Paraguai
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- Marino
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Crise energética causa desgaste ao governo paraguaio
Com produção de sobra, país sofre cortes no abastecimento de luz por não possuir estrutura
suficiente de transmissão
Como na Venezuela de Hugo Chávez, dificuldades municiam a oposição e se tornam problema
político para o presidente Lugo
THIAGO GUIMARÃES
DA REPORTAGEM LOCAL
A exemplo da Venezuela do presidente Hugo Chávez, o Paraguai também enfrenta uma crise
energética, que vem gerando transtornos à população e críticas ao presidente esquerdista Fernando
Lugo.
Apesar de dispor de duas das maiores hidrelétricas do mundo -as binacionais Itaipu (com o
Brasil) e Yacyretá (com a Argentina)-, o país tem sido afetado por cortes e piques de luz diários neste
verão, em que temperaturas beiram 40C, levando a recordes de consumo.
O próprio governo reconhece que a culpa não é do clima, mas da falta de infraestrutura de
transmissão e distribuição da energia das hidrelétricas até os centros de consumo. Ou seja, o país tem
energia de sobra, mas não tem como transmiti-la.
"A demanda energética do país em horas de pico é 7% maior do que podemos transmitir, daí
essa crise enorme", disse à Folha Germán Fatecha, presidente da Ande, a estatal de energia que em
janeiro declarou emergência energética no país -medida que deve ser ratificada hoje pelo Congresso.
Para Fatecha, a "solução-chave" para a crise passa pela aprovação, pelo Congresso brasileiro,
do acordo sobre a energia de Itaipu fechado em julho passado entre Lugo e o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva.
Pelo acordo, o Paraguai ganhará, de graça, uma linha de 500 kV para levar energia de Itaipu até
Assunção. Também receberá US$ 240 milhões a mais por ano como compensação pela cessão de
energia da usina ao Brasil -pelo tratado de Itaipu, o país só pode vender sua fatia excedente ao Brasil.
Classificado como "histórico" por Lula, e vendido por Lugo como principal feito de sua gestão, o
acordo foi aprovado pelo Legislativo paraguaio, mas continua no Congresso brasileiro desde novembro.
O aumento da compensação só valerá com aval legislativo.
Enquanto isso, paraguaios -sobretudo na Grande Assunção, onde está 40% da população do
país- sofrem com cortes de luz que se estendem por até cinco horas e danificam aparelhos domésticos,
conforme relatou à Folha o presidente da Asucop (Associação de Usuários e Consumidores do
Paraguai), Juan Vera.
Vera atribui o problema a gestões passadas, mas "principalmente" a Lugo. "O governo não fez
nada a respeito", diz.
As críticas ecoam no mundo empresarial -a UIP (União Industrial Paraguaia) afirma que os cortes
já paralisam fábricas e cobra soluções imediatas. Jornais apontam inação oficial e a oposição aproveita
para atacar o presidente -que ontem determinou economia de energia por órgãos públicos e até nas
luzes do palácio de governo.
A crise chega em meio a uma maior guinada à esquerda da gestão Lugo -exemplo recente foi a
troca no comando de Itaipu de um ex-senador do Partido Liberal (centro-direita) por um assessor próximo
com passagens por movimentos sociais e pelo PT brasileiro.
Com produção de sobra, país sofre cortes no abastecimento de luz por não possuir estrutura
suficiente de transmissão
Como na Venezuela de Hugo Chávez, dificuldades municiam a oposição e se tornam problema
político para o presidente Lugo
THIAGO GUIMARÃES
DA REPORTAGEM LOCAL
A exemplo da Venezuela do presidente Hugo Chávez, o Paraguai também enfrenta uma crise
energética, que vem gerando transtornos à população e críticas ao presidente esquerdista Fernando
Lugo.
Apesar de dispor de duas das maiores hidrelétricas do mundo -as binacionais Itaipu (com o
Brasil) e Yacyretá (com a Argentina)-, o país tem sido afetado por cortes e piques de luz diários neste
verão, em que temperaturas beiram 40C, levando a recordes de consumo.
O próprio governo reconhece que a culpa não é do clima, mas da falta de infraestrutura de
transmissão e distribuição da energia das hidrelétricas até os centros de consumo. Ou seja, o país tem
energia de sobra, mas não tem como transmiti-la.
"A demanda energética do país em horas de pico é 7% maior do que podemos transmitir, daí
essa crise enorme", disse à Folha Germán Fatecha, presidente da Ande, a estatal de energia que em
janeiro declarou emergência energética no país -medida que deve ser ratificada hoje pelo Congresso.
Para Fatecha, a "solução-chave" para a crise passa pela aprovação, pelo Congresso brasileiro,
do acordo sobre a energia de Itaipu fechado em julho passado entre Lugo e o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva.
Pelo acordo, o Paraguai ganhará, de graça, uma linha de 500 kV para levar energia de Itaipu até
Assunção. Também receberá US$ 240 milhões a mais por ano como compensação pela cessão de
energia da usina ao Brasil -pelo tratado de Itaipu, o país só pode vender sua fatia excedente ao Brasil.
Classificado como "histórico" por Lula, e vendido por Lugo como principal feito de sua gestão, o
acordo foi aprovado pelo Legislativo paraguaio, mas continua no Congresso brasileiro desde novembro.
O aumento da compensação só valerá com aval legislativo.
Enquanto isso, paraguaios -sobretudo na Grande Assunção, onde está 40% da população do
país- sofrem com cortes de luz que se estendem por até cinco horas e danificam aparelhos domésticos,
conforme relatou à Folha o presidente da Asucop (Associação de Usuários e Consumidores do
Paraguai), Juan Vera.
