Como eu costumo dizer, é mais fácil mudar manuais e doutrinas das ffaa's do que vai na cabeça dos nossos militares enquanto pensamento corrente.J.Ricardo escreveu: Qui Dez 19, 2024 8:29 am Sabe uma questão que me encoda é esse negócio de "que nunca aceitaram de fato a sua existência", rapaz militar tem que obedecer e pronto, ou então pede baixa, deixar a estrutura militar jurássica dessa pq tem medinho de militar? Os anos 60 estão lá atrás, queiram eles gostem ou não.
Os anos se passaram, mas ainda há coisas que a titulo de tradição e um certo patrimonialismo histórico recorrente, além de outras desculpas menos nobres, são mantidas apenas por mera questão de fisiologia castrense institucional. E isso é muito difícil de mudar quando desde a formação básica, de soldado a general, todos são encucados o tempo todo com as "verdades" do mundo militar, e isso não tem negociação e muito menos discussão. É assim e pronto. Quem não gostar que tome o seu rumo. A integridade institucional e de seus valores é uma questão quase que sacro santa para os militares, independente de quem estiver com a bunda sentada na cadeira do rei em Brasília.
A desconfiança tradicional que os militares nutrem pela sociedade civil em geral, e muito mais ainda dos políticos tupiniquins, alimenta esse tipo de situação onde as relações institucionais ainda são baseadas em distanciamento e isolamento entre atores da defesa nacional que deveriam, em tese, trabalhar todos muito próximos. Mas esta não é a nossa realidade. E como o coronelismo local sempre vi nas ffaa's apenas mais um instrumento de seus próprios interesses - é assim desde o Império - difícil admitir que os nossos oficiais generais nas três forças se permitam quaisquer maiores aberturas e\ou "intimidades" entre suas forças, a sociedade e, principalmente, o nosso mundinho sujo político formatado a cada eleição. Eles se protegem do jeito que sabem, e podem. Sociedade e políticos, idem.