http://dn.sapo.pt/inicio/economia/inter ... id=1523673Troca
Mexida no PEC 'tira' 20 mil empregos numa semana
por RUDOLFO REBÊLO Hoje
Na primeira versão, Governo previa quebra de 5 mil empregos em 2010; agora diz 25 mil
Em menos de uma semana, o Governo alterou drasticamente as previsões para o emprego. A 8 de Março, na versão resumida do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), as Finanças entregaram aos parceiros sociais e aos partidos políticos previsões de uma quebra de 0,1% no emprego, a perda de qualquer coisa como cinco mil postos de trabalho no corrente ano. Uma semana depois, no dia 15, o Governo já inscrevia na versão final do documento -0,5%, ou seja a destruição de pelo menos 25 mil postos de trabalho. Contactado pelo DN, o Ministério das Finanças não explicou a discrepância dos números entre os dois documentos.
Apesar de multiplicar por cinco as perdas de postos de trabalho para este ano, Teixeira dos Santos, ministro das Finanças, não reviu em alta as estimativas para o desemprego. Tal como na primeira versão, admite apenas um aumento da taxa de desemprego para 9,8% este ano, contra 9,5% em 2009.E também não alterou os outros dados do cenário macro-económico, como a evolução do consumo das famílias... mesmo sabendo que muitas mais vão ficar sem trabalho.
Pelo segundo ano consecutivo, Portugal perde postos de trabalho e tão cedo não conseguirá recuperar os níveis de 2008. Teixeira dos Santos admite, no PEC, a perda de 128,7 mil postos de trabalho no ano passado, o que explica, em parte, o agravamento da taxa de desemprego. Este ano, o Programa a apresentar em Bruxelas - após a discussão no Parlamento a 25 deste mês - acrescenta a extinção de mais 25 mil postos de trabalho. Ou seja, em dois anos a economia perde 154 mil empregos. Entre 2011 e final de 2013, o Governo estima criar apenas 55 mil empregos. No próximo ano, prevê-se a criação de apenas cinco mil postos de trabalho e só em 2012 o mercado de emprego será capaz de absorver desempregados. Mas, entretanto, contas feitas, em cinco anos - desde 2009 até 2013 - perdem-se 100 mil postos de trabalho.
O Banco de Portugal apresenta perspectivas ainda mais pessimistas para este ano. Nas previsões de Inverno, o banco central estimava que o "emprego deverá contrair 1,3%" em 2010. Isto significa que saem do mercado do trabalho 66 mil pessoas este ano - para a reforma, emigração ou para o desemprego - e o número de postos de trabalho ficará bem abaixo dos cinco milhões. Se o banco dirigido por Vítor Constâncio tiver razão, então Portugal corre risco de perder quase 200 mil postos de trabalho em dois anos.
As razões para esta destruição maciça do factor trabalho está na reduzida dinâmica da economia, amplificada pela crise externa. Se a procura interna está afectada pelo elevado endividamento das famílias e empresas, as exportações estão esganadas pela crise internacional. Assim, entre 2010 e 2013 a produção final do País (PIB) cresce pouco mais de 1,1% em média anual. Com este crescimento anémico, a criação líquida de postos de trabalho só deverá ocorrer em 2011, segundo as previsões do PEC e do próprio Banco de Portugal.
Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), demonstram que o desemprego está a aumentar. A taxa média em 2009 situou-se em 9,5%, a mesma apresentada no PEC, mas no quarto trimestre já atingia 10,1% da população activa.
Noticias de Portugal
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Re: Noticias de Portugal
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Re: Noticias de Portugal
a salvação da economia portuguesa
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http://economico.sapo.pt/noticias/taca- ... 84764.htmlAcções (act.)
Taça da Liga puxa por Benfica, acções disparam 7%
Mafalda Aguilar
22/03/10 08:29
As acções da SAD encarnada lideram as subidas em Lisboa, no rescaldo da conquista da Taça da Liga.
Os investidores estão animados com o facto de o Benfica ter ontem reconquistado a Taça da Liga. O onze de Jorge Jesus goleou o FC Porto por 3-0, no Estádio Algarve. Ruben Amorim, Carlos Martins e Oscar Cardozo foram os marcadores de serviço das 'águias'.