Vera atribui o problema a gestões passadas, mas "principalmente" a Lugo. "O governo não fez
nada a respeito", diz.
As críticas ecoam no mundo empresarial -a UIP (União Industrial Paraguaia) afirma que os cortes
já paralisam fábricas e cobra soluções imediatas. Jornais apontam inação oficial e a oposição aproveita
para atacar o presidente -que ontem determinou economia de energia por órgãos públicos e até nas
luzes do palácio de governo.
A crise chega em meio a uma maior guinada à esquerda da gestão Lugo -exemplo recente foi a
troca no comando de Itaipu de um ex-senador do Partido Liberal (centro-direita) por um assessor próximo
com passagens por movimentos sociais e pelo PT brasileiro.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- Túlio
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Pois é, a gente poderia esperar a cambada cair e então começar a ajudar de verdade...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Agora tamo 100%Túlio escreveu:Pois é, a gente poderia esperar a cambada cair e então começar a ajudar de verdade...
Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
- irlan
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Mais não fazia parte do novo acordo entre o Brasil e Paraguai novas linhas de transmissões instaladas lá?
Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Sim, essa é parte do novo acordo. Não dá para entender a lógica de querer q o Paraguai se !%#@¨&*da. Isso é absolutamente contra os interesses brasileiros, do governo q seja, na região. Não dá para querer q os países vizinhos desenvolvam uma verdadeira democracia com quebras institucionais quando o governo A ou B não é conveniente com o perfil ideológico de X ou Y...
- prp
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Daqui a pouco eles vão querer que um brasileiro vai lá e aperte o apagador, porque eles não tem competencia e ficarão no escuro por falta de capacidade de ligar uma tomada.
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Vai começar a choradeira outra vez...
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ACUERDO ENTRE LUGO Y LULA, DEL 25 DE JULIO PASADO
Paraguay renunció a su 50% en Itaipú, según De Gásperi
El acuerdo firmado entre el presidente Fernando Lugo y su colega Lula da Silva, en julio del año pasado, referente al aumento del pago que el Paraguay debe recibir por la energía cedida al Brasil, es una suerte de renuncia de nuestro país al 50% que le pertenece en Itaipú. El abogado Gustavo de Gásperi sostiene esta tesis alegando que en el mencionado documento no se hizo ninguna referencia a que Paraguay es uno de los condóminos de la hidroeléctrica. Solo un reclamo internacional podría zanjar este abuso.
Los futuros gobiernos de Brasil pueden utilizar la declaración presidencial del 25 de julio de 2009 para demostrar que nuestro país renunció al 50% que le pertenece en Itaipú, advirtió ayer en una entrevista con nuestro diario el abogado Gustavo de Gásperi, ex consejero de Yacyretá. Insiste en alertar que el tratado es nulo, porque es fraudulento contra los derechos paraguayos y que la salida que nos queda es la vía internacional, aunque admite que no debe descartarse que ciertos estudios jurídicos brasileños, de gran prestigio, puedan presentar un reclamo contra el Gobierno brasileño, “porque hay una desviación de la finalidad del Tratado, y el Código Civil de ese país dice que son actos fraudulentos todos aquellos en los cuales se desvía el fin”. Señala también que con las binacionales hubo enriquecimiento injusto de nuestros socios.
-Mucha gente no entendió el concepto “abuso del derecho” del que nuestro país fue víctima en su relación con Brasil en Itaipú.
-Mi deseo es explicar con sencillez para que el público entienda, porque veo que hay personas, inclusive colegas suyos que dijeron, a través de las radios, que yo estoy perdido, porque no comprenden cómo puede producirse el abuso del derecho en la redacción de un tratado internacional. Aprovechando la gentileza del diario, insisto sobre ciertas explicaciones. Vamos a imaginar que un comerciante próspero de Coronel Oviedo tiene un amigo en una colonia próxima, que se llama Ñurugua, y que entre los dos son condóminos de una casa en Coronel Oviedo.
... Estos dueños se llaman Juan y Pedro y tienen una casa en una esquina donde deciden instalar un almacén y repartirse las ganancias mitad y mitad. Para eso, Juan, el que vive en Oviedo, un comerciante próspero y rico, y Pedro, que vive en Ñurugua, una pequeña colonia que tiene 15 casas, instalan el boliche y dicen, para llevar este negocio adelante, yo, Juan, designo a mi hijo Juancito y, tú, Pedro, designas a tu hijo Pedrito.
-Juan, el rico comerciante de Oviedo, obviamente, es Brasil y Pedro, nuestro país...
-... y Juancito es Eletrobrás y Pedrito es la ANDE. Entonces, dice Juan, aprovechándose de que Pedrito era un poco ignorante, atrasado o extremadamente necesitado, vamos a vender las mercaderías y vamos a repartir..., el otro le acepta y comienza el negocio.
-¿Repartir la ganancia?
-Repartir la electricidad 50 y 50. El valor de la electricidad, o sea el valor de la mercadería al 50 y 50%. Había ánimo de constituir una sociedad o un joint venture, pero la idea era compartir por partes iguales lo que resulte de las ventas de ese boliche.
-Pero nunca hubo distribución por partes iguales de nada.
-En efecto, Juan (Brasil) le dijo a Pedro (Paraguay): “vos vendés en Ñurugua y yo vendo en Coronel Oviedo”, y Pedro acepta. Comienza el negocio, se producen las ventas y resulta que al final del ejercicio, aparece que Juan ganó 100 millones y Pedrito, que está en Ñurugua, no pudo vender sino que a las 15 casas de esa colonia y apenas pudo reunir 50 mil.
