AFEGANISTÃO

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Notícias de Afeganistão

#2281 Mensagem por FOXTROT » Qua Jun 29, 2011 11:08 am

terra.com.br

Paquistão exige que EUA abandonem bases de aviões teleguiados
29 de junho de 2011

ISLAMABAD, Paquistão, 29 Jun 2011 (AFP) -O Paquistão exigiu que os Estados Unidos abandonem uma remota base no deserto que seria utilizada como base dos aviões teleguiados de ataque da CIA, declarou nesta quarta-feira à imprensa o ministro da Defesa, Ahmed Mukhtar.
Estas observações são a última indicação de que o Paquistão tenta limitar as atividades americanas desde que um comando norte-americano matou Osama Bin Laden no dia 2 de maio.




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Re: Notícias de Afeganistão

#2282 Mensagem por J.Ricardo » Qua Jun 29, 2011 5:37 pm

soultrain escreveu:Sem os EUA não é necessário OTAN. A Europa já aprendeu há muito que a guerra e o belicismo não é o caminho, a PAZ é. A Europa foi o palco do maior numero e das mais ferozes guerras da história, ao longo de toda a existência da humanidade, julgo e espero que tenhamos aprendido.
A Líbia que o diga... estão esta experimentando essa PAX Europa... Só que para isso a nova europa da paz esta utilizando UAVs americanos, AWACs americanos... Quero ver como se comportam sem a OTAN caso a primavera árabe transforme o norte da África em um território fundamentalista...




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Re: Notícias de Afeganistão

#2283 Mensagem por Carlos Lima » Qua Jun 29, 2011 6:46 pm

soultrain escreveu:
Clermont escreveu: E contra quem os europeus deveriam se "virar"?

Contra os russos?

Contra os chineses?

Contra os iranianos?

Tudo fantasia militarista, sem pé-nem-cabeça. Em todos os casos, é mais provável que sejam os Estados Unidos a provocarem um "casus-belli" e não o contrário. Dia desses, eu li que aquela "galinha da guerra", Hillary Clinton garantiu apoio e prometeu mais armamentos para as Filipinas, para uma disputa por um punhado de ilhotas que aparentemente contém gás e petróleo, umas tais de "Ilhas Pratlys" ou coisa assim (estou com preguicinha de pesquisar na Net).

Eu pensei:

- Taí, quem sabe, daqui a alguns anos, os americanos (e provavelmente os europeus) não vão estar morrendo às dezenas de milhares em nome da "garantia da soberania da Nação filipina sobre as "Ilhas Pratlys")? Eles já estão mesmo comprometidos em morrerem pela defesa da "independência de Taiwan".
Perfeito!!!
Excelente!! [100] [009]

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Re: Notícias de Afeganistão

#2284 Mensagem por Slotrop » Qua Jun 29, 2011 7:33 pm

Europa é um continente com poucos recursos naturais, não vejo como poderiam defender seus interesses geopoliticos sem forças armadas fortes.

Como seriam tratados por Russos e Chineses se perdessem o apoio militar dos Eua e não investissem por conta propria?




O Troll é sutil na busca por alimento.
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Re: Notícias de Afeganistão

#2285 Mensagem por Carlos Lima » Qua Jun 29, 2011 8:04 pm

Sei lá

O que eu observo é que se o interesse geopolítico europeu não for igual ao americano eles só tem a perder pois as suas FAs dependem totalmente dos ianques para quase tudo.

De um modo geral eu acho que a estrutura e infra-estrutura militar americana está mais presente nas estruturas dos exércitos europeus do que gostaríamos de admitir.

As vezes me desculpem mas parece que muitos exércitos europeus são tão dependentes dos EUA que parecem mais milicias do Exército americano.

E o mesmo aconteceu com os países do "Pacto" quando a URSS saiu do mapa e nesse sentido alguns desses países ainda sofrem até hoje.

[]s
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Re: Notícias de Afeganistão

#2286 Mensagem por FOXTROT » Sáb Jul 02, 2011 4:15 pm

terra.com.br

Militar italiano morre em atentado no Afeganistão
02 de julho de 2011 • 06h44 • atualizado às 07h24

Um militar italiano morreu neste sábado em um atentado ocorrido nas cercanias do povoado de Kaghaz, no oeste do Afeganistão, informou o Estado-Maior da Defesa italiana em comunicado.

O ataque ocorreu quando um veículo italiano circulava perto deste povoado, a 16 quilômetros de Bakua, no distrito de Farah, e foi atingido por uma bomba colocada na estrada.

Um militar morreu e outro ficou ferido na perna, mas não corre risco de morrer.

A Itália autorizou a participação de 4.200 militares no Afeganistão, e todos eles estão destinados às zonas de Cabul e Herat.