De uma forma muito emocionada, Jorge Jesus dedicou a vitória ao pai. O treinador dos encarnados considerou ainda que "foi uma final justa que o Benfica venceu com todo o mérito, sublinhando que "todos os jogadores que entraram demonstraram uma capacidade enorme".
O troféu da Taça da Liga está a puxar pelos títulos do Benfica, que sobem 7,28% para 3,24 euros, com mais dez mil papéis negociados. É o melhor registo da praça nacional.
As acções do Porto ainda não negociaram.
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Re: Noticias de Portugal
quer dizer que se admite que o PEC vai destruir a economia a favor das finanças e do seu equilíbrio...
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Re: Noticias de Portugal
Paisano:
podem os monetaristas dizer que uma finanças públicas suadáveis são meramente instrumentais para que a economia cresça através de maior capacidade para atrair investimento, e que portanto isto é apenas um remédio para a doença.
Acontece que há muitos tratamentos que são agressivos para o organismo economico e social do país, para mais se desde há 10 anos que este país tem tido sucessivos tratamentos de chque contra o défice, e no entanto não foi ainda encontrada a cura, simplesmente porque tem sido ineficaz.
Em Portugal, os governos são fortes e "corajosos" para com os fracos e fracos para com os fortes, contra os interesses instalados.
Por isso a ineficácias desdes sucesivos tratamentos.
E agora ao fim de dez anos, prometem um tratamento de choque para 3 anos, como se no fim, houvessem "amanhãs que cantam", e como se 3% de défice fosse coisa boa.
O problema é que estes sucessivos tratamentos de combate ao défice, tirados das cartilhas monetaristas, acabarão por deixar o país exangue social e economicamente, e este anúncio de aumento do desemprego é um dos sinais disso mesmo.
podem os monetaristas dizer que uma finanças públicas suadáveis são meramente instrumentais para que a economia cresça através de maior capacidade para atrair investimento, e que portanto isto é apenas um remédio para a doença.
Acontece que há muitos tratamentos que são agressivos para o organismo economico e social do país, para mais se desde há 10 anos que este país tem tido sucessivos tratamentos de chque contra o défice, e no entanto não foi ainda encontrada a cura, simplesmente porque tem sido ineficaz.
Em Portugal, os governos são fortes e "corajosos" para com os fracos e fracos para com os fortes, contra os interesses instalados.
Por isso a ineficácias desdes sucesivos tratamentos.
E agora ao fim de dez anos, prometem um tratamento de choque para 3 anos, como se no fim, houvessem "amanhãs que cantam", e como se 3% de défice fosse coisa boa.
O problema é que estes sucessivos tratamentos de combate ao défice, tirados das cartilhas monetaristas, acabarão por deixar o país exangue social e economicamente, e este anúncio de aumento do desemprego é um dos sinais disso mesmo.
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Re: Noticias de Portugal
De facto, a cartilha é sempre a mesma. Estes vão vender os últimos aneis e mais alguns dedos.
Quero ver é o que vai acontecer a seguir, quando já não houver nada para vender, e continuarmos na mesma.
basta ler esta crónica:
mais a mais, como a grande maioria do pessoal se andou sobre-endividando:
Quero ver é o que vai acontecer a seguir, quando já não houver nada para vender, e continuarmos na mesma.
basta ler esta crónica:
Estou farto de salvar a pátria...
Henrique Monteiro (www. expresso.pt)
0:00 Quinta-feira, 18 de Mar de 2010
Quando comecei a trabalhar, a pátria precisava de ser salva dos desvarios do PREC e por isso pagámos mais impostos. Depois, nos anos 80, houve um choque petrolífero, salvo erro, e tivemos de voltar a salvar a pátria. Veio o FMI, ficámos sem um mês de salário e pagámos mais impostos. Mais tarde, nos anos 90, houve mais uns problemas e lá voltámos a pagar mais, para a pátria não se afundar. Por alturas do Governo de Guterres fui declarado 'rico' e perdi benefícios fiscais que eram, até então, universais, como o abono de família. Nessa altura, escrevi uma crónica a dizer que estava a ficar pobre de ser 'rico'... Depois, veio o Governo de Durão Barroso, com a drª Manuela Ferreira Leite, e lembraram-se de algo novo para salvar a pátria: aumentar os impostos! Seguiu-se o engº Sócrates, também depois de uma bem-sucedida campanha (como a do dr. Barroso) a dizer que não aumentaria os impostos. Mas, compungido e triste e, claro, para salvar a pátria, aumentou-os! Depois de uma grande vitória que os ministros todos comemoraram, por conseguirem reequilibrar o défice do Estado, o engº Sócrates vê-se obrigado a salvar a pátria e eu volto a ser requisitado para abrir mão de mais benefícios (reforma, prestações sociais, etc.), e - de uma forma inovadora - pagando mais impostos.