Eletrobrás compra de Itaipú y ANDE compra de Itaipú, pero el precio en que Itaipú les vende es muy inferior al precio en que Eletrobrás vende finalmente dentro del Brasil y el precio al que le vende a ANDE es muy inferior al precio a que esta le vende al consumidor paraguayo. Entonces la plata se junta pero en manos de Brasil, porque Juancito vendió en Coronel Oviedo a 300 mil casas que hay ahí y se enriqueció más todavía, y Pedro y Pedrito se empobrecieron, porque dejaron de percibir lo que les correspondía que era la diferencia, vamos a decir, entre el 5% y 50%, que es la realidad de lo que está pasando con Itaipú y con Yacyretá.
-Cambiando lo que deba cambiarse...
-Es cierto, en el caso de Yacyretá no se llama Eletrobrás, es el Sistema Eléctrico Argentino, porque Yacyretá le vende al Sistema Eléctrico Argentino, el que a su vez vende a todo el mundo a un precio que se le da la gana al mandamás de turno en Argentina. En este momento el público de ese país está siendo subsidiado, porque a los políticos de turno les conviene ser simpáticos con su pueblo y ganar su voluntad vendiéndoles casi gratis una energía que no es sino de su amigo Pedro.
-Los beneficios, en uno y otro negocio, casi no le alcanzan a Pedro...
-El Paraguay (Pedro y Pedrito) sale defraudado. Tenía la creencia de que iba a tener el 50% y se quedan con el 5%. Las declaraciones del Sr. Codas (Gustavo) no son las que desatan las evidencias de que ha habido una defraudación a la esperanza del pueblo paraguayo. La causa nacional es una bandera que el presidente Lugo tomó prestada de otros que escribieron sobre el tema anteriormente y que pelearon por el tema anteriormente. Muchísima gente, ingenieros inclusive, le siguieron, pero no se percataron de que esa causa nacional en realidad no era de todos, sino que había sido que era del Sr. Lugo, de manera que el Paraguay, en un momento dado, no solo se encontró con que podía vender únicamente en Ñurugua, sino que además tenía que soportar que cuando quisiese su socio le aumente su 5% a 7% y a cambio de ese aumento del 7% ó al 10%, dejó de reclamar el 50%.
-¿La declaración del 25 de julio de 2009 fue eso, aceptar algo más a cambio de olvidarnos de nuestro 50% de Itaipú?
-Ese documento, firmado por el presidente Lugo y por el presidente Lula, como una promesa, aumenta el monto de lo que el Paraguay debe recibir. Aun cuando se cumpla y reciba ese caudal de dinero, caudal de dinero que en definitiva será una migaja, no dice nada, se calla respecto al 50%. No solo se calla, sino se le entrega el argumento jurídico internacional por el cual el Brasil le puede decir al Paraguay que renunció a ese reclamo y que tiene que conformarse, por los siglos de los siglos, a recibir el 7% ó el 10%.
Cómo puede hacer efectivo el Paraguay su 50%. Solo por la vía de la reclamación internacional, porque Brasil te va a decir: no porque vos aceptaste que solamente podés vender en Ñurugua y tenés que conformarte con lo que vos podés vender en Ñurugua.
-¿Eso está escrito?
-En al Art. XIX del Tratado de Itaipú, que dice que la jurisdicción de los actos celebrados en Brasil corresponde al Brasil y la jurisdicción de los actos celebrados en Paraguay corresponde al Paraguay y que la ley aplicable a los actos celebrados en Brasil corresponde al Brasil y viceversa.
-En clave sencillez total...
-Que una vez que Itaipú le vendió a Eletrobrás, lo que exceda el precio al cual le vendió a Eletrobrás, el que llega al consumidor en el Brasil, es un tema en el cual el Paraguay no tiene injerencia, no puede meterse porque es una cuestión que está bajo la ley brasileña y es así como todos lo gobiernos del Paraguay se vieron en la obligación de respetar este pacto inmoral.
-¿Por qué un pacto inmoral?
-Porque es un disfraz. En esto consiste el fraude a la ley.
-Los gobiernos paraguayos no solo lo respetaron, nunca lo cuestionaron, lo tomaron como algo natural...
-El Gobierno del Paraguay puede contratar un estudio jurídico en San Pablo o en Brasilia. Hay estudios jurídicos de nivel internacional que no traicionarían al Paraguay y que formularían una reclamación al Gobierno de Brasil, porque hay una desviación de la finalidad del Tratado, que el Código Civil brasileño condena con la nulidad. O sea, el Tratado es nulo porque es un tratado fraudulento contra los derechos del Paraguay.
A lo mejor es un exabrupto lo que estoy diciendo, no excluyo la posibilidad, pero internacionalmente Paraguay puede demandar la nulidad del Tratado y puede demostrar que es fraudulento...
-¿Ante qué instancia debe presentar el reclamo?
-Eso tendrán que decidirlo ellos, pero el artículo pertinente del Código Civil del Brasil, el 166, dice que son actos fraudulentos todos aquellos en los cuales se desvía el fin y tal es así que, concordantemente, en el derecho brasilero, en el Art. 187, se define el abuso del derecho precisamente como la desviación, como el exceso manifiesto de los límites impuestos por el fin económico y social o por la buena fe o por las buenas costumbres. O sea que el Gobierno brasileño de turno, en la época en que se firmó el Tratado, abusó del Paraguay, debido a su estado de necesidad.
