http://www.uboatarchive.net/U-162INT.htm(...)
U-162 fired all her torpedoes on this cruise while she was in her operational area, having taken those from the upper deck into the boat one day at dusk, and apparently sank 9 ships totaling 49,000 tons. The ships sunk were all traveling alone; 4 were tankers totaling 30,000 tons and one was a sailing vessel. Prisoners admitted sinking the following seven ships on this cruise:
(...)
2. PARNAHYBA (O.N.I. Note: Brazilian freighter, 6,692 G.T., sunk on MAy 1, 1942 at 1510 EWT at 12 N - 58.20 W; 2 torpedoes, 30 rounds shellfire.)
(...)
Chapter XIV
MISCELLANEOUS REMARKS
WATTENBERG spoke on the German radio from the Zeesen station on June 20, 1942, enumerating the successes of his second war cruise. He claimed the sinking of 9 ships, totaling 49,000 tons, and mentioned by name ATHELEMPRESS, PARMAHYBA and FLORENCE M. DOUGLAS (See Chapter V). In describing the sinking of the Brazilian merchantman, PARMAHYBA, he said that the ship broke in two after his second torpedo hit, "presenting a spectacle of singular beauty. . . . . . . . . "
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
O relato do Fregattenkapitän Jürgen Wattenberg sobre o afundamento do Parnahyba:
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Exato, não passam de politiqueiros, nunca profissionais da história - historiadores.marcelo l. escreveu:Bom, isso de História ideológica não existe desde a década de 1990 com certeza, quando a escola dos Annales domina a cena brasileira através da história das mentalidades. A história das idéias, sua antecessora, já não tinha essa tendência vide o livros do Carlos Guilherme Motta. Alguns dos livros citados como exemplos da história politizada são mais de polemistas do que historiadores e nunca foram parte das bibliografias dos cursos da FFLCH, quem diz que era, foi que em seu passado era trotskista (como todos que conheci nunca leu o dito cujo) e como estudavam nada, utilizavam desses textos.delmar escreveu: Companheiro, este é o típico caso de querer criar teorias conspiratórias em detrimento dos fatos. Há fartas provas documentais sobre quem torpedeou os navios brasileiros, inclusive as declarações de um dos comandantes alemães de submarino. Sabe-se inclusive os números de matrículas dos submarinos. Além dos alemães também os italianos afundaram nossos navios.
Lamento pelos teus professores de história, mas eles representam um tendência que houve ( e continua havendo) em certos meios acadêmicos, especialmente aqueles ligados a história, de fazerem uma interpretação ideológica dos fatos. Aconteceu com a Guerra do Paraguai, com Canudos, com as guerras pela posse das Missões e, claro, com a participação do Brasil na segunda guerra. Tudo resumia-se sempre na lutas dos oprimidos contra os opressores. Os militares e as "oligarquias" brasileiras eram os opressores e os pobres paraguaios de Solano Lopez, os fanáticos religiosos de Canudos e os indios guaranis da Missões, os oprimidos que lutavam contra a opressão, pela liberdade, e eram miseravelmente exterminados. Todos os "oprimidos" viviam invariavelmente "uma experiência socialista" que precisava ser aniquilada antes de contaminar o resto do país.
No caso dos submarino insinua-se uma conspiração entre as elites governantes do Brasil com os EUA para afundarem nossos próprios navios e colocarem a culpa nos países do Eixo, justificando assim o ingresso do Brasil na guerra. Como não há qualquer prova ou indício que possam sustentar tal tese, eles ficam no "achismo", nas insinuações, nas teorias conspiratórias. Nossa participação na guerra foi assim na condição de "lacaios do império" e não teve nenhuma glória.
saudações
Havia evidências sim que os americanos foram os responsáveis, assim como há que presidente americano sabia do ataque japonês, mas o mais factivel é que foram os Alemães pelos documentos atualmente disponíveis. Mas, cabe lembrar quem alimentou até essa idéia do ataque ser americano foi o governo brasileiro da década de 1970 para corroborar com a denúncia que fizeram do tratado militar Brasil/EUA.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Perfeito, é por aí mesmo.Bolovo escreveu:Ai ai ai, Foxtrot. Qualquer historiador sério riria da tua cara quanto a questão dos afundamentos. Há os diários, os depoimentos, as fotografias, enfim, há tantos dados com detalhes minuciosos, que não dá mais para duvidar. A Segunda Guerra foi algo tão grande, que não foram os brasileiros que foram a ela, foi ela que chegou para os brasileiros. O nordeste brasileiro tinha importância estratégica para os EUA? Obviamente. Era importante ter o Brasil como aliado? Sim. Era importante para eles tropas brasileiras no campo de batalha? Não! Vou explicar o porque.FOXTROT escreveu:Pessoal, a questão do afundamento dos mercantes na 2º WW não deve ser descartada, quem conhece um pouco da política dos EUA, sabe que eles são capazes de qualquer coisa suja. Mas eu sempre me pergunto o que eles ganhariam com isso? porque a participação do Brasil foi mínima, ainda se estivesse enviado duzentos mil homens vá lá. Mas eu não me atrevo a duvidar das falcatruas Norte Americanas...
