Tigershark escreveu:Mapinguari escreveu:Carlos Mathias escreveu:Mas nunca convenceu ninguém do motivo pelo qual o Gripen é encoleirado, Carlos. Porque usa motor americano? A FAB quase toda não usa também?
E por que a Áfica do Sul, um país que sofreu horrores com embargos de equipamento militar de toda parte, viria a escolher o Gripen, o mais encoleirado de todos os caças segundo você, tendo sofrido na pele o problema dos embargos?
Explique, por favor!
Perfeitamente, TP-2000.
Mas vamos nos alongar. A África do Sul é um país estratégico e seu regime pode ser dito que é de qualquer matiz, menos comunista, como uma penca dos seus vizinhos.
Sobre os motores da FAB, é como falar de embargo de motor de fusca, tranqueira velha mais que obsoleta num vale, né? Se o A-29 usasse motores europeus ou russos, talvez tivesse conseguido as vendas venezuelanas.
Talvez o motor nem seja o mais importante amigo, mas os softwares e sistemas eletrônicos.
Se formos para uma compra de prateleira emergencial, onde o que vale é o custo-benefício, nada melhor que os MK-48ADCAP por exemplo, porque a MB sabe que eles não são o alvo, são um remendo. De luxo, mas são remendo.
E finalmente, precisa-se convencer primeiro aa FAs de que os americanos jamais fariam veto ou bloqueio, depositando a defesa do Brasil nessa confiança.
Abraços!
Em primeiro lugar, você sabe porque a MB não ficou com o Torpedo 2000? Se alguém teve culpa na história, não foram os suecos da Bofors Underwater Systems. Pelo contrário! Foram de uma honradez a toda prova. Devolveram cada centavo pago pela MB e ainda pagaram a multa contratual pelo quebra do contrato, sem a menor reclamação. Quem colocou areia no negócio foram os alemães. Eles não abriram a caixa preta para os suecos integrarem o torpedo ao sistema de combate deles.
Quanto ao pacote de software do Gripen, esse pertence integralmente aos suecos e está livre de vetos americanos. Tanto que os sul-africanos integraram modos de operação nos radares de seus Gripen que só os deles terão. Sem o menor problema e com colaboração total sueca. O mesmo pdoe ser dito de seus armamentos, que poderão ser integrados sem problemas.
Sobre a escolha do Mk48 Mk6 ADCAP pela MB, não tenho a menor dúvida de que a MB sabe que stá comprando provavelmente o melhor torpedo do mundo. O alemão é bom? Sim, é! O DM2A4 e o Mk48 são os únicos torpedos do mercado que atendem aos requisitos da MB.
Voltando ao Gripen, ele é o caça com maior leque possível de integração de armamentos e isso ninguém pode negar:
Mísseis ar-ar: AIM120, Meteor, IRIS-T, AIM-9L/M/X, A-Darter, R-Darter/Derby e MICA.
Armas ar-superfície: Uma infinidade, de origem sueca, européia, sul-africana, israelense e americana (inclui LGBs diversas, Spice, Maverick e muitas outras)
Míssil Anti-navio: RBS 15
Essas armas já estão todas integradas ou em fase de integração ao Gripen, com custos dessa itegração pagos pela Suécia ou África do Sul. Quem pagaria a integração das armas ocidentais ao Su35?
O Gripen N é a melhor opção para a FAB, em minha opinião. O que não significa dizer que será o escolhido. Mas dizer que não serve por causa de "coleira" americana, não cola. Por favor!
Amigo Mapinguari,
Imaginando que o Gripen N seja o escolhido,como vc imagina esta combinação Low-Low e sua distribuição?
Abs,
Tigershark
O que você imagina como Low-Low, Tigershark? Quando a FAB começou o planejamento para o FX, seus objetivos eram muito claros: A FAB teria apenas um único caça na linha de frente da Aviação de Caça, por isso ele seria adquirido primeiro para substituir os Mirage IIIE/DBR e, depois, em outros lotes, substituiria os F-5BR (que já estariam totalmente modernizados) e os A-1M (Também modernizados). Por isso, o novo caça deveria ser multirole/swingrole.
Não haveria nada de High-Low. Ou, se fosse para imaginar algo assim, o High seria o F-X e o Low, os 100 A-29A/B.
Só que a FAB permitiu que componentes políticos e econômicos entrassem na equação, prejudicando o processo. Pior ainda, desviou-se do objetivo inicial de ter o F-5BM como caça-tampão, com unidades adcionais que seriam modernizadas, e adquiriu um lote de Mirage 2000C/B por pressão política, bagunçando ainda mais o negócio com a introdução de mais uma linha logística.
A única coisa que a FAB podia fazer para arrumar as coisas era cancelar a concorrência F-X e esperar que a poeira assentasse e o cenário lhe fosse outra vez favorável. E foi o que ela fez.
Espero que essa nova fase, com o F-X2 que, até onde sei, deverá ser definido até fevereiro de 2008, a FAB não faça nenhuma cagada.