Missilhouse do Brasil

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
Brasileiro
Sênior
Sênior
Mensagens: 9414
Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
Agradeceu: 238 vezes
Agradeceram: 544 vezes

Re: Mssilhouse do Brasil

#211 Mensagem por Brasileiro » Sex Mai 16, 2008 5:25 pm

É verdade... o alvo Harpia é da Marinha.

Esse projeto se beneficiou muito do programa VANT.



abraços]




----------------
amor fati
WalterGaudério
Sênior
Sênior
Mensagens: 13539
Registrado em: Sáb Jun 18, 2005 10:26 pm
Agradeceu: 56 vezes
Agradeceram: 201 vezes

Re: Mssilhouse do Brasil

#212 Mensagem por WalterGaudério » Sex Mai 16, 2008 5:53 pm

cicloneprojekt escreveu:
Sideshow escreveu: Foi mal, falei de cabeça :mrgreen:

O projeto vai custar uns 9 milhões de reais e está sendo desenvolvido pela Avibras, CTA e CCMF

http://sigcti.mct.gov.br/pub/ctl/ctl.ph ... s&idp=1231

_________

E motor RAMJET nacional só para 2011 com o X-14

______________
Walter como eu não tenho fuentes vivo de informações que consigo na Internet que falam que o desenvolvimento de um VANT de reconhecimento de 600Km de alcance começaria em 2008.

Se já começou melhor ainda.....Aproveitando que você é o cara das fuentes você poderia me dizer se esse seria o Alvo Aéreo Manobravel que a FAB está desenvolvendo?

Imagem
Foto recente da montagem do Drone Harpia (Projeto VANT) no CTA
Opa! Mas desse ângulo não tenho como dizer. A Asa era "meio" delta(só vi um esboço)
Só um detalhe, esse pessoal não é do CTA mais sim da MB! Dá para notar pela tonalidade do uniforme e pelas divisas dos Especialistas que na MB são viradas para cima "V"(segundo o Cod. da Vince simboliza o sexo feminino.....rsrsrs) e a da FAB são invertidas e um pouco diferente.[/quote]

Esses guris são da MB de fato. Essa foto deve ser do meio do ano passado. A MB tem um excelente expertise com os alvos BQM-34C da Nortrop, bem como modelos anteriores.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Avatar do usuário
Fábio Nascimento
Sênior
Sênior
Mensagens: 1849
Registrado em: Sex Nov 26, 2004 9:55 am
Localização: Salvador Ba
Agradeceu: 17 vezes
Agradeceram: 5 vezes
Contato:

Re: Mssilhouse do Brasil

#213 Mensagem por Fábio Nascimento » Sex Mai 16, 2008 7:41 pm

Onde eu compro um aeromodelo destes ai? :D




_______________________________________________.
Avatar do usuário
Alcantara
Sênior
Sênior
Mensagens: 6586
Registrado em: Qui Jan 20, 2005 4:06 pm
Localização: Rio de Janeiro - RJ
Agradeceu: 215 vezes
Agradeceram: 248 vezes
Contato:

Re: Mssilhouse do Brasil

#214 Mensagem por Alcantara » Seg Mai 19, 2008 12:26 pm

Já que oficiais da Marinha estão participando do desenvolvimento junto com o pessoal da Aeronautica, queria ver o CTA desenvolvendo um drone deste aqui:


Imagem

Imagem

Imagem

Imagem


This AQM-37A drone missile was built by the Beechcraft Corporation. The rocket motor was built by Harley-Davidson.
AQM's were flown off the museum flightline for thirty years. The Blue Aliis from VC-1 flew A-4E Skyhawks that used a centerline rack and a LAU-24 Launcher and released the drone at 20,000 feet to simulate a target for the ships in the Pacific Fleet. This drone can reach speeds of up to Mach II and flies around on a pre-determined track for about twenty minutes.




