Eu concordo que não se deve ignorar um noticia, mas isso, é uma não-noticia, não existe qualquer declaração russa disso, existe um blog dizendo que os russos estão dizendo, mesmo o Chavez parou de falar nisso pq seus acessores o orientaram.FOXTROT escreveu:Calma, simplesmente ignorar a noticia também pode ser uma "imbecilidade", vamos aguardar e ver o que acontece....Cross escreveu:Por favor, parem de postar imbecilidades como essa em que pessoas de saúde mental precária acusam a marinha americana de causar o terremoto do Haiti, isso prejudica o andamento do tópico e joga no lixo a seriedade do mesmo.
A Marinha Russa se encontra um antro de imbecis insanos; anos atrás houve um problema no reator nuclear do destroyer "Pedro O Grande" e um almirante russo surtou e disse que o reator ia explodir e arrancar uma cidade do mapa.
Missão de Paz no Haiti
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Re: Missão de Paz no Haiti
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Re: Missão de Paz no Haiti
Santiago escreveu:
E não se esqueçam, foram os americanos que inventaram e romperam a crosta terrestre criando as placas tectônicas, assim poderiam causar o caos onde quizessem no mundo, claro, fizeram isso coma a ajuda de Israel.
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Re: Missão de Paz no Haiti
http://www.presstv.ir/detail.aspx?id=11 ... =351020104Report: US weapon test aimed at Iran caused Haiti quake
Sat, 23 Jan 2010 10:34:46 GMT
An unconfirmed report by the Russian Northern Fleets says the Haiti earthquake was caused by a flawed US Navy 'earthquake weapons' test before the weapons could be utilized against Iran.
United States Navy test of one of its 'earthquake weapons' which was to be used against Iran, went 'horribly wrong' and caused the catastrophic quake in the Caribbean, the website of Venezuela's ViVe TV recently reported, citing the Russian report.
After the report was released, Venezuelan President Hugo Chavez also made a similar claim, saying that a US drill, carried out in preparation for a deliberate attempt to cause an earthquake in Iran, had led to the deadly incident in Haiti, claiming more than 110,000 lives.
Though Russian Northern Fleets' report was not confirmed by official sources, the comments attracted special attention in some US and Russian media outlets including Fox news and Russia Today.
Russia Today's report said that Moscow has also been accused of possessing and utilizing such weapons.
In 2002, a Georgian Green Party leader claimed that Moscow had instigated an earthquake on Georgian territory, the TV channel said.
According to ViVe, the unconfirmed Russian report says earlier this month the US carried out a similar test in the Pacific Ocean, which also caused another 6.5 magnitude earthquake in an area near the town of Eureka, California.
The California quake resulted in no deaths or serious injury, but left many buildings damaged.
The Venezuelan news website said that the report also introduced the possibility that the US Navy may have had "full knowledge" of the damage that the test could cause.
The report also speculated that knowledge of the possible outcome was why the US military had pre-positioned the deputy commander of US Southern Command, General P. K. Keen, on the island so that he could oversee relief efforts if the need arose.
Based on the alleged report, the ultimate goal of the US weapons tests was to initiate a series of deadly earthquakes in Iran to topple the current Islamic system in the country.
The tests are believed to be part of the United States' High Frequency Active Auroral Research Program (HAARP), which has been associated with many conspiracy theories.
Other than being blamed for earthquakes, HAARP has also been associated with weather anomalies that cause floods, droughts and hurricanes.
Some sources have even linked the 7.8 magnitude quake that shook the Chinese city of Sichuan in May 12, 2008 with the program.
Allegations have been made that since the late 1970's, the US has 'greatly advanced' the state of its earthquake weapons to the point where it is now utilizing devices that employ a Tesla Electromagnetic Pulse, Plasma and Sonic technology, along with 'shockwave bombs.'
Russia has accused the US military of employing such devices in Afghanistan to trigger the devastating 7.2 magnitude earthquake that hit the country back in March, 2002.