La esperanza que tenía el pueblo en la causa nacional consistía en que podíamos provocar una rebelión internacional contra este fraude y todos estábamos ilusionados con esa bandera que levantó el presidente Lugo. Se formó una comisión de negociación de las binacionales, integrada por mucha gente eminente -recordó algunos apellidos: Méndez Val, Escauriza-, estudiosos que se consagraron día y noche a explorar el camino.
-¿Qué pasó? aunque la pregunta no le corresponde a Ud.
-Todo lo que estoy afirmando lo hago en aras de este pobre pueblo que cree en el Brasil, cree en Argentina, pero no nos damos cuenta de que tenemos dos imperios como vecinos. Yo no tengo nada en contra de ellos (enumeró los múltiples beneficios de la vecindad brasileño / argentina con nuestro país), pero en lo que concierne a los tratados que se refieren a las binacionales, que tienen un valor estimado en una cifra similar todo lo que pueda producir la agricultura y la ganadería juntas, el presidente Lugo no consultó a la comisión sobre el acuerdo que iba a firmar con este señor (Lula).
Reitero, el objeto de mi presencia aquí (en la entrevista) es reclamar que el Paraguay abra los ojos, despierte. Nuestro pueblo necesita estudiar, educarse para comprender sus derechos, y sus derechos tienen que ser defendidos por gente que puedan defenderlos.
-¿Fueron alguna vez una causa nacional Itaipú y Yacyretá, incluso en los momentos de mayor euforia de este gobierno? Cree Ud. que el país tiene alguna posibilidad si no convierte los reclamos en esas binacionales en causa nacional?
-Yo no creo. Creo que necesitamos de la opinión pública tanto paraguaya como brasileña, como francesa o norteamericana. Necesitamos crear opinión mundial en el sentido de que Argentina y Brasil se han aprovechado del Paraguay y han obtenido un enriquecimiento injusto, porque el enriquecimiento injusto o sin causa en el Brasil obliga a una indemnización, que se actualiza a los valores monetarios vigentes.
-¿Podríamos probar que hubo enriquecimiento injusto o sin causa de nuestros socios brasileños con Itaipú?
-Yo creo que las cifras de la contabilidad de Itaipú son elocuentes por sí mismas. Es una misión muy difícil.
Entiendo que con el acta del 25 de julio de 2009 se ha producido la paradoja de un cambio preconizado que no existe.
Lo único que se ha logrado es consolidar la posición brasileña por medio de un acto que creemos que nos beneficia. Tanto en teología como en derecho se estudia que el pecado se comete por omisión como por acción. El presidente Lugo es un hombre que se especializa en ocultar y en omitir el cumplimiento de los deberes que atañen a su misión y esto se ha patentizado en las palabras del Sr. Codas, que no ha hecho otra cosa que sacar el antifaz a la voluntad que tiene el Gobierno de llevar adelante solamente el plan del 25 de julio.
rcasco@abc.com.py
20 de Febrero de 2010 22:17
http://www.abc.com.py/abc/nota/79512-Pa ... 3%A1speri/
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ACUERDO ENTRE LUGO Y LULA, DEL 25 DE JULIO PASADO
Paraguay renunció a su 50% en Itaipú, según De Gásperi
El acuerdo firmado entre el presidente Fernando Lugo y su colega Lula da Silva, en julio del año pasado, referente al aumento del pago que el Paraguay debe recibir por la energía cedida al Brasil, es una suerte de renuncia de nuestro país al 50% que le pertenece en Itaipú. El abogado Gustavo de Gásperi sostiene esta tesis alegando que en el mencionado documento no se hizo ninguna referencia a que Paraguay es uno de los condóminos de la hidroeléctrica. Solo un reclamo internacional podría zanjar este abuso.
Los futuros gobiernos de Brasil pueden utilizar la declaración presidencial del 25 de julio de 2009 para demostrar que nuestro país renunció al 50% que le pertenece en Itaipú, advirtió ayer en una entrevista con nuestro diario el abogado Gustavo de Gásperi, ex consejero de Yacyretá. Insiste en alertar que el tratado es nulo, porque es fraudulento contra los derechos paraguayos y que la salida que nos queda es la vía internacional, aunque admite que no debe descartarse que ciertos estudios jurídicos brasileños, de gran prestigio, puedan presentar un reclamo contra el Gobierno brasileño, “porque hay una desviación de la finalidad del Tratado, y el Código Civil de ese país dice que son actos fraudulentos todos aquellos en los cuales se desvía el fin”. Señala también que con las binacionales hubo enriquecimiento injusto de nuestros socios.
-Mucha gente no entendió el concepto “abuso del derecho” del que nuestro país fue víctima en su relación con Brasil en Itaipú.
-Mi deseo es explicar con sencillez para que el público entienda, porque veo que hay personas, inclusive colegas suyos que dijeron, a través de las radios, que yo estoy perdido, porque no comprenden cómo puede producirse el abuso del derecho en la redacción de un tratado internacional. Aprovechando la gentileza del diario, insisto sobre ciertas explicaciones. Vamos a imaginar que un comerciante próspero de Coronel Oviedo tiene un amigo en una colonia próxima, que se llama Ñurugua, y que entre los dos son condóminos de una casa en Coronel Oviedo.
... Estos dueños se llaman Juan y Pedro y tienen una casa en una esquina donde deciden instalar un almacén y repartirse las ganancias mitad y mitad. Para eso, Juan, el que vive en Oviedo, un comerciante próspero y rico, y Pedro, que vive en Ñurugua, una pequeña colonia que tiene 15 casas, instalan el boliche y dicen, para llevar este negocio adelante, yo, Juan, designo a mi hijo Juancito y, tú, Pedro, designas a tu hijo Pedrito.
-Juan, el rico comerciante de Oviedo, obviamente, es Brasil y Pedro, nuestro país...
