Fórum Defesa Brasil

helio escreveu: Na verdade, a criação de empregos para a montagem dos caças, não é um numero significativo de vagas.
A Dassault por exemplo, fabrica partes do Rafale em 6 fábricas diferentes espalhados pela França, e quando tudo estiver pronto, estes componentes vão para Bordeaux, para a montagem final.
A montagem final demora 6 meses, e mais 2 meses para testes de voo e um para a entrega, dando um total de nove meses. A cadeia de entregas é de 11 por ano.
Na proposta entregue ao Brasil, contempla montar no Brasil a partir do sétimo avião, com duração de montagem de 6 meses(mão de obra brasileira). Os testes de voo e cheques pré-entrega serão realizados por técnicos franceses. O numero de mão-de-obra envolvidos de forma direta não ultrapassaria meia centena.
comentei isto pois é muito comum confundir montagem com fabricação de caças.

Quanto a quem vai pagar a conta,o governo ou o empresariado, sou da opinião que o governo deveria assumir e capitanear toda transferencia de tecnologia, pois ao deixarmos na mão de empresas privadas, correriamos o risco de perder este know how se porventura a empresa falir (ENGESA ). Acredite se quiser o CTEx não possui arquivados nada do que se refere aos produtos ENGESA. O caso da Motopeças, apesar da empresa ainda existir não querem mais investir na área militar, e consequentemente todo o projeto do Charrua por exemplo foi pro espaço.
Assim acho de suma importancia que tenha uma clausula obrigando que todo projeto desenvolvido através desta transferencia de tecnologia seja feita em conjnto com o CTA .

Ábraços
Hélio

Sobre a parte em que você diz que empregos gerados para montar caças não é tão expressivos, bem, então alguém tem que avisar rapidamente ao governo, pois sua tese se aplica aos três caças e todos eles, sem exceção, propõe exatamente isso, montagem local com possibilidade de aquisição de tecnologias a médio e longo prazo. E não é preciso ler proposta alguma para se concluir o óbvio, sim, o Brasil não tem hoje condições alguma de fabricar peças e equipamentos de ponta de qualquer caça que está na concorrência, isto demanda tempo e grandes investimentos.

Não me preocupo em saber quem transfere mais ou menos, a única coisa que me interessa no momento é tentar vislumbrar como serão as coisas daqui a 10, 15 e 20 anos, no que diz respeito a tal fabricação/montagem. Quero ver se a coisa vai realmente acontecer ou se teremos uma espécie de Helibras e/ou Embraer no que diz respeito ao AMX. Digo isso para qualquer um dos três, ou seja, minha dúvida é a mesma independentemente do caça escolhido.

Sobre a parte em que você diz que prefere que o governo banque a conta, ok, compreendo seu ponto de vista, coerente até, mas discordo do mesmo. Uma coisa é o governo investir em P&D para se ter importante retorno em defesa e segurança, outra coisa é o governo bancar o financiamento de tecnologias prontas que irão para a iniciativa privada. No segundo caso o governo pagaria dobrado, primeiro pela tecnologia em si, segundo por vias indiretas ao adquirir o produto finalizado. Duvido que algum governo opte por este caminho, ou seja, estatizar estas coisas não me parece o caminho que seguiremos, mas...

O que disse sobre as empresas e o que aconteceu com elas, verdade, inclusive tenho um amigo que segura as pontas e faz de tudo para manter estes documentos vivos, ou seja, ele tem mais documentos em mãos sobre estas empresas do que o EB. E se ele conseguiu e tem conseguido, pergunto: por que o EB não se interessou????


Grande abraço,

Orestes

Vinicius Pimenta escreveu:Estou com pouco tempo pra ler o fórum, não sei se alguém comentou minha última mensagem, mas eu dizia sobre a imprensa e a questão dos franceses aparecerem.

