Túlio escreveu: Seg Dez 21, 2020 1:50 pm
Mesmo não sendo este o nosso caso, creio que te entendo. PARA A REGIÃO a FAB, mesmo ainda com AMX e F-5, é mesmo extremamente forte, a ponto de apenas um não-vizinho (Chile) poder fazer frente; com o Gripen então, nem o Chile (lembrar que a Economia de um País passa o diabo se o Povo fica mais de um ano queimando e vandalizando tudo: o orçamento do Estado encolhe - e a FRAUDEMIA também causou enormes e$trago$ - e adivinhes quem vai ter que suportar o gro$$o da conta: eu não apostaria em qualquer modernização maior para os F-16/Leo2 nem nova aquisição nesta década, bobear e até a Mntç do que já há fique difícil pra burro) consegue mais.
Mas ai temos um problema: nossos únicos armamentos anticarro embarcados estão nos AH-2 Sabra, sendo Ataka e Shrtum, futuramente Spike ER2 nos Wildlynx da MB.
Por isso sou a favor de comprar kits HeliCOAT pro Sabre, ST, AMX e VANT's.
Nessa década? Acho que não, mas em 2030 haverão muitos Leo 2A6 por ai dando sopa e o Chile deve ser um dos grandes pescadores.
O HeliCOAT integra em qualquer aeronave mísseis LAHAT e Spike, seja LR2, ER2 ou NLOS. Não precisa de ampla integração, já que é um sistema com sensores IR, FLIR e designador laser orgânicos, somente necessitando comunicação com os eletrônicos internos da aeronave, facilitando a integração.
Dá pra padronizar os mísseis em todas as nossas forças.
Túlio escreveu: Seg Dez 21, 2020 1:50 pmMas aí é que está: tudo o que tenho visto neste tópico (e admito, fiz bastante disso também) não é realmente direcionado a uma ameaça DA REGIÃO e sim GERAL, tipo "se vier TAM a gente encara, se vier Merkava IV idem" e não me parece realista isso, pois quem puder mandar para cá algo que se compare ao Merkava (e pode ser qualquer MBT do primeiro time) antes vai mandar o suficiente para botar abaixo tudo o que tenhamos voando para a seguir detonar qualquer MBT/MMBT que tivermos.
Ou seja, a nossa realidade é REGIONAL! Assim, mantenho - com uma ligeira alteração - o que já venho propondo faz tempo: trocar o material de
UM SÓ RCC (eu tinha proposto para o NE mas passou a me parecer um enorme desperdício de $$$ tirar tudo do RS), no caso o 1º, porque compartilha seu terreno com o C I Bld, o que cria uma simbiose fabulosa. E aí sim, seria uns 54 K2 sem choro, contudo vindo apenas alguns com todo o "pacote" de APS, ERA e sensores, o resto seria meio que "basicão" mesmo ou, como se dizia antigamente, "pé-de-boi". O resto seria decidido entre modernizar o que ainda tem de Leo1A5 ou partir para algum outro, bem simples e igualmente "barato". O ROB fundamental: ser capaz de encarar com boa chance de vencer o que tem na vizinhança, tipo TAM e T-72 (passar com MBT do Peru para cá é birutagem, além de pouquíssimas vias de acesso - facilmente sabotáveis - o que eles têm está todo posicionado para esperar que o Chile dê mole, ou seja, eu não me preocuparia nem se eles comprassem uns mil Armatas, a preocupação toda não seria do Planalto e sim de La Moneda) e mesmo estes me parecem uma improbabilidade gritante, pois há muitas coisas que se pode começar uma guerra sem ter, mas dinheiro e/ou crédito não está entre elas e nenhum dos dois tem nada disso.
E ao longo desta e da próxima década a tendência é ficar pior ainda por lá (e até por aqui), não melhor. Aí sim, poderíamos começar a pensar em alguns tipos de
worst case scenario que exigiriam mudanças BEM radicais do lado de cá mas, como insisto, teria que começar
pelo ar; em terra o gro$$o deveria ir para muita, mas MUITA AAAe de ponto.
É o que penso.
Túlio, a questão é que, mesmo que enfrentemos somente TAM 2C, T-72B3, Leopard 2A6, VT-4, T-55AGM/T-64BVM ou Type 15, nos melhores cenários, precisamos de números.
Qualidade somente não é o suficiente, aqui nós tratamos de frentes amplas de batalha, seja onde for. A frente mais curta seria em Roraima e pode medir até 163 km de distância. Um RCC somente não cobre isso, ainda precisaremos de no mínimo mais dois RCC's, sendo um na reserva imediata e outro ainda em reserva, sendo manutenido.
Assim já praticamente falamos em uma Brigada inteira, com 3 RCB's para por somente 1 único RCB em campo. Se for pra ter somente 54 MBT's, no máximo 36 deles estarão no campo de batalha.
Por isso sempre fui favorável a possuir não somente duas Brigadas Blindadas mas sim
três.
Em caso de conflito, temos o equivalente a uma engajada no campo de batalha, outra na retaguarda para rendição imediata e outra em manutenção, esperando a próxima ir pro campo de batalha, assim ficando em reserva imediata.
Ter reservas é tão importante quanto e não vai dá pra manter 1A5 como reserva, até porque o RCC "top-de-linha" que sugeriu, fatalmente teria que ir pra reserva, descansar, revizar, receber suprimentos, troca de peças desgastadas e depois, talvez, voltar ao conflito.
Não encare somente tanques vindo até aqui, mas sim nós levarmos a guerra até eles. Penso conforme alguns Oficiais pensam, que é levar a guerra até o inimigo, seja de forma expedicionária ou próximo a nossa fronteira.
Em um embate entre Chile vs Peru, a única forma do Brasil intervir e garantir a paz seria enviar uma força expedicionária, para uma zona desmilitarizada entre ambis os países, ai as ameaças de um T-72B3/T-90 ou Leopard 2A4M/2A6 são reais.
Quais as chances de isso ocorrer? Quase nulas, mas será prudente nós apagar completamente esse cenário?