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Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2146 Mensagem por FCarvalho » Seg Set 21, 2020 11:02 am

henriquejr escreveu: Seg Set 21, 2020 1:10 am
FCarvalho escreveu: Sáb Set 05, 2020 12:20 am DAN TV – Fragata Tamandaré poderá ser equipada com Radar NS-110 4D da Thales
https://www.defesaaereanaval.com.br/dan ... fnMHFDho9M
E o Artsan??
O processo de escolha do radar ainda está em andamento. Mas a preferência é pelo radar da Bae Systems, diz-se.
A ver se ela se concretiza. Os alemães chegam com muita força também, além dos franceses, que tem aqui a Ominisys como sua subsidiária.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2147 Mensagem por henriquejr » Ter Set 22, 2020 12:10 am

FCarvalho escreveu: Seg Set 21, 2020 11:02 am
henriquejr escreveu: Seg Set 21, 2020 1:10 am
E o Artsan??
O processo de escolha do radar ainda está em andamento. Mas a preferência é pelo radar da Bae Systems, diz-se.
A ver se ela se concretiza. Os alemães chegam com muita força também, além dos franceses, que tem aqui a Ominisys como sua subsidiária.

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Pois é. Achei que este processo de escolha dos sistemas já havia ocorrido. Pelo que eu lembro, algum tempo atrás foi anunciado que MB havia escolhido o Artsan e o míssil Sea Ceptor para o sistema de armas da Classe Tamandaré...




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2148 Mensagem por FCarvalho » Ter Set 22, 2020 1:08 am

henriquejr escreveu: Ter Set 22, 2020 12:10 am
FCarvalho escreveu: Seg Set 21, 2020 11:02 am O processo de escolha do radar ainda está em andamento. Mas a preferência é pelo radar da Bae Systems, diz-se.
A ver se ela se concretiza. Os alemães chegam com muita força também, além dos franceses, que tem aqui a Ominisys como sua subsidiária.
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Pois é. Achei que este processo de escolha dos sistemas já havia ocorrido. Pelo que eu lembro, algum tempo atrás foi anunciado que MB havia escolhido o Artsan e o míssil Sea Ceptor para o sistema de armas da Classe Tamandaré...
Há muita desinformação neste processo de escolhas dos sistemas embarcados das Tamandaré.
Ele praticamente só começou para muitos sistemas quando o contrato de aquisição foi fechado com a TKMS. E isso foi esse ano.
Vai levar um bom tempo ainda até tudo estar definido claramente, já que a construção da primeira unidade segundo a MB começa apenas no ano que vem quando tudo estiver devidamente acertado com todos os fornecedores.
Não me lembro de nenhuma nota oficial sobre escolha dos mísseis. Apesar dos Sea Ceptor serem dados como carta marcada há tempos. Mas isso ainda precisa ser concretizado em um contrato formal, e consequente anúncio oficial por parte da marinha, algo que até agora eu pelo menos não vi ser divulgado.
Com o final do ano chegando, creio eu que os sistemas principais devem estar já resolvidos. Pode faltar um ou outro detalhe para o ano que vem, mas nada que interfira no cronograma de desenvolvimento e construção do navio.
No caso do radares, está entre britânicos, franceses e alemães e correndo por fora suecos.
O canhão de proa já foi escolhido, que é o Oto Melara Super Rapid 76mm naval, faltando saber se vai ter ou não um Bofors 40 na popa sobre o hangar ou outro modelo, assim como quais serão os canhões 20-30mm nos bordos e existirão eventuais metralhadoras .50 para defesa aproximada contra alvos assimétricos.
O sistema de controle do navio também deve haver concorrência, salvo engano entre alemães, franceses e suecos.
O armamento ainda tem que definir os mísseis anti-navio e os torpedos ASW, assim como os mísseis AAe. Nada disso que eu saiba foi oficialmente acertado pela MB. E é bom que haja concorrência, pois isso ajuda inclusive a diminuir custos e aproximar as melhores propostas daquilo que se propôs, também, esse projeto, que é a transferência de tecnologia e a capacitação da BID e indústria naval.
Com alguma sorte a MB quem sabe consegue mais dois navios. Isso além de ajudar a diminuir custos devido ao ganho de escala, como também ajuda a tirar de cena uma maior quantidade de navios que por si já deveriam estar aposentados há muito tempo.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2149 Mensagem por Marcelo Ponciano » Ter Set 22, 2020 11:11 am

Pelo que li de comentários na época da concorrência de empresas, dizia-se que o que estava definido era apenas que a MB queria um radar 3D. Presumia-se que seria o Artisan em razão dele já equipar o PHM Atlântico.

