ascensão das tensões na Europa
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Re: ascensão das tensões na Europa
Que golpe de estado aconteceu quando o general Eanes se meteu na política ?
O problema não é os militares se meterem na politica, é os militares que se metem na politica serem imbecis e militares imbecis infelizmente há bastante.
Mas já nem os militares têm capacidade para fazer o que quer que seja.
As chapeladas, as golpadas, os golpes de mão e os pronunciamentos já deram o que tinham a dar.
As pessoas aguentam muito, mas muito mais que o que pensam que poderiam aguentar.
A verdade é que as pessoas preferem passar mal antes de ver o país entrar em guerra civil.
Toda a gente entende isso, ainda que a esquerda soviética (PCP estalinista e BE trotskista) continue a acreditar na luta armada.
Eles nem sequer promovem publicamente essas tendências, embora se saiba que o PCP tem uma força de até 5000 homens (sem armas neste momento) e que o BE até tem gente ligada à Alqaeda.
O problema neste momento, é que com a crise em Espanha a União Europeia poderá não contar de forma eficiente com o policia designado para intervir em Portugal.
O problema não é os militares se meterem na politica, é os militares que se metem na politica serem imbecis e militares imbecis infelizmente há bastante.
Mas já nem os militares têm capacidade para fazer o que quer que seja.
As chapeladas, as golpadas, os golpes de mão e os pronunciamentos já deram o que tinham a dar.
As pessoas aguentam muito, mas muito mais que o que pensam que poderiam aguentar.
A verdade é que as pessoas preferem passar mal antes de ver o país entrar em guerra civil.
Toda a gente entende isso, ainda que a esquerda soviética (PCP estalinista e BE trotskista) continue a acreditar na luta armada.
Eles nem sequer promovem publicamente essas tendências, embora se saiba que o PCP tem uma força de até 5000 homens (sem armas neste momento) e que o BE até tem gente ligada à Alqaeda.
O problema neste momento, é que com a crise em Espanha a União Europeia poderá não contar de forma eficiente com o policia designado para intervir em Portugal.
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Re: ascensão das tensões na Europa
se o BE tem elementos ligados á alqaeda pode pedir ajuda aos EUA para uma "primavera" em Portugal
quem ajuda uns ajuda outros
![Cool 8-]](./images/smilies/icon_cool.gif)
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Re: ascensão das tensões na Europa
O BE tinha uma facção que queria enviar voluntários para lutar contra a OTAN no Afeganistão. Essa mesma facção deixou o BE à uns tempos atrás porque achava que o partido era demasiado brando. Não nos podemos esquecer que o BE é uma coligação/partido que uniu vários partidos de extrema-esquerda, por isso as facções que existem em qualquer partido são mais evidentes lá.
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Re: ascensão das tensões na Europa
Cabeça de Martelo -> Só saíram alguns dos indefectiveis, que achavam que Portugal deveria criar brigadas revolucionárias para apoiar os combatentes islâmicos contra os malditos imperialistas americanos.
Saíram algumas caras, não sairam todos.
E o PCP continua na linha dura soviética-estalinista. Afinal o JOTINHA Bernardino Soares, lider parlamentar, também afirmou que não tinha a certeza se a Coreia do Norte não era uma democracia.
Saíram algumas caras, não sairam todos.
E o PCP continua na linha dura soviética-estalinista. Afinal o JOTINHA Bernardino Soares, lider parlamentar, também afirmou que não tinha a certeza se a Coreia do Norte não era uma democracia.
- cabeça de martelo
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Re: ascensão das tensões na Europa
Na RTP2 (?), falaram que foi mais de 100, mas sinceramente não faço menor se foram todos ou apenas alguns.
O PCP continua o PCP, sempre serão o que sempre foram (para o bem e para o mal).