Após o ataque de Pearl Harbor, os EUA entraram em estado de guerra contra o eixo. Para o esforço de guerra, é preciso todo tipo de coisa que você imaginar. Tínhamos algumas delas, o exemplo mais citado é o da borracha. Com as conquistas japonesas no Pacífico, os EUA perderam a sua principal fonte de latex barato. A borracha brasileira que, por ironia, tinha perdido poder por conta da borracha asiática, voltou para preencher o lugar desta. Mas eles também queriam mais de nós.
O nordeste brasileiro era considerado na época um dos pontos estratégicos mais importantes do mundo. Não é a toa. É o ponto mais a leste da América perto do mais a oeste da África. Daqui, ir para Dakar e suprir as tropas no norte africano. Além disso, de Parnamirim poderiam fazer inuméros vôos de patrulha antisubmarina e fechar o Atlântico Sul da movimentação alemã. Os americanos temiam que a Batalha do Atlântico se estendesse até o sul, complicando ainda mais a logística da guerra.
Com o panamericanismo a aquela coisa toda, todos países americanos naturalmente apoiaram os Estados Unidos. Mas nem por isso romperam com a Alemanha. Isso só ocorreu no começo de 1942, com a declaração das Nações Unidas. Não ainda não estavam em estado de guerra. Nesse período foi acordado o uso das bases no nordeste pelos americanos e a criação da CSN (que os EUA relutavam em ceder). O envio de tropas brasileiras ao front de batalha nem se cogitava. Vargas estava neutro nesse. O seu governo tinha tendências fascistas, a principio aliado ao eixo, mas pragmaticamente ele nunca se afastou dos EUA, pois era e foi o nosso principal parceiro economico.
Agora a questão dos submarinos. Eles eram alemães ou americanos?
Submarinos alemães e italianos já operavam na costa brasileira desde o começo de 1942, apenas observando a intensa movimentação entre Brasil e, claro, patrulhando a rota Natal-Dakar. Porém é em agosto que a situação fica séria, quando o U-507 afunda cinco navios brasileiros em dois dias, matando mais de 600 pessoas. Tudo isso está registrado. Isso gerou um forte clamor nacional. Quem queria o Brasil na guerra era o povo brasileiro, não Vargas, não os americanos. E assim, no final de agosto, estavamos em guerra. Só em 1943, após conversas entre Vargas e Roosevelt, foi decidido o que para onde íriamos, o que faríamos e o que seria de nós na guerra.
Para os americanos, não havia nenhuma, repito, nenhuma vontade, necessidade ou prazer em mandar tropas brasileiras para a guerra. O porque é simples: não precisavam. O que precisavam de nós eles conseguiram no começo de 1942, antes de declararmos guerra à Alemanha: a posição estratégica no nordeste brasileiro e os valiosos e precisosos recursos para o esforço de guerra aliado. O fator humano eles tinham de sobra nos EUA (mais de 16 milhões serviram) ou em seus aliados mais próximos, notadamente GB e por consequência suas inúmeras colônias pelo mundo (Canadá, Austrália, Índia, África do Sul, etc). Logo, a falta de soldados não era problema algum. Isso eles tinham de sobra.
Não existiu nenhum custo benefício para os EUA em mandar brasileiros para a Itália, afinal, foram eles quem equiparam, treinaram e enviaram os brasileiros para a guerra. Pergunte-se a si mesmo, Foxtrot. Tínhamos um exercito mal armado até para resolver algum conflito com os países platinos, imagina para combater o eixo. Tivemos que criar um exército do zero para mandar a Itália, e tudo isso subsidiado pelo grande Satã. Isso não me parece o que os americanos estavam desejando, em que naquela época viveram o momento mais pragmático da história de sua política externa.
