A gente normalmente parte de uma premissa errada que o inimigo é onipresente.E se o adversário tiver flankers na área?
Isso é bom pra gente ficar esperto e nunca baixar a guarda. Mas é uma irrealidade.
Duas dúzias de caças não interditam um espaço aéreo tão grande, seja lá qual forem.
É só lembrar que no tempo da OTAN x Pacto de Varsórvia, as frentes do CENTAG e NORTHAG juntas tinham uns 400 km de extensão. Eram literalmente centenas (milhares?) de caças mobiliando e mesmo assim havia espaço para operações aeromóveis, infiltrações etc.
O Afeganistão é um pouco maior que a Bahia (tem menos que 10% da área do Brasil). A OTAN colocou mais de 150.000 homens lá e não foi suficiente. O URSS colocou 500.000 e também não foi suficiente.
O Iraque é menor ainda (menor que Minas Gerais). E a USAF chegou a operar 25 esquadrões de caças lá.
Em todos esses casos, apesar dos números impressionantes, sempre havia espaços sem vigilância, áreas passivas, locais em que ninguém nunca aparecia. Milhares de anos atrás, Sun Tzu já dizia que deveríamos usar justamente esses terrenos para surpreender o inimigo. Não temos porque contrariá-lo.
Entre 20 aeronaves de ponta e 100 "médias", as 100 tem condições de estabelecer superioridade aérea em mais locais ao mesmo tempo. A força aérea vai sofrer mais, mas vai ganhar a guerra.
Abraços,