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Poxa, essa parceria com a AS é mais ampla do que eu imaginava!

henriquejr escreveu:Poxa, essa parceria com a AS é mais ampla do que eu imaginava!

Oremos, pois, para que doces frutos nos sejam oferecidos em futuro breve!

Sei não, parece que SÓ EU estou vendo tudo ser feito LÁ e nada AQUI, só mandamos dinheiro e técnicos (como se não tivéssemos NENHUMA experiência na área), esse modelo de 'sociedade' me tem jeito de CARACU. Vamos ver o quanto do míssil será efetivamente PRODUZIDO aqui, ao menos...

Túlio escreveu:Sei não, parece que SÓ EU estou vendo tudo ser feito LÁ e nada AQUI, só mandamos dinheiro e técnicos (como se não tivéssemos NENHUMA experiência na área), esse modelo de 'sociedade' me tem jeito de CARACU. Vamos ver o quanto do míssil será efetivamente PRODUZIDO aqui, ao menos...

Túlio, eu entendo que isso ocorre pelo fato de toda a infraestrutura para desenvolver o projeto do míssil esteja lá. Lembre-se que quando o Brasil entrou na sociedade o projeto já estava em andamento, e bastante avançado! Acho que não faria sentido abrir duas linhas de desenvolvimento, uma na AS e outra no Brasil, para terminar o desenvolvimento do míssil, até porque muitas das tecnologias empregadas nesse projeto ainda está sendo repassada ao Brasil. Os técnicos brasileiros estão participando do desenvolvimento do míssil na AS, para depois que o projeto ficar pronto, uma linha de produção do referido míssil possa ser aberta no Brasil, mais especificamente na Mectron.

Pô!! Mas, o produto deles já estava num estágio bem avançado, eles já tinham mais experência e know-how na área que nós, mais estrutura que nós, de repente até com mais "auxílio" no desenvolvimento que nós, etc........, acho que apesar dos pesares a parceria parece que foi boa sim. Torço para que não pare por aí..............

Vamos ver, pois tenho dúvidas. Falando em Mectron, não posso deixar de lado o SCIPIO, do qual faremos pouco mais que a carcaça, ficando o filé para os polentonis...

Alguém sabe sobre os "laboratórios espelho" que deveriam ser montados na Mectron, iguais aos existentes na AS?

Túlio escreveu:Vamos ver, pois tenho dúvidas. Falando em Mectron, não posso deixar de lado o SCIPIO, do qual faremos pouco mais que a carcaça, ficando o filé para os polentonis...

Fizemos a carcaça sim. Mas também a antena, a servo-antena e o receptor. Não é pouca coisa.

Quem dera tivéssemos A-1 e F-5E equipados com ele nos anos 90, ao passo que a modernização destas aeronaves incluía, na prática, um radar ou inexistente (no caso do A-1) ou incapacitado (no caso o F-5).



abraços]

Túlio escreveu:Sei não, parece que SÓ EU estou vendo tudo ser feito LÁ e nada AQUI, só mandamos dinheiro e técnicos (como se não tivéssemos NENHUMA experiência na área), esse modelo de 'sociedade' me tem jeito de CARACU. Vamos ver o quanto do míssil será efetivamente PRODUZIDO aqui, ao menos...

Me parece que será fabricado por completo aqui.

Não havia nada no A-Darter que não pudéssemos aprender a fazer.
A Opto está lá aprendendo a fazer o sensor (cá entre nós, ninguém fabrica meio sensor, ou você fabrica ou não fabrica) e toda a parte óptica, a parte eletrônica e eletromecânica com a Mectron e o motor para a Avibrás.

A ordem das coisas é que o míssil primeiro termine de ser desenvolvido por lá, depois aqui. Enquanto desenvolve lá, nossa indústria ainda está se preparando para produzí-lo.
Pela 'lógica', só começaremos a fabricá-lo quando tudo estiver pronto lá do outro lado. E nossas equipes estão lá para ver de perto.

Lembre-se do caso do Derby, desenvolvido com os Sul-Africanos (entraram no programa depois, assim como nós), que depois criaram o seu próprio produto independente, apesar de similar, o R-Darter.




abraços]

Caceta, acredito que o receptor seja mais importante que o transmissor. Ao lado desse, posso colocar o modulo de processamento, também complicado

Bem, a meu ver, pelo baixo índice de ruido de fundo e grande amplificação, o receptor seja a alma do radar, o responsável por levar o máximo de sinal com o minimo de ruido, para processamento. E quanto menos ruido, mais sensível o radar como um todo

Nunca entendi a antena do Scipio em nenhuma foto/desenho que eu tenha visto: é AESA/PESA? Porque foto igualzinha venho vendo desde o início dos 90 e NUNCA vi antena como as que citei terem a frente convexa, sempre reta. E o radome? Quem vai fazer...?

joao fernando escreveu:Caceta, acredito que o receptor seja mais importante que o transmissor. Ao lado desse, posso colocar o modulo de processamento, também complicado

Bem, a meu ver, pelo baixo índice de ruido de fundo e grande amplificação, o receptor seja a alma do radar, o responsável por levar o máximo de sinal com o minimo de ruido, para processamento. E quanto menos ruido, mais sensível o radar como um todo

Que eu saiba o ruído existe tanto na transmissão quanto na recepção, quem filtra é precisamente o PROCESSADOR, que não é um simples chip mas um computador completo. Este é também co-responsável (com a antena) pela redução dos lobos laterais. E é no processador que fica mais outro filé: OS SOFTWARES!

Túlio escreveu:Nunca entendi a antena do Scipio em nenhuma foto/desenho que eu tenha visto: é AESA/PESA? Porque foto igualzinha venho vendo desde o início dos 90 e NUNCA vi antena como as que citei terem a frente convexa, sempre reta. E o radome? Quem vai fazer...?

O SCP-1 é um radar do tipo 'pulse-doppler', com canal único de transmissão/recepção, diferente dos AESA, que são múltiplos, centenas.

Uma boa foto da antena do SCP-1


Compare com o radar similar, utilizado no AMX italiano:


Confunde um pouco porque no nosso caso a antena está coberta por uma capa de um material parecido com fibra de vidro, mas são basicamente a mesma coisa.
O nosso radar trabalha em uma banda de frequência mais alta (entre 8 e 10 GHz, banda I) e sua antena não tem aquele formato de parabólica, como a de radares de gerações mais antigas de frequência mais baixa.

Quanto ao radome, ele é basicamente uma peça de fibra de vidro ou carbono, no bico da aeronave. Deve ser feito por algum fornecedor da Embraer.

Túlio escreveu: Que eu saiba o ruído existe tanto na transmissão quanto na recepção, quem filtra é precisamente o PROCESSADOR, que não é um simples chip mas um computador completo. Este é também co-responsável (com a antena) pela redução dos lobos laterais. E é no processador que fica mais outro filé: OS SOFTWARES!

Na recepção realmente o bicho pega, há ecos e muitos outros ruídos. O processamento do sinal recebido é problemático por causa disso, creio que seja por meio de filtros.
Chamamos isso de PDS (processamento digital de sinais) e há processadores específicos para esses fins que qualquer um pode comprar se tiver grana, o problema realmente mora aí: na programação, no software.
Coisa semelhante ocorre no desenvolvimento de uma máquina de ressonância magnética por exemplo.



abraços]

NUSSSSS....mas é pequenininho, hein? Dava para botar no nariz de um SAM ou MAN de longo alcance e mesmo quase num AAM BVR...SE dominássemos a tecnologia do processador e do software.

Túlio, o SCD-01 tem antena bem maior que o EL/M-2001B dos AMX italianos...