In the mid-1990s the Russian State Duma issued a press release on HAARP, which was signed by 90 deputies. The statement said the US was "creating new integral geophysical weapons that may influence the near-Earth medium with high-frequency radio waves."
"The significance of this qualitative leap could be compared to the transition from cold steel to firearms, or from conventional weapons to nuclear weapons.”
“This new type of weapons differ from previous types in that the near-Earth medium becomes at once an object of direct influence and its component,” the statement explained.
In 1997, US Secretary of Defense William Cohen also expressed concern about activities that "can alter the climate, set off earthquakes, volcanoes remotely through the use of electromagnetic waves."
The US government, however, has chosen to stick to its position that HAARP is merely a program aimed at analyzing the Earth's ionosphere for the purpose of developing communications and surveillance technology.
MJ/DT
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Re: Missão de Paz no Haiti
P44 escreveu:Report: US weapon test aimed at Iran caused Haiti quake
Sat, 23 Jan 2010 10:34:46 GMT
http://www.presstv.ir/detail.aspx?id=11 ... =351020104
Mas são ruins de pontaria os caras, hein?
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Re: Missão de Paz no Haiti
O governo brasileiro quer que os EUA coloquem o dinheiro em suas mãos, os homens sobre seu comando as armas para eles, tudo isso se chama PNDH-4.WalterGaudério escreveu:A Uns quatro dias atrás, alguém do governo americano falou em alto e bom tom, que se o Brasil quisesse "liderar alguma coisa" teria que tirar o escorpião do Bolso...
Agora leio que o aumento de ajuda brasileiro vai ser de US$ 30 mi... POWs!!!!!
O Haiti não vai ser re-construído!!
Vão ter que efetivamente CONTRUIR o país!!!, acho que até os marginais dos sem-terra recebem mais para inadir e pilhar...
Mas é isso aí. Tem que acabar com essa história de que o Brasil tem que ser líder porque somos penta-campeões , ou pq nossas praias são bonitas. A liderança se faz com atos de dimensões solicitadas pelo momento. Não com migalhas. Vai ter que botar dinheiro lá sim, e muito mais do que isso.
Afinal os malvados americanos não podem demonstrar nossa limitação, afianl eles só fazem cagada e as 80.000 barracas que estão indo para la, não são para os refugiados e sim para os outros soldados americanos que vão colonizar o Haiti, e fazer de la um grande filme: falcão canarinho em perigo.
Nos brasileiros somos f. vencemos até avião stelth com amx em red flag.
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Re: Missão de Paz no Haiti
Fui tudo um teste para o lançamento da novar versão de um jogo:
Tudo ainda sem confirmação afinal os russos ainda não confirmem a liberação de seu mercado para o novo jogo.
Tudo ainda sem confirmação afinal os russos ainda não confirmem a liberação de seu mercado para o novo jogo.
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Re: Missão de Paz no Haiti
P44 escreveu:o artilheiro era o george w bush
Nada, era o nosso véio Aiatolá da M'daira, queria destruir os EUA e acertou no Haiti. Tentou de novo e afundou Volta Redonda. Ainda bem que ele gosta da Rússia senão Portugal entrava pelo cano também...
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Re: Missão de Paz no Haiti
Intenções
NELSON DE SÁ
O general Floriano Peixoto surgiu da BBC Brasil à Folha, desde sexta, chefiando distribuição de ajuda e dizendo ser "uma forma de marcar posição" no Haiti, pois "a imprensa tem dado pouco destaque" à ação brasileira. Nas manchetes ontem da Reuters Brasil ao UOL, mais uma vez, "Tropas brasileiras distribuem alimentos em favela".
E ontem Eugênio Bucci, "teórico da ética", avaliou no "Globo" que "nossa imprensa vai tecendo uma teia de pertencimento ao imaginário nacional que inclui o Haiti". Até "na cobertura de TV sobre a "agressividade" da ajuda americana, os haitianos aparecem criticando as intenções dos EUA" de "ocupar o país" e não ajudar -o que, diz, "não era comum" nos telejornais brasileiros.