"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
Avatar do usuário
Brasileiro
Sênior
Sênior
Mensagens: 9414
Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
Agradeceu: 238 vezes
Agradeceram: 544 vezes

Re: Mssilhouse do Brasil

#215 Mensagem por Brasileiro » Seg Mai 19, 2008 12:28 pm

Alcantara,

acho que a intenção é essa mesmo!
A FAB tem interesse por um alvo aéreo manobrável de alto desempenho.




abraços]




----------------
amor fati
Avatar do usuário
Alcantara
Sênior
Sênior
Mensagens: 6586
Registrado em: Qui Jan 20, 2005 4:06 pm
Localização: Rio de Janeiro - RJ
Agradeceu: 215 vezes
Agradeceram: 248 vezes
Contato:

Re: Mssilhouse do Brasil

#216 Mensagem por Alcantara » Seg Mai 19, 2008 12:34 pm

Imagem

Esse Harpia parece muito com o Banshee BTT-3


Imagem

GENERAL DATA
Country of Origin: UK.
Similar Aerial Platforms: Crecerelle, DR-3.
Role: Target drone, reconnaissance.
Armament: None.
Dimensions: Length: 9 ft, 6 in (2.95 m). Span: 8 ft, 1 in (2.49 m).
DESCRIPTION
Wings: Low-mounted and delta-shaped. Wings have a positive slant.

Engine(s): Single jet in rear. Single exhaust. May prop-driven engine with prop at the rear in the opposing position.

Fuselage: Round and tapers to the front. Blunt rear with jet engine, and a cone with rotary engine.

Tail: Tall, swept-back fin. No flats.
USER COUNTRIES
UK and over 20 other countries.

Imagem

Imagem

Imagem

Imagem



Abraços!!! :lol:




"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
Avatar do usuário
Alcantara
Sênior
Sênior
Mensagens: 6586
Registrado em: Qui Jan 20, 2005 4:06 pm
Localização: Rio de Janeiro - RJ
Agradeceu: 215 vezes
Agradeceram: 248 vezes
Contato:

Re: Mssilhouse do Brasil

#217 Mensagem por Alcantara » Seg Mai 19, 2008 12:36 pm

Brasileiro escreveu:Alcantara,

acho que a intenção é essa mesmo!
A FAB tem interesse por um alvo aéreo manobrável de alto desempenho.




abraços]

Ele (AQM-37A) seria interessante para simular mísseis como o Bhramos... mach 2. Não temos como simular um ataque assim atualmente, temos? :?:


Abraços!!! :lol:




"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
Avatar do usuário
Brasileiro
Sênior
Sênior
Mensagens: 9414
Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
Agradeceu: 238 vezes
Agradeceram: 544 vezes

Re: Mssilhouse do Brasil

#218 Mensagem por Brasileiro » Seg Mai 19, 2008 12:40 pm

Alcantara escreveu:
Brasileiro escreveu:Alcantara,

acho que a intenção é essa mesmo!
A FAB tem interesse por um alvo aéreo manobrável de alto desempenho.




abraços]

Ele (AQM-37A) seria interessante para simular mísseis como o Bhramos... mach 2. Não temos como simular um ataque assim atualmente, temos? :?:


Abraços!!! :lol:
Um F-5 voando a 1500Km/h no nível do mar e com o radar ligado faz efeito parecido. :lol:

Assim foi testado o SCP-01.... e o A-1 se transformou em míssil anti-navio....
Pode parecer um tanto Kamikaze, mas tomara que a FAB não leve a sério essa idéia e dê mísseis ao A-1.



abraços]




----------------
amor fati
Tupi
Sênior
Sênior
Mensagens: 922
Registrado em: Sáb Abr 15, 2006 4:45 pm
Localização: Minas Gerais - Brasil

Re: Mssilhouse do Brasil

#219 Mensagem por Tupi » Seg Jun 02, 2008 12:53 pm

Vi no forum ZM, que a Avibras esta retomando os estudos do AV/MT. :shock:
Pelo que entendi, seria novamente para adaptação no AstrosII e para lançamento Naval contra alvos em terra.
Poderia ser usado por unidade de superfície e por subs :!:

Alguem saberia dizer o que há de concreto neste estudo :?:





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
Avatar do usuário
lobo_guara
Sênior
Sênior
Mensagens: 1131
Registrado em: Sex Ago 24, 2007 1:49 pm
Localização: Brasil
Agradeceram: 19 vezes

Re: Mssilhouse do Brasil

#220 Mensagem por lobo_guara » Ter Jun 03, 2008 11:53 am

O UFJF Defesa estará entrando neste programa, Bolovo. Estaremos criando inicialmente um mestrado em Estratégia e Defesa (ainda não temos um nome), com o objetivo de formar profissionais qualificados para trabalhar no mercado. Queremos explorar ao máximo a triangulação universidade, Forças Armadas e Indústria Bélica. Nossa equipe tem portas abertas nestes três segmentos e o objetivo é colocar os futuros alunos em contato direto com estes setores. Não queremos formar um cara que só fala sobre defesa e estratégia, mas sem nunca ter entrado nas indústrias ou nas Forças Armadas, queremos que as pessoas "falem" com sabedoria e não por achismos. A idéia é receber alunos com qualquer formação acadêmica, mas que tenha talento para trabalhar nos assuntos que abordei. Vamos ver se decola (observe que o Expedito Bastos é um dos consultores deste jornal, inclusive eu estava ao lado dele quando deu a entrevista para a jornalista).

