Fórum Defesa Brasil

Marcelo, acho que falamos de assuntos diferentes: os Haitianos querem MORAR aqui, o caso que cito são REFUGIADOS DE GUERRA.

Sei lá, se eu apitasse alguma coisa nesse Brasil já estaria formulando um plano emergencial, selecionando áreas e fornecedores de insumos, como barracas, alimentos, medicamentos, etc, além de Forças Militares para garantirem a lei o ordem (GLO) nesses campos de refugiados...

NettoBR escreveu:
A Unasul (União de Nações Sul-Americanas) fez uma reunião de emergência no Rio de Janeiro e enviou uma comissão de chanceleres ao Paraguai.
O protocolo da organização prevê a possibilidade de imposição de sanções ao país - como o fechamento de fronteiras - em caso de 'ruptura ou ameaça de ruptura da ordem democrática'.

O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, afirmou que autoridades do Paraguai devem respeitar o 'devido processo' para a eventual destituição do mandatário, estabelecendo prazos que permitam a 'preparação adequada' da defesa do presidente.
Já os países da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da América) divulgaram comunicado repudiando o processo contra Lugo e classificando a ação como uma 'manobra dos setores de direita'.

Fechariam totalmente mesmo?

A questão é que a constituição paraguaia preve esse rito sumário. Resta saber o que a AOE entende por "respeitar o devido processo". Seria algo que não está previsto na constituição?

E o comunicado da ALBA é 100% ideologia. O congresso do Paraguai é composto por 100% de setores da direita?

Túlio escreveu: Sei lá, se eu apitasse alguma coisa nesse Brasil já estaria formulando um plano emergencial, selecionando áreas e fornecedores de insumos, como barracas, alimentos, medicamentos, etc, além de Forças Militares para garantirem a lei o ordem (GLO) nesses campos de refugiados...

Aliás, esse é o tipo de coisa que já deveria estar pensada DESDE SEMPRE. Não há nenhum protocolo a ser obedecido em casos desse tipo?

NettoBR escreveu:

Túlio escreveu:Segue a pergunta, sem viés ideológico: se fechar a pauleira por lá, temos como lidar com a massa de refugiados que vai correr para cá?

Como os países vizinhos reagiram à crise?
Por BBC, BBC Brasil, Atualizado: 22/06/2012 09:57

A Unasul (União de Nações Sul-Americanas) fez uma reunião de emergência no Rio de Janeiro e enviou uma comissão de chanceleres ao Paraguai.
O protocolo da organização prevê a possibilidade de imposição de sanções ao país - como o fechamento de fronteiras - em caso de 'ruptura ou ameaça de ruptura da ordem democrática'.

O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, afirmou que autoridades do Paraguai devem respeitar o 'devido processo' para a eventual destituição do mandatário, estabelecendo prazos que permitam a 'preparação adequada' da defesa do presidente.
Já os países da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da América) divulgaram comunicado repudiando o processo contra Lugo e classificando a ação como uma 'manobra dos setores de direita'.

Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/entend ... -paraguaio


Fechariam totalmente mesmo?

Mais um exemplo de não intervencionismo, Ameaçam fechar a fronteira de um país que tem um presidente imoral. E que esta sofrendo um processo de destituição movido pelo congresso nacional de forma democratica. Em nenhum momento as forças armadas do Paraguai ameaçou intervir no processo.

Não sei que ilegalidade estão vendo ai. Esta obvio que esta iniciativa em um viés ideológico.

wagnerm25 escreveu:

Túlio escreveu:Segue a pergunta, sem viés ideológico: se fechar a pauleira por lá, temos como lidar com a massa de refugiados que vai correr para cá?

Pergunta que me ocorre... teremos saques incontroláveis em Ciudad Del Este?

Caso o pal começe a quebrar feio por lá, eu tenho receio que os Brasileros sofram retaliações. Existem muitos movimentos de esqueda e sem terra que nutrem certa inveja e recentimento contra os proprietários de terras Brasileiros.

Acredito que em caso de guerra civil, muitos iriam aproveitar para derramar o sangue da nossa gente, obrigando o Brasil a intervir militarmente no país.

Da Zero Hora:

A última eu não entendi direito.