Enquanto a pátria era salva, taxando 'ricos' como eu (e muitos outros, inclusive verdadeiros pobres), os governantes decidiram gastar dinheiro. Por exemplo, dar aos jovens subsídios de renda... por serem jovens; ou rendimento mínimo a uma pessoa, pelo facto de ela existir (ainda que seja proprietária de imóveis); ou obrigar uma escola pública a aguentar meliantes; ou a ajudar agricultores que se recusam a fazer seguros, quando há mau tempo; ou a pedir pareceres para o Estado, pagos a peso de ouro, a consultores, em vez de os pedir aos serviços; ou a dar benefícios a empresas que depois se mudam para a Bulgária; ou a fazer propaganda e marketing do Governo; ou a permitir que a Justiça seja catastrófica; ou a duplicar serviços do Estado em fundações e institutos onde os dirigentes (boys) ganham mais do que alguma vez pensaram.
E nós lá vamos salvar o Estado, pagando mais. Embora todos percebamos que salvar o Estado é acabar com o desperdício, o despesismo, a inutilidade que grassa no Estado. Numa palavra, cortar despesa e não - como mais uma vez é feito - aumentar as receitas à nossa custa.
Neste aspecto, Sócrates fez o caminho mais simples. Fez exactamente o contrário do que disse, mas também a isso já nos habituámos. Exigiu-nos que pagássemos o défice que ele, e outros antes dele, nunca tiveram a coragem de resolver.
Texto publicado na edição do Expresso de 13 de Março de 2010
mais a mais, como a grande maioria do pessoal se andou sobre-endividando:
http://economico.sapo.pt/noticias/numer ... 84763.htmlFevereiro
Número de famílias portuguesas sobreendividadas não pára de aumentar
Económico com Lusa
22/03/10 08:25
Desemprego e salários em atraso explicam o aumento das famílias que recorrem actualmente à DECO.
"Aquilo que temos verificado é o aumento do número de famílias que nos pedem ajuda", disse a coordenadora do Gabinete de Apoio ao Sobrendividado (GAS), Natália Nunes, à Lusa, sublinhando que muitos portugueses "estão a ser confrontados com a questão do desemprego", a que se juntam ainda factores como o não pagamento de comissões e horas extraordinárias, "além dos salários em atraso".
Desde o início do ano, o GAS contabilizou já 502 pedidos de ajuda por parte das famílias portuguesas, sendo que mais metade desse número - 275 - refere-se a Fevereiro passado, quando se registou um aumento de 0,2% do número de inscritos nos Centros de Emprego e Formação Profissionais em Portugal.
Ainda segundo os dados daquele gabinete da associação portuguesa de defesa do consumidor, dos 275 pedidos de ajuda registados no passado mês, 104 são oriundos da zona de Lisboa, 94 solicitações do Norte e 27 de Coimbra.
Os dados da DECO indicam igualmente que, em Fevereiro passado, 36,4% dos pedidos de ajuda que entraram no GAS se devem a situações de desemprego.
No segundo lugar da lista das causas dos pedidos estão as situações de doença (19,5 por cento), seguidas da deterioração das condições de laborais, com 17,5%.
O agravamento do custo de crédito está quase no fim da lista dos motivos dos pedidos de ajuda, com 5,5%, uma situação que a coordenadora do GAS justifica com a descida das taxas Euribor e a consequente queda das prestações do crédito à habitação.
