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Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Sáb Mar 13, 2010 5:19 pm
por Guerra
Ilya Ehrenburg escreveu:Deixe-me lhe fazer uma pergunta: Quem devolveu aos paraguaios, a espada de Solano López?!
Quem?
Dentre os debatedores deste tópico, se há iludidos ou românticos, com toda certeza deles não faço parte, haja vista, que as minhas intervenções se deram de maneira contextual, clara, objetiva e foram as únicas, que trouxeram as impressões de populares, as quais foram fruto de entrevistas informais, por mim realizadas.
Lamento, vivamente, é pelo oportunismo político de alguns, que mais uma vez, tentam impingir no atual Governo, no Presidente da República e em seu Partido, calúnias verbalizadas e difundidas por uma mídia, que mais de uma vez, foi flagrada mentindo e agindo contra os interesses pátrios.
Que seja! Dilma será eleita, e a história registrará que foi com um governo de esquerda, capitaneado pelo Partido dos Trabalhadores, que a nação despontou ao mundo, como potência, havendo neste processo, o ressurgimento da indústria bélica e o aparelhamento condigno das Forças Armadas!
Ilya, eu não vi ninguém aqui elogiando quem entregou algo ao Paraguai.
Se o PT não quer ser criticado que pare de fazer discursos sobre "dividas historicas". Entregar refinarias, hidreletricas, canhões. A unica coisa que o PT fala em não entregar são assassinos. Assim fica dificil não criticar.
Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Sáb Mar 13, 2010 8:24 pm
por Ilya Ehrenburg
Guerra escreveu:Ilya Ehrenburg escreveu:Deixe-me lhe fazer uma pergunta: Quem devolveu aos paraguaios, a espada de Solano López?!
Quem?
Dentre os debatedores deste tópico, se há iludidos ou românticos, com toda certeza deles não faço parte, haja vista, que as minhas intervenções se deram de maneira contextual, clara, objetiva e foram as únicas, que trouxeram as impressões de populares, as quais foram fruto de entrevistas informais, por mim realizadas.
Lamento, vivamente, é pelo oportunismo político de alguns, que mais uma vez, tentam impingir no atual Governo, no Presidente da República e em seu Partido, calúnias verbalizadas e difundidas por uma mídia, que mais de uma vez, foi flagrada mentindo e agindo contra os interesses pátrios.
Que seja! Dilma será eleita, e a história registrará que foi com um governo de esquerda, capitaneado pelo Partido dos Trabalhadores, que a nação despontou ao mundo, como potência, havendo neste processo, o ressurgimento da indústria bélica e o aparelhamento condigno das Forças Armadas!
Ilya, eu não vi ninguém aqui elogiando quem entregou algo ao Paraguai.
Se o PT não quer ser criticado que pare de fazer discursos sobre "dividas historicas". Entregar refinarias, hidreletricas, canhões. A unica coisa que o PT fala em não entregar são assassinos. Assim fica dificil não criticar.
Caro Guerra,
fazem críticas oportunistas com esta história do canhão, enquanto esquecem, seletivamente, que outros presidentes devolveram troféus, de maior importância, como a espada de Solano López.
Quanto as refinarias bolivianas, nós as vendemos e nos livramos de ter que as remodelar, totalmente, para passassem a ser rentáveis. Eram deficitárias, e ainda são. A YPFB sofre para manutenir as unidades, além do quê, não obteve o apoio venezuelano e hoje, socorre-se de técnicos da Petrobrás, aposentados.
Evo Morales, hoje, sabedor que não somos mais dependente do gás boliviano, não faz críticas ao Brasil. A quebra da dependência, é bom que se diga, foi obra deste governo e a sua arquiteta: Dilma Russef.
Mas tal, não é lembrado.
Nunca o é; mas eu reverbero o fato: quem nos deixou dependentes do gás boliviano, foram os tucanos, comandados pelo nefasto FHC. Lula quebrou-nos, os grilhões!
Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Sáb Mar 13, 2010 9:56 pm
por Túlio
Há razão no que o Ilya diz, creio...
Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Sáb Mar 13, 2010 10:45 pm
por matheus...
Dilma Houseff arquiteta de alguma coisa? hahahahahhaha
Quem deixou o brasil menos dependente do gasoduto foi a petrobras e as proprias industrias brasileiras...
Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Dom Mar 14, 2010 12:26 am
por Rock n Roll
Túlio escreveu:Há razão no que o Ilya diz, creio...
A canalhice do PSDB e PMDB envolvendo o gasoduto Brasil/Bolívia não é menor que qualquer mensalão ou aloprados. O problema é o oportunismo político que recai sobre BENS TOMBADOS. Patrimônio histórico e cultural. Valores que nenhum político destes que aí estão possui. Este pedaço de bronze e de papéis mofados trazem um valor em MEMÓRIA cultural do sacrfício de BRASILEIROS que não roubaram, nem mentiram ou disseram que "não sabiam". Foram até lá e morreram para defender um futuro. O nosso.
Poste pelo menos serve pra cachorro mijar, ao invés de falsificar currículo.
Bens culturais pertencem ao povo, não aos inquilinos da vez em Brasília.
Seja lá quem for.
Debater é preciso.
Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Dom Mar 14, 2010 12:31 am
por Túlio
Tá, mas se a gente for ler sem paixões ideológicas, vai que...
Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Dom Mar 14, 2010 10:07 am
por Marino
Autores: O valor de um canhão
Revisão histórica da Guerra do Paraguai afasta influência da Inglaterra no maior conflito bélico da América Latina
BORIS FAUSTO
COLUNISTA DA FOLHA
A pedido do vice-presidente do Paraguai, Federico Franco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a decisão de devolver àquele país o canhão "Cristão", fabricado pelos paraguaios a partir de sinos de igrejas, no curso da guerra com a Tríplice Aliança, formada pelo Brasil, a Argentina e o Uruguai, entre 1864 e 1870.
A medida foi aplaudida pelo presidente do Clube Militar [general Gilberto Barbosa de Figueiredo], afirmando que "normalmente não se devolve troféu de guerra, mas o povo paraguaio merece; é um ato de grandeza".
Aplausos, com um pequeno adendo: mais do que um ato de grandeza, a devolução é um ato de justiça.
"Guerra brasileira"
A Guerra do Paraguai foi o fato mais relevante da história latino-americana, na segunda metade do século 19. A luta contra aquele país, liderado por Francisco Solano López, que a princípio reuniu os três países citados, passou a ser, cada vez mais, uma "guerra brasileira", seja pelos efetivos militares envolvidos, seja por sua repercussão interna.
O episódio tem também muito interesse pelas controvérsias historiográficas que gerou. Até anos recentes, Solano López era considerado, no Paraguai, um herói nacional; no Brasil, foi pintado como um tirano sanguinário, que tivemos de esmagar, apesar de nossa vocação pacifista.
Nem tão herói assim
Essas visões mudaram nos dois lados, pois, se Solano continua a ser um herói da pátria para a maioria do povo paraguaio, vários historiadores daquele país promoveram a revisão para baixo de sua figura. Quanto ao Brasil, a Guerra do Paraguai foi descrita e analisada, por muitas décadas, a partir de uma versão patrioteira.
Qualquer outra versão era considerada impatriótica e implicitamente perigosa. Uma reviravolta ocorreu a partir dos anos 1960 do século passado, no âmbito da voga do nacionalismo anti-imperialista, nos meios intelectuais da América Latina. Um dos pontos centrais da revisão diz respeito às causas da guerra, atribuída às maquinações do imperialismo britânico.
Um livro típico daquela época, "Genocídio Americano - A Guerra do Paraguai", do jornalista Julio José Chiavenato (1979, ed. Moderna, esgotado), teve imenso sucesso nas escolas brasileiras, incorporando a versão conspirativa.
Segundo o autor, ao destruir o Paraguai, o imperialismo inglês manteve o status quo na América meridional e impediu a ascensão de seu único Estado economicamente livre.
Hoje, a tese conspirativa está desacreditada, graças aos trabalhos de Francisco Doratioto, baseado em fontes brasileiras e paraguaias ("Maldita Guerra", 2002, Cia. das Letras), e de outros historiadores, como Ricardo Salles ["Guerra do Paraguai - Escravidão e Cidadania na Formação do Exército", Paz e Terra] e Vitor Izecksohn ["O Cerne da Discórdia - A Guerra do Paraguai e o Núcleo Profissional do Exército", E-Papers].