Bom, como vocês devem ter confirmado, foi uma onda da Dassault e agora voltam notícias sobre a Boeing, com alguma coisa da Saab, nesse ciclo de revezamento. Sei que essa semana ainda deve ter mais coisa da Boeing. De repente na semana que vem é Saab de novo. E assim vai até o fim.

Está correto, Vinícius, estas coisas serão cíclicas até o anúncio final, se vier.

É interessante notar como a mídia tem o ponto de influenciar a vida e a opinião das pessoas, até mesmo aqui, um fórum formado de pessoas esclarecidas pelo assunto defesa, tem momentos que parece embarcar (alguns) nos boatos que saem na mídia, se movem de acordo com o "vento midiático".

lobo_guara escreveu:Apeasr de não gostar da idéia penso que em razão da dimensão que esse negócio esta tomando fica dia após dia mais díficil para o governo Brasileiro dizer não aos EUA, por isso talvez o Gripen NG, justamente pelo fato de ser um projeto novo e portanto uma parceria totalmente diferente do que uma simples aquisição (conforme esta sendo oferecido pelos próprios Suecos) e também pelo fato de possuir diversos insumos americanos acaba sendo a única alternativa viável ao F-18 do ponto de vista diplomático, ou seja que não remete a idéia de desconfiança do governo brasileiro em relação a Washington e suas "boas intenções" em relação ao Brasil. Já a opção pelo avião francês acaba sendo um claro recado ao governo americano de que o Brasil esta em outro nível e fora da sua esfera de influência, ao ponto de abrir mão da "generosidade e confiança" americana contidas na oferta final da Boeing e nos recados enviados pelo governo Obama através de alguns de seus principais assessores. Por isso não duvidaria a essas alturas passar pela cabeça de alguns em Brasília a idéia de encerrar o processo como já foi feito no passado, nesse caso deveríamos agradecer a postura adotada pela FAB após o anúncio do governo no 7 de setembro e sua insistência em levar até o fim a sua interminável análise técnica dos caças ofertados, como se isso fosse realmente determinante para a escolha das aeronaves, ou o mais notável feito de sua história.

Caro Lobo Guará,

O Inciso IX, do Art. 24, da Lei 8.666, de 21 de Junho de 1993, cita que:

"É dispensável a licitação quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional;"

O Decreto Nº 2.295, de 04 de agosto de 1997, regulamenta o disposto no citado Artigo 24, Inciso IX, da Lei 8.666 e, em seu artigo 1º, prevê:

"Ficam dispensadas de licitação as compras e contratações de obras ou serviços quando a revelação de sua localização, necessidade, característica do seu objeto, especificação ou quantidade coloque em risco objetivos da segurança nacional, e forem relativas à:

I - aquisição de recursos bélicos navais, terrestres e aeroespaciais;

II - contratação de serviços técnicos especializados na área de projetos, pesquisas e desenvolvimento científico e tecnológico;

III - aquisição de equipamentos e contratação de serviços técnicos especializados para a área de inteligência.

Parágrafo único. As dispensas de licitação serão necessariamente justificadas, notadamente quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante, cabendo sua ratificação ao titular da pasta ou órgão que tenha prerrogativa de Ministro de Estado".

Caso seja adiado ou cancelado o Programa F-X2 devemos culpar a FAB por ter insistido em cumprir o que determina a lei?

Um abraço.

Gripen NG não é ruim, mais sei lá...não tem como "suplementar" esse caça a fim de faze-lo ficar maior ??

GDA_Fear escreveu:Gripen NG não é ruim, mais sei lá...não tem como "suplementar" esse caça a fim de faze-lo ficar maior ??

Ora, pelotas, claro que tem:

kkkk essa foi boa, pior que quando era criança tomei esse troço

orestespf escreveu:

Vinicius Pimenta escreveu:Estou com pouco tempo pra ler o fórum, não sei se alguém comentou minha última mensagem, mas eu dizia sobre a imprensa e a questão dos franceses aparecerem.

Bom, como vocês devem ter confirmado, foi uma onda da Dassault e agora voltam notícias sobre a Boeing, com alguma coisa da Saab, nesse ciclo de revezamento. Sei que essa semana ainda deve ter mais coisa da Boeing. De repente na semana que vem é Saab de novo. E assim vai até o fim.

Está correto, Vinícius, estas coisas serão cíclicas até o anúncio final, se vier.

É interessante notar como a mídia tem o ponto de influenciar a vida e a opinião das pessoas, até mesmo aqui, um fórum formado de pessoas esclarecidas pelo assunto defesa, tem momentos que parece embarcar (alguns) nos boatos que saem na mídia, se movem de acordo com o "vento midiático".

É mesmo como o Vinicius disse, os press releases fazem a delicia da imprensa. São noticias "pré-feitas" e imagino que os três concorrentes o façam com alguma pressão económica por exemplo.

Este FX é um braço de ferro e se se tornar um ninho de vespas corre mesmo o risco de não sair.

Imaginem que são um presidente, você não conhece a fundo nada sobre equipamentos militares, nenhum de nós conhece, nem os próprios militares e se houve-se o "santo grall", o equipamento perfeito só haveria um fabricante, não era?

Então vocês reúnem uma equipa que assessora a decisão, pela primeira vez em muitos anos vocês decidem que os militares necessitam de um equipamento top, neste caso caças de ultima geração, que os militares tanto desejam, mas os anteriores governos nunca deram. Você tem de balançar muita coisa, pois apesar de serem absolutamente necessários, há muita gente que não concorda, inclusive ministros, deputados, senadores fazedores de opinião e muito povo, que preferem que o gasto seja no ambiente, distribuição de renda, barragens, trem bala, carros o km para o senado.

Ai você faz uma campanha para convencer todo o mundo da necessidade inadiável, faz uma campanha tal que toda a gente para de por em causa o projecto, todo o mundo feliz, com algumas cedências suas pelo caminho, faz parte da politica.

Depois disto tudo sai uma campanha de lobby fortíssima, de alguns fabricantes com algumas pessoas até que asessoram você, os próprios militares que você ajudou, donos e gestores de grandes empresas civis, de repente você está no lamaçal, notas correm soltas, em privado até há os celebres comentários das "malas soltas" e financiamento de campanhas e afins. Até põem em causa a decisão final ser sua e querem-na retirar do seu circulo. Qualquer decisão que você tome vai ter contestação enorme de diversos grupos de interesses e qualquer escolhido muito provavelmente vai arrastar o seu nome na lama.

Qual a sua decisão?

Eu mandaria toda a gente à m... e cancelaria tudo, mas isso sou eu que tenho pouco sentido de estado.

[[]]'s

orestespf escreveu:

helio escreveu: Na verdade, a criação de empregos para a montagem dos caças, não é um numero significativo de vagas.
A Dassault por exemplo, fabrica partes do Rafale em 6 fábricas diferentes espalhados pela França, e quando tudo estiver pronto, estes componentes vão para Bordeaux, para a montagem final.
A montagem final demora 6 meses, e mais 2 meses para testes de voo e um para a entrega, dando um total de nove meses. A cadeia de entregas é de 11 por ano.
Na proposta entregue ao Brasil, contempla montar no Brasil a partir do sétimo avião, com duração de montagem de 6 meses(mão de obra brasileira). Os testes de voo e cheques pré-entrega serão realizados por técnicos franceses. O numero de mão-de-obra envolvidos de forma direta não ultrapassaria meia centena.
comentei isto pois é muito comum confundir montagem com fabricação de caças.

Quanto a quem vai pagar a conta,o governo ou o empresariado, sou da opinião que o governo deveria assumir e capitanear toda transferencia de tecnologia, pois ao deixarmos na mão de empresas privadas, correriamos o risco de perder este know how se porventura a empresa falir (ENGESA ). Acredite se quiser o CTEx não possui arquivados nada do que se refere aos produtos ENGESA. O caso da Motopeças, apesar da empresa ainda existir não querem mais investir na área militar, e consequentemente todo o projeto do Charrua por exemplo foi pro espaço.
Assim acho de suma importancia que tenha uma clausula obrigando que todo projeto desenvolvido através desta transferencia de tecnologia seja feita em conjnto com o CTA .

