Caro rmturchiello, primeiro gostaria de deixar bem claro que não sou uma pessoa que “entende do assunto”, mas sim uma pessoa que pesquisa de forma séria, buscando sempre a informação mais fidedigna possível. Também não sou nenhum “Deus Olimpiano” e muito menos um idiota que acredita em “lorotas”, conforme foi sugerido aqui por uma pessoa realmente conhecedora do tema, todavia dentre as informações que solicita podemos afirmar somente o que vimos no RCtan 8, a principal unidade blindada do exercito argentino, por isso não irei me passar informações que não pudemos confirmar, pois eu correria no mesmo erro dado por quem fala com autoridade de Mestre de algo que nunca viu e que conhece apenas por manuais e só, ignorando totalmente algo que não esteja em sua “bíblia”, seja ela qual for.rmturchiello escreveu:Paulo você que entende do assunto me responda algumas duvidas. Quantos TAM o EA possui? São todos da mesma versão? Todos tem o mesmo canhão? Todos tem o mesmo sistema de Tiro? Todos tem o mesmo sistema de visão? Comparando TAM com Leo 1BE os dois nas mesmas condições ( estado de zero)qual o melhor??? TAM e M60 A3 TTS qual o melhor ( novamente os dois em estado de zero).
O que do TAM é fabricado na Argentina? O TAM não é para os Argentinos o que o Osório seria pra nós??? Vc ja foi em uma auto peças compra peças de Land Rover Defender? Ela é fabricada (montada) no Brasil mas nem por isso tem peças aqui, a não ser daquele motor Internacional horrível. O que não acredito muito e de que os TAM por ser montado na Argentina com a maioria dos componentes importados possa ser tão mais disponível que os importados.
Trabalho a mais de 10 anos com manutenção de blindados
Abraço..
Comparar veículos conforme suas perguntas é algo complexo, todavia fazendo uma comparação seca, de 1 para 1, e considerando os veículos novos de fabrica posso afirmar que:
_ Os TAM são superiores aos Leopard 1BE, devido a um sistema de tiro mais moderno, porem levando em conta que esses passaram por uma modernização com troca de seu sistema de tiro nos anos 70, eu os coloco como equivalentes, porem como você mesmo sabe, nossos Leo estão longe de serem novos;
_ Com o M60 A3 TTS a situação muda, pois ele é considerado um dos melhores CC (em minha opinião o melhor) de sua geração. Operacionalmente falando, ele só perde para o TAM em capacidade de manobra, porem como você trabalha a mais de 10 anos com blindados, sabe como custa manter esses veículos operacionais.
O Processo de compra dos Land Rovers pelo EB realmente trouxe diversos problemas logísticos, principalmente pela fabrica não nacionalizar seus componentes, e pior, fechar sua unidade fabril no Brasil. Como eu disse o TAM foi concebido desde seu inicio com os requisitos argentinos e vários deles eram muito específicos em relação a nacionalização de seus equipamentos e isso garante que o EA consiga manter seus Regimentos operacionais mesmo com verbas tão limitadas. E pode acreditar a maioria dos componentes, inclusive do sistema de tiro, são produzidos na Argentina.
Sobre a comparação entre o significado TAM e o Osório não acho conveniente de ser feito pelo fato primeiro ter sido produzido em serie e ter entrado em operação, enquanto o segundo não. Alem disso o TAM foi feito baseado nas necessidades argentinas enquanto o Osório foi criado visando a concorrência da Arábia Saudita e adaptado para as necessidades do EB. Se for pela frustração o Osório deve ser comparado ao Nahuel DL-43, blindado que deve conhecer.
Agora só um esclarecimento: nunca foi colocado por nós que o TAM fosse um “supertanque”, “o MBT melhor do mundo” ou qualquer coisa parecida, como cita o Sr. Guerra, todavia posso garantir, baseados em pesquisas séria que ele não é, nem de longe, a suposta “porcaria” que esse senhor sugere, apesar de só conhecê-lo por “estudos” ou comparando com um veículo diferente, como Marder AAe.
E o pior é ele cita que o TAM o blindado mais “estudado” no EB. Se isso for verdade, causa-me calafrios o atual nível de conhecimento sobre um Leopard II, mas ele não deve estar preocupado com isso, pois esse veículo ainda não deve constar em sua “bíblia”.
Abraços,
Paulo Bastos