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Enviado: Dom Out 21, 2007 12:19 am
por Plinio Jr
cicloneprojekt escreveu:Plinio Jr escreveu:Seinão....ainda acho que muita coisa vai rolar e vão tentar beneficiar a EMBRAER de alguma forma....nunca substimem a força politica que esta empresa possui neste país...
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É isso mesmo. Já aconteceu antes pode/vai acontecer de novo.
Diria que já aconteceu antes e continua acontecendo....ao menos, enquanto este governo estiver no poder....
Enviado: Dom Out 21, 2007 12:20 am
por Carlos Mathias
Já foi pago na forma de 12 sucatas azuis e dez mísseis obsoletos. Mais dois programas de modernização.
Ah! E o C-390. Então, segura a pemba.
Enviado: Dom Out 21, 2007 12:32 am
por Plinio Jr
Tenha certeza que ainda vão rolar mais coisas....
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Enviado: Dom Out 21, 2007 12:35 am
por Carlos Mathias
Tomara mesmo, que a empresa se beneficie e muito.
Enviado: Dom Out 21, 2007 12:38 am
por Plinio Jr
Bão, beneficiando-se trazendo dividendos para os país e dando as nossas FA´s bons produtos, não vejo nada de mal.....mas pena que nem sempre as coisas são nesta ordem...
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Enviado: Dom Out 21, 2007 10:22 am
por Vector
Se a decisão for de governo ou não... o que vai acontecer é que a Embraer não vai engolir nada!!!
Ela só vai entrar em algum lance se tiver interesse e se for ganhar. Não vai produzir o avião que o governo quiser porque o governo não decide o que ela vai produzir ou não, como fez no passado.
Se ele quiser que ela monte ou produza algo especificamente pra ele, vai ter que investir muito, e garantir a compra de um número minimo para a viabilização do negócio...
E se vcs acham que o relaciomento FAB x Embraer anda abalado... Participo de reuniões toda semana com pessoal da FAB, e este mal estar, que realmente existiu (e não por causa do FX e sim por causa da privatização e da venda de ações), está se diluindo a cada dia que passa e está apenas na cabeça de alguns dentro da organização. E o tempo passa e estes vão pra reserva...
O relacionamento FAB x Embraer de hoje em qualquer novo programa é muito melhor do que o de um potencial cliente x potencial fornecedor.
Mas empresa só vai entrar em algum novo empreendimento se for um negócio altamente atraente e lucrativo. Senão o conselho de acionistas não aprova e simplesmente não rola.
É por isso que os estudos do C-390 estão sendo efetuados. Estão estudando a já quase um ano a viabilidade técnica e econômica do empreendimento. Estão negociando com parceiros e potenciais clientes, estão conversando com dezenas de forças aéreas do mundo inteiro (inclusive das super-potências) para estabelecer os requisitos de uma aeronave desta categoria, estão conversando com empresas de transporte de carga, etc, etc, etc... Depois tudo isso é preparado um plano de negócio que é levado para o conselho. Este o analisa, verifica o nível de investimento necessário, os riscos e a previsão de retorno. Analisa os cenários possíveis e decide se dá ou não o Go-ahead. Caso sim, já liberam a verba pro projeto começar, caso não... é gaveta e pronto! Acabou o programa.
É assim que a coisa funciona. Não é mais como foi no passado.
Não adianta o governo escolher o avião e mandar pra Emb montar. Pois ela só irá fazê-lo depois de uma detalhada análise de retorno do investimento e de inúmeras considerações políticas, econômicas e tecnológicas. E vai seguir o processo descrito acima.
Acho que alguns comentários aqui são muito simplistas... coisas do tipo "ela vai te que engolir", "vai ficar com prêmio de consolação", etc.
Sds,
Vector
Vector
Enviado: Dom Out 21, 2007 10:44 am
por AlbertoRJ
Olá Vector,
É por isso que não acredito em "transferência de tecnologia". Isso poderia fazer sentido em outros tempos, mas não hoje. Assim como a Embraer não pode e não deve fazer os desejos da FAB, acho que o inverso também é verdadeiro. Penso que a FAB não deve atrelar suas compras militares à participação da Embraer, pois são coisas já distintas.
Qualquer concorrência ou compra que especifique a participação da Embraer trará uma série de problemas e não vai garantir nem o melhor produto e nem a continuidade de programa.
Mas acho também que a FAB deve apoiar, sempre que possível, os empreendimentos militares da Embraer.
Abraços!
Enviado: Dom Out 21, 2007 10:45 am
por Plinio Jr
projeto escreveu:Olá Vector,
É por isso que não acredito em "transferência de tecnologia". Isso poderia fazer sentido em outros tempos, mas não hoje. Assim como a Embraer não pode e não deve fazer os desejos da FAB, acho que o inverso também é verdadeiro. Penso que a FAB não deve atrelar suas compras militares à participação da Embraer, pois são coisas já distintas.
