Fórum Defesa Brasil

Luís Henrique escreveu:Só precisa cair 3 vezes.

E sendo destruído não sobra ninguém para contar a história para os demais...

Um mercante desse tamanho não é exatamente discreto, observadores podem notar, não sei se alguem cai três vezes no truque.

Por outro lado, se nossos inimigos demonstrarem a mesma competência que os argentinos nas Malvinas, o que não é dificil, poderiam cair até umas 10 vezes nesse truque...

knigh7 escreveu:Em boa parte do litoral brasileiro, depois de 20km isobata passa dos 100m de profunidade. Posso navegar profundo e por isso posso ir rápido, com menos chances de deteccão. Posso ir a até 22 nós. Com apenas 20km de distância dos portos, com essa velocidade, eu consigo navegar uma boa área para descorbir os navios mercantes.

Por isso o movimento entre portos só se daria a menos de 10 km (ou até menos ) da costa. Só nos pontos de reunião os navios poderiam se afastar mais, por questões de tráfego. E estes pontos seriam fortemente vigiados por escoltas com sonares à toda, para manter os sub's longe.

Outro detalhe importante: Sub's (mesmo nucleares) navegando a 20-22 nós emitem ruído às pampas e ficam praticamente "surdos". Ninguém em sã consciência usaria um sub assim perto do território inimigo.


Leandro G. Card

Isto se chama "medida anti-torpédica".
Simplesmente navegar a uma profundidade onde o sub nao consegue lançar o Tp.

LeandroGCard escreveu:

knigh7 escreveu:Em boa parte do litoral brasileiro, depois de 20km isobata passa dos 100m de profunidade. Posso navegar profundo e por isso posso ir rápido, com menos chances de deteccão. Posso ir a até 22 nós. Com apenas 20km de distância dos portos, com essa velocidade, eu consigo navegar uma boa área para descorbir os navios mercantes.

Por isso o movimento entre portos só se daria a menos de 10 km (ou até menos ) da costa. Só nos pontos de reunião os navios poderiam se afastar mais, por questões de tráfego. E estes pontos seriam fortemente vigiados por escoltas com sonares à toda, para manter os sub's longe.

Outro detalhe importante: Sub's (mesmo nucleares) navegando a 20-22 nós emitem ruído às pampas e ficam praticamente "surdos". Ninguém em sã consciência usaria um sub assim perto do território inimigo.

Leandro G. Card

Pois é,

Acaba sendo um tiro no pé.

Um Sub nunca vai lutar nessas condições e o Brasil tem uma costa indigesta para um atacante utilizando 3 Subs convencionais armados com torpedos.

Dependendo de quem for o atacante, estará recebendo ao mesmo tempo uma visita do GT de PA e suas aeronaves e da FAB.

Além é claro dos nossos próprios Subs que em breve terão um Nuclear para complicar mais ainda as coisas para o "atacante".

[]s
CB_Lima

Marino escreveu:Isto se chama "medida anti-torpédica".
Simplesmente navegar a uma profundidade onde o sub nao consegue lançar o Tp.

Taí uma: não sabia que havia profundidade mínima para um sub lançar torpedo. Qual a razão?

Por causa do swin out, ou a profundidade mínima requerida que permite a "queda" do torpedo quando sai do tubo antes de assumir a trajetória na profundidade especificada no lançamento.

Mais uma que aprendo, BZ, CMG véio!!!

Um sub que tenha ar comprimido para "forçar a saída reta" diminui o problema, mas nos subs modernos, com pouco espaço, a colocação de mais um trambolho, com mais logística associada, está em desuso.
Nenhum IKL possui.

Mesma questão dos torpedos lançados pelos navios.
Por qual motivo as nossas fragatas possuem Boroc?

Isso significa que os novos SSKs da MB não terão problemas deste tipo? Segundo me consta, o disparo é por ar comprimido...

Talvez os novos scorpene.

Marino escreveu:Um sub que tenha ar comprimido para "forçar a saída reta" diminui o problema, mas nos subs modernos, com pouco espaço, a colocação de mais um trambolho, com mais logística associada, está em desuso.
Nenhum IKL possui.

Além é claro do ruído de escape do ar comprimido, que pode denunciar o lançamento do torpedo e a posição do sub. Na busca da maior discrição possível a ejeção a ar deve estar mesmo sendo abandonada.


Leandro G. Card

Porém os japoneses conseguiram anular esta problemática em 1941.
Não acho que este seria o maior empecilho em pleno século 21.

Existe uma tendência para combate marítimo próximo ao litoral.
Vide LCS americano, a melhora das munições guiadas para apoio de fogo sobre terra, submarinos cada vez menores, etc.
Acho que os torpedos e os sistemas de lançamento dos mesmos se adaptarão para estes ataques.

Luís Henrique escreveu:Porém os japoneses conseguiram anular esta problemática em 1941.

Acho que você está se referindo aos torpedos lançados por aviões e não por submarinos, uma problemática completamente diferente. Principalmente na década de 40, com os sistemas de detecção subaquática na infância.


Leandro G. Card

Marino escreveu:Por causa do swin out, ou a profundidade mínima requerida que permite a "queda" do torpedo quando sai do tubo antes de assumir a trajetória na profundidade especificada no lançamento.

Em geral, qual a profundidade mínima para o lançamento de um torpedo, Marino?