Na verdade, aos ingleses interessava acima de tudo a estabilidade da região, como garantia de seus bons negócios, e não um conflito. É certo, que após estourar a guerra, bancos ingleses financiaram o Brasil, agravando aliás o problema de nossa dívida pública, mas isso é outra história. O conflito teve causas locais, embora nem sempre fáceis de discernir.
Morticínios
De um lado, Solano López, que instaurara no Paraguai uma ditadura férrea e convertera o país numa grande fazenda pertencente ao Estado, pretendia romper o relativo isolamento paraguaio e abrir caminho para uma presença maior na bacia do [rio da] Prata.
De outro lado, as pretensões paraguaias eram tidas como francamente expansionistas e vistas com suspeita pelos países da Tríplice Aliança. Se López não era um herói precursor do anti-imperialismo, o Brasil liberal, mas escravista, não ficava em boa posição na luta contra o ditador.
Além disso, ao longo do conflito, as forças brasileiras perpetraram uma série de morticínios, assim como o saque de Assunção, quando a capital paraguaia foi ocupada, em janeiro de 1869. O que não quer dizer que as ações paraguaias não se caracterizassem também por muitas barbaridades. No terreno dos números, há uma total incerteza quanto às mortes do lado do Paraguai, variando as cifras entre 9% e 69% da população!
O Brasil enviou para a guerra cerca de 139 mil homens, dos quais uns 50 mil morreram nos combates ou foram vítimas de doenças.
Os contingentes incluíram, além do Exército, os "voluntários da pátria" -na verdade, gente enviada à força para a frente de combate, entre eles escravos que substituíram filhos da elite. Para qualificar o conflito numa frase, lembremos uma carta escrita pelo barão de Cotegipe para o barão de Penedo, em maio de 1866. Nela, há um trecho eloquente, lembrado por Doratioto: "Maldita guerra, atrasa-nos meio século!".
De fato, a guerra não nos atrasou meio século, como pensava o provecto barão, mas certamente mereceu o qualificativo de maldita.
BORIS FAUSTO é historiador e preside o Conselho Acadêmico do Gacint (Grupo de Análise da Conjuntura Internacional), da USP. É autor de "A Revolução de 30" (Companhia das Letras).
Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Dom Mar 14, 2010 11:15 am
por Quiron
Marino deve ter adorado esse texto acima, haha.
"mais do que um ato de grandeza, a devolução é um ato de justiça"
Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Dom Mar 14, 2010 11:33 am
por Rock n Roll
Quiron escreveu:Marino deve ter adorado esse texto acima, haha.
"mais do que um ato de grandeza, a devolução é um ato de justiça"
Prezado,
continuo batendo na tecla do oportunismo político e do que há por trás deste oportunismo. Travestido de magnamidade. O mais importante aí não é o quê, mas o por quê.
Só pra lembrar que o paraguaio médio fala três idiomas. Um povo que apesar de tão oprimido pela ignorância e miséria, políticas de estado, nunca abriu mão da sua cultura. Exemplo para brasileiros e "companheiros". IDENTIDADE cultural é o nome do jogo.
A nós falta esta identidade para reformar nosso país destes oportunistas travestidos pela manipulação da informação. Nem idealistas são mais. Saqueadores e quadrilheiros soaria melhor. Não falo de uns, falo da esmagadora maioria que infesta as assembléias no país. Seus antigos opositores agora são seus sócios no butim. Isso sim não pode ser contestado.
Debater é preciso.
Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Dom Mar 14, 2010 12:31 pm
por lelobh
Estão jogando pedras, mas ainda não existe manifestação oficial sobre o assunto.
Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Dom Mar 14, 2010 3:04 pm
por Guerra
Túlio escreveu:Há razão no que o Ilya diz, creio...
Que a Dilma vai se eleger com um discurso de esquerda? Só se for para presidente da UNE. O Lula não conseguiu isso, quem é a Dilma?
Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Dom Mar 14, 2010 3:18 pm
por Túlio
Guerra escreveu:Túlio escreveu:Há razão no que o Ilya diz, creio...
Que a Dilma vai se eleger com um discurso de esquerda? Só se for para presidente da UNE. O Lula não conseguiu isso, quem é a Dilma?
