Ou seja, ninguém aqui sabe (ou não pode falar) o preço dos mísseis.... ai o papo sobre se vai continuar ou não a produção dos Piranha
Bom, estou trazendo aqui uma matéria sobre foguetes guiados para discussão, pois que eu saiba ainda não produzimos nem temos pesquisas a respeito, mas vejo grandes possibilidades de uso de tal armamento, tanto por nossos A-1 mas principalmente pelos A-29 e Falcão. (notar a altitude de lançamento)
A-10 Thunderbolt dispara pela primeira vez foguete guiado por laser
Publicado em 03/04/2013 por Giordani em Militar, Tecnologia
A-10 do 40th Flight Test Squadron realizou o primeiro disparo de um foguete guiado a laser. (Concepção artística: Eglin AFB)
O 40º Esquadrão de Testes de Voo da USAF realizou o primeiro disparo de um foguete guiado a laser por um A-10 Thunderbolt II. O foguete errou por apenas alguns centímetros de distância do alvo pretendido. O programa de laser para foguetes é conhecido como Advanced Precision Kill Weapon System II (APKWS).
Antes do teste de integração com o A-10, o foguete tinha se revelado eficaz em operações de combate no Afeganistão, quando acionado a partir de helicópteros da Marinha. “Foguetes são uma arma de apoio aéreo aproximado, mas a sua fraqueza sempre foi a sua pouca precisão”, disse o major Travis Burton, do 40º Esquadrão e um dos pilotos de A-10 que realizaram os testes.
Ao melhorar a precisão do foguete, o APKWS faz o foguete a melhor arma para conflitos atuais de baixa intensidade, onde minimizar danos colaterais é uma prioridade. O esquadrão realizou três surtidas para demonstrar a capacidade e garantir que o foguete poderia ser empregado com segurança a partir de uma aeronave de asa fixa – um teste que nunca tinha sido feito antes.
A primeira surtida testou se a aerodinâmica da aeronave seria afetada, levando o(s) foguete(s) e seu casulo lançador. Na segunda surtida, o A-10 disparou um foguete não guiado inerte, para garantir a separação correta da aeronave, ao qual confirmou não haver qualquer problema. Para a surtida final, dois foguetes armados e guiados foram disparados contra um alvo de superfície
em altitudes de 10.000 e 15.000 pés. O APKWS, com um vento contra de 70 nós, impactou o alvo dentro das especificações
“O vento de proa, de 70 nós, não nos permitiu realizar um segundo tiro guiado, utilizando os parâmetros planejados, então a equipe de teste (pilotos, controladores e engenheiros) trabalharam em tempo real para ajustar os parâmetros para a realização do teste”, disse Burton.
Ambos os tiros foram considerados bem sucedidos, mas a precisão do APKWS causou uma boa impressão para o gerente do projeto, Joe Stromsness. “Nós assistimos o vídeo em tempo real. Quando o foguete impactou a poucos centímetros do ponto marcado pelo laser”, disse ele. “Todo mundo estava em êxtase. Muitas horas de trabalho da Marinha, Força Aérea e da equipe contratada – BAE – culminaram para o sucesso deste teste. Este foi um marco importante para avançar a próxima fase.”
Com a fase de teste de desenvolvimento concluída, o projeto irá para China Lake Test Range, Califórnia, com a Guarda Aérea Nacional e com a Reserva da Força. Em maio, os pilotos da Força Aérea vão disparar 22 APKWSs, operando aeronaves A-10 e F-16, contra alvos móveis e estáticos. Sendo os próximos resultados positivos, Stromsness vê o enorme potencial para o APKWS. “Esta é uma arma leve com uma ogiva menor que potencialmente podem minimizar os danos colaterais”, disse ele. “Nós adicionamos orientação de precisão, e com base em nossos testes, estamos a centímetros do alvo pretendido. Nós temos uma arma de precisão!”.
De acordo com a BAE Systems, fabricante da arma, o APKWS é um terço do peso e custo de um foguete de precisão no inventário DOD. A aeronave poderia transportar sete foguetes por lançador e levar dois lançadores a mais, devido ao tamanho do APKWS, relativamente pequeno e de pouco peso.
Ao melhorar a precisão do foguete, o APKWS dará ao piloto a capacidade de atingir o alvo desejado com um único foguete. Não é só o aumento da letalidade do avião de transportar foguetes, ele também permitirá que a aeronave não precise se expor tanto ao inimigo, mantendo a aeronave mais longe das ameaças vindo da superfície.
A necessidade de levar uma arma, própria dos helicópteros, para aviões, permitindo maior velocidade, começou como um projeto de necessidade operacional urgente para a Marinha e para a Força Aérea em 2009. A tarefa de demonstração de tecnologia, era levar o foguete para uso em aviões, com poucas modificações. A meta para a Força Aérea era demonstrar que a A-10 e o F-16 poderiam usar tal arma. A Marinha irá testar o APKWS no AV-8B e no F/A-18.
Um obstáculo inicial foi de que a equipe de teste descobriu que a seção de orientação havia acrescentado 18 centímetros ao foguete. Esta adição, mostrou-se demasiado longa para o lançador padrão, LAU-131. A Marinha já tinha um lançador modificado, o que atendeu satisfatoriamente ao aumento do comprimento do foguete.
Mais testes da Força Aérea e avaliação serão efetuados ao longo de 2013. Assim que os testes estiverem completos, o Comando Central dos EUA irá apresentar um relatório final e aprovação para a Força Aérea e Marinha. De acordo com Stromsness, se tudo correr bem, os APKWS poderá estar pronto para uso operacional em 2015.
FONTE: Samuel King Jr / Eglin Public Affairs – TRADUÇÃO e ADAPTAÇÃO: CAVOK