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Re: ascensão das tensões na Europa
Tu queres o posto de primeiro ministro com apoio anglo-saxão.P44 escreveu:se o BE tem elementos ligados á alqaeda pode pedir ajuda aos EUA para uma "primavera" em Portugalquem ajuda uns ajuda outros
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Re: ascensão das tensões na Europa
Liga do Norte
Senador italiano compara ministra a um orangotango
por AFP, traduzido por Susana Salvador Hoje
A primeira ministra negra da história da política italiana, Cecile Kyenge, foi comparada a um orangotango por um senador do partido anti-imigração da Liga Norte. O primeiro-ministro Enrico Letta considerou declaração "inaceitável".
Cecile Kyenge, que nasceu na República Democrática do Congo, é ministra para a Integração.
Num encontro do seu partido em Treviglio, o senador Roberto Calderoli disse que Kyenge "faz bem ser ministra mas talvez devesse fazê-lo no seu país (...) Consolo-me quando ando a navegar pela Internet e vejo fotos do Governo. Eu amo os animais (...) mas quando vejo as imagens de Kyenge, não posso deixar de pensar nas semelhanças com um orangotango, mesmo que não diga que ela é um deles".
Domingo de manhã, o primeiro-ministro italiano reagiu num comunicado oficial. "As palavras noticiadas pela imprensa e atribuídas ao senador Calderoli a propósito de Cecile Kyenge são inaceitáveis e ultrapassam todos os limites".
O presidente do Senado, Pietro Grasso, exigiu um pedido de desculpas e a sua homóloga da Câmara dos Deputados, Laura Boldrini, exprimiu a sua solidariedade com a ministra, condenado as "palavras vulgares e indignas".
A visada reagiu também. "Não levo pessoalmente as palavras de Calderoli, mas fico triste pela imagem que dão da Itália", afirmou à agência Ansa. "Creio que todas as forças políticas devem refletir sobre o uso que fazem da comunicação", acrescentou.
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior. ... cao=Europa
Senador italiano compara ministra a um orangotango
por AFP, traduzido por Susana Salvador Hoje
A primeira ministra negra da história da política italiana, Cecile Kyenge, foi comparada a um orangotango por um senador do partido anti-imigração da Liga Norte. O primeiro-ministro Enrico Letta considerou declaração "inaceitável".
Cecile Kyenge, que nasceu na República Democrática do Congo, é ministra para a Integração.
Num encontro do seu partido em Treviglio, o senador Roberto Calderoli disse que Kyenge "faz bem ser ministra mas talvez devesse fazê-lo no seu país (...) Consolo-me quando ando a navegar pela Internet e vejo fotos do Governo. Eu amo os animais (...) mas quando vejo as imagens de Kyenge, não posso deixar de pensar nas semelhanças com um orangotango, mesmo que não diga que ela é um deles".
Domingo de manhã, o primeiro-ministro italiano reagiu num comunicado oficial. "As palavras noticiadas pela imprensa e atribuídas ao senador Calderoli a propósito de Cecile Kyenge são inaceitáveis e ultrapassam todos os limites".
O presidente do Senado, Pietro Grasso, exigiu um pedido de desculpas e a sua homóloga da Câmara dos Deputados, Laura Boldrini, exprimiu a sua solidariedade com a ministra, condenado as "palavras vulgares e indignas".
A visada reagiu também. "Não levo pessoalmente as palavras de Calderoli, mas fico triste pela imagem que dão da Itália", afirmou à agência Ansa. "Creio que todas as forças políticas devem refletir sobre o uso que fazem da comunicação", acrescentou.
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior. ... cao=Europa
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Re: ascensão das tensões na Europa
Relativamente ao BE , a maioria deles até são mais burgueses que os da direita , mas como é "chique" ser de esquerda, mas são mais capitalistas que os outros ....pt escreveu:Cabeça de Martelo -> Só saíram alguns dos indefectiveis, que achavam que Portugal deveria criar brigadas revolucionárias para apoiar os combatentes islâmicos contra os malditos imperialistas americanos.
Saíram algumas caras, não sairam todos.
E o PCP continua na linha dura soviética-estalinista. Afinal o JOTINHA Bernardino Soares, lider parlamentar, também afirmou que não tinha a certeza se a Coreia do Norte não era uma democracia.
