Ucrânia

[hades767676]

Milhares de ucranianos deixam leste do país em busca de refúgio na Rússia
Onde antes havia casas, hoje existem ruínas escurecidas pela fuligem. A fumaça paira sobre um assentamento. Rastros de explosivos cortam o céu como fogos de artifício. "Eles vão nos matar", diz a ucraniana Irina Yarmosh. Sentada num quarto minúsculo com algumas amigas, ela assiste, na TV russa, a notícias sobre os combates no seu país.

Yarmosh vem de Slaviansk, no leste da Ucrânia. No início de junho, ela fugiu para a Rússia com o marido, as duas filhas e algumas outras famílias. Eles temiam por suas vidas.
A milícia cidadã – como são chamados os combatentes pró-Rússia – organizou a viagem. Na Rússia, Yarmosh e seus familiares estão agora abrigados numa colônia de férias, na região de Rostov, a cerca de 50 quilômetros da fronteira com a Ucrânia.

A princípio, eles queriam permanecer em Slaviansk. Mas os ataques aconteciam com cada vez mais frequência. "Nunca havíamos pensado que sofreríamos tantos ataques", diz Yarmosh. "Esperávamos que nosso governo desse ouvidos à razão e se lembrasse de que ali não estão terroristas, mas pessoas pacíficas."

Slaviansk é um dos bastiões dos combatentes pró-Rússia. Desde meados de abril, as tropas do governo ucraniano avançam contra os insurgentes na região.

Yarmosh e suas amigas relatam que o Exército empregou helicópteros e artilharia pesada. Casas inteiras foram destruídas, e até dispararam contra um hospital infantil, dizem. Segundo as jovens, os soldados chegaram a usar bombas incendiárias, provavelmente de fósforo – o que foi mostrado pelo noticiário russo.

Centenas de refugiados por dia

As autoridades russas estimam que dezenas de milhares de refugiados ucranianos estejam atravessando a fronteira e, no começo de junho, decretou estado de emergência na região fronteiriça de Rostov.

O serviço regional de prevenção de catástrofes construiu campos de refugiados emergenciais em quatro postos de fronteira: barracas com algumas dezenas de leitos e assistência médica.

"Cerca de 800 pessoas chegam aqui a cada dia", diz Vadim Kravzov, responsável pelo acampamento no posto de fronteira em Novoshakhtinsk. "Até agora, todos acreditam que poderão voltar para casa. Ninguém quer se registrar como refugiado ou emigrante. Todos que fogem do leste da Ucrânia querem voltar em breve para lá."

Fronteira cruzada a pé

Numa das barracas de cor laranja no posto fronteiriço de Novoshakhtinsk, Svetlana Mironenko esvazia uma grande bolsa plástica de viagem: ela coloca sobre o beliche algumas roupas para si e para suas três crianças – de 14, 6 e 1 ano e meio de idade. Eles acabaram de chegar. De Lugansk, onde também há combates, ela e suas crianças foram levadas de táxi em direção à Rússia. Em seguida, caminharam os últimos metros até cruzar a fronteira russa.

Mironenko parece tranquila, mas está visivelmente muito cansada. O sol brilha forte sobre o sul da Rússia e sobre o acampamento formado por barracas de cor laranja. "As autoridades russas estão procurando um novo lar, trabalho, um jardim de infância e uma nova escola para nós. Meu marido continua a lutar contra as tropas do governo. Quando falamos pela última vez ao telefone, ele disse: 'Vá para a Rússia, eu vou em seguida'."

O marido de Mironenko faz parte da "milícia cidadã", incumbida de proteger a população das tropas de Kiev. "Quando tudo se acalmar, provavelmente iremos retornar. Nossa casa e tudo o que temos estão lá. Isso é uma tristeza", lamenta.

No longo prazo, Mironenko não sabe como ficará a situação. Esse também é o caso da maioria dos refugiados ucranianos na Rússia. Eles só têm certeza de uma coisa: a nova liderança em Kiev é um regime de criminosos, do qual acreditam que apenas a Rússia seja capaz de protegê-los.
DW.DE

[Boss]

A Rússia deveria oferecer suporte e até incentivo aos russos que querem sair da Ucrânia, já que ela aparentemente não vai anexar o leste ucraniano.