Mas a verdade é o que o FCarvalho disse, há mais desinformação que informação nisso tudo. Presume-se demais coisas que nem a própria MB sabe.




Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2150 Mensagem por gogogas » Ter Set 22, 2020 2:19 pm

Se existe radar bem mais moderno , com toda a certeza que a MB vai correr atrás do mais atual e moderno possível , já que esses fravetas vão ficar no mínimo uns 40 anos de serviço , isso se não estender pra 60 anos de serviço ....




Gogogas !
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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2151 Mensagem por henriquejr » Ter Set 22, 2020 3:20 pm

MB - Sea Ceptor da MBDA selecionado para a próxima geração de corvetas[\b]
A Marinha do Brasil escolhe Sea Ceptor da MBDA para a próxima geração de de corvetas


https://www.defesanet.com.br/prosuper/n ... -corvetas/




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2152 Mensagem por FCarvalho » Ter Set 22, 2020 11:15 pm

O míssil foi pré-selecionado, mas ainda não houve um contrato e escolha em definitivo. Isso ainda vai depender de vários outras análises sendo feitas em termos de sistemas e equipamentos das Tamandaré. Mas como disse, existe uma chance muito grande de o Sea Ceptor ser o míssil AAe das fragatas, salvo decisão em contrário.

Na minha opinião, a família Umkhonto nos oferece uma grande possibilidade de desenvolvimento tecnológico, industrial e de P&D. Mas a MB neste momento tem um problema bem maior para resolver, que é a insolvência generalizada da esquadra. Então não temos tempo e nem dinheiro para investir agora no desenvolvimento das demais variantes do míssil sul-africano. As fragatas precisam de sistemas provados e totalmente operacionais. Mesmo que o Umkhonto viesse a ter alcances superiores propostos ao Sea Ceptor, e diferentes tipos de guiagem, servindo a posteriori tanto como AAe naval e terrestre, ele fica aquém das nossas necessidades prementes atuais. E tomando como referencia o desenvolvimento do A-Darter, torna a escolha dele menos propícia ainda. O que é, ao menos para mim, algo que não podemos mais repetir, e menos ainda deixar passar no futuro.

Como concorrente de fato aos Sea Ceptor, imagino apenas o Aster 15/30. De cabeça não me lembro de nenhum outro sistema de mísseis comparável a estes dois e que tenham chances reais de obter sucesso para integrar as Tamandaré. Os russos possuem uma verdadeira, e enorme, galeria de sistemas nesta seara, mas material russo em um navio da MB ainda é anátema. Então, a briga de verdade é entre aqueles dois. Ambos da MBDA, e ambos com derivações para AAe terrestre.

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Editado pela última vez por FCarvalho em Ter Set 22, 2020 11:33 pm, em um total de 1 vez.
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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2153 Mensagem por FCarvalho » Ter Set 22, 2020 11:27 pm

gogogas escreveu: Ter Set 22, 2020 2:19 pm Se existe radar bem mais moderno , com toda a certeza que a MB vai correr atrás do mais atual e moderno possível , já que esses fravetas vão ficar no mínimo uns 40 anos de serviço , isso se não estender pra 60 anos de serviço ....
Todos os radares que estão sendo cogitados até o momento pela MB para as Tamandaré são o fino da tecnologia de ponta atual.
Até onde consigo saber, britânicos, franceses, alemães e suecos estão entre os concorrentes com seus respectivos produtos.
Não sei se alguma empresa americana resolveu tentar a sorte, pois sequer existe propaganda ou indicação desta no país de material estadunidense. Isso indica que, ou não há interesse, ou não há permissão para oferecer os equipamentos.

De momento, o que existe publicamente é isto:

Bae Systems - Artisan
Thales - NS100
Hendsoldt - TRS-3D
SAAB - Sea Giraffe 1X
Leonardo - Kronos

Todos estes redares são o melhor que as empresas tem em mãos para equipar navios de combate e outros mundo afora. Salvo engano apenas o sueco ainda não foi implementado, apesar de ter encomendas no país.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2154 Mensagem por Fab-Wan » Qua Set 23, 2020 9:33 am

Fragatas Tamandaré: Brasil compra quatro canhões de 76 mm da Leonardo

https://www.naval.com.br/blog/2020/09/2 ... -leonardo/

Interessante que são 4, com opção para mais 2!