O PCP , é um partido estranho , tenho amigos meus comunistas , que ficaram envergonhados com algumas posições , como foi o caso do congresso no campo pequeno que houve há anos em que os convidados, foram os partidos comunistas da Coreia do Norte , e de Cuba .
Tenho amigo comunista , que esteve a "estudar" comunismo na URSS, em 1975 ( não oficialmente ), e que continua comunista , mas diz cobras e lagartos dos Russos , de Stalin ,etc.
Diz que o antigo regime em Portugal , não tinha comparação em liberdade e violencia , com o que viram . Mesmo os elementos do seu grupo tivessem um tratamento VIP, viram muita violência para as populações , todos ficaram muito revoltados .
Este meu amigo , nem pode ver Russos, fica logo nervoso ....
Estes jovens , não viram os Gulag , etc,etc ...
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Re: ascensão das tensões na Europa
Para não falar no mais soviético dos soviéticos, o grande camarada Alvaro Cunhal, pai dos povos e da pátria comunista portuguesa, que cantava odes à Grande Pátria dos povos e luz do sol na terra, mas que estava exilado em...
Paris ...
Isto de ser comunista, marxista, estalinista etc. é uma coisa muito boa, mas só quando se vive nos malvados países capitalistas decadentes.
Quando ao bloco, eles são outro partido comunista soviético, mas em vez de estalinista segue a linha trotskista, por isso odeiam os comunistas estalinistas por desporto, embora muitos dos seus líderes sejam antigos dirigentes ou militantes do partido estalinista que migraram para o partido trotskista.
Mas na realidade é tudo farinha do mesmo saco.
Querem sangue, porque só com sangue conseguem chegar à tão desejada teta do poder.
Quando chegam à mama, trincam.
Também vem sangue, mas pelo menos, enquanto houver corpo, haverá leite.
Paris ...

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Isto de ser comunista, marxista, estalinista etc. é uma coisa muito boa, mas só quando se vive nos malvados países capitalistas decadentes.
Quando ao bloco, eles são outro partido comunista soviético, mas em vez de estalinista segue a linha trotskista, por isso odeiam os comunistas estalinistas por desporto, embora muitos dos seus líderes sejam antigos dirigentes ou militantes do partido estalinista que migraram para o partido trotskista.
Mas na realidade é tudo farinha do mesmo saco.
Querem sangue, porque só com sangue conseguem chegar à tão desejada teta do poder.
Quando chegam à mama, trincam.
Também vem sangue, mas pelo menos, enquanto houver corpo, haverá leite.
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Re: ascensão das tensões na Europa
Isto tem tudo para dar em #$"!Caça aos nazis na Grécia
Numa operação policial meticulosamente preparada, o dirigente máximo do partido nazi Aurora Dourada, Nikolaos Michaloliakos, e quatro deputados, incluindo o porta-voz Ilias Kasidiaris, foram capturados na madrugada de sábado
Depois da detenção histórica de líder e deputados do partido de extrema-direita Aurora Dourada, o Parlamento grego debate agora a aprovação de uma lei de emergência para cortar todo o financiamento público ao partido.
Apesar da condenação praticamente unânime das acções do Aurora Dourada, o debate está a ser manchado por trocas de acusações entre a Nova Democracia (no poder) e o SYRIZA (oposição de esquerda). Os ânimos ficaram especialmente inflamados na terça-feira depois de Failos Kranidiotis, um advogado próximo do primeiro-ministro Antonis Samaras, ter escrito no Facebook que estava "a guardar as balas para o verdadeiro inimigo", aludindo ao SYRIZA. À esquerda, há quem tema que os conservadores utilizem a nova legislação para limitar a oposição.
Direita militarista
O Aurora Dourada surgiu em 1980 na forma de uma revista nazi dirigida por Michaloliakos. A publicação atrairia saudosistas da ditadura militar numa altura em que os gregos começavam a virar à esquerda. A transformação em partido dá-se desde 1985 até à legalização em 1993.