Na mesma linha, o "New York Times" destacou que a organização Médecins Sans Frontières teve oito aviões proibidos de pousar no Haiti pelos EUA, enquanto o governador da Pensilvânia, em avião particular, descia para transportar órfãos e falar à mídia americana. "As autoridades de EUA, França e Brasil se encontram" hoje, no Canadá, informa o jornal, "para coordenar a ajuda".
NELSON DE SÁ
O general Floriano Peixoto surgiu da BBC Brasil à Folha, desde sexta, chefiando distribuição de ajuda e dizendo ser "uma forma de marcar posição" no Haiti, pois "a imprensa tem dado pouco destaque" à ação brasileira. Nas manchetes ontem da Reuters Brasil ao UOL, mais uma vez, "Tropas brasileiras distribuem alimentos em favela".
E ontem Eugênio Bucci, "teórico da ética", avaliou no "Globo" que "nossa imprensa vai tecendo uma teia de pertencimento ao imaginário nacional que inclui o Haiti". Até "na cobertura de TV sobre a "agressividade" da ajuda americana, os haitianos aparecem criticando as intenções dos EUA" de "ocupar o país" e não ajudar -o que, diz, "não era comum" nos telejornais brasileiros.
Na mesma linha, o "New York Times" destacou que a organização Médecins Sans Frontières teve oito aviões proibidos de pousar no Haiti pelos EUA, enquanto o governador da Pensilvânia, em avião particular, descia para transportar órfãos e falar à mídia americana. "As autoridades de EUA, França e Brasil se encontram" hoje, no Canadá, informa o jornal, "para coordenar a ajuda".
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Missão de Paz no Haiti
País expõe contradições de forças de paz
Nações em desenvolvimento fornecem capacetes azuis, mas objetivos são definidos pelo Conselho de Segurança da ONU
Brasil apresenta operação em termos de liderança na região e de solidariedade Sul-Sul, mas o mandato da missão na prática é limitado
CLAUDIA ANTUNES
DA SUCURSAL DO RIO
A presença do Brasil no Haiti se enquadra no movimento de redefinição da segurança coletiva no pós-Guerra Fria, com a multiplicação de operações da ONU para enfrentar conflitos internos e emergências humanitárias em países pobres e dados como "falidos".
As missões são aprovadas pelo Conselho de Segurança (CS), onde as cinco potências reconhecidas no período histórico anterior (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) têm maior peso na definição de seus objetivos. Mas 90% das forças para as 17 operações atuais vêm de países em desenvolvimento.
No caso do Brasil, essa contradição é ressaltada pelo fato de o governo definir a atuação no Haiti em termos de liderança regional, da intensificação da cooperação Sul-Sul e do pretendido papel de mediador entre países ricos e pobres.
Mas a Minustah, a força de paz, não tem preponderância na articulação com o governo haitiano dos projetos de reconstrução. Seu mandato é prover segurança, embora a "interconexão" com o desenvolvimento socioeconômico esteja contemplada nas resoluções do CS.
Frequentemente, quem dita as regras sobre o destino da ajuda ao desenvolvimento do Haiti são os maiores doadores, incluindo EUA, França, Canadá e os bancos multilaterais. No sábado, o chanceler Celso Amorim sugeriu que o Brasil lidere o esforço de reconstrução do país, num "plano Lula", mesmo que não seja o principal provedor de fundos.
"O mandato da missão, reduzindo o componente militar e ampliando a cooperação para o desenvolvimento, já tinha que ter sido redefinido", diz Antonio Jorge Ramalho da Rocha, professor da UnB que implantou o Centro de Estudos Brasileiros em Porto Príncipe.
Ele ecoa reivindicação que vem do início de 2008, quando a Minustah avaliou que a violência na capital haitiana estava controlada.
"Não indiferença"
Em artigo, Maria Regina Soares de Lima, do Observatório Político Sul-Americano, analisa a expansão das atribuições do CS, impulsionada pelo fim da bipolaridade EUA-URSS. Nos primeiros 40 anos da ONU, foram aprovadas 13 operações de paz. As demais 50 vieram no período posterior a 1988.