Uma divisão brasileira a mais ou a menos não influenciaria em nada a campanha italiana. Nós fomos lá não porque nos mandaram, mas fomos lá porque foi o que desejamos! Fomos lá vingar os mais de 1000 mortos nos torpedeamentos alemães, não para ajudar os americanos a vencer uma guerra na reta final e muito menos para pagarmos uma siderúrgica. A FEB foi algo acima de tudo isso. Fomos mostrar ao mundo que isso não ficaríamos parados.
Concordo que não devemos nunca duvidar das intenções norteamericanas. Eles são mestres nisso. Mas a coisa não é assim tão fácil, a culpa é sempre deles... o pragmatismo deles na época foi tão grande que pode ser comprovado com a aproximação deles durante a guerra. Nessa época, o Brasil era a menina dos olhos, estávamos com tudo, tínhamos até o Zé Carioca. Acabou a guerra, acabou tudo isso, cairam fora e nunca mais voltaram os olhos para cá.
Quanto as fontes, recomendo:
Ficha do U507 no Uboat.net: http://www.uboat.net/boats/u507.htm
Livro "Os Brasileiros e a Segunda Guerra Mundial" de Francisco César Ferraz: http://www.zahar.com.br/catalogo_detalhe.asp?id=0944
Submarinos agressores no Sentando a Pua: http://www.sentandoapua.com.br/joomla/c ... /18/69/99/
Saudações
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Esse capitão Wattenberg foi capturado neste mesmo ano de 1942, quando seu submarino foi afundado no próprio Caribe. Ele foi levado para os Estados Unidos onde planejou e executou a maior fuga de prisioneiros de guerra da história daquele país. Eles tentaram chegar ao México, mas acabaram recapturados.Junker escreveu:O relato do Fregattenkapitän Jürgen Wattenberg sobre o afundamento do Parnahyba:
O capitão morreu em 1995, na Alemanha.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Hans-Werner Kraus, comandante do U199, afundado pelo Catalina "Arará" da FAB, também foi preso e participou dessa tentativa de fuga. Morreu aos 74, em 1990.
http://www.uboat.net/men/kraus.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Hans-Werner_Kraus
http://www.uboat.net/men/kraus.htm
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Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Tenho algum material sobre a 1ª e 2ª guerras (documentarios, livros, fotos, filmes...) e gostaria de saber se posso colocar links para quem quiser baixa-los, e se sim, se existe algum tópico especifico para tal. Caso seja permitido a postagem destes links, e não exista um tópico especifico, posso cria-lo? Desculpem o off, mas não achei o local adequado para perguntar. 

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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Retornando ao caso da teoria da conspiração, ela é forte em vários seguimentos por que ela evoca acontecimentos passados mais recentes como o descrito pelo PML, esse reinterpretar o passado com os olhos do presente, faz com que muitas vezes as pessoas procurem conecções ou similaridades com ocorrências presentes, um dos casos mais famosos e passa nas nossas escolas o filme é ver o Danton, o processo da Revolução como um filme histórico e não com um filme que utiliza de um tema histórico para discutir a situação da Polônia daquele momento.
Lincoln Gordon e a máscara da história
TER, 22/12/09POR PAULO MOREIRA LEITE || TAGS DEMOCRACIA, GOLPE, IDÉIAS E LEMBRANÇAS
Embaixador dos Estados Unidos no Brasil durante o golpe de 64, Lincoln Gordon passou as décadas seguintes de sua existência tentando explicar-se sobre aqueles dias decisivos. (Na foto, Gordon e o presidente Lindon Johnson na Casa Branca).
Formado em Harvard, Gordon foi um entre tantos intelectuais americanos chamados a ocupar posição de destaque no governo de John Kennedy,
empossado como uma esperança de renovação na política americana — e uma promessa de conter as idéais comunistas impulsionadas pela vitória de Fidel Castro em Cuba.
Gordon veio ao Brasil para estimular da Aliança para o Progresso, um projeto da Casa Branca que pretendia ajudar o desenvolvimento da América Latina, com programas ousados de ajuda e reformas sociais em várias áreas, inclusive educação e reforma agrária.
Conheci Gordon logo depois de mudar para os Estados Unidos como correspondente da Gazeta Mercantil. Eu era correspondente em Washington e consegui um furo de reportagem: um documento que relatava um encontro entre o embaixador, John Kennedy e um assessor presidencial, na Casa Branca. Ninguém tinha visto coisa parecida antes — e fui o primeiro a publicar a história.