Não, refiro-me a isto:
Caro Guerra,
fazem críticas oportunistas com esta história do canhão, enquanto esquecem, seletivamente, que outros presidentes devolveram troféus, de maior importância, como a espada de Solano López.
Quanto as refinarias bolivianas, nós as vendemos e nos livramos de ter que as remodelar, totalmente, para passassem a ser rentáveis. Eram deficitárias, e ainda são. A YPFB sofre para manutenir as unidades, além do quê, não obteve o apoio venezuelano e hoje, socorre-se de técnicos da Petrobrás, aposentados.
Evo Morales, hoje, sabedor que não somos mais dependente do gás boliviano, não faz críticas ao Brasil. A quebra da dependência, é bom que se diga, foi obra deste governo e a sua arquiteta: Dilma Russef.
Quanto a se eleger com discurso COMUNA, concordo contigo. Ainda bem que é assim aqui...
Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Dom Mar 14, 2010 3:40 pm
por Guerra
Pois é< Tulio. O problema de todo partido é que eles querem governar sem oposição. Essa história de "porque não reclamaram antes". Isso ai explica bem porque o Brasil não tem partidos de direita. Qualquer estercada que um governo quer fazer é só colocar a oposição como simpatizantes de governos anteriores. E pronto temos ai um grupo de reacionários loucos para derrubar a governo.
Entrega tudo. Entrega canhão, refinaria, hidreletrica. Tudo para agradar os 6% de radicais de esquerda no Brasil
Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Dom Mar 14, 2010 8:20 pm
por marcelo l.
Marino escreveu:Autores: O valor de um canhão
Revisão histórica da Guerra do Paraguai afasta influência da Inglaterra no maior conflito bélico da América Latina
BORIS FAUSTO
COLUNISTA DA FOLHA
A pedido do vice-presidente do Paraguai, Federico Franco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a decisão de devolver àquele país o canhão "Cristão", fabricado pelos paraguaios a partir de sinos de igrejas, no curso da guerra com a Tríplice Aliança, formada pelo Brasil, a Argentina e o Uruguai, entre 1864 e 1870.
A medida foi aplaudida pelo presidente do Clube Militar [general Gilberto Barbosa de Figueiredo], afirmando que "normalmente não se devolve troféu de guerra, mas o povo paraguaio merece; é um ato de grandeza".
Aplausos, com um pequeno adendo: mais do que um ato de grandeza, a devolução é um ato de justiça.
"Guerra brasileira"
A Guerra do Paraguai foi o fato mais relevante da história latino-americana, na segunda metade do século 19. A luta contra aquele país, liderado por Francisco Solano López, que a princípio reuniu os três países citados, passou a ser, cada vez mais, uma "guerra brasileira", seja pelos efetivos militares envolvidos, seja por sua repercussão interna.
O episódio tem também muito interesse pelas controvérsias historiográficas que gerou. Até anos recentes, Solano López era considerado, no Paraguai, um herói nacional; no Brasil, foi pintado como um tirano sanguinário, que tivemos de esmagar, apesar de nossa vocação pacifista.
Nem tão herói assim
Essas visões mudaram nos dois lados, pois, se Solano continua a ser um herói da pátria para a maioria do povo paraguaio, vários historiadores daquele país promoveram a revisão para baixo de sua figura. Quanto ao Brasil, a Guerra do Paraguai foi descrita e analisada, por muitas décadas, a partir de uma versão patrioteira.
Qualquer outra versão era considerada impatriótica e implicitamente perigosa. Uma reviravolta ocorreu a partir dos anos 1960 do século passado, no âmbito da voga do nacionalismo anti-imperialista, nos meios intelectuais da América Latina. Um dos pontos centrais da revisão diz respeito às causas da guerra, atribuída às maquinações do imperialismo britânico.
Um livro típico daquela época, "Genocídio Americano - A Guerra do Paraguai", do jornalista Julio José Chiavenato (1979, ed. Moderna, esgotado), teve imenso sucesso nas escolas brasileiras, incorporando a versão conspirativa.
Segundo o autor, ao destruir o Paraguai, o imperialismo inglês manteve o status quo na América meridional e impediu a ascensão de seu único Estado economicamente livre.