-... y Juancito es Eletrobrás y Pedrito es la ANDE. Entonces, dice Juan, aprovechándose de que Pedrito era un poco ignorante, atrasado o extremadamente necesitado, vamos a vender las mercaderías y vamos a repartir..., el otro le acepta y comienza el negocio.
-¿Repartir la ganancia?
-Repartir la electricidad 50 y 50. El valor de la electricidad, o sea el valor de la mercadería al 50 y 50%. Había ánimo de constituir una sociedad o un joint venture, pero la idea era compartir por partes iguales lo que resulte de las ventas de ese boliche.
-Pero nunca hubo distribución por partes iguales de nada.
-En efecto, Juan (Brasil) le dijo a Pedro (Paraguay): “vos vendés en Ñurugua y yo vendo en Coronel Oviedo”, y Pedro acepta. Comienza el negocio, se producen las ventas y resulta que al final del ejercicio, aparece que Juan ganó 100 millones y Pedrito, que está en Ñurugua, no pudo vender sino que a las 15 casas de esa colonia y apenas pudo reunir 50 mil.
Eletrobrás compra de Itaipú y ANDE compra de Itaipú, pero el precio en que Itaipú les vende es muy inferior al precio en que Eletrobrás vende finalmente dentro del Brasil y el precio al que le vende a ANDE es muy inferior al precio a que esta le vende al consumidor paraguayo. Entonces la plata se junta pero en manos de Brasil, porque Juancito vendió en Coronel Oviedo a 300 mil casas que hay ahí y se enriqueció más todavía, y Pedro y Pedrito se empobrecieron, porque dejaron de percibir lo que les correspondía que era la diferencia, vamos a decir, entre el 5% y 50%, que es la realidad de lo que está pasando con Itaipú y con Yacyretá.
-Cambiando lo que deba cambiarse...
-Es cierto, en el caso de Yacyretá no se llama Eletrobrás, es el Sistema Eléctrico Argentino, porque Yacyretá le vende al Sistema Eléctrico Argentino, el que a su vez vende a todo el mundo a un precio que se le da la gana al mandamás de turno en Argentina. En este momento el público de ese país está siendo subsidiado, porque a los políticos de turno les conviene ser simpáticos con su pueblo y ganar su voluntad vendiéndoles casi gratis una energía que no es sino de su amigo Pedro.
-Los beneficios, en uno y otro negocio, casi no le alcanzan a Pedro...
-El Paraguay (Pedro y Pedrito) sale defraudado. Tenía la creencia de que iba a tener el 50% y se quedan con el 5%. Las declaraciones del Sr. Codas (Gustavo) no son las que desatan las evidencias de que ha habido una defraudación a la esperanza del pueblo paraguayo. La causa nacional es una bandera que el presidente Lugo tomó prestada de otros que escribieron sobre el tema anteriormente y que pelearon por el tema anteriormente. Muchísima gente, ingenieros inclusive, le siguieron, pero no se percataron de que esa causa nacional en realidad no era de todos, sino que había sido que era del Sr. Lugo, de manera que el Paraguay, en un momento dado, no solo se encontró con que podía vender únicamente en Ñurugua, sino que además tenía que soportar que cuando quisiese su socio le aumente su 5% a 7% y a cambio de ese aumento del 7% ó al 10%, dejó de reclamar el 50%.
-¿La declaración del 25 de julio de 2009 fue eso, aceptar algo más a cambio de olvidarnos de nuestro 50% de Itaipú?
-Ese documento, firmado por el presidente Lugo y por el presidente Lula, como una promesa, aumenta el monto de lo que el Paraguay debe recibir. Aun cuando se cumpla y reciba ese caudal de dinero, caudal de dinero que en definitiva será una migaja, no dice nada, se calla respecto al 50%. No solo se calla, sino se le entrega el argumento jurídico internacional por el cual el Brasil le puede decir al Paraguay que renunció a ese reclamo y que tiene que conformarse, por los siglos de los siglos, a recibir el 7% ó el 10%.
Cómo puede hacer efectivo el Paraguay su 50%. Solo por la vía de la reclamación internacional, porque Brasil te va a decir: no porque vos aceptaste que solamente podés vender en Ñurugua y tenés que conformarte con lo que vos podés vender en Ñurugua.
-¿Eso está escrito?
-En al Art. XIX del Tratado de Itaipú, que dice que la jurisdicción de los actos celebrados en Brasil corresponde al Brasil y la jurisdicción de los actos celebrados en Paraguay corresponde al Paraguay y que la ley aplicable a los actos celebrados en Brasil corresponde al Brasil y viceversa.
-En clave sencillez total...
-Que una vez que Itaipú le vendió a Eletrobrás, lo que exceda el precio al cual le vendió a Eletrobrás, el que llega al consumidor en el Brasil, es un tema en el cual el Paraguay no tiene injerencia, no puede meterse porque es una cuestión que está bajo la ley brasileña y es así como todos lo gobiernos del Paraguay se vieron en la obligación de respetar este pacto inmoral.
-¿Por qué un pacto inmoral?
-Porque es un disfraz. En esto consiste el fraude a la ley.
-Los gobiernos paraguayos no solo lo respetaron, nunca lo cuestionaron, lo tomaron como algo natural...
-El Gobierno del Paraguay puede contratar un estudio jurídico en San Pablo o en Brasilia. Hay estudios jurídicos de nivel internacional que no traicionarían al Paraguay y que formularían una reclamación al Gobierno de Brasil, porque hay una desviación de la finalidad del Tratado, que el Código Civil brasileño condena con la nulidad. O sea, el Tratado es nulo porque es un tratado fraudulento contra los derechos del Paraguay.