A militarização acontece com a ajuda de supremacistas brancos da África do Sul e aprofunda-se com a guerra da Bósnia – vários membros do Aurora Dourada participaram no massacre de Srebrenica ao lado dos nacionalistas sérvios, em nome da aliança cristã ortodoxa. Os problemas com a lei surgem logo nos anos 90, com agressões a activistas de esquerda e a morte de imigrantes. Sempre que cercado, o Aurora Dourada defendia-se com a suspensão da actividade do partido e a migração dos dirigentes e militantes para outras forças.
A chegada ao Parlamento deu-se no ano passado, com a Grécia mergulhada na fase mais negra do período da troika. Desde então, repetem-se os incidentes protagonizados por dirigentes do partido. Ainda em 2012, Kasidiaris, agora detido, agrediu uma deputada comunista durante um debate televisivo.
Os membros do Aurora Dourada não são para brincadeiras! Dos meus contactos na Grécia eu "perdi" um para esta organização, o tipo tinha sido Pára tinha um bom emprego e preparava-se para casar. De repente ele e a namorada ficaram no desmeprego e em pouco tempo o tipo radicalizou-se brutalmente. As cenas que ele disse-me deixa-me EXTREMAMENTE preocupado!!!
Se eles forem encostados à parede eu não sei o que puderá acontecer.

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Re: ascensão das tensões na Europa
Bem, ao longo da história da espécie humana, ainda não encontrou-se algo mais perigoso do que um homem com medo. Porque o medo transformas as pessoas, para o bem o e para o mal.
E um homem com medo, é alguém que perde os pudores, as referências mais básicas de civilidade e a própria condição de racionalidade para existir. Pior, despe-se de qualquer deslumbre pela sanidade impositiva ao controle das emoções.
Daí, você consegue alguém que acaba por crêr que não tem nada a perder. E quando uma pessoa chega ao ponto de acreditar piamente nisso, é capaz de qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo.
abs.
E um homem com medo, é alguém que perde os pudores, as referências mais básicas de civilidade e a própria condição de racionalidade para existir. Pior, despe-se de qualquer deslumbre pela sanidade impositiva ao controle das emoções.
Daí, você consegue alguém que acaba por crêr que não tem nada a perder. E quando uma pessoa chega ao ponto de acreditar piamente nisso, é capaz de qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo.
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Re: ascensão das tensões na Europa
Estava em espanha , quando vi na televisão .
Uma coisa é prender o responsável pelo hómicidio , outra é fazer uma caça às bruxas , até podem ter razões para isso , mas a democracia começa a ser atropelada , e pode provocar um aumento inesperado de tensões , e de justificações para atos que no futuro poderão surguir ...
Como o cabeça de martelo , disse , e bem , estamos a entrar numa zona muito perigosa , esta gente que está desempregada , não tem nada a perder , e instigados por este tipos de organizações ...
Faz lembrar um pouco os anos 20 na europa , em alguns países ...
Uma coisa é prender o responsável pelo hómicidio , outra é fazer uma caça às bruxas , até podem ter razões para isso , mas a democracia começa a ser atropelada , e pode provocar um aumento inesperado de tensões , e de justificações para atos que no futuro poderão surguir ...
Como o cabeça de martelo , disse , e bem , estamos a entrar numa zona muito perigosa , esta gente que está desempregada , não tem nada a perder , e instigados por este tipos de organizações ...
Faz lembrar um pouco os anos 20 na europa , em alguns países ...
Editado pela última vez por gaia em Qua Out 09, 2013 7:42 am, em um total de 2 vezes.
- FCarvalho
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Re: ascensão das tensões na Europa
A história sempre tende a se repetir. Cedo ou tarde. Apesar dos avanços, muito dos sentimentos europeus pre-GM II ainda permanecem imutáveis, visto que os fatores geradores dos mesmos ainda estão aí subjacentes às discussões políticas e sociais pan-europeias.
É quase que um quadro dantesco ver a Europa e seus estigmas civilizatórios sendo postos em xeque outra vez pela repetência, ou porque não dizer, pela continuidade dos mesmos erros de sempre.
Pior é não saber até onde os políticos estão realmente interessados, e/ou dispostos a ceder cada um na sua parte para tentar resolver o problema do todo. Interessante notar que apesar do medo quase que irracional que os demais europeus nutrem pelo renascimento do social-nacionalismo alemão, enquanto a coisa já se desenvolve não mais centrada neste ou naquele país, mas estigmatizou-se pelo continente inteiro.
A ver como os netos do holocausto europeu e mundial tratarão a situação. Pois, o tempo ajuda muita gente a esquecer das coisas. Assim como acomete aqueles que não lhe tem em conta, o cuidado suficiente com a história e suas lições.
abs.
É quase que um quadro dantesco ver a Europa e seus estigmas civilizatórios sendo postos em xeque outra vez pela repetência, ou porque não dizer, pela continuidade dos mesmos erros de sempre.
Pior é não saber até onde os políticos estão realmente interessados, e/ou dispostos a ceder cada um na sua parte para tentar resolver o problema do todo. Interessante notar que apesar do medo quase que irracional que os demais europeus nutrem pelo renascimento do social-nacionalismo alemão, enquanto a coisa já se desenvolve não mais centrada neste ou naquele país, mas estigmatizou-se pelo continente inteiro.
A ver como os netos do holocausto europeu e mundial tratarão a situação. Pois, o tempo ajuda muita gente a esquecer das coisas. Assim como acomete aqueles que não lhe tem em conta, o cuidado suficiente com a história e suas lições.
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Re: ascensão das tensões na Europa
Rússia Muçulmana?
O assassinato a facadas de Yegor Shcherbakov, de 25 anos, de etnia russa, ocorrido em 10 de outubro, cometido aparentemente por um muçulmano do Azerbaijão, desencadeou distúrbios anti-migração em Moscou,vandalismo e agressões, detenção de 1.200 pessoas trazendo à tona uma grave tensão na vida dos cidadãos russos.
Além da etnia muçulmana contar com cerca 21 a 23 milhões dos 144 milhões de habitantes do total da população russa, ou seja 15%, sua proporção vem aumentando rapidamente. Diz-se que alcoólatras de etnia russa contam com a taxa de natalidade européia e a taxa de mortandade africana, sendo a natalidade de apenas 1,4 filhos por mulher e a mortandade de homens em torno dos 60 anos. Em Moscou, a taxa de natalidade dos cristãos é de 1,1.

Em contrapartida, as muçulmanas têm 2,3 filhos em média com menos abortos do que as russas. Em Moscou, as mulheres tártaras têm 6 filhos e as chechenas e ingúchias 10. Além disso, de 3 a 4 milhões de muçulmanos mudaram para a Rússia vindos das ex-repúblicas da URSS, principalmente do Azerbaijão e do Cazaquistão, sem contar aqueles de etnia russa que estão se convertendo ao islamismo.
Essa tendência aponta para o declínio dos cristãos em 0,6% ao ano e o crescimento nessa mesma porcentagem de muçulmanos, que terá um efeito dramático com o passar do tempo. Alguns analistas preveem que os muçulmanos serão maioria já no século XXI, uma revolução demográfica que mudaria a essência do caráter do país. Paul Goble, especialista em minorias russas, conclui que a "Rússia está passando por uma transformação religiosa que trará consequências ainda maiores para a comunidade internacional do que o colapso da União Soviética". Ele cita um analista russo que prevê uma mesquita na Praça Vermelha em Moscou. Segundo ele, a ingênua premissa de que Moscou está e continuará voltado para o Ocidente "não se justifica mais". Acima de tudo, prevê que o incremento demográfico muçulmano "terá um impacto profundo na política externa russa".
Em alguns anos, serão cinquenta por cento dos alistados no exército russo. Joseph A. D'Agostino do Instituto de Pesquisa Populacional pergunta: "Será que um exército assim irá funcionar de forma adequada, dada a fúria que muitos muçulmanos russos sentem em relação às táticas das forças armadas russas na região da Chechênia? E se outras regiões da Rússia, algumas com enormes reservas de petróleo, se rebelassem contra Moscou? Será que os soldados muçulmanos iriam combater e matar para mantê-las parte da terra natal russa"?