E deixa a Ucrânia seguir o seu caminho de progresso, virando mais um dos nobres membros da periferia da UE, limpando as botas da Alemanha.

[pt]

E deixa a Ucrânia seguir o seu caminho de progresso, virando mais um dos nobres membros da periferia da UE, limpando as botas da Alemanha.

Acho que seria melhor verificar a realidade.
Uma das coisas que fez a Ucrânia mudar nos últimos anos foi o Europeu organizado entre a Polonia e a Ucrânia em 2012.

Desde o tempo da União Soviética, a Polónia era mais pobre que a URSS e mais pobre que a Ucrânia.
Em 2012 os ucrânianos pela primeira vez perceberam que as diferenças que hoje existem entre a Polónia e a Ucrânia são tremendas.

Sem petróleo, a Polónia tem uma renda per capita superior à da Russia e o nível de vida médio (na Polónia não há tanta concentração de dinheiro) é muito superior e ultrapassa em três vezes o nível de vida na Ucrânia.

É exactamente por terem visto em primeira mão a diferença entre um país da União Europeia e um país ligado à Russia 20 anos depois do colapso dos regimes comunistas, que os ucrânianos, mesmo no leste, começaram a pensar duas vezes.

A Russia só dá futuro, às velhas fábricas do leste da Ucrânia e mesmo essas têm a morte anunciada. Sem renovação (o mesmo problema da industria russa) a zona industrial do leste da Ucrânia está condenada à morte.

Não podemos criticar os que, mesmo sabendo que de aqui a dez anos metade das cadavéricas industrias soviéticas estarão em ruinas, ainda assim querem manter o seu posto de trabalho.
Muitos desses trabalhadores esperam que as fábricas aguentem antes de chegar a idade da reforma (aposentadoria).

Mas não pode haver qualquer dúvida.
A Ucrânia do leste, ainda vive do que foi construido no periodo soviético, e o país não tem petróleo e o que poderia ter foi roubado pelos russos.

Eu acho bem que a Russia arranje lugar para colocar pessoas que se consideram russas e pretendem voltar para dentro das fronteiras do império (não são muitas).

Só que, para lá da maluquice propagandistica das televisões fascistas da Máfia Putina, NINGUÉM QUER IR PARA A RUSSIA.
Nem os filhos do Putin, nem os filhos do Medvedev, nem os filhos de nenhum dos oligarcas criminosos que mandam na Russia querem voltar para lá.

Num país, em que nem os filhos dos governantes querem lá viver, porque outros quereriam voltar para lá ?



A verdade dos factos, é uma coisa cruel.


Cumprimentos

[hades767676]

A Rússia deveria oferecer suporte e até incentivo aos russos que querem sair da Ucrânia, já que ela aparentemente não vai anexar o leste ucraniano.

E deixa a Ucrânia seguir o seu caminho de progresso, virando mais um dos nobres membros da periferia da UE, limpando as botas da Alemanha.

Não sei se a Polônia aceitaria perder seu posto de capacho de Berlim. E aquilo é uma mina de ouro para as indústrias alemãs que conseguem uma mão de obra muito barata.

[LeandroGCard]

Não sei se a Polônia aceitaria perder seu posto de capacho de Berlim. E aquilo é uma mina de ouro para as indústrias alemãs que conseguem uma mão de obra muito barata.

Bem, a Ucrânia pode muito bem ir pelo mesmo caminho caso se dispuser.

E neste caso a decisão não seria da Polônia, e sim das empresas alemãs .


Leandro G. Card

[cabeça de martelo]

Vocês estão a comparar a Polónia com a Ucrânia?!

Deixa cá ver quantos Ucranianos eu conheço cá em Portugal (país em crise profunda à mais de 10 anos)?

Imensos! Na verdade na turma da minha filha há dois.

Quantos Polacos eu conheço cá em Portugal? Nenhum.

Percam um pouco de tempo e vão ver coisas como qualidade de vida, poder de compra, a industria de ambos os países e depois venham cá dizer se há comparação possivel.