Ábraços
Hélio

Sobre a parte em que você diz que empregos gerados para montar caças não é tão expressivos, bem, então alguém tem que avisar rapidamente ao governo, pois sua tese se aplica aos três caças e todos eles, sem exceção, propõe exatamente isso, montagem local com possibilidade de aquisição de tecnologias a médio e longo prazo. E não é preciso ler proposta alguma para se concluir o óbvio, sim, o Brasil não tem hoje condições alguma de fabricar peças e equipamentos de ponta de qualquer caça que está na concorrência, isto demanda tempo e grandes investimentos.

Não me preocupo em saber quem transfere mais ou menos, a única coisa que me interessa no momento é tentar vislumbrar como serão as coisas daqui a 10, 15 e 20 anos, no que diz respeito a tal fabricação/montagem. Quero ver se a coisa vai realmente acontecer ou se teremos uma espécie de Helibras e/ou Embraer no que diz respeito ao AMX. Digo isso para qualquer um dos três, ou seja, minha dúvida é a mesma independentemente do caça escolhido.

Sobre a parte em que você diz que prefere que o governo banque a conta, ok, compreendo seu ponto de vista, coerente até, mas discordo do mesmo. Uma coisa é o governo investir em P&D para se ter importante retorno em defesa e segurança, outra coisa é o governo bancar o financiamento de tecnologias prontas que irão para a iniciativa privada. No segundo caso o governo pagaria dobrado, primeiro pela tecnologia em si, segundo por vias indiretas ao adquirir o produto finalizado. Duvido que algum governo opte por este caminho, ou seja, estatizar estas coisas não me parece o caminho que seguiremos, mas...

O que disse sobre as empresas e o que aconteceu com elas, verdade, inclusive tenho um amigo que segura as pontas e faz de tudo para manter estes documentos vivos, ou seja, ele tem mais documentos em mãos sobre estas empresas do que o EB. E se ele conseguiu e tem conseguido, pergunto: por que o EB não se interessou????


Grande abraço,

Orestes

Orestes
Não vejo como condição sine qua non a montagem dos caças no Brasil, na verdade se trata mais de status quo que o MD quer como caça assembled in Brazil .
Tenho certeza que caso o Brasil efetivamente encomende mais caças( totalizando 120 aviões), o indice de nacionalização será grande, entretanto ao comprarmos somente 36( existe esta possibilidade) o indice de nacionalização dos 36 caças será zero( exceto o Gripen NG). No caso da construção de asas oferecido pela Boeing, seria o inicio efetivo de aplicação de uma tecnologia totalmente nova para nós: de material composto.

Quanto aos blindados que me referi, o EB já mudou a postura, veja por exemplo no caso dos VBTP-MR da Iveco: o projeto está sendo bancado pelo EB, e a propriedade intelectual também. Isto é caso a IVECO resolver cair forta do Brasil, o projeto fica com o EB.
É assim que as coisas devem ser conduzidas. Fabricas como a Mectron, ainda recem passaram da fase embrionária, e dependem muito de encomendas do governo, outrossim sossobrarão tal qual a ENGESA,BERNARDINI etc... Afinal o empenho politico do Brasil para que as grandes potencias disponibilizem tecnologia tem sido considerável, e caso não zelamos pela tecnologia repassada podemos sofrer um revés como sofremos na industria de blindados.


Abraço

Hélio

faterra escreveu:O que se espera é que a compra seja efetivada este ano. O contrato pode ser assinado no ano que vem, será apenas a ratificação do que ficou acertado no ato da compra, podendo, inclusive, melar a operação, caso uma das partes queira fugir da raia. O que não pode ficar para o próximo ano, por ser eleitoral, é a decisão final da compra. Ou estou enganado?