Os muçulmanos russos estão cada vez mais confiantes, compõem a maioria dos grupos étnicos do país, ou seja 57 dos 182 grupos, começaram a usar o termo Rússia Muçulmana para sinalizar suas ambições. Segundo o analista muçulmano Daniyal Isayev, o termo afirma que o Islã é "parte inalienável da Rússia" e que a "Rússia como estado e civilização não poderia existir sem o Islã e os muçulmanos". Ele observa que os muçulmanos precedem a etnia russa na maior parte do território que hoje compõe a Rússia. Suas alegações, radicais, a favor dos muçulmanos incluem exageros, como contribuições cruciais à cultura russa bem como suas vitórias militares.
Conversas dessa natureza fazem com que a etnia russa sinta calafrios quanto à perda populacional do país de pelo menos 700.000 habitantes por ano, pessoas estas que poderiam retornar à sua fé e se voltar contra os muçulmanos. As consequências se revertem em personificações preconceituosas na mídia, ataques a mesquitas e outros crimes, iniciativas para impedir a imigração de muçulmanos e a ascensão de grupos russos nacionalistas radicais, como o "Movimento contra a Imigração Ilegal" de Alexander Belov.

Russos étnicos gritando "Rússia para os russos" em uma manifestação anti-migração após o assassinato de Yegor Shcherbakov.
O Kremlin reagiu de forma contraditória. O então presidente em 2009, Dmitry Medvedev, tentou apaziguar a situação realçando a importância do Islã para a Rússia, observando que os "fundamentos muçulmanos trazem uma contribuição importante para promover a paz na sociedade, fornecendo educação espiritual e moral para muita gente, bem como o combate ao extremismo e à xenofobia". Ele disse também que, devido à grande população muçulmana, a "Rússia não precisa procurar a amizade com o mundo muçulmano: nosso país é parte orgânica desse mundo".

Mas, segundo Ilan Berman do American Foreign Policy Council, "o Kremlin discriminou a minoria muçulmana e ignorou (até ajudou) no crescimento da xenofobia corrosiva entre seus cidadãos. Isso gerou ressentimento e alienação nos muçulmanos russos, sentimentos que grupos radicais islâmicos não viam a hora de tirar proveito". Somado às atitudes de supremacia islâmica já existentes, resulta em uma incontrolável minoria muçulmana.
Discussões sobre o islamismo na Europa tendem a se concentrar em países como a Grã Bretanha e a Suécia, não a Rússia, país com a maior comunidade muçulmana tanto em termos relativos como absolutos, é de suma importância para se ficar atento. A violência anti-migrante dessa semana irá com toda certeza resultar em maiores problemas.
Publicado no The Washington Times.
Original em inglês: Muslim Russia?
O assassinato a facadas de Yegor Shcherbakov, de 25 anos, de etnia russa, ocorrido em 10 de outubro, cometido aparentemente por um muçulmano do Azerbaijão, desencadeou distúrbios anti-migração em Moscou,vandalismo e agressões, detenção de 1.200 pessoas trazendo à tona uma grave tensão na vida dos cidadãos russos.
Além da etnia muçulmana contar com cerca 21 a 23 milhões dos 144 milhões de habitantes do total da população russa, ou seja 15%, sua proporção vem aumentando rapidamente. Diz-se que alcoólatras de etnia russa contam com a taxa de natalidade européia e a taxa de mortandade africana, sendo a natalidade de apenas 1,4 filhos por mulher e a mortandade de homens em torno dos 60 anos. Em Moscou, a taxa de natalidade dos cristãos é de 1,1.

Em contrapartida, as muçulmanas têm 2,3 filhos em média com menos abortos do que as russas. Em Moscou, as mulheres tártaras têm 6 filhos e as chechenas e ingúchias 10. Além disso, de 3 a 4 milhões de muçulmanos mudaram para a Rússia vindos das ex-repúblicas da URSS, principalmente do Azerbaijão e do Cazaquistão, sem contar aqueles de etnia russa que estão se convertendo ao islamismo.