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2155 Mensagem por Marcelo Ponciano » Qua Set 23, 2020 11:57 am

Aposto minhas fichas que as possíveis Tamandarés 5 e 6 serão um pouco maiores. Não existe motivo razoável para deixar de esse passo adiante.
Como tudo é muito recente ainda mantém-se sigilo sobre o assunto.




Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2156 Mensagem por FCarvalho » Qua Set 23, 2020 1:04 pm

Segundo a própria MB a ideia é conseguir obter pelo menos mais uma unidade das fragatas, se possível, duas unidades A questão que fica é como eles vão fazer isso dentro do escopo desse contrato, já que os recursos serão da injeção de capital na Engepron.

Não tenho conhecimento técnico para conseguir explicar a engenharia contábil que fizeram para financiar este projeto, mas pelo que consegui entender, a MB tem maior liberdade agora para pode conseguir verbas já que trata-se de fundos que não são de empréstimos, mas de recursos da própria Engepron. A ver como eles irão contemplar esta questão.

Como está o projeto hoje, quanto mais navios se conseguir melhor, pois já não se trata mais de simples substituição das Inhaúma, mas de toda a esquadra. E as Meko 100 é o que temos de momento em mãos para tentar sanar parte do problema.

Eu não creio que haja aumento de tamanho e tonelagem por agora, pois isso pode encarecer o projeto, com as devidas consequências de limitações financeiras. Me parece mais prático conseguir o maior número possível destes navios neste primeiro contato, tal como estão, e substituir o maior número de navios possível. E envidar um segundo lote na sequência de 2028, aí sim com navios já modificados. Por mim, seria melhor passar às Meko 200 que podem chegar a mais de 4 mil ton sem maiores problemas e tem mais espaço de crescimento que as Meko-100.

O desenho do navio atual é muito bom e tem condições inclusive de ser aproveitado como NaPaOc - e ele tem um projeto específico para isso - que é uma de nossas maiores demandas, com 12 no papel, o que para mim ainda é pouco tendo em vista os 6 DN ao longo da costa. Se for conveniente e os custos se mostrarem atraentes, a construção de NaPaOc baseados na Meko 100 pode nos oferecer melhores condições ao permitir que o estaleiro em Santa Catarina mantenha a sua mão de obra ocupada ainda que um segundo lote de fragatas não seja encomendado, ou o seja de outra empresa/local. Para não falar na facilidade da logística de manter dois navios diferentes mas com a mesma base de apoio.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2157 Mensagem por J.Ricardo » Qui Set 24, 2020 11:26 am

Acho que a MB tinha por obrigação desenvolver o próprio NPO.




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2158 Mensagem por FCarvalho » Qui Set 24, 2020 12:22 pm

O CPN tem o projeto. O que não temos até agora é uma decisão sobre o que fazer com ele. E quando fazer. Talvez ano que vem esse projeto saia do papel. Pelo menos é o que se diz no planejamento para 2021.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2159 Mensagem por EduClau » Dom Set 27, 2020 12:14 pm

Segundo essa fonte as contratações no estaleiro Oceana devem começar em breve:
Segundo o Portal Defesa TV, o recrutamento e seleção de profissionais para a construção das Fragatas da Classe Tamandaré da Marinha do Brasil deve começar em breve no estaleiro em Itajaí, Santa Catarina. Estima-se que a primeira Fragata ficará pronta em 2024 e serão abertos mais de 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos na região, alavancando a construção naval no estado.
...
https://clickpetroleoegas.com.br/constr ... -catarina/
sds.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#2160 Mensagem por FCarvalho » Dom Set 27, 2020 1:48 pm

Vejam como são as coisas. A indústria naval é uma das que mais empregos, renda e tecnologia gera no país, e mesmo assim continua sendo levada a pagode.
Se para apenas 4 navios serão gerados cerca de 8 mil empregos diretos e indiretos, imagine-se o que não seria a indústria naval brasileira hoje se o PEAMB tivesse saído do papel já na época de seu lançamento.
Provavelmente esses 8 mil de hoje seriam, no mínimo, dez vezes maior.
Mas nós sempre esbarramos na eterna mediocridade da gestão pública e político-econômica deste país.

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