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Mensagem
por FCarvalho » Qui Fev 09, 2023 9:12 pm
Não que eu goste do CAMM para as FCT, mas, em termos de escolhas, havia pouca coisa lá fora com que equipar os navios da MB, e levou o certame quem afinal tinha o melhor lobby por aqui. Como é em todas as compras militares mundo afora.
Os israelenses com certeza fizeram a sua oferta, assim como russos, chineses, norte americanos, italianos, franceses, e por aí vai. A MB olhou vários sistemas que chegaram até ela como proposta. Mas fato é que o conjunto da obra o CAMM foi selecionado, talvez menos por suas capacidades em si, do que pela proposta no longo prazo de poder acessar outros tipos de sistemas e mísseis a partir das células adotadas no navio, que não sei quais serão. Mas diz-se que há a possibilidade de adotar-se versões que lançam até 4 misseis CAMM, e mesmo outros modelos que a MB deseje.
Enfim, nossas forças se aferram demais a fornecedores conhecidos e testados na Europa e USA, como se não houvesse mais ninguém no mundo. E muitos estão aqui há décadas, não chegaram outro dia como os israelenses. Então, é preciso olhar, também, para além do sistema em si para entender a escolha do CAMM para as Tamandaré. E não estou fazendo uma defesa do mesmo, apenas tentando deixar claro que este tipo de aquisição vai muito além de pura e simples birra com esse ou aquele fornecedor ou sistema por parte da marinha ou de quem quer que seja por aqui.
Carpe Diem