Hoje, a tese conspirativa está desacreditada, graças aos trabalhos de Francisco Doratioto, baseado em fontes brasileiras e paraguaias ("Maldita Guerra", 2002, Cia. das Letras), e de outros historiadores, como Ricardo Salles ["Guerra do Paraguai - Escravidão e Cidadania na Formação do Exército", Paz e Terra] e Vitor Izecksohn ["O Cerne da Discórdia - A Guerra do Paraguai e o Núcleo Profissional do Exército", E-Papers].
Na verdade, aos ingleses interessava acima de tudo a estabilidade da região, como garantia de seus bons negócios, e não um conflito. É certo, que após estourar a guerra, bancos ingleses financiaram o Brasil, agravando aliás o problema de nossa dívida pública, mas isso é outra história. O conflito teve causas locais, embora nem sempre fáceis de discernir.
Morticínios
De um lado, Solano López, que instaurara no Paraguai uma ditadura férrea e convertera o país numa grande fazenda pertencente ao Estado, pretendia romper o relativo isolamento paraguaio e abrir caminho para uma presença maior na bacia do [rio da] Prata.
De outro lado, as pretensões paraguaias eram tidas como francamente expansionistas e vistas com suspeita pelos países da Tríplice Aliança. Se López não era um herói precursor do anti-imperialismo, o Brasil liberal, mas escravista, não ficava em boa posição na luta contra o ditador.
Além disso, ao longo do conflito, as forças brasileiras perpetraram uma série de morticínios, assim como o saque de Assunção, quando a capital paraguaia foi ocupada, em janeiro de 1869. O que não quer dizer que as ações paraguaias não se caracterizassem também por muitas barbaridades. No terreno dos números, há uma total incerteza quanto às mortes do lado do Paraguai, variando as cifras entre 9% e 69% da população!
O Brasil enviou para a guerra cerca de 139 mil homens, dos quais uns 50 mil morreram nos combates ou foram vítimas de doenças.
Os contingentes incluíram, além do Exército, os "voluntários da pátria" -na verdade, gente enviada à força para a frente de combate, entre eles escravos que substituíram filhos da elite. Para qualificar o conflito numa frase, lembremos uma carta escrita pelo barão de Cotegipe para o barão de Penedo, em maio de 1866. Nela, há um trecho eloquente, lembrado por Doratioto: "Maldita guerra, atrasa-nos meio século!".
De fato, a guerra não nos atrasou meio século, como pensava o provecto barão, mas certamente mereceu o qualificativo de maldita.
BORIS FAUSTO é historiador e preside o Conselho Acadêmico do Gacint (Grupo de Análise da Conjuntura Internacional), da USP. É autor de "A Revolução de 30" (Companhia das Letras).
Boris é do grupo capital para quem não sabe e o filho o Sérgio primeiro-tenente do FHC no Instituto de mesmo nome, pior que o PT pisa na jaca e o PSDB também, haja...a oposição nem para isso serve.
Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Seg Mar 15, 2010 10:24 pm
por PRick
Guerra escreveu:Pois é< Tulio. O problema de todo partido é que eles querem governar sem oposição. Essa história de "porque não reclamaram antes". Isso ai explica bem porque o Brasil não tem partidos de direita. Qualquer estercada que um governo quer fazer é só colocar a oposição como simpatizantes de governos anteriores. E pronto temos ai um grupo de reacionários loucos para derrubar a governo.
Entrega tudo. Entrega canhão, refinaria, hidreletrica. Tudo para agradar os 6% de radicais de esquerda no Brasil
Os Partidos de Direita no Brasil, não são oficiais, são a Rede Globo, O Estadão, a Folha de São Paulo e a Revista Veja.
Agora, a direita verdadeira no Brasil, nunca foi nacionalista, ela é internacionalista. Gostam de Miami, ficam mais indignados com Fidel que qualquer outra coisa, afinal, Fidel mandou eles morarem na Flórida, acabou com os cassinos, a putaria e bandalheira em Havana. Depois eles estão preocupados com os bolivarianos, porque falam mal da MEKA MUNDIAL, o Colosso do Norte, depois tem ainda as guerras nacionais da direita brasileira, quer dizer, Iraque e Afeganistão!
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