Conforme o documento, em julho de 1962, numa reunião curta, os três discutiram uma informação trazida pelo embaixador: estava em curso, em nosso país, um movimento destinado a tirar Goulart de seu posto — e Gordon queria saber o que fazer. Kennedy deu uma resposta para a posteridade, dessas que parecem escritas por advogados já de ôlho nos livros de história. Disse que os EUA poderiam apoiar o movimento dos militares — desde que ele respeitasse a Constituição.
Concretamente: a Casa Branca aceitava a idéia de livrar-se de Goulart e até poderia apoiar o golpe — mas fazia questão de que os militares mantivessem as aparências, cuidado ainda essencial na retorica da Casa Branca naquele período da Guerra Fria. O apelo de respeito a Constituição feito por Kennedy era um caso típico de retórica imperial — pois não se conhece Constituição que autorize a deposição de um presidente eleito a partir de subversão militar. Pedi ajuda a um diplomata brasileiro para entender o texto com toda clareza. Era aquilo: Kennedy deu o sinal verde mas não queria comprometer-se.
Com um papel tão precioso na mão, fui passar o assunto a limpo com o embaixador. Gordon não negou o que fora dito no encontro — nem poderia, pois a conversa na Casa Branca fora registrada pelo sistema de gravações do governo americano. Preocupado com a repercussão do episódio, passou toda a entrevista tentando diminuir o papel do governo americano no golpe de 64.
A reunião de 1962 era um evento especialmente constrangedor para um diplomata com sua formação acadêmica e que, quatro décadas depois, após a redemocratização do Brasil, gostava de ser recebido com boa vontade nos coquetéis e festas do governo brasileiro e até visitava o país sem ser
alvo de críticas e muito menos de protestos. A democratização do país fora ampla e quase irrestrita — e Gordon não queria ficar de fora, apesar do passado.
Para reforçar seu argumento, me deu o que seria a reconstituição de seu célebre diálogo com o secretario de Estado Dean Rusk no 1 de abril de 64. Levei uma cópia do documento comigo — até descobrir que faltava uma folha, exatamente aquela que registrava as ofertas de armamento pesado e até víveres para os golpistas.
Confesso que até hoje esse episódio me intriga. Seria o embaixador tão ingenuo a ponto de acreditar que eu não iria conferir o material que ele me entregou? Ou tudo não passou de um acaso, um descuido na hora de copiar aqueles papéis?
A máquina xerox deu problema, como ele me disse, quando lhe perguntei por que não me passara justamente aquela folha mais importante? Não sei. Gordon morreu com 95 anos e já estava velhinho, no ano 2 000. Tinha de se virar sòzinho para copiar documentos no Brookings Institution, imponente entidade de pesquisas de Washington, com históricas ligações com o Partido Democrata. Estava tenso e preocupado, quando conversamos sobre a reunião de 1962. Voltamos a falar sobre o assunto, muitos meses depois. Eu voltei a perguntar sobre a página desaparecida. Mais uma vez ele colocou a culpa na máquina de xerox — mas, desta vez, sorria de modo irônico. Não pretendia me convencer. Expressamente, jamais admitiu que cometera um engano proposital.
Na medida em que a democratização do Brasil avançou, Gordon passou a
reconstruir a própria biografia, afastando-se dos golpistas com os quais havia se aliado.
O apoio americano pode ser resumido por este editorial do New York Times, no 7 de abril, apenas uma semana depois da queda de Goulart. Dando crédito a versão de que o golpe teve apoio popular quase unânime, o que está longe de ser verdadeiro, o mais prestigiado jornal americano escreveu: “É difícil saber quem ficou mais satisfeito com a derrubada de Goulart, os próprios brasileiros ou o Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.”
Diplomata com posto no Brasil, na época, Jerome Levinson recordou o esforço de Gordon para cortar os programas de ajuda a Goulart — e restaurá-los assim que os militares assumiram o governo. Em entrevista, o próprio Gordon admitiu essa postura, naquela época.
O problema é que, como sempre acontece, após um golpe de Estado sempre vem uma democratização — e aí é preciso saber o que se faz com a biografia de cada um. Após a ditadura, a atitude de Gordon era do sujeito que tinha um problema no passado, como o sujeito que fizera alianças erradas — mas queria que os demais fingissem que não sabiam de nada. Chegava às recepções em Washington com um sorriso tímido, quase inseguro, como se temesse ser identificado e denunciado por um convidado de idéias radicais — o que nunca acontecia. Aos poucos, mostrava-se confiante e à vontade.