A lo mejor es un exabrupto lo que estoy diciendo, no excluyo la posibilidad, pero internacionalmente Paraguay puede demandar la nulidad del Tratado y puede demostrar que es fraudulento...
-¿Ante qué instancia debe presentar el reclamo?
-Eso tendrán que decidirlo ellos, pero el artículo pertinente del Código Civil del Brasil, el 166, dice que son actos fraudulentos todos aquellos en los cuales se desvía el fin y tal es así que, concordantemente, en el derecho brasilero, en el Art. 187, se define el abuso del derecho precisamente como la desviación, como el exceso manifiesto de los límites impuestos por el fin económico y social o por la buena fe o por las buenas costumbres. O sea que el Gobierno brasileño de turno, en la época en que se firmó el Tratado, abusó del Paraguay, debido a su estado de necesidad.
La esperanza que tenía el pueblo en la causa nacional consistía en que podíamos provocar una rebelión internacional contra este fraude y todos estábamos ilusionados con esa bandera que levantó el presidente Lugo. Se formó una comisión de negociación de las binacionales, integrada por mucha gente eminente -recordó algunos apellidos: Méndez Val, Escauriza-, estudiosos que se consagraron día y noche a explorar el camino.
-¿Qué pasó? aunque la pregunta no le corresponde a Ud.
-Todo lo que estoy afirmando lo hago en aras de este pobre pueblo que cree en el Brasil, cree en Argentina, pero no nos damos cuenta de que tenemos dos imperios como vecinos. Yo no tengo nada en contra de ellos (enumeró los múltiples beneficios de la vecindad brasileño / argentina con nuestro país), pero en lo que concierne a los tratados que se refieren a las binacionales, que tienen un valor estimado en una cifra similar todo lo que pueda producir la agricultura y la ganadería juntas, el presidente Lugo no consultó a la comisión sobre el acuerdo que iba a firmar con este señor (Lula).
Reitero, el objeto de mi presencia aquí (en la entrevista) es reclamar que el Paraguay abra los ojos, despierte. Nuestro pueblo necesita estudiar, educarse para comprender sus derechos, y sus derechos tienen que ser defendidos por gente que puedan defenderlos.
-¿Fueron alguna vez una causa nacional Itaipú y Yacyretá, incluso en los momentos de mayor euforia de este gobierno? Cree Ud. que el país tiene alguna posibilidad si no convierte los reclamos en esas binacionales en causa nacional?
-Yo no creo. Creo que necesitamos de la opinión pública tanto paraguaya como brasileña, como francesa o norteamericana. Necesitamos crear opinión mundial en el sentido de que Argentina y Brasil se han aprovechado del Paraguay y han obtenido un enriquecimiento injusto, porque el enriquecimiento injusto o sin causa en el Brasil obliga a una indemnización, que se actualiza a los valores monetarios vigentes.
-¿Podríamos probar que hubo enriquecimiento injusto o sin causa de nuestros socios brasileños con Itaipú?
-Yo creo que las cifras de la contabilidad de Itaipú son elocuentes por sí mismas. Es una misión muy difícil.
Entiendo que con el acta del 25 de julio de 2009 se ha producido la paradoja de un cambio preconizado que no existe.
Lo único que se ha logrado es consolidar la posición brasileña por medio de un acto que creemos que nos beneficia. Tanto en teología como en derecho se estudia que el pecado se comete por omisión como por acción. El presidente Lugo es un hombre que se especializa en ocultar y en omitir el cumplimiento de los deberes que atañen a su misión y esto se ha patentizado en las palabras del Sr. Codas, que no ha hecho otra cosa que sacar el antifaz a la voluntad que tiene el Gobierno de llevar adelante solamente el plan del 25 de julio.
rcasco@abc.com.py
20 de Febrero de 2010 22:17
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"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Esse paraguaio está precisando é de uma enxada e um chão pra capinar.
Abraços
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Relembrar não custa nada...
1° de março de 1870
Ângelo Agostini
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"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Brasil e Paraguai avançam na regularização dos “brasiguaios”
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A legalização dos brasileiros que vivem no Paraguai ganhou um aliado. A Organização Internacional para a Migração (IOM), na sigla em inglês, em parceria com o governo do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, e apoio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, prepara para os próximos dias um projeto piloto para regularizar os imigrantes brasileiros que vivem em território paraguaio – os chamados brasiguaios.
Não há cálculos exatos sobre quantos estariam na ilegalidade, mas a disputa por terras na região leva a conflitos constantes entre brasileiros e paraguaios. Projeções do Itamaraty indicam que existam entre 80 mil e 150 mil brasileiros morando no país vizinho. Os números para a IOM são mais elevados, de 150 mil a 250 mil, alguns ilegais e outros como proprietários de terras. O trabalho de migrantes brasileiros se baseia na agricultura, no pequeno comércio e no setor informal.
No próximo mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com Lugo, na cidade fronteiriça de Pedro Juan Caballero. Só nesta cidade, de acordo com a IOM, em nove dias foram regularizados e fornecidos documentos para 1.246 imigrantes brasileiros.
A IOM deslocou observadores, supervisores e especialistas do setor de imigração para acompanhar o processo inicial. Segundo a entidade, o objetivo é aumentar a confiança e dar condições para oferecer informações à população migrante.