Abração,

Orestes

PS: para os que gostam de alguns trabalhos meus e do Expedito, cito o nosso novo artigo: "Por Uma Estratégia Militar Nacional", que saiu hoje.

Link: http://www.defesa.ufjf.br/arq/Art747.htm[/quote]
Bah! Eu faria um mestrado desses fácil![/quote]

Estou lhe esperando no curso, não vai se arrepender, não existe uma proposta semelhante em todo o País. O que existe são mestrados e doutorados acadêmicos, aqueles que ficam no blá-blá-blá de sempre.

Abração,

Orestes[/quote]

Permita-me discordar num ponto professor, mas mestrado e doutorado acadêmico produz pesquisa básica, ou seja aquele conhecimento capaz de subsidiar atividades técnicas tais como as relacionadas ao desenvolvimento de produtos para fins militares, não ficamos apenas no blá, blá, blá. O que existe é falta de divulgação dos trabahos, mas tenha certeza que os interessados (empresários, governo, estatais, forças armadas) sabem muito bem onde procurar o que precisam e aí invariavelmente chegam nos institutos de pesquisa vinculados as Universidades (sobretudo) as federais. Por outro lado, concordo da importância de possuirmos um programa de pós-graduação específico para área, contudo, faço uma ressalva, o tema estratégia e defesa para mim são temas multi-disciplinares e devem ser abordados por qualquer programa de pós-graduação já existente. Por exemplo aqui no RS, o CEPSRM/UFRGS normalmente recebe pessoal das próprias FFAA para participar do seu mestrado em Sensoriamento Remoto (muitos engenheiros cartógrafos oriundos do IME), e mesmo em programas como o de de Relações Internacionais, ou de Geografia aqui da nossa universidade tenho conhecimento de trabalhos relacionados a esse tema. A criação de um programa específico é benéfica mas também corre o mesmo risco de outros tantos programas de pós-graduação já existentes, ou seja de produzir um conhecimento estanque ou seja, sem a devida divulgação e consequentemente um baixo aproveitamento.




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
Tupi
Sênior
Sênior
Mensagens: 922
Registrado em: Sáb Abr 15, 2006 4:45 pm
Localização: Minas Gerais - Brasil

Re: Mssilhouse do Brasil

#221 Mensagem por Tupi » Qui Jun 12, 2008 11:59 am

Interessante a noticia apresentada no site da revista Segurança e Defesa.
Apesar de ser uma noticia sobre subs. O fato relevante para mim é a possibilidade de adoção de uma nova tatica de emprego missil AA.
Será que uma evolução do FOG-MP da Avibras, poderia fazer algo parecido :?:


Vide a seguir:

Submarino submerso lança novo míssil antiaéreo
No dia 29 de maio o submarino U-33, terceiro “Type 212” da Marinha Alemã, realizou em águas do Mar Báltico um bem sucedido lançamento submerso do míssil guiado por fibra ótica IDAS (Interactive Defense and Attack system for Submarines). Após ser lançado a partir de um dos tubos de torpedo, o IDAS estendeu suas asas e aletas e acionou seu motor. O IDAS está sendo desenvolvido por um consórcio composto pela Diehl Defence, TKMS e Kongsberg Defence & Aerospace. Durante todo o vôo, o míssil transmitiu imagens para o submarino, através do cabo de fibra ótica. O IDAS pode ser empregado contra helicópteros anti-submarino, aviões anti-submarino (dependendo da velocidade de deslocamento), navios de superfície ou alvos terrestres (Foto: PIZ Marine).





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
WalterGaudério
Sênior
Sênior
Mensagens: 13539
Registrado em: Sáb Jun 18, 2005 10:26 pm
Agradeceu: 56 vezes
Agradeceram: 201 vezes

Re: Mssilhouse do Brasil

#222 Mensagem por WalterGaudério » Qui Jun 12, 2008 2:00 pm

Tupi escreveu:Vi no forum ZM, que a Avibras esta retomando os estudos do AV/MT. :shock:
Pelo que entendi, seria novamente para adaptação no AstrosII e para lançamento Naval contra alvos em terra.
Poderia ser usado por unidade de superfície e por subs :!:

Alguem saberia dizer o que há de concreto neste estudo :?:
Tupi o que posso te dizer é que na verdade estes estudos nunca foram interrompidos, e qdo. visitei no inicio do ano o CTA/ITA estavam falando embora sem mencionar o projeto específico de que as centrais inerciais bem como os giroscópios que fazem parte delas estavam já prontas, precisando apenas de alguns ajustes finos, mas que isso se daria no primeiro semestre de 2008 com vistas a integrar este equipamento em um projeto que estava sendo retomado por uma indústria paulista (...)




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
WalterGaudério
Sênior
Sênior
Mensagens: 13539
Registrado em: Sáb Jun 18, 2005 10:26 pm
Agradeceu: 56 vezes
Agradeceram: 201 vezes

Re: Mssilhouse do Brasil

#223 Mensagem por WalterGaudério » Qui Jun 12, 2008 2:02 pm

cicloneprojekt escreveu:
Tupi escreveu:Vi no forum ZM, que a Avibras esta retomando os estudos do AV/MT. :shock:
Pelo que entendi, seria novamente para adaptação no AstrosII e para lançamento Naval contra alvos em terra.
Poderia ser usado por unidade de superfície e por subs :!:

Alguem saberia dizer o que há de concreto neste estudo :?:
Tupi o que posso te dizer é que na verdade estes estudos nunca foram interrompidos, e qdo. visitei no inicio do ano o CTA/ITA estavam falando embora sem mencionar o projeto específico de que as centrais inerciais bem como os giroscópios que fazem parte delas estavam já prontas, precisando apenas de alguns ajustes finos, mas que isso se daria no primeiro semestre de 2008 com vistas a integrar este equipamento em um projeto que estava sendo retomado por uma indústria paulista (...)
Como eu não tinha confirmação de nada(como ainda não tenho) resolvi nem mencionar isso aqui. Mas acho que sim, pode ser nada mais nada menos do que o projeto AV/MT-300, ou ainda do novo míssil anti-navio. embora possamos estar falando tb do MAR-1.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
orestespf
Sênior
Sênior
Mensagens: 11430
Registrado em: Ter Out 17, 2006 5:43 pm
Agradeceu: 2 vezes
Agradeceram: 1 vez

Re: Mssilhouse do Brasil

#224 Mensagem por orestespf » Qui Jun 12, 2008 2:36 pm

lobo_guara escreveu:O UFJF Defesa estará entrando neste programa, Bolovo. Estaremos criando inicialmente um mestrado em Estratégia e Defesa (ainda não temos um nome), com o objetivo de formar profissionais qualificados para trabalhar no mercado. Queremos explorar ao máximo a triangulação universidade, Forças Armadas e Indústria Bélica. Nossa equipe tem portas abertas nestes três segmentos e o objetivo é colocar os futuros alunos em contato direto com estes setores. Não queremos formar um cara que só fala sobre defesa e estratégia, mas sem nunca ter entrado nas indústrias ou nas Forças Armadas, queremos que as pessoas "falem" com sabedoria e não por achismos. A idéia é receber alunos com qualquer formação acadêmica, mas que tenha talento para trabalhar nos assuntos que abordei. Vamos ver se decola (observe que o Expedito Bastos é um dos consultores deste jornal, inclusive eu estava ao lado dele quando deu a entrevista para a jornalista).

Abração,

Orestes

PS: para os que gostam de alguns trabalhos meus e do Expedito, cito o nosso novo artigo: "Por Uma Estratégia Militar Nacional", que saiu hoje.

Link: http://www.defesa.ufjf.br/arq/Art747.htm
Bah! Eu faria um mestrado desses fácil![/quote]

Estou lhe esperando no curso, não vai se arrepender, não existe uma proposta semelhante em todo o País. O que existe são mestrados e doutorados acadêmicos, aqueles que ficam no blá-blá-blá de sempre.