Os EUA, envolvidos nas próprias guerras, financiam, mas contribuem hoje com 75 pessoas no total das operações. Para emergentes como Brasil e Índia, no entanto, integrá-las passou a ser parâmetro de influência no sistema de segurança coletiva, por sua vez interligada ao debate inconclusivo sobre a ampliação do CS.
Matias Spektor, coordenador do Centro de Estudos sobre Relações Internacionais da FGV-Rio, lembra que críticos viram na proliferação das operações a intenção de criar "neoprotetorados", mas o tema é complexo.
Primeiro, partiu das potências ocidentais a defesa das "intervenções humanitárias". O conceito evoluiu para a "responsabilidade de proteger". Por razão óbvia de assimetria de poder, os demais países resistem à relativização do princípio da não intervenção. Mas, após o genocídio de 1994 em Ruanda, os africanos acabaram forjando o "princípio da não indiferença".
Ele já foi citado pelo governo Lula para justificar tanto a presença no Haiti como a mediação da crise institucional na Bolívia, em 2008, e a cooperação com países pobres em áreas como agricultura e remédios.
"O Brasil tem como mostrar que há maneiras de promover a governança em países falidos ou que passaram por tragédias sem seguir a lógica do neocolonialismo", afirma Spektor.
Ele ressalta, porém, continuidades na política externa. A intervenção para evitar golpe no Paraguai e a adoção da cláusula democrática do Mercosul, no governo FHC, foram passos, diz, da mudança "lenta" de "uma posição apenas soberanista para outra mais flexível".
Embora seja a primeira vez que comanda uma força de paz, o Brasil participa dessas operações desde os anos 1950, quando mandou tropas ao Oriente Médio após o ataque franco-britânico-israelense ao Egito, que havia nacionalizado o canal de Suez.
A maior contribuição brasileira até agora fora para as missões em Angola, ao fim da guerra civil. O Brasil quis liderar a força enviada a Timor Leste após a independência, em 1999, mas foi atropelado por restrição orçamentária depois da crise asiática.
A maioria dessas operações foi de "manutenção da paz", e não de "imposição da ordem", como foram, por exemplo, as na Somália em 1992 e no Haiti no final de 2003.
Nações em desenvolvimento fornecem capacetes azuis, mas objetivos são definidos pelo Conselho de Segurança da ONU
Brasil apresenta operação em termos de liderança na região e de solidariedade Sul-Sul, mas o mandato da missão na prática é limitado
CLAUDIA ANTUNES
DA SUCURSAL DO RIO
A presença do Brasil no Haiti se enquadra no movimento de redefinição da segurança coletiva no pós-Guerra Fria, com a multiplicação de operações da ONU para enfrentar conflitos internos e emergências humanitárias em países pobres e dados como "falidos".
As missões são aprovadas pelo Conselho de Segurança (CS), onde as cinco potências reconhecidas no período histórico anterior (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) têm maior peso na definição de seus objetivos. Mas 90% das forças para as 17 operações atuais vêm de países em desenvolvimento.
No caso do Brasil, essa contradição é ressaltada pelo fato de o governo definir a atuação no Haiti em termos de liderança regional, da intensificação da cooperação Sul-Sul e do pretendido papel de mediador entre países ricos e pobres.
Mas a Minustah, a força de paz, não tem preponderância na articulação com o governo haitiano dos projetos de reconstrução. Seu mandato é prover segurança, embora a "interconexão" com o desenvolvimento socioeconômico esteja contemplada nas resoluções do CS.
Frequentemente, quem dita as regras sobre o destino da ajuda ao desenvolvimento do Haiti são os maiores doadores, incluindo EUA, França, Canadá e os bancos multilaterais. No sábado, o chanceler Celso Amorim sugeriu que o Brasil lidere o esforço de reconstrução do país, num "plano Lula", mesmo que não seja o principal provedor de fundos.
