Fórum Defesa Brasil

Os russos, de uma vez só, fizeram um MBT (T-14), um IFV (T-15), um APC sobre lagartas anfíbio (Kurganets-25) e um APC sobre rodas anfíbio (Bumerang), sendo que os três últimos servirão para a criação de viaturas porta-morteiros, SPG, etc, e tudo isso com alguma comulidade de peças e sem grandes compromissos com o desempenho de cada um dos veículos.

Vendo isso e as tentativas de famílias blindadas "brasileiras", acho que o EB deveria ir fazer um estágio de gestão de projetos com os russos, de preferência com alguns membros do MD e GF, ai, tendo uma boa ideia do tamanho da encrenta e como fazer tudo funcionar, decidir qual caminho seguir e alocar previamente os recursos necessários para o projeto completo, só então iniciar o projeto.

O EB depois de quase 40 anos envolveu-se novamente com a concepção, projeto e produção de bldos modernos. E resolveram (re)começar com os sobre rodas, que lhe pareceu ser a solução mais viável em termos de orçamento e custo de desenvolvimento, manutenção e doutrina. Quis-se fazer com ele uma família partindo-se de uma mesma base. E estamos vendo no que deu. Menos por causa do projeto em si do que pela realidade inconstante na qual ele foi/está sendo gerido.

A VBTP-SL deverá, ou deveria, seguir o mesmo esquema, a posteriori, e daí gerar-se novamente o know how suficiente para a BID conseguir fazer um CC novo nacional.

Se depender única e exclusivamente da experiência que estamos tendo com o Guarani 6x6, que até para decidir se ele seria 6x6 ou 8x8 já foi uma baita confusão, podemos ver que mais para frente, nossas perspectivas em termos de desenvolvimento de novos blindados estará realmente condicionada a parcerias de risco com empresas estrangeiras, com projetos estrangeiros, ou novas compras de oportunidade.

Acho que estamos mais para esta última,

abs.

FCarvalho escreveu: "... Se depender única e exclusivamente da experiência que estamos tendo com o Guarani 6x6, que até para decidir se ele seria 6x6 ou 8x8 já foi uma baita confusão ...".

Incrível esta sua declaração!!!

Jamais, repito jamais, o EB teve duvidas de que o Guarani VBTP-MR seria um carro 6X6!!!

Desde uns 2 ou 3 anos antes de começar efetivamente o projeto, já se sabia que o substituto do Urutu seria outro 6X6.

Que um bando de diletantes amadores pudesse discutir se isto estava certo ou não, cansei de ler nos vários sítios de defesa nacionais.

Sempre defendi a posição do EB em relação ao 6X6 para o VBTP-MR.

Desde o inicio também se sabia que o EB desejava que o VBR fosse um 8X8.

Duas coisas ficaram em duvida: canhão de 90 mm, ou canhão de 105/120 mm; e: o que fazer com a torre de 30 mm, intempestivamente encomendada (na minha opinião o único erro do EB)!

Bacchi

Bacchi, na sua opinião o EB não devia ter adquirido o Guarani com canhão de 30mm? Porquê? Estou a perguntar porque eu não percebo nada de blindados, por isso é sempre bom ouvir a opinião de quem sabe.

STRYKER BRIGADES
Versus
THE REALITY OF WAR

Fundamental concerns about the Stryker’s capabilities in combat when evaluated against lessons learned from the conflicts in Afghanistan, Iraq and elsewhere.

http://www.globalsecurity.org/military/ ... of_war.pdf

Reginaldo Bacchi escreveu:FCarvalho escreveu: "... Se depender única e exclusivamente da experiência que estamos tendo com o Guarani 6x6, que até para decidir se ele seria 6x6 ou 8x8 já foi uma baita confusão ...".
Incrível esta sua declaração!!!
Jamais, repito jamais, o EB teve duvidas de que o Guarani VBTP-MR seria um carro 6X6!!!
Desde uns 2 ou 3 anos antes de começar efetivamente o projeto, já se sabia que o substituto do Urutu seria outro 6X6.
Que um bando de diletantes amadores pudesse discutir se isto estava certo ou não, cansei de ler nos vários sítios de defesa nacionais.
Sempre defendi a posição do EB em relação ao 6X6 para o VBTP-MR.
Desde o inicio também se sabia que o EB desejava que o VBR fosse um 8X8.
Duas coisas ficaram em duvida: canhão de 90 mm, ou canhão de 105/120 mm; e: o que fazer com a torre de 30 mm, intempestivamente encomendada (na minha opinião o único erro do EB)!
Bacchi