Abração,

Orestes[/quote]

Permita-me discordar num ponto professor, mas mestrado e doutorado acadêmico produz pesquisa básica, ou seja aquele conhecimento capaz de subsidiar atividades técnicas tais como as relacionadas ao desenvolvimento de produtos para fins militares, não ficamos apenas no blá, blá, blá. O que existe é falta de divulgação dos trabahos, mas tenha certeza que os interessados (empresários, governo, estatais, forças armadas) sabem muito bem onde procurar o que precisam e aí invariavelmente chegam nos institutos de pesquisa vinculados as Universidades (sobretudo) as federais. Por outro lado, concordo da importância de possuirmos um programa de pós-graduação específico para área, contudo, faço uma ressalva, o tema estratégia e defesa para mim são temas multi-disciplinares e devem ser abordados por qualquer programa de pós-graduação já existente. Por exemplo aqui no RS, o CEPSRM/UFRGS normalmente recebe pessoal das próprias FFAA para participar do seu mestrado em Sensoriamento Remoto (muitos engenheiros cartógrafos oriundos do IME), e mesmo em programas como o de de Relações Internacionais, ou de Geografia aqui da nossa universidade tenho conhecimento de trabalhos relacionados a esse tema. A criação de um programa específico é benéfica mas também corre o mesmo risco de outros tantos programas de pós-graduação já existentes, ou seja de produzir um conhecimento estanque ou seja, sem a devida divulgação e consequentemente um baixo aproveitamento.[/quote]

Desculpe-me off topic, mas estava fora e não vi o post antes.

Vamos por partes, a maior crítica que as universidades e centros de pesquisas recebem do próprio governo é realizarem pesquisas de base, de natureza acadêmica principalmente e com pouco ou nenhum resultado prático e/ou comercial. Justamente por isso, e não faz muito tempo, a CAPES criou um novo mestrado, chamado Profissional. Este mestrado não tem o conseqüente doutorado, que quiser fazer um terá que ser no "tradicional". O mestrado profissional visa formar uma pessoa altamente capacitada para o mercado de trabalho, diagnosticando problemas do cotidiano, fazendo a respectiva modelagem do mesmo, buscando solução e análise final (análise de solução). É deste mestrado que falei anteriormente e que buscamos.

Outro ponto, estratégia e defesa está longe de ser uma área multi-disciplinar, é um grande erro pensar assim e justamente por isso o assunto estratégia e às vezes defesa é estudado em programas de pós-graduação em relações exteriores. Veja que quem discute estratégia e defesa no Brasil é o pessoal das relações exteriores, o pessoal pró-MRE (ministério das relações exteriores) e este é o principal erro grave cometido. Tanto que desta vez o MD filiou-se a CAPES para juntos lançarem o edital Pro-Defesa, buscando um profissional altamente qualificado para o mercado de defesa (não apenas indústria) e não o clássico relações exteriores, muito mais políticos do que técnicos.

E sim, existem alguns resultados obtidos em teses de doutorado e às vezes em dissertações de mestrado que possuem caráter pragmático, mas são poucos, são normalmente frutos de editais abertos por determinados setores que financiam tais projetos "por fora", canalizando o resultado de tais trabalhos. Repito, são minorias, são praticamente raros.

Tenho mestrado e doutorado, trabalho com isso, conheço o perfil dos profissionais da área, todos são pra lá de academicistas, a enorme maioria fica apenas no blá-blá-blá e os que dizem fazer algo prático, é apenas um "modelo ideal" ou particular, muito longe dos problemas do mundo real. É hora de mudar, na verdade já perdemos o bonde.

Em suma, o mercado precisa de pessoas em condições de contribuir rapidamente com o novo, e não de pessoas que colocam o dedo na ferida. Não precisamos de um físico nuclear que é um especialista em usar um acelerador de partículas, precisamos de um que faça o acelerador, esta é a diferença.


Abraços,

Orestes




Avatar do usuário
LeandroGCard
Sênior
Sênior
Mensagens: 8754
Registrado em: Qui Ago 03, 2006 9:50 am
Localização: S.B. do Campo
Agradeceu: 69 vezes
Agradeceram: 812 vezes

Re: Mssilhouse do Brasil

#225 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jun 12, 2008 3:16 pm

orestespf escreveu: Em suma, o mercado precisa de pessoas em condições de contribuir rapidamente com o novo, e não de pessoas que colocam o dedo na ferida. Não precisamos de um físico nuclear que é um especialista em usar um acelerador de partículas, precisamos de um que faça o acelerador, esta é a diferença.


Abraços,

Orestes
Este é realmente o ponto básico, acertou na mosca, o difícil é explicar isto. Mesmo quem é do meio tem enorme dificuldade em delinear a fronteira entre pesquisa básica e aplicada, e não se encontram sequer estudos ou textos sobre o assunto.

Este é um dos principais entraves para o desenvolvimento tecnológico do país (em todas as áreas, não só a militar), e o problema não é nem mesmo percebido por autoridades governamentais, pelo setor acadêmico ou pela indústria, com algumas poucas e notáveis excessões em cada setor.

Abraços a todos,

Leandro G. Cardoso




Responder