"Quando cá chegam, mais de 90% das pessoas estão em situação de incumprimento, sobretudo devido às más decisões que tomaram", acrescentou, referindo-se ao recurso a créditos pessoais para pagar dívidas contraídas anteriormente, também estas com recurso a empréstimos bancários.
Natália Nunes adiantou que as famílias que recorrem ao GAS da DECO têm, "em regra", mais de cinco créditos, verificando-se que no topo da lista de prioridades destes portugueses está o pagamento da habitação.
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Re: Noticias de Portugal
http://aeiou.expresso.pt/os-gordos-somos-nos=f571234Os gordos somos nós?
Nicolau Santos (www.expresso.pt)
0:00 | Quinta-feira, 18
Em 2009, houve milhares de empresas que fecharam as portas. As que sobreviveram tiveram a sua facturação reduzida em 20% ou mais. Quase 600 mil pessoas estão no desemprego e muitas famílias viram o seu rendimento disponível diminuir significativamente. Há jovens com cursos superiores e mestrado que só conseguem empregos precários, quando conseguem, a receber entre 100 e 500 euros.
Pois perante tudo isto, é agora pedido a todos os contribuintes uma nova dieta fiscal para reequilibrar as finanças públicas. Em contrapartida, o Estado não fará o mesmo esforço. Quando muito, vai tentar não engordar mais, ou seja, tentará conter o crescimento da despesa corrente primária e não contrair novos encargos, suspendendo alguns dos grandes projectos de investimento público. Mas a dieta do Estado será suave e a redução do défice virá sobretudo do ambíguo congelamento salarial dos funcionários públicos, dos cortes no investimento do Estado e de algumas medidas moralizadoras mas que não contam para o défice, como o congelamento dos salários dos administradores e trabalhadores das empresas públicas, algumas das quais, aliás, já disseram que não cumprirão essa directiva.
A verdade é que o grosso do contributo para reduzir o défice do Estado para 2,8% em 2013 virá sobretudo do aumento da carga fiscal sobre a classe média, não através do aumento de impostos directos ou indirectos, mas da redução dos benefícios fiscais em saúde e educação e de outras deduções à colecta. Vai dar ao mesmo. Os que estudaram mais, os que se prepararam melhor para a vida activa, que investiram no futuro, são os que serão de novo penalizados. O trabalho, a competência, o talento estão a ser convidados a sair do país.
O Governo reconhece aliás isso, mesmo que moderadamente, ao admitir que os contributos para reduzir o défice virão em 51% do aumento da receita (!), 22% das despesas com pessoal, 11% das despesas sociais, 7% das despesas de capital e 9% de outras despesas. O problema é que nestas matérias o aumento da receita é sempre para ficar; a contenção da despesa é sempre provisória e sobe de novo logo que há um pequeno alívio fiscal.
Depois, apertado pelas dificuldades, o Governo lança a mão aos anéis e trata de os vender. O pequeno problema é que a decisão tem que ver com a situação aflitiva em que estamos e não com convicções ou um programa com coerência mínima. Ora há aspectos que talvez valham uma boa discussão. O Estado não deve ser o dono da rede infra-estrutural de energia? O Estado não deve manter uma posição na petrolífera portuguesa? E os correios, podem ser privatizados sem problema? E porque se privatiza tudo mas o sector dos transportes públicos, aquele de onde vem a esmagadora maioria das responsabilidades do Estado (mais de 22 mil milhões), passa sem um programa que o reduza drasticamente?
O PEC foi saudado pela OCDE, provavelmente receberá o ámen da Comissão Europeia e deve ser apoiado internamente. Mas é sobretudo um antibiótico para combater a grave doença de que padecemos. Não só não se atacam os desequilíbrios estruturais do Estado, como não existem nenhumas medidas para apoiar o crescimento económico. E esse é um erro fatal que, se não for corrigido, torna inútil o enorme esforço fiscal que vamos suportar.
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Re: Noticias de Portugal
acabou de sair...
*FITCH DOWNGRADES PORTUGAL TO 'AA-'; OUTLOOK NEGATIVE (Bloomberg)
Noticias: O Ministério das Finanças já reagiu ao corte da classificação da dívida portuguesa por parte da agência Fitch.