Caro Fernando,o contrato pode ser assinado o ano que vem,até ai normal no mundo inteiro,mas por quem?juntemos esse seu post ao do colega:

soultrain

É mesmo como o Vinicius disse, os press releases fazem a delicia da imprensa. São noticias "pré-feitas" e imagino que os três concorrentes o façam com alguma pressão económica por exemplo.

Este FX é um braço de ferro e se se tornar um ninho de vespas corre mesmo o risco de não sair.

Imaginem que são um presidente, você não conhece a fundo nada sobre equipamentos militares, nenhum de nós conhece, nem os próprios militares e se houve-se o "santo grall", o equipamento perfeito só haveria um fabricante, não era?

Então vocês reúnem uma equipa que assessora a decisão, pela primeira vez em muitos anos vocês decidem que os militares necessitam de um equipamento top, neste caso caças de ultima geração, que os militares tanto desejam, mas os anteriores governos nunca deram. Você tem de balançar muita coisa, pois apesar de serem absolutamente necessários, há muita gente que não concorda, inclusive ministros, deputados, senadores fazedores de opinião e muito povo, que preferem que o gasto seja no ambiente, distribuição de renda, barragens, trem bala, carros o km para o senado.

Ai você faz uma campanha para convencer todo o mundo da necessidade inadiável, faz uma campanha tal que toda a gente para de por em causa o projecto, todo o mundo feliz, com algumas cedências suas pelo caminho, faz parte da politica.

Depois disto tudo sai uma campanha de lobby fortíssima, de alguns fabricantes com algumas pessoas até que asessoram você, os próprios militares que você ajudou, donos e gestores de grandes empresas civis, de repente você está no lamaçal, notas correm soltas, em privado até há os celebres comentários das "malas soltas" e financiamento de campanhas e afins. Até põem em causa a decisão final ser sua e querem-na retirar do seu circulo. Qualquer decisão que você tome vai ter contestação enorme de diversos grupos de interesses e qualquer escolhido muito provavelmente vai arrastar o seu nome na lama.

Qual a sua decisão?

Eu mandaria toda a gente à m... e cancelaria tudo, mas isso sou eu que tenho pouco sentido de estado.

[[]]'s

E teríamos então...mais uma anedota de brasileiro em Portugal.

Acho que eu ando tomando muito vinagre, só vejo o lado negro da força.

Sds.

Vinagrento??? Ultimamente estamos todos, caro Bender!
[]'s.

Pois é isso que eu não percebo Bender, a comunidade Brasileira que se interessa por estes assuntos é relativamente pequena e desde que conheço, passam a vida a lamentar-se pela falta de interesse da classe politica, pelo sucateamento das FA, sonham com tecnologia e afins.

Pois é têm um governo que se interessa realmente e já o provou variadíssimas vezes, tem um projecto muito ambicioso de defesa, dialoga com o militares, compra material e mais que isso tem um plano para essas compras com capacitação da industria nacional.

Após isso eu pensei que toda a gente iria se unir e cantar hinos de glória, apesar de todos sabermos que nada é perfeito, nenhuma decisão é perfeita e inatacável, apesar disso eu acreditava com inocência que toda a gente ficaria feliz.

Ai o que acontece? Sub nuclear, ataque cerradíssimo dentro desta comunidade (não me refiro ao DB), Helis muita gente acha mal, FX2 a mesma coisa, São Paulo é ferro velho, doações de material ai jesus, tudo o que se faça é mau, a MB vai ficar no cais, a FAB vai ficar no chão, tudo é criticado, por quem não faz a mínima ideia, mas escreve tratados de coisa nenhuma, sem fundamentos. Às vezes tenho a sensação de muitas vezes é pura rebeldia, ser do contra, outras por lobby, sei-lá.

Será que vocês não têm sentido de estado, será uma disciplina tão difícil para cada um?