"O mandato da missão, reduzindo o componente militar e ampliando a cooperação para o desenvolvimento, já tinha que ter sido redefinido", diz Antonio Jorge Ramalho da Rocha, professor da UnB que implantou o Centro de Estudos Brasileiros em Porto Príncipe.
Ele ecoa reivindicação que vem do início de 2008, quando a Minustah avaliou que a violência na capital haitiana estava controlada.
"Não indiferença"
Em artigo, Maria Regina Soares de Lima, do Observatório Político Sul-Americano, analisa a expansão das atribuições do CS, impulsionada pelo fim da bipolaridade EUA-URSS. Nos primeiros 40 anos da ONU, foram aprovadas 13 operações de paz. As demais 50 vieram no período posterior a 1988.
Os EUA, envolvidos nas próprias guerras, financiam, mas contribuem hoje com 75 pessoas no total das operações. Para emergentes como Brasil e Índia, no entanto, integrá-las passou a ser parâmetro de influência no sistema de segurança coletiva, por sua vez interligada ao debate inconclusivo sobre a ampliação do CS.
Matias Spektor, coordenador do Centro de Estudos sobre Relações Internacionais da FGV-Rio, lembra que críticos viram na proliferação das operações a intenção de criar "neoprotetorados", mas o tema é complexo.
Primeiro, partiu das potências ocidentais a defesa das "intervenções humanitárias". O conceito evoluiu para a "responsabilidade de proteger". Por razão óbvia de assimetria de poder, os demais países resistem à relativização do princípio da não intervenção. Mas, após o genocídio de 1994 em Ruanda, os africanos acabaram forjando o "princípio da não indiferença".
Ele já foi citado pelo governo Lula para justificar tanto a presença no Haiti como a mediação da crise institucional na Bolívia, em 2008, e a cooperação com países pobres em áreas como agricultura e remédios.
"O Brasil tem como mostrar que há maneiras de promover a governança em países falidos ou que passaram por tragédias sem seguir a lógica do neocolonialismo", afirma Spektor.
Ele ressalta, porém, continuidades na política externa. A intervenção para evitar golpe no Paraguai e a adoção da cláusula democrática do Mercosul, no governo FHC, foram passos, diz, da mudança "lenta" de "uma posição apenas soberanista para outra mais flexível".
Embora seja a primeira vez que comanda uma força de paz, o Brasil participa dessas operações desde os anos 1950, quando mandou tropas ao Oriente Médio após o ataque franco-britânico-israelense ao Egito, que havia nacionalizado o canal de Suez.
A maior contribuição brasileira até agora fora para as missões em Angola, ao fim da guerra civil. O Brasil quis liderar a força enviada a Timor Leste após a independência, em 1999, mas foi atropelado por restrição orçamentária depois da crise asiática.
A maioria dessas operações foi de "manutenção da paz", e não de "imposição da ordem", como foram, por exemplo, as na Somália em 1992 e no Haiti no final de 2003.
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Re: Missão de Paz no Haiti
Ação é a maior no exterior no pós-2ª Guerra
DA SUCURSAL DO RIO
Embora analistas e diplomatas ressaltem o caráter multilateral e regional da Minustah -países latino-americanos contribuem com metade do efetivo-, para os militares brasileiros o comando da força adquiriu importância particular.
Na sexta, com a distribuição de ajuda em Porto Príncipe, eles tentaram mostrar que continuavam no controle, apesar da presença americana.
Matias Spektor, da FGV do Rio, lembra que essa é a maior mobilização de tropas brasileiras desde a Segunda Guerra. Antonio Jorge Ramalho, da UnB, defende que similaridades entre as realidades brasileira e haitiana tornaram o contato dos militares com a população local melhor do que o que ela teve com outras forças estrangeiras.
Em estudo sobre a Minustah, Monica Hirst, professora de relações internacionais da Universidade di Tella (Buenos Aires), destaca a visão brasileira do Haiti como local de treinamento para ações não convencionais, "num contexto de novas ameaças e modalidades de conflito e de crescentes desafios humanitários".