-----------------------------------------------

Objetivamente, são cinco as acusações que pesam sobre Fernando Lugo no processo de impeachment:

Confronto em Curuguaty - A oposição diz que Lugo conduziu mal a desocupação de uma propriedade em Curuguaty, na fronteira com o Brasil, na sexta-feira. O governo mandou 150 militares para controlar uma disputa de terra. O episódio, que culminou na morte de 17 pessoas (sete delas policiais) é o pior envolvendo a questão agrária no Paraguai em décadas. A morte dos policiais resultou em uma forte pressão das forças armadas - que são a instituição mais poderosa do país.

Ñacunday - Antes do episódio da semana passada, já havia outro precedente na questão agrária, no departamento (equivalente a Estado) de Alto Paraná. O presidente convocou o exército para incutir medo entre os agricultores da região de Ñacunday. Houve ocupações de propriedades sem autorização judicial.

Tensão na caserna - Lugo é acusado de mau uso de quarteis. Em 2009, ele autorizou uma reunião de políticos de esquerda na sede do Comando de Engenharia das Forças Armadas. Um dos episódios mais polêmicos foi uma bandeira de um movimento social hasteada no lugar da bandeira paraguaia.

Insegurança: A acusação defende que o presidente Lugo nunca foi capaz de desenvolver uma política eficaz para reduzir a violência, mesmo com verba aprovada pelo Congresso. Há suspeita de apoio de Lugo ao Exército do Povo Paraguaio (EPP), grupo criminoso que teria recebido treinamento das Farc.

Ushuaia - O Protocolo Ushuaia é considerado pela oposição um ataque à soberania do país. Por meio do documento assinado por Lugo, os países vizinhos poderiam cortar o fornecimento de energia ao Paraguai. Isso é considerado uma questão de soberania porque o tratado prevê intervenção externa, caso a democracia esteja em perigo.

Túlio escreveu:Marcelo, acho que falamos de assuntos diferentes: os Haitianos querem MORAR aqui, o caso que cito são REFUGIADOS DE GUERRA.

Sei lá, se eu apitasse alguma coisa nesse Brasil já estaria formulando um plano emergencial, selecionando áreas e fornecedores de insumos, como barracas, alimentos, medicamentos, etc, além de Forças Militares para garantirem a lei o ordem (GLO) nesses campos de refugiados...

Mesmo no caso dos haitianos, segue o tramite dos refugiados, vc tem um bolsão, vê as condições de saúde, entrevista, o CONARE vê se aceita ou não e depois envia o destino possível...a diferença prática é a quantidade de pessoas que vai pressionar e muito as cidades da fronteira. Quando começa um conflito, vc nunca tem certeza quanto tempo ela ficará deslocada.

Mas, pela ACNUR quem age no Brasil é a Caritas principalmente pelos seus bons serviços, a rede pública no caso seria o Exercito, e uma ação coordenada do CONARE pelos diversos órgãos, inclusive estaduais e municipais.

A questão dos haitianos que são considerados refugiados sociais, é de se pensar mesmo eles vindo para cá com ideia de permanecer, como o tramite do atendimento está problemático e até de expulsão...fica a questão se estaríamos preparados e até Brasília ser ágil no repasse de verbas para os estados e municípios "atingidos".

Mas Itaipu não é metade deles? Como podemos cortar a energia que pertence a eles?

E esse lance da OEA também me cheira mal, e o cara aquele de Honduras que tomou posse da nossa Embaixada? Para mim a situação não é muito diferente...

suntsé escreveu:

NettoBR escreveu: Como os países vizinhos reagiram à crise?
Por BBC, BBC Brasil, Atualizado: 22/06/2012 09:57

A Unasul (União de Nações Sul-Americanas) fez uma reunião de emergência no Rio de Janeiro e enviou uma comissão de chanceleres ao Paraguai.
O protocolo da organização prevê a possibilidade de imposição de sanções ao país - como o fechamento de fronteiras - em caso de 'ruptura ou ameaça de ruptura da ordem democrática'.

O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, afirmou que autoridades do Paraguai devem respeitar o 'devido processo' para a eventual destituição do mandatário, estabelecendo prazos que permitam a 'preparação adequada' da defesa do presidente.
Já os países da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da América) divulgaram comunicado repudiando o processo contra Lugo e classificando a ação como uma 'manobra dos setores de direita'.

