle que tem cano forjado a frio.

J.Ricardo escreveu: ↑Seg Abr 17, 2023 9:57 am

gabriel219 escreveu: ↑Qui Abr 13, 2023 7:13 pm Adotando um fuzil de 20" de cano, enquanto todo mundo está reduzindo o tamanho dos fuzis, mesmo adotando cartuchos mais poderosos, como 6.5 mm e .277 Fury, inclusive o USMC tem trocado as M16 pela M27 e M38, mas só o CFN acha legal adquirir M16A4 em 2023.

Se fossem preferir continuar na plataforma AR, tem o T4 ai e suas versões Militares, bem mais modernos que o IA2, mas não, vamos pegar M16A4.

Sem contar os Fire Eagle que tem cano forjado a frio.

Cara, é muito pior, eu não tinha visto essa imagem do M16A4 com a Acog. É um crime ver isso, praticamente inutilizaram qualquer coisa acima de 3x com aqueles trilhos e meteram uma Acog ali, o pior óptico em termos de Eye Relief, tendo que quase encostar seu olho na Acog pra ver bem e olha a distância daquilo.

Putz velho, eu sou um civil, dei poucos tiros na minha vida, mas até EU SEI que não se deve usar ópticos de ampliação assim, muito, mas muito menos uma Acog!

Se esse fuzileiro estiver vendo parte do "Chevron" da Acog, vai ser um milagre!