O objetivo de ampliar a presença em forças de paz foi incorporado à Estratégia Nacional de Defesa (2008). A diplomacia, do seu lado, cita a articulação regional entre as principais motivações para assumir o comando da missão, em 2004. Na semana passada, o chanceler Celso Amorim defendeu a necessidade de que o reforço pós-terremoto viesse majoritariamente de países latino-americanos.
Embora a candidatura a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança seja pano de fundo para as ações internacionais do Brasil, o vínculo com o Haiti não é imediato. "O momento da reforma [do CS] não está próximo e nada garante que esse gesto será lembrado quando chegar o momento", diz Ramalho.
Spektor e Hirst destacam, entre os dividendos que o Brasil pode colher da operação no Haiti, o aprimoramento de mecanismos de cooperação internacional civil, sejam diretos ou por meio operações triangulares, em que outros países repassam dinheiro a agências e ONGs nacionais.
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Embora analistas e diplomatas ressaltem o caráter multilateral e regional da Minustah -países latino-americanos contribuem com metade do efetivo-, para os militares brasileiros o comando da força adquiriu importância particular.
Na sexta, com a distribuição de ajuda em Porto Príncipe, eles tentaram mostrar que continuavam no controle, apesar da presença americana.
Matias Spektor, da FGV do Rio, lembra que essa é a maior mobilização de tropas brasileiras desde a Segunda Guerra. Antonio Jorge Ramalho, da UnB, defende que similaridades entre as realidades brasileira e haitiana tornaram o contato dos militares com a população local melhor do que o que ela teve com outras forças estrangeiras.
Em estudo sobre a Minustah, Monica Hirst, professora de relações internacionais da Universidade di Tella (Buenos Aires), destaca a visão brasileira do Haiti como local de treinamento para ações não convencionais, "num contexto de novas ameaças e modalidades de conflito e de crescentes desafios humanitários".
O objetivo de ampliar a presença em forças de paz foi incorporado à Estratégia Nacional de Defesa (2008). A diplomacia, do seu lado, cita a articulação regional entre as principais motivações para assumir o comando da missão, em 2004. Na semana passada, o chanceler Celso Amorim defendeu a necessidade de que o reforço pós-terremoto viesse majoritariamente de países latino-americanos.
Embora a candidatura a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança seja pano de fundo para as ações internacionais do Brasil, o vínculo com o Haiti não é imediato. "O momento da reforma [do CS] não está próximo e nada garante que esse gesto será lembrado quando chegar o momento", diz Ramalho.
Spektor e Hirst destacam, entre os dividendos que o Brasil pode colher da operação no Haiti, o aprimoramento de mecanismos de cooperação internacional civil, sejam diretos ou por meio operações triangulares, em que outros países repassam dinheiro a agências e ONGs nacionais.
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Re: Missão de Paz no Haiti
Eu nunca vou entender essa charla de Brasil no Conselho de Segurança da ONU por ser bonzinho. Vejamos quem está lá e o que eles têm em comum:
Bem, começam tendo FFAA muitíssimo bem equipadas e prontas para entrar maciçamente em ação a qualquer momento.
Volta e meia dão umas pauladas em alguém, vide Rússia na Geórgia, EUA pelo mundo todo (até o Haiti já levou o dele), China na vizinhança (o Vietnã que o diga), Inglaterra nos Argentinos nas Malvinas/Falklands e França pela África.
Claro, eles todos têm nukes e meios de projeção.
Mas o CS não foi criado HOJE e sim em 1945, logo após o término da 2GM. A composição foi a mais lógica para aqueles tempos: os quatro principais Aliados, ou seja, EUA, URSS, Inglaterra e França. Como a América inteira era quintal dos fundos dos EUA, este bastava como representante. Os outros três cobriam a Europa, que também mandava na África e, do mesmo modo que nós, latino-americanos, não tinha nada que ser representada por um dos seus. Mas havia a Ásia, apenas parcialmente coberta pelos soviéticos. O Japão, como perdedor, não podia, o resto ou era pequeno demais ou era colônia de alguém, como a Índia/Paquistão da Inglaterra e o Vietnã da França. Restava a China...