Teixeira dos Santos sublinha a necessidade de obter, na votação de amanhã do PEC, um consenso político para "contrariar as condições financeiras" e defende que Portugal tem de mostrar "empenho político" após este ‘downgrade'.
país de mansos...
http://economico.sapo.pt/noticias/fitch ... 85022.html
*FITCH DOWNGRADES PORTUGAL TO 'AA-'; OUTLOOK NEGATIVE (Bloomberg)
Noticias: O Ministério das Finanças já reagiu ao corte da classificação da dívida portuguesa por parte da agência Fitch.
Teixeira dos Santos sublinha a necessidade de obter, na votação de amanhã do PEC, um consenso político para "contrariar as condições financeiras" e defende que Portugal tem de mostrar "empenho político" após este ‘downgrade'.
RISCO (ACT.4)
AGÊNCIA FITCH CORTA 'RATING' DE PORTUGAL
Pedro Latoeiro
24/03/10 10:05
O 'downgrade' reflecte o agravamento do défice português em 2009.
A Fitch reduziu a classificação da dívida portuguesa, de ‘AA' para ‘AA-‘, um reflexo do agravamento do défice português em 2009. O ‘outlook' para Portugal mantém-se negativo.
"O ‘downgrade' reflecte o aumentou significativo do défice das contas públicas em 2009. O défice atingiu os 9,3% do PIB face aos 6,5% estimados pela Fitch em Setembro passado. Este agravamento torna ainda mais exigente o desafio de equilibrar as contas públicas e reduzir a dívida no médio prazo", lê-se numa nota da agência de notação financeira.
Admitindo que os receios em torno de Portugal diminuíram nos últimos meses, Douglas Renwick, director da Fitch, sublinha que "as perspectivas de crescimento da economia portuguesa estão abaixo da média da zona euro, o que poderá pressionar as contas públicas no médio prazo".
FITCH ADMITE NOVO ‘DOWNGRADE'
A agência mantém o ‘outlook' negativo dadas as suas preocupações quanto ao impacto da crise mundial numa economia estruturalmente fraca e endividada como a portuguesa.
"Desequilíbrios adicionais nas contas públicas poderão conduzir, em 2010 e 2011, a um novo downgrade", lê-se no documento. No entanto, sublinha, "indicações de que Portugal está a entrar numa retoma sustentável, de que o défice está a ser reduzido, e que estão a ser feitas reformas para aumentar a produtividade e a competitividade do país, amenizarão as pressões sobre o ‘rating' do país".
PEC É CREDÍVEL
No mesmo documento, a agência de notação financeira elogia o programa de estabilidade e crescimento (PEC) português, que será votado amanhã no Parlamento e estima uma descida continuada do défice até 2,8% do PIB em 2013.
"A Fitch considera que o plano recentemente anunciado pelo governo é credível, incorporando pressupostos macroeconómicos razoáveis", refere.
Lembrando a redução do défice conseguida entre 2005 e 2008, a Fitch não deixa de avisar que os planos para equilibrar as contas públicas nos próximos anos podem ser minados pelo fraco crescimento económico, "especialmente em 2012 e 2013".
"NÃO ANTECIPAMOS INSTABILIDADE POLÍTICA"
A agência internacional, uma das mais influentes do mundo, elogia o sistema financeiro português e diz que o ‘rating' de ‘AA-‘ é também suportado pelo facto de Portugal estar na zona euro e ter uma história de inflação baixa.
Para além disso, a Fitch não antevê instabilidade política no país. "Embora exista esse risco, não esperamos significativa instabilidade política".
país de mansos...
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Re: Noticias de Portugal
Só espero que isto estoure, a sério, já perdi a pachorra com estes FGP...
Vou-te a dizer, sou cada vez mais contra o euro, sou cada vez mais contra o bloco central (PSD/PS), sou cada vez mais a favor de que com estes...nós não vamos lá!
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Vou-te a dizer, sou cada vez mais contra o euro, sou cada vez mais contra o bloco central (PSD/PS), sou cada vez mais a favor de que com estes...nós não vamos lá!