Meses antes de minha reportagem, ele havia comprado uma disputa pública com o ex-ministro Ronaldo Costa Couto, que publicara suas pesquisas sobre o golpe de 64 e falara sobre o papel da CIA no Brasil. Na época, Gordon sustentou que a CIA passara longe da deposição de Goulart. Sua linha de argumentação sempre fora essa. Mas os documentos sobre o diálogo na Casa Branca — e o telefonema do 1 de abril — desmentiam isso.
Embaixador no Brasil entre 1961 e 1966, Lincoln Gordon foi personagem do
processo de endurecimento da diplomacia americana no Continente, iniciada
quando se verificou que as idéias reformistas da Aliança para o Progresso não iriam levar a nenhum lugar: não eram generosas a ponto de seduzir o eleitorado de esquerda nem conservadoras a ponto de virar uma bandeira da direita. Ao deixar o Brasil, Gordon tornou-se subsecretário de Estado para a América Latina, posto que ocupou até 1968. Nessa condição, assistiu a militarização quase integral do Continente, sempre com apoio do governo americano.
Lincoln Gordon e a máscara da história
TER, 22/12/09POR PAULO MOREIRA LEITE || TAGS DEMOCRACIA, GOLPE, IDÉIAS E LEMBRANÇAS
Embaixador dos Estados Unidos no Brasil durante o golpe de 64, Lincoln Gordon passou as décadas seguintes de sua existência tentando explicar-se sobre aqueles dias decisivos. (Na foto, Gordon e o presidente Lindon Johnson na Casa Branca).
Formado em Harvard, Gordon foi um entre tantos intelectuais americanos chamados a ocupar posição de destaque no governo de John Kennedy,
empossado como uma esperança de renovação na política americana — e uma promessa de conter as idéais comunistas impulsionadas pela vitória de Fidel Castro em Cuba.
Gordon veio ao Brasil para estimular da Aliança para o Progresso, um projeto da Casa Branca que pretendia ajudar o desenvolvimento da América Latina, com programas ousados de ajuda e reformas sociais em várias áreas, inclusive educação e reforma agrária.
Conheci Gordon logo depois de mudar para os Estados Unidos como correspondente da Gazeta Mercantil. Eu era correspondente em Washington e consegui um furo de reportagem: um documento que relatava um encontro entre o embaixador, John Kennedy e um assessor presidencial, na Casa Branca. Ninguém tinha visto coisa parecida antes — e fui o primeiro a publicar a história.
Conforme o documento, em julho de 1962, numa reunião curta, os três discutiram uma informação trazida pelo embaixador: estava em curso, em nosso país, um movimento destinado a tirar Goulart de seu posto — e Gordon queria saber o que fazer. Kennedy deu uma resposta para a posteridade, dessas que parecem escritas por advogados já de ôlho nos livros de história. Disse que os EUA poderiam apoiar o movimento dos militares — desde que ele respeitasse a Constituição.
Concretamente: a Casa Branca aceitava a idéia de livrar-se de Goulart e até poderia apoiar o golpe — mas fazia questão de que os militares mantivessem as aparências, cuidado ainda essencial na retorica da Casa Branca naquele período da Guerra Fria. O apelo de respeito a Constituição feito por Kennedy era um caso típico de retórica imperial — pois não se conhece Constituição que autorize a deposição de um presidente eleito a partir de subversão militar. Pedi ajuda a um diplomata brasileiro para entender o texto com toda clareza. Era aquilo: Kennedy deu o sinal verde mas não queria comprometer-se.
Com um papel tão precioso na mão, fui passar o assunto a limpo com o embaixador. Gordon não negou o que fora dito no encontro — nem poderia, pois a conversa na Casa Branca fora registrada pelo sistema de gravações do governo americano. Preocupado com a repercussão do episódio, passou toda a entrevista tentando diminuir o papel do governo americano no golpe de 64.
A reunião de 1962 era um evento especialmente constrangedor para um diplomata com sua formação acadêmica e que, quatro décadas depois, após a redemocratização do Brasil, gostava de ser recebido com boa vontade nos coquetéis e festas do governo brasileiro e até visitava o país sem ser
alvo de críticas e muito menos de protestos. A democratização do país fora ampla e quase irrestrita — e Gordon não queria ficar de fora, apesar do passado.