Em relação à Polónia conseguir atrair investimento Alemão é algo perfeitamente normal. Estamos a falar de um país relativamente grande, com muita população e com salários ainda relativamente reduzidos em comparação com a Alemanha. Mas não é só da Alemanha, por exemplo a maior rede de hipermercados na Polónia é propriedade de uma multinacional Portuguesa.

Os investimentos intra-união são algo perfeitamente normais e corriqueiros. Ainda ontem o vice-primeiro-ministro Paulo Portas inaugurou um Centro da Altran, estou a falar de quase 7 milhões de euros em investimentos e 300 postos de trabalho (quase todos de Engenheiros e outros quadros técnicos). Se não fossem esses inestimentos... queria ver como era!

[hades767676]

O que sei é que com acordo com a UE a indústria ucraniana do leste perderá muitos postos de trabalho e isso só irá aumentar o descontentamento com Kiev. Alguém leu o plano do FMI para Ucrânia?! Entre algumas coisas estão aumentar em 80% o preço do gás para os consumidores, corta postos no serviço público e reduzir drasticamente salários (que já são muito baixos) Ucrânia será a Grécia do leste europeu. Duvido que o povo ucraniano suporte isso calado. Ultima vez que esse tal de FMI passou pela América Latina quebrou a Argentina e ajudou o PT a ficar 12 anos no poder, tamanha foi a crise econômica gerada pelo PSDB que seguia a risca o que esse fundo dizia.

[hades767676]

Rússia aperta ainda mais a Ucrânia
http://jovempan.uol.com.br/noticias/mun ... 06-20.html
Quando o South Stream estiver pronto (e cedo ou tarde estará) a Ucrânia estará perdida!

[cabeça de martelo]

O que sei é que com acordo com a UE a indústria ucraniana do leste perderá muitos postos de trabalho e isso só irá aumentar o descontentamento com Kiev. Alguém leu o plano do FMI para Ucrânia?! Entre algumas coisas estão aumentar em 80% o preço do gás para os consumidores, corta postos no serviço público e reduzir drasticamente salários (que já são muito baixos) Ucrânia será a Grécia do leste europeu. Duvido que o povo ucraniano suporte isso calado. Ultima vez que esse tal de FMI passou pela América Latina quebrou a Argentina e ajudou o PT a ficar 12 anos no poder, tamanha foi a crise econômica gerada pelo PSDB que seguia a risca o que esse fundo dizia.

E fez o mesmo em Portugal. Estes planos é para garantir que o estado Ucraniano paga as suas dividas ao FMI, o resto é conversa para inglês ver.

Em Portugal a Troika (que inclui o FMI) exigiu o corte nos salários dos Funcionários Públicos, a redução dos mesmos, o fim das regalias e até de muitos direitos garantidos, o aumento de impostos, etc.

A fórmula é sempre a mesma, o que difere é quem se meteu a jeito...

[cabeça de martelo]

[hades767676]

O que sei é que com acordo com a UE a indústria ucraniana do leste perderá muitos postos de trabalho e isso só irá aumentar o descontentamento com Kiev. Alguém leu o plano do FMI para Ucrânia?! Entre algumas coisas estão aumentar em 80% o preço do gás para os consumidores, corta postos no serviço público e reduzir drasticamente salários (que já são muito baixos) Ucrânia será a Grécia do leste europeu. Duvido que o povo ucraniano suporte isso calado. Ultima vez que esse tal de FMI passou pela América Latina quebrou a Argentina e ajudou o PT a ficar 12 anos no poder, tamanha foi a crise econômica gerada pelo PSDB que seguia a risca o que esse fundo dizia.

E fez o mesmo em Portugal. Estes planos é para garantir que o estado Ucraniano paga as suas dividas ao FMI, o resto é conversa para inglês ver.

Em Portugal a Troika (que inclui o FMI) exigiu o corte nos salários dos Funcionários Públicos, a redução dos mesmos, o fim das regalias e até de muitos direitos garantidos, o aumento de impostos, etc.

A fórmula é sempre a mesma, o que difere é quem se meteu a jeito...

Já li algo a respeito dessa Troika, o que me deixou surpreso é que ela monitorará as contas portuguesas por 30 anos.