[[]]'s

soultrain escreveu:Pois é isso que eu não percebo Bender, a comunidade Brasileira que se interessa por estes assuntos é relativamente pequena e desde que conheço, passam a vida a lamentar-se pela falta de interesse da classe politica, pelo sucateamento das FA, sonham com tecnologia e afins.

Pois é têm um governo que se interessa realmente e já o provou variadíssimas vezes, tem um projecto muito ambicioso de defesa, dialoga com o militares, compra material e mais que isso tem um plano para essas compras com capacitação da industria nacional.

Após isso eu pensei que toda a gente iria se unir e cantar hinos de glória, apesar de todos sabermos que nada é perfeito, nenhuma decisão é perfeita e inatacável, apesar disso eu acreditava com inocência que toda a gente ficaria feliz.

Ai o que acontece? Sub nuclear, ataque cerradíssimo dentro desta comunidade (não me refiro ao DB), Helis muita gente acha mal, FX2 a mesma coisa, São Paulo é ferro velho, doações de material ai jesus, tudo o que se faça é mau, a MB vai ficar no cais, a FAB vai ficar no chão, tudo é criticado, por quem não faz a mínima ideia, mas escreve tratados de coisa nenhuma, sem fundamentos. Às vezes tenho a sensação de muitas vezes é pura rebeldia, ser do contra, outras por lobby, sei-lá.

Será que vocês não têm sentido de estado, será uma disciplina tão difícil para cada um?

[[]]'s

"Politizaram" o assunto, mas no mal sentido do termo, associam realizações ou falta destas a politicagem de botequim...


Abração,

Orestes

orestespf escreveu:

soultrain escreveu:Pois é isso que eu não percebo Bender, a comunidade Brasileira que se interessa por estes assuntos é relativamente pequena e desde que conheço, passam a vida a lamentar-se pela falta de interesse da classe politica, pelo sucateamento das FA, sonham com tecnologia e afins.

Pois é têm um governo que se interessa realmente e já o provou variadíssimas vezes, tem um projecto muito ambicioso de defesa, dialoga com o militares, compra material e mais que isso tem um plano para essas compras com capacitação da industria nacional.

Após isso eu pensei que toda a gente iria se unir e cantar hinos de glória, apesar de todos sabermos que nada é perfeito, nenhuma decisão é perfeita e inatacável, apesar disso eu acreditava com inocência que toda a gente ficaria feliz.

Ai o que acontece? Sub nuclear, ataque cerradíssimo dentro desta comunidade (não me refiro ao DB), Helis muita gente acha mal, FX2 a mesma coisa, São Paulo é ferro velho, doações de material ai jesus, tudo o que se faça é mau, a MB vai ficar no cais, a FAB vai ficar no chão, tudo é criticado, por quem não faz a mínima ideia, mas escreve tratados de coisa nenhuma, sem fundamentos. Às vezes tenho a sensação de muitas vezes é pura rebeldia, ser do contra, outras por lobby, sei-lá.

Será que vocês não têm sentido de estado, será uma disciplina tão difícil para cada um?

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"Politizaram" o assunto, mas no mal sentido do termo, associam realizações ou falta destas a politicagem de botequim...


Abração,

Orestes

É verdade, mas o sentido de Estado, onde fica? Muitos defendem que seria a FAB a escolher por exemplo e defendem com argumentos e alguns até radicalmente, mas não percebem que a decisão não será da FAB nunca, porque a FAB não é um orgão democrático e serão alguns militares que decidirão pela FAB, mas o que passaria para o publico seria: A decisão foi da FAB, da FAB instituição, não de x ou y. E ai quem seria atacado? A instituição, que não pode em condição alguma percorrer os becos cheios de lama, a FAB tem de estar mais acima desse meio nauseabundo.

São as pessoas que dizem defender a FAB que querem que seja a própria a tomar a decisão.

Isso é coerente? é possível que alguém pense assim?

