Olá Zero,
ZeRo4 escreveu:Olha Finken, se o Su-35 permanece até hj na licitação e com "reais" chances de compra, significa que a FAB pode SIM operá-los... se não o Su teria o mesmo destino que o F/A-18 e o Rafale. Logo, acho que vale bastante apena, pelas capacidades do avião em geral e pelo gama de armamentos que vem disponível com ele, optar pelo Su-35 mesmo que isso represente entre 70-80% menos de hora/vôo.
Sim, a FAB pode operá-lo. Nunca dissemos o contrário. Mas qual o custo disso?! Temos duas opções: o custo financeiro e o sacrifício de horas/vôo.
Mas, se tu acha razoável ter uma aeronave que voe 70% menos que hoje, está no teu completo direito!
ZeRo4 escreveu:Depende, já se colocou na ponta do lápis o custo com os KC's + combustível transmitido pelos KC's + o custo operacional de mais aviões para um mesmo pacote de ataque ?!
Esquece o amigo que os KC's operariam em uma fração das missões, e não em todas! Nem hoje, com um F-5E que tem bem menos alcance que o próprio Gripen a FAB utiliza os KC's em todas as missões. APenas em algumas delas é que ele opera!
ZeRo4 escreveu:Peço perdão se não fui muito claro. Não disse que o Su tiraria a FAB das trevas. Mas pra começar traria a mesma a possibilidade de operar um avião que jamais poderíamos comprar (tanto por fator político como financeiro...) igual no Ocidente, segundo... teríamos a possibilidade de operar uma gama de armamentos e tecnologia que do mesmo modo nunca foi disponibilizado pelos nossos "amigos" ocidentais. E pra terminar... acho que a escolha do Su, representa uma tentativa de se adaptar a logística Russa, para futuramente ter acesso a outras tecnologias que nunca teremos iguais das mãos dos ocidentais.
Eu o perdôo!
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Com o Gripen, temos acesso à um avião que representa o "State of Art" dos caças Multifuncionais, tanto quanto o Su-35, e se este é mais capaz, já foi demonstrado que isso tem um custo. Com o Gripen, temos a vantagem de ter um leque de opções para pacotes de armamamentos bem superior ao russo. Podemos escolher armas dos EUA, da UE, da África do Sul, de Israel! Já com o Su-35 só temos uma escolha: armas russas, com a homologação das armas nacionais. E só! Isso também é uma desvantagem.
Ainda assim, com o Ocidente, temos SIM acesso às tecnologias, como ocorre com Israel e África do Sul!
Ademais, tenho cum breve comentário à fazer sobre a questão do Conceito de Manutenção. O Su-35, ao contrário do Su-27, incorporou muitas das técnicas ocidentais de manutenção. Não todas, mas algumas delas. Porque elas são mais eficientes, porque foram planejadas para durar, ao contrário das técnicas soviéticas, que eram "descartáveis". Eu não tenho nenhuma dúvida que o PAK-FA será orientado TOTALMENTE para conceitos ocidentais, pois sendo um projeto novo, ele poderá ser assim desde o início. E dessa forma, nem precisaremos mudar nossos conceitos de manutenção. Claro, isso é opinião minha! Posso estar enganado.
ZeRo4 escreveu:Olha, com certeza não... mas o problema é: eu vejo a aviação de caça destruindo a aviação de transporte, porém não vejo o contrário! O que isso significa ?! Se nós tivermos 50% de potencial numa eventual aviação de caça e 90% em aviação de patrulha e transporte e um hipotético inimigo tiver 95% em aviação de caça e 50% em aviação de patrulha e transporte, EU sem dúvida apostaria minhas fichas no segundo.
Hoje, as forças que querem ter eficiência absoluta devem ser, primordialmente, EQUILIBRADAS. Não podemos criar uma Aviação de Caça "musculosa", e deixar o resto "raquítico". Veja, já foi demonstrado que os custos ao longo da vida útil do Su-35 são bastante grandes, e são centenas de milhões de dólares à mais. São recursos preciosos que poderiam ser aplicados à melhoria da FAB
COMO UM TODO. Exemplo. Eu já propus aqui um "R-99C", que seria uma aeronave ELINT, SIGINT e EW. Concentre-se no "EW". Como eu falei acima, nossos Flankers às vezes desapareciam dos radares inimigos pela presença do Badger J!
Mas, se tu acha que uma FAB desequilibrada poderá ser eficiente, tu ignora que ele perderá a capacidade de se tornar 100% eficiente, ou de chegar perto disso!
ZeRo4 escreveu:Mas uma vez discussão e analogia sobre carros! eu até discuto... mas o problema é que meus argumentos são tão fortes que chega uma hora que o pessoal foge da raia e ai é chato escrever um monte de coisas e não obter respostas... então mnha indagação vai ser curta.
Pq sempre que vão comparar carros tem que ser um carro "popular" contra um carro altamente luxuoso ou super-carro?! na proporção de vocês o Gripen é sempre o "popular" e o Su-35 o "super luxuoso" ou "super-carro".
Eu não acho assim... acho que o "super luxuoso" seriam aviões como F/A-22, F-35 e o EF2000. Acho que o Su-35 estaria numa categoria "acima" dos "populares", logo seria um Golf, Astra ou Focus e o Gripen um Gol, Corsa, Fiesta e etc.
PS: Ômega é um bom carro ?! há que Ômega está se referindo ?! o Nacional ou Australiano (novo...) ?! pq se for ao Nacional é uma puta dor de cabeça com peças... na análise de vocês (apesar de não concordar...) ele seria o Su-27.
Não, em nenhum momento eu fugi de seus argumentos!
Como eu coloquei, o hipotético Ômega (Australiano, claro!) preencheria totalmente os requisitos. Claro que a Ferrari é melhor, mas se tu quiser contar com a Ferrari, terá de "abrir a mão".
Com relação à proporção da comparação, eu considerei apenas Su-35 e Gripen, e não todo o universo de caças que existem ao redor do Mundo!
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell