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Re: Supertucano mandou um cabeça das Farcs pro inferno?
Enviado: Seg Mar 31, 2008 12:58 pm
por pt
O que eu quis dizer, é que:
Se se confirma a existência de uma base de um movimento ilegitimo em território português.
Se esse movimento ilegítimo ou terrorista, é reconhecido como tal pela comunidade internacional.
Se o governo do país que aloja esse movimento sabe da sua existência e não o controla
Se o governo desse país têm leis que deveria aplicar sobre esse movimento mas não as aplica.
Se o governo desse país tem meios militares para garantir o cumprimento da lei mas não o faz.
Então esse país pode ser considerado um Estado Pária, e as acções do movimento terrorista podem ser consideradas como tendo o aval e o apoio tácito do governo do país que o acolhe.
No caso do Equador, sabemos que pouco ou nada foi feito contra as FARC.
Partidos politicos equatorianos abertamente defendem as FARC, enquanto movimento terrorista.
A somar a tudo isto, há as confirmadas ligações das FARC com o tráfico e produção de Cocaina, que são uma das formas de sustentar o movimento.
No caso do Equador, sabemos que o país não tem ou afirma não ter os meios necessários para agir contra os terroristas.
No caso do Equador, creio que os Colombianos estavam e estão convencidos de que as FARC têm acesso a muita informação confidencial do governo e da policia ou mesmo do exército.
Informar o governo do Equador, resultarioa no mesmo que resultou em casos anteriores. Em nada!
O Equador prepararia uma coluna para seguir par Lago Agrio, que demoraria uma boa semana a preparar e 48 hora para chegar lá.
Quando lá chegassem, encontravam uma clareira, e vestigios de um acampamento.
O governo do Equador continuaria a afirmar que não havia nada, e que provavelmente era um acampamendo de índios.
O problema da acção Colombiana, o que realmente veio provocar uma situação de mal-estar, é que o governo do Equador desta vez não pode negar que o seu território estava a ser utilizado pelas FARC.
Como se costuma dizer, o Equador perdeu a cara, e isso em política internacional é mau, e é por isso que o Equador reagiu tão mal.
Em termos gerais:
No caso de um governo legítimo, agir contra as suas próprias leis, violar o direito internacional, e permitir que das suas fronteiras partam ataques contra um país vizinho, tal constitui Casus Belli, e pode levar a uma resposta militar legitima.
Cumprimentos
Re: Supertucano mandou um cabeça das Farcs pro inferno?
Enviado: Seg Mar 31, 2008 1:08 pm
por soultrain
Boas PT,
E se o acampamento fosse previamente autorizado pela Colômbia, em concordância com o Brasil, Venezuela e Equador, que seria utilizado para troca de refens?
Como analizaria a actuação da Colômbia?
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Re: Supertucano mandou um cabeça das Farcs pro inferno?
Enviado: Seg Mar 31, 2008 3:39 pm
por Poti Camarão
Colômbia advertiu Brasil 7 vezes sobre presença das Farc, diz jornal
A Colômbia advertiu seis países vizinhos sobre a possível presença de guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) ou da existência de ações do grupo em seus territórios 43 vezes desde setembro de 2004, segundo um reportagem publicada no fim de semana pelo jornal colombiano El Tiempo.
O Brasil teria recebido sete dessas advertências colombianas, segundo o jornal, que cita como fonte um relatório confidencial preparado pelos serviços de inteligência a pedido da Presidência da Colômbia.
O jornal afirma que as advertências – 7 ao Brasil, 4 à Argentina, 2 à Bolívia, 4 ao Peru, 16 ao Equador e 10 à Venezuela – são parte de convênios de cooperação entre órgãos de inteligência, mas não obrigam os demais países a tomarem providências.
A presença das Farc nos territórios dos países vizinhos à Colômbia ganhou destaque neste mês com a operação do Exército colombiano que matou um dos principais líderes das Farc, Raúl Reyes, do lado equatoriano da fronteira com a Colômbia.
A operação gerou uma grande crise diplomática, levando o Equador e a Venezuela a cortarem relações diplomáticas com a Colômbia e a reforçarem o efetivo militar nas suas fronteiras.
Betancourt e Marulanda
Segundo o El Tiempo, entre as advertências feitas pelas autoridades colombianas aos países vizinhos estaria uma à Venezuela, datada de 17 de dezembro do ano passado, alertando para a suposta presença em seu território da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, seqüestrada pela guerrilha desde 2002.
Em outra advertência, mais recente, a inteligência colombiana teria avisado a Venezuela sobre a presença no país do fundador e líder máximo das Farc, Manuel Marulanda, conhecido como “Tiro-certo”.
O jornal afirma ainda que a própria presença de Raúl Reyes em território equatoriano já havia sido objeto de comunicação entre as autoridades de inteligência dos dois países e que em um dos avisos ao Equador as autoridades colombianas dariam a localização exata de 25 bases usadas pelas Farc dentro do território equatoriano.
A reportagem afirma, porém, que “apesar dessas advertências, nem a Venezuela nem o Equador responderam positivamente à informação entregue”.
Segundo o jornal, “80% das advertências foram respondidas com evasivas ou simplesmente não foram levadas em consideração”.
O jornal não dá detalhes sobre as advertências feitas ao Brasil.
Re: Supertucano mandou um cabeça das Farcs pro inferno?
Enviado: Seg Mar 31, 2008 4:00 pm
por pt
E se o acampamento fosse previamente autorizado pela Colômbia, em concordância com o Brasil, Venezuela e Equador, que seria utilizado para troca de refens?