[[]]'s

soultrain escreveu:Pois é isso que eu não percebo Bender, a comunidade Brasileira que se interessa por estes assuntos é relativamente pequena e desde que conheço, passam a vida a lamentar-se pela falta de interesse da classe politica, pelo sucateamento das FA, sonham com tecnologia e afins.

Pois é têm um governo que se interessa realmente e já o provou variadíssimas vezes, tem um projecto muito ambicioso de defesa, dialoga com o militares, compra material e mais que isso tem um plano para essas compras com capacitação da industria nacional.

Após isso eu pensei que toda a gente iria se unir e cantar hinos de glória, apesar de todos sabermos que nada é perfeito, nenhuma decisão é perfeita e inatacável, apesar disso eu acreditava com inocência que toda a gente ficaria feliz.

Ai o que acontece? Sub nuclear, ataque cerradíssimo dentro desta comunidade (não me refiro ao DB), Helis muita gente acha mal, FX2 a mesma coisa, São Paulo é ferro velho, doações de material ai jesus, tudo o que se faça é mau, a MB vai ficar no cais, a FAB vai ficar no chão, tudo é criticado, por quem não faz a mínima ideia, mas escreve tratados de coisa nenhuma, sem fundamentos. Às vezes tenho a sensação de muitas vezes é pura rebeldia, ser do contra, outras por lobby, sei-lá.

Será que vocês não têm sentido de estado, será uma disciplina tão difícil para cada um?

[[]]'s

Soultrain,pelo meu ponto de vista nós não temos sentido de estado nenhum na classe política,mas devem existir algumas honrosas exceções eu presumo.

Por outro lado a duas décadas passadas os militares eram o próprio estado.

Eu louvo,todas as intenções e atitudes do atual governo na figura do MD Nelson Jobim,mas vejo que por mais que o esforço de abarcar a classe política e a própria sociedade como você descreveu em seu post anterior,o que se avizinha desse momento de despertar talvez de uma conciência de Estado e Nação é uma luta político/eleitoral em 2010,que promete ser fraticida,já que o que estará em jogo é o afastamento ou não da atual oposição do poder executivo nacional,pelos próximos 12 anos pelo menos,muitas carreiras políticas podem ser soterradas nesse tempo.

Veja que “na minha” opinião não há sentimento ou pensamento de “Estado” que resista a essa batalha que se aproxima.

Eu lamento que esse projeto governamental não tenha sido lançado pelo menos um ano antes do que foi,o plano é interessante e necessário,mas depende de uma forte articulação para aprovação das suas diversas partes junto ao Congresso Nacional,e quanto mais o ano de 2010 se aproxima,mais fisiológico vai se tornar esse debate e essas negociações,dentro do ano de 2010 então nem imagino como será.

Eu não duvido nada,inclusive que em caso de uma vitória da oposição,muito do que gostaríamos que fosse realmente uma questão de Estado,se transforme em uma questão pura e simples de disputa política bem baixa e ralé.

Nós temos uma tradição medonha e vil na classe política no Brasil,do :”eu não coloco azeitona na empada alheia”.

Nada mais mesquinho e distante do que seria a nobre postura dos que deveriam pensar antes na Nação e no conceito de “Estado” do que isso,é impossível.

Mas aqui é e sempre foi prática comum.

Sds.

Dieneces escreveu:

GustavoB escreveu:
Cuidado camarada, fabricação aqui significa falar desde a prospecção da bauxita... ou, no caso do Gripen, da fabricação da celulose...

Hã...? Por favor , Gustavo , traduza para algo próximo ao idioma de Camões...

Ué, não foi aqui que li que o Gripe é de papel, de pRástico... Então, fabricar vai desde plantar as árvores para a celulose, desde minerar a bauxita para o alumínio, apodrecer a matéria orgânica que será usada na vulcanização da borracha para os pneus... É uma conotação e uma ironia, ao mesmo tempo.

PS: Não te acanhe, se algo não encaixa na tua retórica, terei prazer em explicar diretamente.