No dia 23 de junho, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, reiterou a intenção do Governo de Roma de reduzir o contingente no país asiático a partir de janeiro.




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Re: Notícias de Afeganistão

#2287 Mensagem por P44 » Dom Jul 03, 2011 11:39 am

J.Ricardo escreveu:
soultrain escreveu:Sem os EUA não é necessário OTAN. A Europa já aprendeu há muito que a guerra e o belicismo não é o caminho, a PAZ é. A Europa foi o palco do maior numero e das mais ferozes guerras da história, ao longo de toda a existência da humanidade, julgo e espero que tenhamos aprendido.
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Re: Notícias de Afeganistão

#2288 Mensagem por FOXTROT » Dom Jul 03, 2011 10:08 pm

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Saudações




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Re: Notícias de Afeganistão

#2289 Mensagem por FOXTROT » Seg Jul 04, 2011 12:28 pm

terra.com.br

Soldado da Otan desaparece no sul do Afeganistão
04 de julho de 2011 • 08h33 • atualizado às 09h01

Um militar da força da Otan no Afeganistão (Isaf) é considerado desaparecido no sul do país, informou a Aliança Atlântica.

A Otan anunciou ainda que uma operação de busca foi iniciada. A Isaf não divulgou a nacionalidade do desaparecido, mas fontes policiais afegãs afirmaram que é britânico.




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Re: Notícias de Afeganistão

#2290 Mensagem por marcelo l. » Seg Jul 04, 2011 2:29 pm

"Um grande coisa sobre transição: menos tropas no Afeganistão para abastecer = menor dependência de rotas de abastecimento do Paquistão".
Andrew Exum
http://www.cnas.org/blogs/abumuqawama




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Notícias de Afeganistão

#2291 Mensagem por J.Ricardo » Seg Jul 04, 2011 2:36 pm

P44 escreveu:
J.Ricardo escreveu: A Líbia que o diga... estão esta experimentando essa PAX Europa... Só que para isso a nova europa da paz esta utilizando UAVs americanos, AWACs americanos... Quero ver como se comportam sem a OTAN caso a primavera árabe transforme o norte da África em um território fundamentalista...

Os EUA são os maiores desestabilizadores da Europa.
Aham...

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Re: Notícias de Afeganistão

#2292 Mensagem por Wingate » Seg Jul 04, 2011 2:51 pm

AC-130 em ação no Afeganistão (vista interna dos armamentos e artilheiros no interior da aeronave):




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Re: Notícias de Afeganistão

#2293 Mensagem por P44 » Seg Jul 04, 2011 3:08 pm

J.Ricardo escreveu: Aham...

Os primeiros a mandar bala nos líbios foram os europeus...

o sarkozy, um nanico miserável, pau-mandado dos americanos, preocupado por ver suas chances de reeleição se evaporando, tentou um golpe de sorte. Pensou que tirava o Kadaffi do poder numa semana...lixou-se!




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Re: Notícias de Afeganistão

#2294 Mensagem por P44 » Seg Jul 04, 2011 3:09 pm

FOXTROT escreveu:
Os EUA são os maiores desestabilizadores da Europa.
Do mundo caro P44, do Mundo....

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Re: Notícias de Afeganistão

#2295 Mensagem por Túlio » Seg Jul 04, 2011 8:26 pm

SERÁ??? :shock: :shock: :shock: :shock:

Obama decide deixar o Afeganistão e reconstruir os EUA
Presidente não é isolacionista, mas a Casa Branca percebeu que não dá para continuar mantendo uma guerra custosa em meio a uma grave crise econômica



Gerhard Spörl, Der Spiegel

Estradas no Kentucky, não em Cabul. Com a profunda crise econômica nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama começa a mudar as prioridades, do envolvimento dispendioso em guerras externas ao desenvolvimento do país. O ex-secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, não hesitava em admitir que estava cansado da função para a qual foi chamado no fim de 2006.

Ele ajudou a repatriar as tropas americanas do Iraque e, embora tenha a impressão de que possa ser um pouco prematuro, também aprova o programa que trará de volta os soldados americanos do Afeganistão.

Gates trabalhou com dois presidentes que não poderiam seguir linhas mais diferentes: George W. Bush e Barack Obama. No entanto, sua reputação continua não apenas intacta, como excelente. Embora esteja com 67 anos, não sofreu o desgaste do cargo.

Então, por que decidiu deixar o governo? "Para dizer a verdade", disse ele em recente entrevista concedida à revista Newsweek, "uma das várias razões pelas quais está na hora de me aposentar é que, francamente, não posso me imaginar fazendo parte de uma nação, parte de um governo, que está sendo obrigado a reduzir drasticamente o nosso envolvimento com o resto do mundo".