Qualquer concorrência ou compra que especifique a participação da Embraer trará uma série de problemas e não vai garantir nem o melhor produto e nem a continuidade de programa.
Mas acho também que a FAB deve apoiar, sempre que possível, os empreendimentos militares da Embraer.
Abraços!
X2
Enviado: Dom Out 21, 2007 11:08 am
por Vector
projeto escreveu:Olá Vector,
É por isso que não acredito em "transferência de tecnologia". Isso poderia fazer sentido em outros tempos, mas não hoje. Assim como a Embraer não pode e não deve fazer os desejos da FAB, acho que o inverso também é verdadeiro. Penso que a FAB não deve atrelar suas compras militares à participação da Embraer, pois são coisas já distintas.
Qualquer concorrência ou compra que especifique a participação da Embraer trará uma série de problemas e não vai garantir nem o melhor produto e nem a continuidade de programa.
Mas acho também que a FAB deve apoiar, sempre que possível, os empreendimentos militares da Embraer.
Abraços!
Sim, é verdade. É isso mesmo.
A FAB e a Embraer podem, e devem, trabalhar em conjunto no desenvolvimento de novos produtos. Mas quando o assunto é uma compra direta, de um produto já existente... então a Embraer deve ser considerada com mais uma potencial fornecedora e ponto.
É preciso enxergar que não existe mais o vínculo do passado. Por isso concordo com vc.
Sds,
Vector
Enviado: Dom Out 21, 2007 11:20 am
por Edu Lopes
Essa coisa de querer proteger a indústria nacional já nos trouxe muito atraso tecnológico. Parece que a Embraer quer a Dassault, a LM, a Boeing ou a Sukhoy entreguem de bandeja todos os projetos de seus caças pra ela.
Enviado: Dom Out 21, 2007 11:32 am
por orestespf
Vector escreveu:Se a decisão for de governo ou não... o que vai acontecer é que a Embraer não vai engolir nada!!!
Ela só vai entrar em algum lance se tiver interesse e se for ganhar. Não vai produzir o avião que o governo quiser porque o governo não decide o que ela vai produzir ou não, como fez no passado.
Se ele quiser que ela monte ou produza algo especificamente pra ele, vai ter que investir muito, e garantir a compra de um número minimo para a viabilização do negócio...
E se vcs acham que o relaciomento FAB x Embraer anda abalado... Participo de reuniões toda semana com pessoal da FAB, e este mal estar, que realmente existiu (e não por causa do FX e sim por causa da privatização e da venda de ações), está se diluindo a cada dia que passa e está apenas na cabeça de alguns dentro da organização. E o tempo passa e estes vão pra reserva...
O relacionamento FAB x Embraer de hoje em qualquer novo programa é muito melhor do que o de um potencial cliente x potencial fornecedor.
Mas empresa só vai entrar em algum novo empreendimento se for um negócio altamente atraente e lucrativo. Senão o conselho de acionistas não aprova e simplesmente não rola.
É por isso que os estudos do C-390 estão sendo efetuados. Estão estudando a já quase um ano a viabilidade técnica e econômica do empreendimento. Estão negociando com parceiros e potenciais clientes, estão conversando com dezenas de forças aéreas do mundo inteiro (inclusive das super-potências) para estabelecer os requisitos de uma aeronave desta categoria, estão conversando com empresas de transporte de carga, etc, etc, etc... Depois tudo isso é preparado um plano de negócio que é levado para o conselho. Este o analisa, verifica o nível de investimento necessário, os riscos e a previsão de retorno. Analisa os cenários possíveis e decide se dá ou não o Go-ahead. Caso sim, já liberam a verba pro projeto começar, caso não... é gaveta e pronto! Acabou o programa.
É assim que a coisa funciona. Não é mais como foi no passado.
Não adianta o governo escolher o avião e mandar pra Emb montar. Pois ela só irá fazê-lo depois de uma detalhada análise de retorno do investimento e de inúmeras considerações políticas, econômicas e tecnológicas. E vai seguir o processo descrito acima.
Acho que alguns comentários aqui são muito simplistas... coisas do tipo "ela vai te que engolir", "vai ficar com prêmio de consolação", etc.
Sds,
Vector
Vector
Está corretíssimo Vector. A Embraer como empresa privada tem total autonomia para aceitar ou não participar de um projeto.
Por outro lado, não passa pela cabeça do governo empurrar nada goela abaixo da Embraer, isto tudo será negociado. Será feita escolhas de vetores (não apenas caças) e a coisa passará pela Embraer naturalmente. As negociações vão ocorrer paralelamente, mas com uma grande diferença: a Embraer também não vai dizer ao governo e à FAB qual é o vetor que deve ser escolhido. Isto aconteceu no FX-1 e a Embraer já deve ter aprendido a lição da lambança que fez.