O programa de regularização será implementado pela Direção de Migração do Paraguai e do Brasil, o Ministério das Relações Exteriores dos dois países com apoio técnico da IOM. As negociações integram os acordos migratórios assinados pelos membros de pleno direito do Mercosul – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
A primeira etapa das negociações foi iniciada em dezembro de 2009, na cidade paraguaia de Santa Rita, no departamento de Alto Paraná. Só nesta fase houve apoio para a regularização de 1.126 migrantes. Em abril deve começar outra etapa, desta vez na cidade de Katueté, no departamento de Canindeyú, a cerca de 350 km da capital, Assunção.
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A legalização dos brasileiros que vivem no Paraguai ganhou um aliado. A Organização Internacional para a Migração (IOM), na sigla em inglês, em parceria com o governo do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, e apoio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, prepara para os próximos dias um projeto piloto para regularizar os imigrantes brasileiros que vivem em território paraguaio – os chamados brasiguaios.
Não há cálculos exatos sobre quantos estariam na ilegalidade, mas a disputa por terras na região leva a conflitos constantes entre brasileiros e paraguaios. Projeções do Itamaraty indicam que existam entre 80 mil e 150 mil brasileiros morando no país vizinho. Os números para a IOM são mais elevados, de 150 mil a 250 mil, alguns ilegais e outros como proprietários de terras. O trabalho de migrantes brasileiros se baseia na agricultura, no pequeno comércio e no setor informal.
No próximo mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com Lugo, na cidade fronteiriça de Pedro Juan Caballero. Só nesta cidade, de acordo com a IOM, em nove dias foram regularizados e fornecidos documentos para 1.246 imigrantes brasileiros.
A IOM deslocou observadores, supervisores e especialistas do setor de imigração para acompanhar o processo inicial. Segundo a entidade, o objetivo é aumentar a confiança e dar condições para oferecer informações à população migrante.
O programa de regularização será implementado pela Direção de Migração do Paraguai e do Brasil, o Ministério das Relações Exteriores dos dois países com apoio técnico da IOM. As negociações integram os acordos migratórios assinados pelos membros de pleno direito do Mercosul – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
A primeira etapa das negociações foi iniciada em dezembro de 2009, na cidade paraguaia de Santa Rita, no departamento de Alto Paraná. Só nesta fase houve apoio para a regularização de 1.126 migrantes. Em abril deve começar outra etapa, desta vez na cidade de Katueté, no departamento de Canindeyú, a cerca de 350 km da capital, Assunção.
- Clermont
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
ENERGIA DE ITAIPU PODE CUSTAR TRÊS VEZES MAIS AO BRASIL.
Erich Decat / Blog do Noblat - 11.05.10.
Sem alarde, o Executivo ganhou mais um round na tentativa de ver aprovado no Congresso Nacional um projeto que multiplica por três o valor que o Brasil deve pagar ao Paraguai pela compra do excedente de energia elétrica de Itaipu.
Encaminhada inicialmente como uma Mensagem, a proposta foi aprovada na semana passada pelos parlamentares brasileiros no Parlamento do Mercosul.
Em seguida foi encaminhada ao Congresso e repassada hoje (10) às Comissões da Câmara, onde está identificada como Projeto de Decreto Legislativo (PDC 2600/10).
O projeto tramita em caráter de urgência. Ou seja, dispensa algumas exigências, prazos ou formalidades regimentais.
A proposta é mais uma polêmica que envolve o Tratado de Itaipu criado em 1973 e atende aos anseios do presidente paraguaio Fernando Lugo, que teve a revisão do acordo binacional como bandeira de campanha eleitoral.
Segundo estimativa de integrantes da base do governo, o pagamento anual feito ao país vizinho a título de cessão de energia passará de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões. O fator de multiplicação da remuneração passará de 5,1 para 15,3.
Relator da Mensagem encaminhada pelo Executivo, o deputado Dr.Rosinha (PT-PR) defende o aumento dos repasses.
“Devemos fazer um aumento do orçamento na integração ou na defesa?”, ponderou 1 para emendar em seguida: “Porque ou começamos a fazer uma integração equilibrada ou vamos ter que construir muros iguais ao que os Estados Unidos fizeram com o México”.
Para o parlamentar, a proposta é necessária para que o Paraguai consiga ter desenvolvimento nas áreas sociais. Quanto ao valor a ser repassado, segundo ele, é resultado de acordo entre os dois países.
“Foi o valor negociado. Eles pediam até U$ 800 milhões. O custo vai ser coberto pelo Tesouro, não terá aumento de tarifa para o consumidor brasileiro”, assegurou.
Para o líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA), a proposta é um “absurdo”.
“Claro que o consumidor vai ter que pagar essa conta. Afinal, o Tesouro é de quem, do Lula? Não, ele é composto pelo dinheiro dos contribuintes”, disparou.
“Se está faltando dinheiro para a saúde não há necessidade de aumentar esse repasse. Há várias formas de se fazer uma aproximação como Paraguai não é com essas benevolências que vão onerar o país pelas próximas gerações”, acrescentou.
A necessidade de o Brasil ter de pagar pelo excedente de energia não utilizado pelo Paraguai está fixada no Tratado em seu artigo XIII.
Segundo o texto, o Paraguai e o Brasil são obrigados a vender entre si a energia que não utiliza, ou seja, o excedente. Não podem vender a outros países.
Como o Paraguai utiliza apenas 10% da energia de Itaipu a que tem direito, o restante é vendido ao Brasil.
Caso o projeto seja aprovado, essa será a terceira mudança no valor do repasse relativa à cessão de energia.
A última alteração ocorreu em 2005, quando o fator multiplicador passou de 4 para 5,1. Esse aumento, na prática, significou um incremento de cerca de US$ 21 milhões ao ano na remuneração pela energia cedida pelo Paraguai.