Olá Bacchi,

Daqui de fora, quem acompanhou este projeto desde o início, não ficou claro se o EB queria uma viatura 6x6 ou 8x8, embora como você disse, isto estivesse já bem definido nas esferas decisórias do EB. Neste sentido os debates quase que infindáveis nos diversos fóruns de internet. Leves em consideração que a imensa maioria aqui e alhures não tem acesso a informações mais detalhadas dos projetos do EB, restringindo-se a debater somente aspectos gerais das poucas informações que quase sempre se divulga sobre estes.

Entretanto, lembro de ver desenhos deste VBTP, ainda na fase de concepção do projeto, como o Guarani sendo um 8x8, e seus derivados. Mas isso não importa agora. Não critico e nem me arrisco a dizer que o EB acertou ou errou sobre este tipo de questão. Afinal nós operamos bldos 6x6 há mais de 30 anos. Penso que para um reinicio de uma industria neste setor foi uma decisão acertada. O tempo irá dizer.

No mais, espero e desejo que o projeto siga em frente, com o pleno desenvolvimento de todas as versões planejadas. Apenas isto poderá nos dar as condições de propor mais alternativas para o reequipamento e modernização de nossas forças mecanizadas e bldas, de forma a capacitar a BID a dar passos adiante, seja no sentido de respaldar uma VBTP-SL ou o projeto de um CC nacional.

abs.

O problema atual do programa VBTP-MR é basicamente financeiro e não técnico!

cabeça de martelo escreveu:STRYKER BRIGADES
Versus
THE REALITY OF WAR

Fundamental concerns about the Stryker’s capabilities in combat when evaluated against lessons learned from the conflicts in Afghanistan, Iraq and elsewhere.

http://www.globalsecurity.org/military/ ... of_war.pdf

Meu caro cabeça, esta é uma PREVISÃO do desastre que será introdução do Stryker em combate.

Sim, uma PREVISÃO pois este "relatório" é datado de 21 Agosto 2003, e a primeira brigada Stryker tornou-se operacional no Iraque (após guerra) em Novembro 2003.

Ou seja, não se analisa a ATUAÇÃO do Stryker em combate! Faz-se a PREVISÃO do desastre que ele será em combate.

O documento na minha opinião tem algumas verdades, mas no seu cerne contem uma mensagem de algo que não se concretizou: o Stryker não foi um fracasso - foi um sucesso tal, que talvez tenha sido o incentivo levou a uma verdadeira explosão no uso dos veículos blindados sobre rodas no Mundo inteiro, inclusive a alguns países terem abandonado o uso de carro de combate pelo de VTPs/VBCIs sobre rodas

Inclusive, só um pequeno detalhe: o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA está conduzindo uma competição para escolha de um substituto (se bem que parcial) ao AAV-7A1, por - pasmem senhores - um veiculo sobre rodas - um VBTP 8X8. Tal programa é o Amphibious Combat Vehicle Phase 2 (ACV 1.1) para 204 veiculos.

Este programa começou com 5 firmas, e está agora na fase final da avaliação de dois VBTPs 8X8 selecionados: o SuperAV da IVECO oferecido pela BAE Systems, e o Terrex 2 da Kinetics, oferecido pela SAIC.

Abraços

Bacchi

Reginaldo Bacchi escreveu:Meu caro cabeça, esta é uma PREVISÃO do desastre que será introdução do Stryker em combate.

Sim, uma PREVISÃO pois este "relatório" é datado de 21 Agosto 2003, e a primeira brigada Stryker tornou-se operacional no Iraque (após guerra) em Novembro 2003.

Ou seja, não se analisa a ATUAÇÃO do Stryker em combate! Faz-se a PREVISÃO do desastre que ele será em combate.