Gates se aposenta com uma nota de melancolia, porque acredita no mandato histórico do seu país de tornar o mundo um lugar melhor. Na sua opinião, o que ocorreu no Vietnã, ocorre agora no Afeganistão. "Chegamos muito tarde nesse jogo", afirmou. Entretanto, Gates não diz se acha que agora é muito tarde para vencer a guerra afegã nem se a missão poderia ter sido bem-sucedida.

Sonhos caros.
Em sua maioria, os americanos mostram a mesma ambivalência do ex-secretário da Defesa a respeito do Afeganistão. Eles acreditam que, na esteira de 11 de Setembro, a derrubada do regime do Taleban e a caça à Al-Qaeda foi a coisa certa a fazer. Evidentemente, era perfeito imaginar que o Afeganistão, um país pobre que se desintegrou no tribalismo e se tornou presa de déspotas, poderia se desenvolver de algum modo.

No entanto, a guerra completa dez anos a um custo de US$ 2 bilhões por semana. Agora, a Casa Branca começa a corrigir as suas prioridades para se conformar à convicção geral de que, se Washington deve se envolver em um esforço de reconstrução, que seja nos EUA, onde é urgentemente necessário.

Os EUA continuam atolados na crise econômica. O país, que procurou se reinventar tantas vezes, enfrenta dificuldades. Três anos depois do colapso do banco de investimentos Lehman Brothers, o desemprego continua elevado, 9%, segundo a taxa oficial, mas 16% pela não oficial.

O crescimento se arrasta a menos de 2% e o ônus da dívida interna cresce diariamente nada menos do que US$ 4, 38 bilhões. Muitas cidades estão tão quebradas que estradas e pontes se encontram em condições precárias e algumas áreas do país já se parecem com o Terceiro Mundo.

Um declínio dessas proporções é raro na história americana. Entretanto, a superpotência mordeu mais do que podia mastigar. Agora, sofre as consequências.

Prioridades internas.
Essa mudança de atitude no país chega a Washington e aos partidos políticos. De repente, começaram a ocorrer coisas espantosas. Acabaram-se os dias em que democratas e republicanos se enfrentavam com uma agressividade cruel.

Na realidade, agora os dois partidos concordam surpreendentemente na questão do Afeganistão e com a necessidade de estabelecer novas prioridades. No entanto, um projeto de lei que prevê a rápida retirada das tropas americanas, recentemente, não passou na Câmara dos Deputados, ainda que por pequena margem. Logo em seguida, um grupo de 27 senadores de ambos os partidos escreveu uma carta ao presidente pedindo uma retirada mais rápida e um rompimento mais nítido.

A maré mudou. Alguns republicanos, aparentemente mais prudentes, que esperam concorrer contra o presidente em 2012, competem entre si com pedidos de redução gradativa do envolvimento da superpotência em regiões longínquas do planeta.

Na realidade, o Iraque e o Afeganistão, agora, dividem o Partido Republicano no que se refere à influência dos EUA no mundo, como aconteceu com o Partido Democrata a respeito do Vietnã, há várias décadas.

Agora, a cisão facilita o início da retirada do Afeganistão para o presidente Obama. Na semana passada, ele precisou de apenas 15 minutos para pronunciar um discurso de repercussão histórica.

"Americanos," conclamou o presidente, "chegou o momento de cuidarmos da reconstrução de nosso país". A nova prioridade será a construção de estradas em Kentucky,e não em Cabul, de pontes na Califórnia, não em Kandahar.

A guerra no Afeganistão foi a mais longa em termos de envolvimento americano. Começou no outono de 2001, semanas depois dos ataques em Nova York e em Washington, e está quase no fim. Em setembro de 2012, os 33 mil soldados que foram enviados ao Afeganistão há apenas um ano e meio, voltarão para casa. As tropas restantes serão repatriadas gradativamente até 2014, encerrando o compromisso militar dos EUA no país.
A superpotência começou também a reduzir seu zelo missionário. "Não tentaremos tornar o Afeganistão um lugar perfeito", disse Obama no discurso. "Não policiaremos suas ruas nem patrulharemos indefinidamente suas montanhas. Isto é responsabilidade do governo afegão, que deverá aumentar sua capacidade de proteger o seu povo."

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, que o governo Obama não considera confiável, respondeu com magnanimidade ao discurso, definindo o anúncio um "momento de felicidade para o Afeganistão" e dizendo que Obama tomou a decisão certa para ambos os países. "A confiança do povo afegão no Exército e na polícia afegãos cresce dia a dia", disse Karzai. "E a preservação deste país cabe aos afegãos." Se isto fosse verdade, o Afeganistão estaria agora numa ótima situação.