Fonte: http://noticias.br.msn.com/mundo/entend ... -paraguaio


Fechariam totalmente mesmo?

Mais um exemplo de não intervencionismo, Ameaçam fechar a fronteira de um país que tem um presidente imoral. E que esta sofrendo um processo de destituição movido pelo congresso nacional de forma democratica. Em nenhum momento as forças armadas do Paraguai ameaçou intervir no processo.

Não sei que ilegalidade estão vendo ai. Esta obvio que esta iniciativa em um viés ideológico.

Não conheço a legislação do Paraguai, mas juridicamente falando me é estranho o processo como colocado. Em verdade está mais para procedimento do que processo. Do modo como nos é informado pela grande imprensa, não se está garantindo a ampla defesa do presidente, e talvez até mesmo se inviabilize o contraditório, visto o prazo extremamente curto para sua defesa.

Não vislumbro como plausível um processo de tal natureza com duração de apenas 4 dias. Os países da Unasul não estão atuando por ideologia, o que se questiona é o que mencionei acima. Quem milita em qualquer área do direito (como eu) entende o que digo.

Nem sempre se fere uma norma escrita, mas sim uma norma não escrita, como um princípio. Ampla defesa e contraditório, ainda que não escritos, são princípios universais do processo.

Fugindo da esfera jurídica, entendo que o processo de impedimento de um presidente é uma atitude extrema, que deve sempre ser aplicada com toda cautela possível. Não podemos esquecer que o presidente do Paraguai foi eleito por um mecânismo de democracia direta, e agora poderá ser destituído não pela população, mas por seus representantes. Não que seja o caso, mas é muito mais fácil convencer algumas dezenas, do que convencer milhões. Como saber os interesses que estão por trás deste processo? Todo processo de impedimento de um representante eleito pelo povo, conduzido pelos representantes deste povo, significa um risco para a democracia, seja em que país for. Guerras civis começam assim. Um referendo poderia resolver a questão, mas não sei se exite previsão de tal ato.

O governo do Lugo está no fim, seria mais saudável esperar que a própria população "defenestrasse" ele do poder.

Há mais coisas estranhas: o pivô dessa crise toda é um conflito para onde se manda uma centena e meia de MILITARES e quem morre são civis e POLICIAIS???

wagnerm25 escreveu:Da Zero Hora:

A última eu não entendi direito.

-----------------------------------------------

Objetivamente, são cinco as acusações que pesam sobre Fernando Lugo no processo de impeachment:

Confronto em Curuguaty - A oposição diz que Lugo conduziu mal a desocupação de uma propriedade em Curuguaty, na fronteira com o Brasil, na sexta-feira. O governo mandou 150 militares para controlar uma disputa de terra. O episódio, que culminou na morte de 17 pessoas (sete delas policiais) é o pior envolvendo a questão agrária no Paraguai em décadas. A morte dos policiais resultou em uma forte pressão das forças armadas - que são a instituição mais poderosa do país.

Ñacunday - Antes do episódio da semana passada, já havia outro precedente na questão agrária, no departamento (equivalente a Estado) de Alto Paraná. O presidente convocou o exército para incutir medo entre os agricultores da região de Ñacunday. Houve ocupações de propriedades sem autorização judicial.

Tensão na caserna - Lugo é acusado de mau uso de quarteis. Em 2009, ele autorizou uma reunião de políticos de esquerda na sede do Comando de Engenharia das Forças Armadas. Um dos episódios mais polêmicos foi uma bandeira de um movimento social hasteada no lugar da bandeira paraguaia.

Insegurança: A acusação defende que o presidente Lugo nunca foi capaz de desenvolver uma política eficaz para reduzir a violência, mesmo com verba aprovada pelo Congresso. Há suspeita de apoio de Lugo ao Exército do Povo Paraguaio (EPP), grupo criminoso que teria recebido treinamento das Farc.

Ushuaia - O Protocolo Ushuaia é considerado pela oposição um ataque à soberania do país. Por meio do documento assinado por Lugo, os países vizinhos poderiam cortar o fornecimento de energia ao Paraguai. Isso é considerado uma questão de soberania porque o tratado prevê intervenção externa, caso a democracia esteja em perigo.