Em todo caso o nível de vida em Portugal é muito melhor que na Ucrânia e sempre existe a possibilidade de migrar para um centro mais promissor . Agora quero ver a reação dos ucranianos quando essas medidas começarem a ser implantadas, no momento os combates no leste faz com que todos se distraiam.

[hades767676]

Ucrânia: Forças armadas com dificuldades em equipar soldados voluntários


Centenas de voluntários juntaram-se às forças armadas ucranianas desde o início do conflito com os separatistas pró-russos no leste do país. Uma ajuda que as autoridades de Kiev agradecem, mas que revela a difícil situação económica em que vive também o exército: não há dinheiro para equipar e alimentar os novos militares.

Maxim é irmão de um desses jovens voluntários. Entrevistado pela euronews explicou que quando o irmão foi enviado para a zona de conflito lhe perguntou que material tinha. A resposta foi surpreendente: algumas armas, munições mas nem sequer tinha colete à prova de bala. Nessa altura foi Maxim que foi à procura de um em Kiev e acabou por lhe enviar.

Na capital agora há outros voluntários a recolher equipamento, que segue todas as semanas para as frentes de batalha.
Roman Khanin, responsável pela organização de alguns desses envios lembra que “o Estado agora dá aos militares ucranianos uma arma, uma cama e às vezes um colete à prova de bala. De qualquer forma 300 soldados podem receber apenas 100 coletes.”

O porta-voz do Ministério da Defesa, Bohdan Senyk, reconhece as fragilidades de um exército que não estava preparado para um conflito deste género. “Os coletes à prova de bala não eram usados em serviço até agora. Apenas os contingentes nacionais que estavam em missões de paz e a guarda nacional os usavam. Não eram necessários muitos” sublinha Senyk.

De qualquer forma, o Ministério da Defesa garante que nos próximos dias 25 mil coletes vão ser entregues ao exército.
Para os comprar as autoridades de Kiev contaram com os donativos que chegam de todas as partes: desde o cidadão mais comum ao milionário ucraniano. 8 milhões de euros já foram doados ao exército do país desde o início do conflito.

Copyright © 2014 euronews

[P44]

A Rússia deveria oferecer suporte e até incentivo aos russos que querem sair da Ucrânia, já que ela aparentemente não vai anexar o leste ucraniano.

E deixa a Ucrânia seguir o seu caminho de progresso, virando mais um dos nobres membros da periferia da UE, limpando as botas da Alemanha.

Não sei se a Polônia aceitaria perder seu posto de capacho de Berlim. E aquilo é uma mina de ouro para as indústrias alemãs que conseguem uma mão de obra muito barata.

e a alemanha não pode ter DOIS capachos porque...?

[LeandroGCard]

E fez o mesmo em Portugal. Estes planos é para garantir que o estado Ucraniano paga as suas dividas ao FMI, o resto é conversa para inglês ver.

Em Portugal a Troika (que inclui o FMI) exigiu o corte nos salários dos Funcionários Públicos, a redução dos mesmos, o fim das regalias e até de muitos direitos garantidos, o aumento de impostos, etc.

A fórmula é sempre a mesma, o que difere é quem se meteu a jeito...

Isso é nada mais que o natural e esperado em se tratando do FMI.

Esta instituição não foi criada ou existe para ajudar países ou populações, e sim para cuidar da estabilidade do sistema financeiro internacional garantindo que as dívidas com o setor serão pagas, de um jeito ou de outro. O raciocínio por trás é que assim os recursos do sistema continuam fluindo nas quantidades suficientes e as taxas de juros cobradas são menores, o que seria melhor para a economia global como um todo e fundamental para as nações mais pobres continuarem a ter acesso aos recursos das nações mais ricas.

Se esta premissa básica funciona ou não é outra discussão, mas a função do FMI é só esta. Se alguém que ajuda para o desenvolvimento ou o progresso econômico vá falar com o Banco Mundial ou o Bird e ver o que consegue.


Leandro G. Card

[hades767676]

Enquanto o governo de Kiev não sentar com os lideres do leste e fazer um acordo, essa situação não irá se resolver. Isso de ultimato para eles entregarem as armas chega a ser delirante. Por esse caminho vão acabar como a Síria, anos em guerra e pior sem gás.