Para reforçar seu argumento, me deu o que seria a reconstituição de seu célebre diálogo com o secretario de Estado Dean Rusk no 1 de abril de 64. Levei uma cópia do documento comigo — até descobrir que faltava uma folha, exatamente aquela que registrava as ofertas de armamento pesado e até víveres para os golpistas.
Confesso que até hoje esse episódio me intriga. Seria o embaixador tão ingenuo a ponto de acreditar que eu não iria conferir o material que ele me entregou? Ou tudo não passou de um acaso, um descuido na hora de copiar aqueles papéis?
A máquina xerox deu problema, como ele me disse, quando lhe perguntei por que não me passara justamente aquela folha mais importante? Não sei. Gordon morreu com 95 anos e já estava velhinho, no ano 2 000. Tinha de se virar sòzinho para copiar documentos no Brookings Institution, imponente entidade de pesquisas de Washington, com históricas ligações com o Partido Democrata. Estava tenso e preocupado, quando conversamos sobre a reunião de 1962. Voltamos a falar sobre o assunto, muitos meses depois. Eu voltei a perguntar sobre a página desaparecida. Mais uma vez ele colocou a culpa na máquina de xerox — mas, desta vez, sorria de modo irônico. Não pretendia me convencer. Expressamente, jamais admitiu que cometera um engano proposital.
Na medida em que a democratização do Brasil avançou, Gordon passou a
reconstruir a própria biografia, afastando-se dos golpistas com os quais havia se aliado.
O apoio americano pode ser resumido por este editorial do New York Times, no 7 de abril, apenas uma semana depois da queda de Goulart. Dando crédito a versão de que o golpe teve apoio popular quase unânime, o que está longe de ser verdadeiro, o mais prestigiado jornal americano escreveu: “É difícil saber quem ficou mais satisfeito com a derrubada de Goulart, os próprios brasileiros ou o Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.”
Diplomata com posto no Brasil, na época, Jerome Levinson recordou o esforço de Gordon para cortar os programas de ajuda a Goulart — e restaurá-los assim que os militares assumiram o governo. Em entrevista, o próprio Gordon admitiu essa postura, naquela época.
O problema é que, como sempre acontece, após um golpe de Estado sempre vem uma democratização — e aí é preciso saber o que se faz com a biografia de cada um. Após a ditadura, a atitude de Gordon era do sujeito que tinha um problema no passado, como o sujeito que fizera alianças erradas — mas queria que os demais fingissem que não sabiam de nada. Chegava às recepções em Washington com um sorriso tímido, quase inseguro, como se temesse ser identificado e denunciado por um convidado de idéias radicais — o que nunca acontecia. Aos poucos, mostrava-se confiante e à vontade.
Meses antes de minha reportagem, ele havia comprado uma disputa pública com o ex-ministro Ronaldo Costa Couto, que publicara suas pesquisas sobre o golpe de 64 e falara sobre o papel da CIA no Brasil. Na época, Gordon sustentou que a CIA passara longe da deposição de Goulart. Sua linha de argumentação sempre fora essa. Mas os documentos sobre o diálogo na Casa Branca — e o telefonema do 1 de abril — desmentiam isso.
Embaixador no Brasil entre 1961 e 1966, Lincoln Gordon foi personagem do
processo de endurecimento da diplomacia americana no Continente, iniciada
quando se verificou que as idéias reformistas da Aliança para o Progresso não iriam levar a nenhum lugar: não eram generosas a ponto de seduzir o eleitorado de esquerda nem conservadoras a ponto de virar uma bandeira da direita. Ao deixar o Brasil, Gordon tornou-se subsecretário de Estado para a América Latina, posto que ocupou até 1968. Nessa condição, assistiu a militarização quase integral do Continente, sempre com apoio do governo americano.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
marcelo l. escreveu:Retornando ao caso da teoria da conspiração, ela é forte em vários seguimentos por que ela evoca acontecimentos passados mais recentes como o descrito pelo PML, esse reinterpretar o passado com os olhos do presente, faz com que muitas vezes as pessoas procurem conecções ou similaridades com ocorrências presentes, um dos casos mais famosos e passa nas nossas escolas o filme é ver o Danton, o processo da Revolução como um filme histórico e não com um filme que utiliza de um tema histórico para discutir a situação da Polônia daquele momento.