Aqui no Brasil com o PNDH3 que a tia assinou e depois disse que assinou sem ler durante a campanha, planejava-se regularizar as invasões de terra e para solucionar o conflito o governo do PT iria criar um "Conselho", para julgar se a invasão era legal ou não...Tudo isso passando por cima do Judiciário..
O Lugo mexeu com vespeiro, morreu gente e agora enfrenta o impeachment.

Vejam a história do Paraguai de 1989 até hoje. É de fazer inveja aos roteiristas de holywood.

Stroessner foi derrubado pelo genro, Gen Andres Rodrigues;
Veio pressão internacional, eleito Wasmosy;
Wasmosy quase é derrubado pelo Gen Lino Oviedo;
Oviedo é preso, seu pupilo Raul Cubas é eleito;
Oviedo manda matar vice presidente Argaña;
Raul Cubas foge, e o senador Macchi assume;
Macchi quase é derrubado, pelo congresso, e pelos militares, corrupção explícita;
Eleito Nicano Duarte, quase derrubado quando quer mudar a constituição para reeleição;
Eleito Lugo, bispo papão, o país vive a pior guerrilha rural no subcontinente, depois das FARC;
chegamos ao dia de hoje.

suntsé escreveu:

wagnerm25 escreveu: Pergunta que me ocorre... teremos saques incontroláveis em Ciudad Del Este?

Caso o pal começe a quebrar feio por lá, eu tenho receio que os Brasileros sofram retaliações. Existem muitos movimentos de esqueda e sem terra que nutrem certa inveja e recentimento contra os proprietários de terras Brasileiros.

Acredito que em caso de guerra civil, muitos iriam aproveitar para derramar o sangue da nossa gente, obrigando o Brasil a intervir militarmente no país.

Em uma guerra civil acredito que a "intervenção" somente ocorreria se aprovada pela ONU, sendo o contingente formado pelas forças dos países da UNASUL. O Brasil atuando sozinho é algo que significaria uma virada completa nas posições adotadas pela diplomacia brasileira, e certamente traria consequências futuras (rearmamento do Brasil e tensão com países vizinhos). Sinceramente duvido que governo brasileiro atue unilateralmente. Bom, esta é a minha opinião.

rodrigo escreveu:Vejam a história do Paraguai de 1989 até hoje. É de fazer inveja aos roteiristas de holywood.

Stroessner foi derrubado pelo genro, Gen Andres Rodrigues;
Veio pressão internacional, eleito Wasmosy;
Wasmosy quase é derrubado pelo Gen Lino Oviedo;
Oviedo é preso, seu pupilo Raul Cubas é eleito;
Oviedo manda matar vice presidente Argaña;
Raul Cubas foge, e o senador Macchi assume;
Macchi quase é derrubado, pelo congresso, e pelos militares, corrupção explícita;
Eleito Nicano Duarte, quase derrubado quando quer mudar a constituição para reeleição;
Eleito Lugo, bispo papão, o país vive a pior guerrilha rural no subcontinente, depois das FARC;
chegamos ao dia de hoje.

Os caras são bons nisso! Imagino o que deve pensar um investidor estrangeiro ao escutar alguém relatar a história política recente do país...

lelobh escreveu:

rodrigo escreveu:Vejam a história do Paraguai de 1989 até hoje. É de fazer inveja aos roteiristas de holywood.

Stroessner foi derrubado pelo genro, Gen Andres Rodrigues;
Veio pressão internacional, eleito Wasmosy;
Wasmosy quase é derrubado pelo Gen Lino Oviedo;
Oviedo é preso, seu pupilo Raul Cubas é eleito;
Oviedo manda matar vice presidente Argaña;
Raul Cubas foge, e o senador Macchi assume;
Macchi quase é derrubado, pelo congresso, e pelos militares, corrupção explícita;
Eleito Nicano Duarte, quase derrubado quando quer mudar a constituição para reeleição;
Eleito Lugo, bispo papão, o país vive a pior guerrilha rural no subcontinente, depois das FARC;
chegamos ao dia de hoje.

Os caras são bons nisso! Imagino o que deve pensar um investidor estrangeiro ao escutar alguém relatar a história política recente do país...

A da Bolívia é bem pior.