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Re: Noticias de Portugal
cabeça de martelo escreveu:Só espero que isto estoure, a sério, já perdi a pachorra com estes FGP...![]()
Vou-te a dizer, sou cada vez mais contra o euro, sou cada vez mais contra o bloco central (PSD/PS), sou cada vez mais a favor de que com estes...nós não vamos lá!
compreendo-te perfeitamente pois penso exactamente da mesma maneira.
o problema é que este povo é muito manso, bando de carneiros.
Noutro país qq isto já tinha estourado, aqui esta gentinha de mrd ainda anda a aplaudir estes fdp.
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Re: Noticias de Portugal
O que precisa saber sobre o PEC (1.ªParte)
23 de Março de 2010, 08:13
Até ao final do mês de Março, tem de seguir para Bruxelas o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) que Portugal tenciona executar até 2013. Até lá, o diploma vai ainda ser discutido no Parlamento - garantida está já a discussão entre o Governo e os partidos da oposição.
Antecipando o debate, o SAPO conversou com o jornalista económico Camilo Lourenço para saber o que está realmente em causa quando se fala no PEC.
1. O que é o PEC?
O PEC funciona como ‘um manual de bom comportamento’, diz Camilo Lourenço, ‘onde dizemos o que vamos fazer para ter as contas do país em dia’. E tal como acontece em qualquer lar português, é preciso garantir que as receitas cobrem todas as despesas.
‘No caso do Estado, é mais fácil fazer isto, porque o Estado pode gastar um pouco mais do que aquilo que recebe’. Então, qual é o problema? ‘O drama disto é que, quando começamos a endividar-nos em excesso, tem de se ir buscar dinheiro ao mercado’. E se a dívida continuar a aumentar, ‘um dia corremos o risco de deixar de poder honrar os nossos compromissos’, explica Camilo Lourenço.
2. Quem vai sentir o PEC no bolso?
‘A classe média, que é onde está o dinheiro, e sobretudo as pessoas que trabalham por conta de outrem’, acredita o jornalista. ‘Pessoas que tenham rendimentos até 7 mil euros anuais, não vão sentir nada. Mas, por exemplo, quem tem rendimentos de 60 mil euros vai sentir um agravamento de 700 euros naquela que é a factura fiscal'.
'O que isto significa é que, como vamos poder reduzir menos despesas e benefícios fiscais, aquilo que vamos entregar ao Estado é mais elevado. Muito menos famílias vão receber o cheque do reembolso do IRS depois de entregar a declaração’, explica Camilo Lourenço.
3. Depois de o PEC entrar em vigor, vou pagar mais impostos?
Camilo Lourenço acredita que sim: ‘é claro que há um aumento de impostos. Não há um aumento da taxa de imposto, mas há aumento do que vamos pagar ao Estado, porque vamos poder deduzir menos também, do ponto de vista da despesa fiscal, ou seja, através de benefícios fiscais e por aí adiante’.
Mas atenção: estas medidas só serão válidas para os rendimentos de 2010, ou seja, para as declarações a entregar em 2011.
http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1053116.html
23 de Março de 2010, 08:13
Até ao final do mês de Março, tem de seguir para Bruxelas o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) que Portugal tenciona executar até 2013. Até lá, o diploma vai ainda ser discutido no Parlamento - garantida está já a discussão entre o Governo e os partidos da oposição.
Antecipando o debate, o SAPO conversou com o jornalista económico Camilo Lourenço para saber o que está realmente em causa quando se fala no PEC.
1. O que é o PEC?
O PEC funciona como ‘um manual de bom comportamento’, diz Camilo Lourenço, ‘onde dizemos o que vamos fazer para ter as contas do país em dia’. E tal como acontece em qualquer lar português, é preciso garantir que as receitas cobrem todas as despesas.
‘No caso do Estado, é mais fácil fazer isto, porque o Estado pode gastar um pouco mais do que aquilo que recebe’. Então, qual é o problema? ‘O drama disto é que, quando começamos a endividar-nos em excesso, tem de se ir buscar dinheiro ao mercado’. E se a dívida continuar a aumentar, ‘um dia corremos o risco de deixar de poder honrar os nossos compromissos’, explica Camilo Lourenço.