Lincoln Gordon e a máscara da história
TER, 22/12/09POR PAULO MOREIRA LEITE || TAGS DEMOCRACIA, GOLPE, IDÉIAS E LEMBRANÇAS
Embaixador dos Estados Unidos no Brasil durante o golpe de 64, Lincoln Gordon passou as décadas seguintes de sua existência tentando explicar-se sobre aqueles dias decisivos. (Na foto, Gordon e o presidente Lindon Johnson na Casa Branca).
Formado em Harvard, Gordon foi um entre tantos intelectuais americanos chamados a ocupar posição de destaque no governo de John Kennedy,
empossado como uma esperança de renovação na política americana — e uma promessa de conter as idéais comunistas impulsionadas pela vitória de Fidel Castro em Cuba.
Gordon veio ao Brasil para estimular da Aliança para o Progresso, um projeto da Casa Branca que pretendia ajudar o desenvolvimento da América Latina, com programas ousados de ajuda e reformas sociais em várias áreas, inclusive educação e reforma agrária.
Conheci Gordon logo depois de mudar para os Estados Unidos como correspondente da Gazeta Mercantil. Eu era correspondente em Washington e consegui um furo de reportagem: um documento que relatava um encontro entre o embaixador, John Kennedy e um assessor presidencial, na Casa Branca. Ninguém tinha visto coisa parecida antes — e fui o primeiro a publicar a história.
Conforme o documento, em julho de 1962, numa reunião curta, os três discutiram uma informação trazida pelo embaixador: estava em curso, em nosso país, um movimento destinado a tirar Goulart de seu posto — e Gordon queria saber o que fazer. Kennedy deu uma resposta para a posteridade, dessas que parecem escritas por advogados já de ôlho nos livros de história. Disse que os EUA poderiam apoiar o movimento dos militares — desde que ele respeitasse a Constituição.
Concretamente: a Casa Branca aceitava a idéia de livrar-se de Goulart e até poderia apoiar o golpe — mas fazia questão de que os militares mantivessem as aparências, cuidado ainda essencial na retorica da Casa Branca naquele período da Guerra Fria. O apelo de respeito a Constituição feito por Kennedy era um caso típico de retórica imperial — pois não se conhece Constituição que autorize a deposição de um presidente eleito a partir de subversão militar. Pedi ajuda a um diplomata brasileiro para entender o texto com toda clareza. Era aquilo: Kennedy deu o sinal verde mas não queria comprometer-se.
Com um papel tão precioso na mão, fui passar o assunto a limpo com o embaixador. Gordon não negou o que fora dito no encontro — nem poderia, pois a conversa na Casa Branca fora registrada pelo sistema de gravações do governo americano. Preocupado com a repercussão do episódio, passou toda a entrevista tentando diminuir o papel do governo americano no golpe de 64.
A reunião de 1962 era um evento especialmente constrangedor para um diplomata com sua formação acadêmica e que, quatro décadas depois, após a redemocratização do Brasil, gostava de ser recebido com boa vontade nos coquetéis e festas do governo brasileiro e até visitava o país sem ser
alvo de críticas e muito menos de protestos. A democratização do país fora ampla e quase irrestrita — e Gordon não queria ficar de fora, apesar do passado.
Para reforçar seu argumento, me deu o que seria a reconstituição de seu célebre diálogo com o secretario de Estado Dean Rusk no 1 de abril de 64. Levei uma cópia do documento comigo — até descobrir que faltava uma folha, exatamente aquela que registrava as ofertas de armamento pesado e até víveres para os golpistas.
Confesso que até hoje esse episódio me intriga. Seria o embaixador tão ingenuo a ponto de acreditar que eu não iria conferir o material que ele me entregou? Ou tudo não passou de um acaso, um descuido na hora de copiar aqueles papéis?
A máquina xerox deu problema, como ele me disse, quando lhe perguntei por que não me passara justamente aquela folha mais importante? Não sei. Gordon morreu com 95 anos e já estava velhinho, no ano 2 000. Tinha de se virar sòzinho para copiar documentos no Brookings Institution, imponente entidade de pesquisas de Washington, com históricas ligações com o Partido Democrata. Estava tenso e preocupado, quando conversamos sobre a reunião de 1962. Voltamos a falar sobre o assunto, muitos meses depois. Eu voltei a perguntar sobre a página desaparecida. Mais uma vez ele colocou a culpa na máquina de xerox — mas, desta vez, sorria de modo irônico. Não pretendia me convencer. Expressamente, jamais admitiu que cometera um engano proposital.
Na medida em que a democratização do Brasil avançou, Gordon passou a
reconstruir a própria biografia, afastando-se dos golpistas com os quais havia se aliado.