Ou seja, o governo não vai empurrar nada pra Embraer, mas não aceitará que a Embraer empurre nada pra FAB. Este é o ponto.
E se acontecer de um vetor ser escolhido e a Embraer se negar a participar? Isto pode acontecer? Sim, claro! Mas como eu disse, as coisas estão sendo planejadas e inclusive essa hipótese. Mas quem disse que o Brasil precisa apenas de uma fábrica de aviões? rsrsrs
Já tem coisas rolando neste sentido (no campo das pressões ainda), inclusive o Marino posto um texto do FSP e que parece que passou batido. rsrsrs
O lance é: desde que hajam lucros, qualquer empresa topa a parada, inclui-se aí a Embraer.
Abraços cordiais,
Orestes
Enviado: Dom Out 21, 2007 11:38 am
por orestespf
projeto escreveu:Olá Vector,
É por isso que não acredito em "transferência de tecnologia". Isso poderia fazer sentido em outros tempos, mas não hoje. Assim como a Embraer não pode e não deve fazer os desejos da FAB, acho que o inverso também é verdadeiro. Penso que a FAB não deve atrelar suas compras militares à participação da Embraer, pois são coisas já distintas.
Qualquer concorrência ou compra que especifique a participação da Embraer trará uma série de problemas e não vai garantir nem o melhor produto e nem a continuidade de programa.
Mas acho também que a FAB deve apoiar, sempre que possível, os empreendimentos militares da Embraer.
Abraços!
Olá Projeto,
vejo que insiste na tese de não fazer sentido a transferência de tecnologia. Está enganado, esta é a expressão do momento, sem isso, nada feito.
Talvez esteja imaginando que se trate de 100% de transferência de tecnologia, isso não existe e nem vai existir mesmo.
A própria Embraer usa vários equipamentos (aviônicos, motores, etc.) que não é fabricado aqui no Brasil, mas tem condições de integrá-los. A condição para integrar um equipamento exige conhecimento dele e a fundo, mesmo que não se domine a tecnologia de construção. Assim sendo, isto significa tecnologia dominada. Ou a Embraer desenvolveu tal tecnologia ou "importou" de quem a possuia. Se importou, então é porque houve transferência desta tecnologia. Sacou?
É disto que se fala e não sobre tudo que está embutido em um produto final, que em geral, agrega muito valor.
Exemplos de tecnologias transferidas ao Brasil: AMX, sub alemão, fragatas inglesas, etc.
É só isso que o governo quer. Quem transferir mais, leva. Este é o ponto central na visão do governo e do MD.
Abraços,
Orestes
Enviado: Dom Out 21, 2007 11:44 am
por orestespf
Edu Lopes escreveu:Essa coisa de querer proteger a indústria nacional já nos trouxe muito atraso tecnológico. Parece que a Embraer quer a Dassault, a LM, a Boeing ou a Sukhoy entreguem de bandeja todos os projetos de seus caças pra ela.
Olá Edu,
talvez você esteja confundido a coisa. Quando pensava-se em proteger a indústria local, havia a reserva de mercado, este sim um grande erro, por isso a coisa deu errado.
A Embraer pode desejar o que quiser, inclusive que os fabricantes a entreguem seus projetos de bandeja, ainda mais se o governo injetar dinheiro nisso. É direito da Embraer fazer isso, se vai conseguir, são outros quinhentos.
Cabe ao governo e a FAB não entrar no jogo dela. A Embraer é uma empresa privada, tem que saber ganhar para merecer, ou seja, tem que tem um produto competitivo. Se tiver, o governo não fechará os olhos pra ela. Se não tiver, o governo/FAB terá que correr por fora. Pra mim tudo isso é muito natural.
O importante é que a Embraer não seja refém do governo/FAB e nem que o governo/FAB seja refém da Embraer. Os dois lados já cometeram estes erros, estão mais escaldados, então o melhor e sentar e negociar.
Sds,
Orestes
Enviado: Dom Out 21, 2007 1:25 pm
por Vinicius Pimenta
Até onde eu saibia, o governo federal possuiu uma Golden Share que dá poder de veto em ações da Embraer e garante a participação da empresa em projetos militares de interesse do país.
Assim sendo, se a Embraer não quiser, mas o governo quiser, o Conselho pode gritar à vontade que vai ter que cumprir a determinação.
É verdade que é bastante improvável que o governo possa um dia forçar a barra a esse ponto. Mas se nada mudou, que é possível e legal, é.
Enviado: Dom Out 21, 2007 2:42 pm
por Cougar_PH
Vinicius
Se tiver é por causa dos membros majoritários, pois o governo tem menos de 10% de ações e hoje desde que ela colocou suas ações na down jones e na EU, tem vários outros sócios como empresas e empresários, com isso o governo não tem mais nenhuma força como tinha antes...