_________________________
1 : Então, ou dá mais dinherinho pros paraguaios ou então vamos ter de aumentar o tamanho do Exército pra nos defender da ameaça paraguaia? Ou dá, ou desce? Que medo!
Erich Decat / Blog do Noblat - 11.05.10.
Sem alarde, o Executivo ganhou mais um round na tentativa de ver aprovado no Congresso Nacional um projeto que multiplica por três o valor que o Brasil deve pagar ao Paraguai pela compra do excedente de energia elétrica de Itaipu.
Encaminhada inicialmente como uma Mensagem, a proposta foi aprovada na semana passada pelos parlamentares brasileiros no Parlamento do Mercosul.
Em seguida foi encaminhada ao Congresso e repassada hoje (10) às Comissões da Câmara, onde está identificada como Projeto de Decreto Legislativo (PDC 2600/10).
O projeto tramita em caráter de urgência. Ou seja, dispensa algumas exigências, prazos ou formalidades regimentais.
A proposta é mais uma polêmica que envolve o Tratado de Itaipu criado em 1973 e atende aos anseios do presidente paraguaio Fernando Lugo, que teve a revisão do acordo binacional como bandeira de campanha eleitoral.
Segundo estimativa de integrantes da base do governo, o pagamento anual feito ao país vizinho a título de cessão de energia passará de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões. O fator de multiplicação da remuneração passará de 5,1 para 15,3.
Relator da Mensagem encaminhada pelo Executivo, o deputado Dr.Rosinha (PT-PR) defende o aumento dos repasses.
“Devemos fazer um aumento do orçamento na integração ou na defesa?”, ponderou 1 para emendar em seguida: “Porque ou começamos a fazer uma integração equilibrada ou vamos ter que construir muros iguais ao que os Estados Unidos fizeram com o México”.
Para o parlamentar, a proposta é necessária para que o Paraguai consiga ter desenvolvimento nas áreas sociais. Quanto ao valor a ser repassado, segundo ele, é resultado de acordo entre os dois países.
“Foi o valor negociado. Eles pediam até U$ 800 milhões. O custo vai ser coberto pelo Tesouro, não terá aumento de tarifa para o consumidor brasileiro”, assegurou.
Para o líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA), a proposta é um “absurdo”.
“Claro que o consumidor vai ter que pagar essa conta. Afinal, o Tesouro é de quem, do Lula? Não, ele é composto pelo dinheiro dos contribuintes”, disparou.
“Se está faltando dinheiro para a saúde não há necessidade de aumentar esse repasse. Há várias formas de se fazer uma aproximação como Paraguai não é com essas benevolências que vão onerar o país pelas próximas gerações”, acrescentou.
A necessidade de o Brasil ter de pagar pelo excedente de energia não utilizado pelo Paraguai está fixada no Tratado em seu artigo XIII.
Segundo o texto, o Paraguai e o Brasil são obrigados a vender entre si a energia que não utiliza, ou seja, o excedente. Não podem vender a outros países.
Como o Paraguai utiliza apenas 10% da energia de Itaipu a que tem direito, o restante é vendido ao Brasil.
Caso o projeto seja aprovado, essa será a terceira mudança no valor do repasse relativa à cessão de energia.
A última alteração ocorreu em 2005, quando o fator multiplicador passou de 4 para 5,1. Esse aumento, na prática, significou um incremento de cerca de US$ 21 milhões ao ano na remuneração pela energia cedida pelo Paraguai.
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1 : Então, ou dá mais dinherinho pros paraguaios ou então vamos ter de aumentar o tamanho do Exército pra nos defender da ameaça paraguaia? Ou dá, ou desce? Que medo!
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Alguém sabe o valor do MWh que pagamos por essa energia?
Abraço
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- marcelo l.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Pagamos US$ 45,00 fixos o MWh, mas vai para Paraguai algo entorno de US$ 2,8 a título de compensação pelo que emprestamos para construção de Itaipu..A discução se entendi é uma subida nos valores de compensação que subiriam para algo em uma faixa dependendo da fonte de US$ 3,5 a US$ 8,4.Loki escreveu:Alguém sabe o valor do MWh que pagamos por essa energia?
Abraço
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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- Guerra
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Eu sou a favor da criação de um emprestimo (a fundo perdido e não deduzivel no imposto de renda) voluntário de 50% da renda dos brasileiros (cabe resaltar que são voluntários ) para financiar a democracia paraguaia e pagar nossa divida histórica.Enlil escreveu:Sim, essa é parte do novo acordo. Não dá para entender a lógica de querer q o Paraguai se !%#@¨&*da. Isso é absolutamente contra os interesses brasileiros, do governo q seja, na região. Não dá para querer q os países vizinhos desenvolvam uma verdadeira democracia com quebras institucionais quando o governo A ou B não é conveniente com o perfil ideológico de X ou Y...
Eu seria voluntário. Só não gosto de ser obrigado a contribuir com a democracia paraguai. Quero ter a opção, porque numa dessa eu mudo de idéa no ultimo minuto....mas eu não vou mudar de idéia. Isso é só uma hipotese remota.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
- Guerra
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Eu acho pouco. O repasse tinha que ser 100%.marcelo l. escreveu: Pagamos US$ 45,00 fixos o MWh, mas vai para Paraguai algo entorno de US$ 2,8 a título de compensação pelo que emprestamos para construção de Itaipu..A discução se entendi é uma subida nos valores de compensação que subiriam para algo em uma faixa dependendo da fonte de US$ 3,5 a US$ 8,4.
Acho que os brasileiros deveriam pegar os dolares que usamos para acender nossos charutos e da-los ao Paragaui.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!