O documento na minha opinião tem algumas verdades, mas no seu cerne contem uma mensagem de algo que não se concretizou: o Stryker não foi um fracasso - foi um sucesso tal, que talvez tenha sido o incentivo levou a uma verdadeira explosão no uso dos veículos blindados sobre rodas no Mundo inteiro, inclusive a alguns países terem abandonado o uso de carro de combate pelo de VTPs/VBCIs sobre rodas

Inclusive, só um pequeno detalhe: o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA está conduzindo uma competição para escolha de um substituto (se bem que parcial) ao AAV-7A1, por - pasmem senhores - um veiculo sobre rodas - um VBTP 8X8. Tal programa é o Amphibious Combat Vehicle Phase 2 (ACV 1.1) para 204 veiculos.

Este programa começou com 5 firmas, e está agora na fase final da avaliação de dois VBTPs 8X8 selecionados: o SuperAV da IVECO oferecido pela BAE Systems, e o Terrex 2 da Kinetics, oferecido pela SAIC.

Abraços

Bacchi

Eu tenho conhecimento desse programa e Portugal foi um dos países que embarcou na "moda" dos VBTP a Rodas 8x8 com o Pandur 2. Penso que nem tão cedo vamos ver o fim da utilização destas viaturas, especialmente porque são mais baratas de adquirir e manter que um Puma ou um CV-90.

Penso que não tenha visto a questão que coloquei ao senhor. Deixo a citação da mesma abaixo:

cabeça de martelo escreveu:Bacchi, na sua opinião o EB não devia ter adquirido o Guarani com canhão de 30mm? Porquê? Estou a perguntar porque eu não percebo nada de blindados, por isso é sempre bom ouvir a opinião de quem sabe.

Cabeça. eu vi tua mensagem e estou trabalhando nela. Tenho alguma dificuldade, por que devido a idade meus olhos não me ajudam como antigamente. Devo te responder logo.

Bacchi

Reginaldo Bacchi escreveu:Cabeça. eu vi tua mensagem e estou trabalhando nela. Tenho alguma dificuldade, por que devido a idade meus olhos não me ajudam como antigamente. Devo te responder logo.

Bacchi

Eu espero!

Israel Unveils Wheeled, Actively Protected Eitan Armored Carrier

http://below-the-turret-ring.blogspot.c ... n-apc.html

Reginaldo Bacchi escreveu:

cabeça de martelo escreveu:STRYKER BRIGADES
Versus
THE REALITY OF WAR

Fundamental concerns about the Stryker’s capabilities in combat when evaluated against lessons learned from the conflicts in Afghanistan, Iraq and elsewhere.

http://www.globalsecurity.org/military/ ... of_war.pdf

Meu caro cabeça, esta é uma PREVISÃO do desastre que será introdução do Stryker em combate.

Sim, uma PREVISÃO pois este "relatório" é datado de 21 Agosto 2003, e a primeira brigada Stryker tornou-se operacional no Iraque (após guerra) em Novembro 2003.

Ou seja, não se analisa a ATUAÇÃO do Stryker em combate! Faz-se a PREVISÃO do desastre que ele será em combate.

O documento na minha opinião tem algumas verdades, mas no seu cerne contem uma mensagem de algo que não se concretizou: o Stryker não foi um fracasso - foi um sucesso tal, que talvez tenha sido o incentivo levou a uma verdadeira explosão no uso dos veículos blindados sobre rodas no Mundo inteiro, inclusive a alguns países terem abandonado o uso de carro de combate pelo de VTPs/VBCIs sobre rodas

Inclusive, só um pequeno detalhe: o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA está conduzindo uma competição para escolha de um substituto (se bem que parcial) ao AAV-7A1, por - pasmem senhores - um veiculo sobre rodas - um VBTP 8X8. Tal programa é o Amphibious Combat Vehicle Phase 2 (ACV 1.1) para 204 veiculos.

Este programa começou com 5 firmas, e está agora na fase final da avaliação de dois VBTPs 8X8 selecionados: o SuperAV da IVECO oferecido pela BAE Systems, e o Terrex 2 da Kinetics, oferecido pela SAIC.

Abraços

Bacchi

Mestre por favor deixa umas linhas na sua publicação para explicar por que foi um erro a escolha da torre com canhão de 30 mm. Fiquei interessado.

A escolha da arma não está errada.

Errado está a quantidade!!!

Bacchi

Vejam só, até os israelenses estão se rendendo aos bldos sobre rodas.
Vamos ver se eles conseguem derivar uma família também e exportação. Isso não seria de todo incomum para os projetos militares israelenses.
Mais uma opção para quem tiver disposição para pagar por equipamento moderno e testado de verdade em combate.

abs.