2. Quem vai sentir o PEC no bolso?
‘A classe média, que é onde está o dinheiro, e sobretudo as pessoas que trabalham por conta de outrem’, acredita o jornalista. ‘Pessoas que tenham rendimentos até 7 mil euros anuais, não vão sentir nada. Mas, por exemplo, quem tem rendimentos de 60 mil euros vai sentir um agravamento de 700 euros naquela que é a factura fiscal'.
'O que isto significa é que, como vamos poder reduzir menos despesas e benefícios fiscais, aquilo que vamos entregar ao Estado é mais elevado. Muito menos famílias vão receber o cheque do reembolso do IRS depois de entregar a declaração’, explica Camilo Lourenço.
3. Depois de o PEC entrar em vigor, vou pagar mais impostos?
Camilo Lourenço acredita que sim: ‘é claro que há um aumento de impostos. Não há um aumento da taxa de imposto, mas há aumento do que vamos pagar ao Estado, porque vamos poder deduzir menos também, do ponto de vista da despesa fiscal, ou seja, através de benefícios fiscais e por aí adiante’.
Mas atenção: estas medidas só serão válidas para os rendimentos de 2010, ou seja, para as declarações a entregar em 2011.
http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1053116.html
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Re: Noticias de Portugal
pelo menos já falam de nós lá fora, o trocas-te deve estar todo contente
http://finance.yahoo.com/news/Stock-fut ... /print?x=0Stock futures fall after Portugal's rating cut
Stock futures point to lower opening after ratings agency warns about Portugal's debt
ap
Stephen Bernard, AP Business Writer, On Wednesday March 24, 2010, 7:11 am
NEW YORK (AP) -- Stock futures fell Wednesday on renewed concerns about European debt problems after a major ratings agency slashed its view on Portugal.
European markets are lower after Fitch Ratings said Portugal's recovery will be slower than other countries that use the euro, hurting Portugal's ability to repay its debt. Debt problems in Europe have been one of the few drags on stocks in recent months.
Mounting debt in Greece, Portugal and other euro-zone nations have investors worried the countries will struggle to rebound economically and upend a global recovery.
The dollar strengthened sharply against the euro and other major currencies. The dollar is at its highest level against the euro since May.
The fresh worries about European debt more than offset expected signs of growth in the U.S. economy. Investors are awaiting reports on housing sales and durable goods orders that are expected to show growth in the sectors.
Ahead of the opening bell, Dow Jones industrial average futures fell 42, or 0.4 percent, to 10,786. Standard & Poor's 500 index futures dropped 5.70, or 0.5 percent, to 1,163.90, while Nasdaq 100 index futures fell 8.75, or 0.5 percent, to 1,953.50.
The Dow rallied to its highest level since September 2008 on Tuesday after the National Association of Realtors said a drop in sales of existing homes last month wasn't as big as forecast. The housing market will be in focus again Wednesday when the Commerce Department reports on new home sales.
The housing report is expected to show that sales rose 3.6 percent to a seasonally adjusted annual rate of 320,000 last month, bouncing off a record low seen in January, according to economists polled by Thomson Reuters. The report is due out at 10 a.m. EDT.
A recovery in the sector has been slow and uneven. Reports showing improvement or stabilization in the housing market have regularly been met with buying on Wall Street, such as Tuesday's big gains. The Dow jumped nearly 103 points, or 1 percent, and has risen in 10 of the last 11 trading sessions.
Investors on Wednesday will also receive a report on orders to factories for big-ticket manufactured goods. Unlike the housing market, the manufacturing sector has shown steady improvement in recent months.
Economists predict durable goods orders -- items expected to last at least three years -- rose 0.7 percent in February. Excluding the volatile transportation category, orders likely rose 0.6 percent.
Orders jumped 2.6 percent in January thanks to a surge in aircraft orders. Excluding transportation, orders fell 1 percent that month.
The Commerce Department report is due out at 8:30 a.m. EDT.
Meanwhile, bond prices were trading in a narrow range. The yield on the benchmark 10-year Treasury note, which moves opposite its price, rose to 3.70 percent from 3.69 percent late Tuesday.
Gold and oil prices fell.
Overseas, Britain's FTSE 100 fell 0.6 percent, Germany's DAX index dropped 0.7 percent, and France's CAC-40 fell 0.7 percent. Japan's Nikkei stock average rose 0.4 percent.
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