Santiago escreveu:faterra escreveu:A FAB já fez a sua parte. Analisou, escolheu e repassou ao MD e à Presidência o sua listinha com os 3 caças que melhor lhe atende. O que ela está fazendo agora é analisar as novas propostas recebidas após 7 de setembro. Mas, não entrou e nem saiu caça nenhum. Como a decisão é política, a bola agora é do presidente. O que ele escolher estará de excelente tamanho para a FAB. E tá escolhido. Quer não? Vai amargurar mais uns dez anos na penúria.
Na minha opinião, infelizmente ou felizmente a coisa não é bem assim.
A análise dos 3 caças tem levado mais de 1 ano e envolve dezenas de especialistas de alto nível. A brincadeira de verdade começou com a definição do short list. Crer que tudo isso não existiu, me parece estranho.
O fato novo é que o discurso de NJ mudou 180 graus e passa a incluir outros fatores como determinantes para a escolha do F-X2:
Jobim: FAB ainda não encerrou análise técnica de caças
LUCIANA NUNES LEAL - Agencia Estado
http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 0386,0.htm
RIO - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse hoje que os governos dos Estados Unidos, da Suécia e da França "estão todos empenhados" na venda de aviões à Força Aérea Brasileira (FAB), mas que o País ainda não encerrou a análise técnica das propostas. "O presidente (Barack) Obama, o rei da Suécia (Carlos Gustavo) estão todos empenhados. A
FAB ainda não encerrou a análise técnica", disse Jobim, que se encontra hoje no Rio de Janeiro com o ministro da Defesa francês, Hervé Morin.
Segundo Jobim, quatro aspectos vão determinar a escolha da proposta vencedora: a
análise operacional, a
transferência de tecnologia, as
compensações industriais e o
preço. A
FAB também vai analisar a criação de emprego no Brasil acarretada por cada proposta estrangeira.
O Brasil vai comprar 36 caças. Estão na disputa a norte-americana Boeing, a sueca Saab e a francesa Dassault. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ontem, a subsecretária de Estado para Controle de Armas e Segurança Internacional dos EUA, Ellen Tauscher, afirmou que, caso a Boeing fosse escolhida, a venda aproximaria os dois governos.
Bom dia, Santiago
A análise técnica que definia a escolha das opções pela FAB se encerraram quando ela repassou a lista para o MD. Portanto, o que o Presidente escolher dentro desta lista, é o que foi escolhido por ela.
O que ela está analisando agora, são as propostas complementares que as empresas enviaram, uma vez que houve incrementações de "última hora" nas mesmas.
Estes fatores que o NJ está por ora comentando já existiam desde o início. Análise operacional dos caças: não houve nenhuma alteração e já foi feita pela FAB. O custo, o próprio Lula pressionou o Sarkozy em 7 de setembro quando declarou que iria iniciar negociações com a Dassault, e arrancou dele a promessa de que iria fazê-lo - e com isto, por tabela, as outras participantes também se adequaram. As compensações industriais (off sets) sempre estiverem presentes. E a transferência tecnológica que foi o que ficou mais em evidência.
Há ainda o quinto fator - geração de emprego, que não foi mencionado nesta entrevista, mas que é a consequencia do cumprimento das compensações e transferências.
Portanto, não vejo mudanças e nem inclusões de fatores novos no discurso do NJ. Há uma enfatização maior nos outros fatores, antes menos mencionados.
O que eu não estou entendo, é esta demora e alteração de datas para definição da escolha. Talvez, conseqüência de uma possível pressão por parte dos EUA, até natural na defesa dos interesses deles, mas nojento se acolhida pelo Brasil. O país já tomou muito na cabeça, já foi humilhado e tomou inúmeros prejuízos em negócios desta natureza com os estadudinenses.
Acho que é um direito deles não quererem repassar suas tecnologias para alguém, que vetem vendas para outros países de vetores com suas tecnologias. Considero inadmissível o Brasil, um pato nas mãos deles neste tipo de negócio, continuar atrás de suas benesses. Sem entrar em choque, com classe e cuidado, ele não deveria considerar os EUA um parceiro confiável. Isto eles já nos mostraram que não são - e com todas as letras.