Bem, começam tendo FFAA muitíssimo bem equipadas e prontas para entrar maciçamente em ação a qualquer momento.
Volta e meia dão umas pauladas em alguém, vide Rússia na Geórgia, EUA pelo mundo todo (até o Haiti já levou o dele), China na vizinhança (o Vietnã que o diga), Inglaterra nos Argentinos nas Malvinas/Falklands e França pela África.
Claro, eles todos têm nukes e meios de projeção.
Mas o CS não foi criado HOJE e sim em 1945, logo após o término da 2GM. A composição foi a mais lógica para aqueles tempos: os quatro principais Aliados, ou seja, EUA, URSS, Inglaterra e França. Como a América inteira era quintal dos fundos dos EUA, este bastava como representante. Os outros três cobriam a Europa, que também mandava na África e, do mesmo modo que nós, latino-americanos, não tinha nada que ser representada por um dos seus. Mas havia a Ásia, apenas parcialmente coberta pelos soviéticos. O Japão, como perdedor, não podia, o resto ou era pequeno demais ou era colônia de alguém, como a Índia/Paquistão da Inglaterra e o Vietnã da França. Restava a China...
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Re: Missão de Paz no Haiti
Olha o cara metendo o PAU nos Americanos no Haiti, aqui deu a maior polêmica....até a Hilary Clinton respondeu pro cara!!!
Este Guido Bertolaso é um esperto em tragédias, já girou meio mundo, tem grande experiência e quando fala em tragédias varias e como salvar vidas e ajudar os que ficaram na catástrofe ele é sempre escutado.
vai trabalhar conosco e com os italianos do NAe Cavour, foi antes para ver e analisar a situação do lugar. Ele desceu a ripa nos USA, mas falou bem "relativamente" dos nossos soldados ali no Haiti, pode ser que com o trabalho conjunto deles com os nossos homens as coisas melhorem, mas vale ouro ter ele do nosso lado!!!
Vai um pouco de links do YT, é em italiano , mas se prestar atenção, todos os que falam português conseguem entender como se fosse espanhol. Ai Vai os videos novos e polêmicos:
Valeu!!
Este Guido Bertolaso é um esperto em tragédias, já girou meio mundo, tem grande experiência e quando fala em tragédias varias e como salvar vidas e ajudar os que ficaram na catástrofe ele é sempre escutado.
vai trabalhar conosco e com os italianos do NAe Cavour, foi antes para ver e analisar a situação do lugar. Ele desceu a ripa nos USA, mas falou bem "relativamente" dos nossos soldados ali no Haiti, pode ser que com o trabalho conjunto deles com os nossos homens as coisas melhorem, mas vale ouro ter ele do nosso lado!!!
Vai um pouco de links do YT, é em italiano , mas se prestar atenção, todos os que falam português conseguem entender como se fosse espanhol. Ai Vai os videos novos e polêmicos:
Valeu!!
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Re: Missão de Paz no Haiti
Não tem nada haver com antiamericanismo. Ninguém aqui esta indo contra o EUA porque quer destruir os EUA. O fato é que os EUA nunca fez merda nenhuma pelo Haiti e esta atrapalhando.mandalacabla escreveu: O complexo é de vira-lata latrino americano mesmo, só que esse complexo diz que a culpa do mal é do estrangeiro rico, e que como sabemos sambar na sapucai somos bom pa caramba, nóis é joinha.
Agora vamos falar a verdade, que complexo mais cachorrento esse de achar que a oitava economia do mundo foi feita dançando samba. Pior que isso só o cara que se esforça para mostrar que pertence a outra raça. "nóis num pertecer a esse jossa, nóis pertencer a povo joinha que precisar muito de americano para sobreviver"
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!