Essa tendência aponta para o declínio dos cristãos em 0,6% ao ano e o crescimento nessa mesma porcentagem de muçulmanos, que terá um efeito dramático com o passar do tempo. Alguns analistas preveem que os muçulmanos serão maioria já no século XXI, uma revolução demográfica que mudaria a essência do caráter do país. Paul Goble, especialista em minorias russas, conclui que a "Rússia está passando por uma transformação religiosa que trará consequências ainda maiores para a comunidade internacional do que o colapso da União Soviética". Ele cita um analista russo que prevê uma mesquita na Praça Vermelha em Moscou. Segundo ele, a ingênua premissa de que Moscou está e continuará voltado para o Ocidente "não se justifica mais". Acima de tudo, prevê que o incremento demográfico muçulmano "terá um impacto profundo na política externa russa".
Em alguns anos, serão cinquenta por cento dos alistados no exército russo. Joseph A. D'Agostino do Instituto de Pesquisa Populacional pergunta: "Será que um exército assim irá funcionar de forma adequada, dada a fúria que muitos muçulmanos russos sentem em relação às táticas das forças armadas russas na região da Chechênia? E se outras regiões da Rússia, algumas com enormes reservas de petróleo, se rebelassem contra Moscou? Será que os soldados muçulmanos iriam combater e matar para mantê-las parte da terra natal russa"?
Os muçulmanos russos estão cada vez mais confiantes, compõem a maioria dos grupos étnicos do país, ou seja 57 dos 182 grupos, começaram a usar o termo Rússia Muçulmana para sinalizar suas ambições. Segundo o analista muçulmano Daniyal Isayev, o termo afirma que o Islã é "parte inalienável da Rússia" e que a "Rússia como estado e civilização não poderia existir sem o Islã e os muçulmanos". Ele observa que os muçulmanos precedem a etnia russa na maior parte do território que hoje compõe a Rússia. Suas alegações, radicais, a favor dos muçulmanos incluem exageros, como contribuições cruciais à cultura russa bem como suas vitórias militares.
Conversas dessa natureza fazem com que a etnia russa sinta calafrios quanto à perda populacional do país de pelo menos 700.000 habitantes por ano, pessoas estas que poderiam retornar à sua fé e se voltar contra os muçulmanos. As consequências se revertem em personificações preconceituosas na mídia, ataques a mesquitas e outros crimes, iniciativas para impedir a imigração de muçulmanos e a ascensão de grupos russos nacionalistas radicais, como o "Movimento contra a Imigração Ilegal" de Alexander Belov.
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Russos étnicos gritando "Rússia para os russos" em uma manifestação anti-migração após o assassinato de Yegor Shcherbakov.
O Kremlin reagiu de forma contraditória. O então presidente em 2009, Dmitry Medvedev, tentou apaziguar a situação realçando a importância do Islã para a Rússia, observando que os "fundamentos muçulmanos trazem uma contribuição importante para promover a paz na sociedade, fornecendo educação espiritual e moral para muita gente, bem como o combate ao extremismo e à xenofobia". Ele disse também que, devido à grande população muçulmana, a "Rússia não precisa procurar a amizade com o mundo muçulmano: nosso país é parte orgânica desse mundo".
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Mas, segundo Ilan Berman do American Foreign Policy Council, "o Kremlin discriminou a minoria muçulmana e ignorou (até ajudou) no crescimento da xenofobia corrosiva entre seus cidadãos. Isso gerou ressentimento e alienação nos muçulmanos russos, sentimentos que grupos radicais islâmicos não viam a hora de tirar proveito". Somado às atitudes de supremacia islâmica já existentes, resulta em uma incontrolável minoria muçulmana.
Discussões sobre o islamismo na Europa tendem a se concentrar em países como a Grã Bretanha e a Suécia, não a Rússia, país com a maior comunidade muçulmana tanto em termos relativos como absolutos, é de suma importância para se ficar atento. A violência anti-migrante dessa semana irá com toda certeza resultar em maiores problemas.
Publicado no The Washington Times.
Original em inglês: Muslim Russia?