Nesse caso a acção militar teria que ser interpretada à luz dos acontecimentos que a explicassem. Ou seja: Sem mais nenhuma condicionante teria sido a violação de um acordo internacional por parte da Colombia.
Note no entanto, que nesse caso, o acto militar de quebra de confiança, não retiraria à Colombia o direito de continuar a responder, caso perante insistências, o governo vizinho não fizesse nada.
===
Aliás, as advertências da Venezuela à Colômbia, começam a fazer sentido e começamos a entender as razões de todo o teatro do Chavez.
Chavez está a fazer uma grande propaganda sobre o crescimento das forças armadas, mostrando os Sukhoi até para a Naomi Campbel.
Se ocorresse uma acção coordenada dos colombianos contra território da Venezuela, o que é que a Venezuela poderia fazer ?
Resposta: NADA
Para a opinião pública venezuelana, o «Macho latino» cheio de virilidade que o Chavez quer corporizar teria sofrido tremendamente, porque a Venezuela não pode fazer praticamente nada contra a Colômbia, a não ser apoiar as FARC.
A Venezuela não tem a mais pequena capacidade para passar a gigantesca muralha andina, e não tem capacidade de combater a tropa colombiana que está habituada a combater na selva e que além do mais é muito mais numerosa.
Re: Supertucano mandou um cabeça das Farcs pro inferno?
Enviado: Qui Abr 03, 2008 1:31 pm
por PRick
pt escreveu:O que eu quis dizer, é que:
Se se confirma a existência de uma base de um movimento ilegitimo em território português.
Se esse movimento ilegítimo ou terrorista, é reconhecido como tal pela comunidade internacional.
Se o governo do país que aloja esse movimento sabe da sua existência e não o controla
Se o governo desse país têm leis que deveria aplicar sobre esse movimento mas não as aplica.
Se o governo desse país tem meios militares para garantir o cumprimento da lei mas não o faz.
Então esse país pode ser considerado um Estado Pária, e as acções do movimento terrorista podem ser consideradas como tendo o aval e o apoio tácito do governo do país que o acolhe.
No caso do Equador, sabemos que pouco ou nada foi feito contra as FARC.
Partidos politicos equatorianos abertamente defendem as FARC, enquanto movimento terrorista.
A somar a tudo isto, há as confirmadas ligações das FARC com o tráfico e produção de Cocaina, que são uma das formas de sustentar o movimento.
No caso do Equador, sabemos que o país não tem ou afirma não ter os meios necessários para agir contra os terroristas.
No caso do Equador, creio que os Colombianos estavam e estão convencidos de que as FARC têm acesso a muita informação confidencial do governo e da policia ou mesmo do exército.
Informar o governo do Equador, resultarioa no mesmo que resultou em casos anteriores. Em nada!
O Equador prepararia uma coluna para seguir par Lago Agrio, que demoraria uma boa semana a preparar e 48 hora para chegar lá.
Quando lá chegassem, encontravam uma clareira, e vestigios de um acampamento.
O governo do Equador continuaria a afirmar que não havia nada, e que provavelmente era um acampamendo de índios.
O problema da acção Colombiana, o que realmente veio provocar uma situação de mal-estar, é que o governo do Equador desta vez não pode negar que o seu território estava a ser utilizado pelas FARC.
Como se costuma dizer, o Equador perdeu a cara, e isso em política internacional é mau, e é por isso que o Equador reagiu tão mal.
Em termos gerais:
No caso de um governo legítimo, agir contra as suas próprias leis, violar o direito internacional, e permitir que das suas fronteiras partam ataques contra um país vizinho, tal constitui Casus Belli, e pode levar a uma resposta militar legitima.
Cumprimentos
Eu diria que suas afirmações são uma série de possibilidades, desmentidas pela história, suas assertivas não foram provadas, o Governo do Equador não é párea, não está excluído da ONU ou OEA. Não foi condenado por nenhum tribunal internacional nem mesmo investigado por nenhuma comissão independente. Assim, não existem os "se", mas ao contrário.
O que se está condenado, é que um país não tem o direito de julgar outro, e a partir daí se arvorar de juiz e carrasco, praticando uma ilegalidade, violando o terrítório dele, SOB QUALQUER PROPÓSITO OU ARGUMENTO.
Os exemplos históricos de tais acontecimento, são quase sempre seguidos de comprovação da simulação ou mentiras a respeito dos motivos da invasão, como podemos perceber no caso do Iraque e do Incidente do Golfo de Tonquin.
Por sinal, a única culpada pela existência das FARC é a Colômbia e seu principal aliado, os EUA. Já que o principal problema da sociedade colombiana é a droga e suas diferenças sociais gritantes, sempre resolvidas por meio da violência.
O Equador tem menos controle da Amazônia que o Brasil e a Venezuela. E mesmo assim, não é possível a nenhum país no mundo controlar uma floresta desabitada do mesmo tipo.
A Colômbia não faz o mesmo com a Venezuela ou com o Brasil, porque sabe que as coisas seriam diferentes. A reação seria diferente. Ainda que não faria sentido uma invasão do território colombiano. Um ataque de reataliação poderia ser efetuado, e a última coisa que o Governo da Colômbia precisa, é ter EFETIVAMENTE um país da sua fronteira apoiando as FARC, olha, não dava uns 05 anos para a Colômbia fosse repartida em 02 países.
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