O apoio americano pode ser resumido por este editorial do New York Times, no 7 de abril, apenas uma semana depois da queda de Goulart. Dando crédito a versão de que o golpe teve apoio popular quase unânime, o que está longe de ser verdadeiro, o mais prestigiado jornal americano escreveu: “É difícil saber quem ficou mais satisfeito com a derrubada de Goulart, os próprios brasileiros ou o Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.”
Diplomata com posto no Brasil, na época, Jerome Levinson recordou o esforço de Gordon para cortar os programas de ajuda a Goulart — e restaurá-los assim que os militares assumiram o governo. Em entrevista, o próprio Gordon admitiu essa postura, naquela época.
O problema é que, como sempre acontece, após um golpe de Estado sempre vem uma democratização — e aí é preciso saber o que se faz com a biografia de cada um. Após a ditadura, a atitude de Gordon era do sujeito que tinha um problema no passado, como o sujeito que fizera alianças erradas — mas queria que os demais fingissem que não sabiam de nada. Chegava às recepções em Washington com um sorriso tímido, quase inseguro, como se temesse ser identificado e denunciado por um convidado de idéias radicais — o que nunca acontecia. Aos poucos, mostrava-se confiante e à vontade.
Meses antes de minha reportagem, ele havia comprado uma disputa pública com o ex-ministro Ronaldo Costa Couto, que publicara suas pesquisas sobre o golpe de 64 e falara sobre o papel da CIA no Brasil. Na época, Gordon sustentou que a CIA passara longe da deposição de Goulart. Sua linha de argumentação sempre fora essa. Mas os documentos sobre o diálogo na Casa Branca — e o telefonema do 1 de abril — desmentiam isso.
Embaixador no Brasil entre 1961 e 1966, Lincoln Gordon foi personagem do
processo de endurecimento da diplomacia americana no Continente, iniciada
quando se verificou que as idéias reformistas da Aliança para o Progresso não iriam levar a nenhum lugar: não eram generosas a ponto de seduzir o eleitorado de esquerda nem conservadoras a ponto de virar uma bandeira da direita. Ao deixar o Brasil, Gordon tornou-se subsecretário de Estado para a América Latina, posto que ocupou até 1968. Nessa condição, assistiu a militarização quase integral do Continente, sempre com apoio do governo americano.
Os Norte Americanos não costumam interferir direta ou indiretamente em outros países, essas informações são intriga da oposição.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Cruzando oceanos como comandate de U-boat com apenas 25 anos??? Caramba.Bolovo escreveu:Hans-Werner Kraus, comandante do U199, afundado pelo Catalina "Arará" da FAB, também foi preso e participou dessa tentativa de fuga. Morreu aos 74, em 1990.
http://www.uboat.net/men/kraus.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Hans-Werner_Kraus
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
vplemes escreveu:Para quem se interessar, ai vai uma coleção de três livros com a história fotográfica da segunda guerra mundial.
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Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
The unknown ideology war of the Nazis
06 Jun 2007 By Oleksandr Svyetlov, Kyiv
The unknown ideology war of the Nazis.
There were many war-time posters distributed by Nazi propaganda both in Germany and occupied lands aimed to make the image of Germany more attractive, consolidate the nation and conquered societies behind the Nazi ideology and policies in order to win support, “hearts and minds” of the suppressed population on occupied territories. On many posters you see a clear “that is why” sort of argument and assirtion which is common to German logic, mentality, language pattern and sentence building. Up till now many East European societies are faced with controversies of interpretation of, on the one hand, apparent collaboration of the local people who fought against the Communism together with German troops and, on the other hand, the Red Army as an unltimate liberator from Nazi occupation.
http://www.plotki.net/cms/index.php?opt ... &Itemid=31
06 Jun 2007 By Oleksandr Svyetlov, Kyiv
The unknown ideology war of the Nazis.
There were many war-time posters distributed by Nazi propaganda both in Germany and occupied lands aimed to make the image of Germany more attractive, consolidate the nation and conquered societies behind the Nazi ideology and policies in order to win support, “hearts and minds” of the suppressed population on occupied territories. On many posters you see a clear “that is why” sort of argument and assirtion which is common to German logic, mentality, language pattern and sentence building. Up till now many East European societies are faced with controversies of interpretation of, on the one hand, apparent collaboration of the local people who fought against the Communism together with German troops and, on the other hand, the Red Army as an unltimate liberator from Nazi occupation.
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*Turn on the news and eat their lies*