Retorno ao começo.
O presidente Obama fechou o círculo e agora retorna ao ponto de partida. Embora inicialmente seu objetivo fosse acabar com a guerra no Afeganistão, teve de ceder às pressões da alta cúpula militar. Há um ano e meio, ele elaborou uma estratégia que previa dois compromissos: o envio de mais de 30 mil soldados e sua retirada até julho de 2011. Um dia, os historiadores dirão se Obama acreditava realmente que seria possível virar os destinos da guerra ou se procurava apenas uma maneira de sair de uma situação complicada.

Tendo conseguido melhorar a situação no Iraque, o general David Petraeus foi enviado ao Afeganistão para fazer o mesmo, na qualidade de comandante da Força Internacional de Segurança (Isaf). No entanto, em vez de resolver o problema do Afeganistão, Petraeus se desgastou totalmente.

Não surpreende que ele se opusesse à redução das tropas e tenha feito o possível para que um público cada vez maior fosse posto a par das suas objeções. Petraeus será um dos primeiros a sair do Afeganistão e retornará a Washington para assumir um novo cargo, o de diretor da CIA. De acordo com o ponto de vista de Obama, a transferência é necessária. Petraeus é um general para a guerra, não para retiradas.

O presidente poderá encerrar definitivamente o envolvimento no Afeganistão por uma razão simples: a morte do líder e fundador da Al-Qaeda, Osama bin Laden, proporcionou aos americanos uma sensação de satisfação e afugentou as suspeitas de que Obama fosse excessivamente permissivo para o seu cargo.

Os democratas, que por tradição adotam uma atitude mais cética em relação à guerra, estão evidentemente satisfeitos com a decisão de Obama e ficariam ainda mais felizes com uma retirada mais acelerada.

Os republicanos, de sua parte, agora estão enrascados numa disputa interna para decidir qual deveria ser a sua posição em relação ao Afeganistão e ao curso que os EUA deveriam seguir.

Os falcões são liderados pelos senador John McCain, de 74 anos, herói de guerra e veterano do Vietnã que perdeu as eleições presidenciais para Obama. McCain voltou à arena política para pregar a sua mensagem pelo rádio e pela televisão. "Acho que abandonar o Afeganistão à mercê do Taleban e dos extremistas radicais islâmicos seria repetir os erros que o país já cometeu antes. Recentemente, em entrevista à jornalista Christiane Amanpour no programa This Week, o senador disse que "é crucial manter o curso inicial".

Essas palavras não eram dirigidas apenas a Obama, mas, talvez até mais, ao próprio partido de McCain. Quando discutiu o fato de alguns candidatos presidenciais serem favoráveis a acelerar a retirada das tropas, ele criticou o que chamou de "isolacionismo". "Sempre houve uma veia isolacionista no Partido Republicano, mas agora parece que está se deslocando para o centro."

Candidatos republicanos.
No entanto, embora McCain fale de um centro, o principal problema dos republicanos é que o partido não tem nem um centro nem políticos de destaque. O que tem são candidatos presidenciais, como Mitt Romney, para quem a política externa está sempre submetida a considerações populistas internas.

"Está na hora de trazermos nossos soldados para casa o mais cedo possível", disse Romney. "Somente os afegãos podem tornar o Afeganistão independente do Taleban."

Comentando a questão da guerra afegã, Newt Gingrich, o mais exibicionista dos candidatos republicanos, disse sucintamente: "O custo é sempre o problema principal". Ron Paul, um dos preferidos do movimento conservador do Tea Party, defende o fim imediato das atividades militares americanas no Iraque, Afeganistão e Líbia.

Nessas declarações é difícil distinguir entre convicção e oportunismo. As pesquisas indicam que 55% dos eleitores republicanos acreditam que os EUA "deveriam se preocupar menos com os problemas internacionais e tratar mais dos problemas internos".
As agências atribuem essa mudança do lado conservador, que votou por duas vezes em George W. Bush, ao "efeito da recessão". Em outras palavras, na opinião desse eleitorado, o isolacionismo é uma consequência da crise econômica.

O próprio Tea Party, o movimento das bases profundamente conservadoras que exerce grande influência entre os republicanos, também pode ser caracterizado como um efeito da recessão. Embora não seja absolutamente monolítico, o grupo defende uma crença fundamental: os EUA em primeiro lugar e por uma margem muito grande.

Retirada americana.
Na realidade, a política externa americana sempre se dividiu em dois campos: o dos isolacionistas, que queriam evitar os conflitos com o resto do mundo, e o dos internacionalistas, que queriam firmar a posição dos EUA no exterior.

Obama não é, de modo algum, um isolacionista. Ele é, principalmente, uma pessoa que trabalha sem atropelos. No entanto, com o país mergulhado na crise, manter duas guerras de uma vez é um luxo que a nação não pode se permitir.

http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... uir-os-EUA




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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