Paraguai
Moderador: Conselho de Moderação
- saullo
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
É ruim essa visão dicotômica entre FHC x Lula, de que um seria Deus e outro o diabo...Com o passar dos anos, veremos que o grande flagelo, que era a inflação desenfreada, o dragão que nos tornava cada dia mais pobres, foi vencido e debelado desde o finalzinho do Governo Itamar, e vem sendo durante os governos FHC + Lula...vejam bem..."+" e não "x". Ambos, FHC e Lula, forjaram uma nova visão do Brasil no mundo. FHC era letrado, fala trocentas línguas e deu um verniz cultural e respeitado ao Brasil, e Lula trouxe um jeitão mais pop, mais à vontade tipo boa-praça, mas AMBOS terão, e o futuro dirá isso, durante seus 16 anos de governo, promovido uma guinada muito grande na presença brasileira no mundo. Erros existem, mas no início dos anos 1990, saídos de governos Sarney/Collor, nossa terra brasilis não era dos lugares mais habitáveis do planeta. Melhoramos muito, mas ainda temos muito pela frente.
Nosso grande problema hoje e desde muito tempo atrás é a CORRUPÇÃO. Essa está difícil de derrubar.
Abraços
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- cvn73
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Nunca votei no FHC nem no Lula, mas concordo com o Saullo .
unanimidade só existe no cemitério
- Algus
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Também concordo. E somaria a corrupção com outras duas grandes deficiências:
- Educação de péssima qualidade
- Mania de depreciar tudo que fazemos e enaltecer os outros povos.
Como no caso da Guerra do Paraguai, onde a maior parte dos Brasileiros acha que nós fomos os grandes vilões e que temos algum tipo de "dívida histórica" com os Paraguaios. O próprio Amorim disse isso ao tratar sobre a renegociação do acordo de Itaipú.
Não sou muito fã da política externa do Lula, mas prefiro aguardar pra ver o resultado dessa negociação. Espero ao menos que os Paraguaios parem de nos considerar "imperialistas" com essa. Veremos.
- Educação de péssima qualidade
- Mania de depreciar tudo que fazemos e enaltecer os outros povos.
Como no caso da Guerra do Paraguai, onde a maior parte dos Brasileiros acha que nós fomos os grandes vilões e que temos algum tipo de "dívida histórica" com os Paraguaios. O próprio Amorim disse isso ao tratar sobre a renegociação do acordo de Itaipú.
Não sou muito fã da política externa do Lula, mas prefiro aguardar pra ver o resultado dessa negociação. Espero ao menos que os Paraguaios parem de nos considerar "imperialistas" com essa. Veremos.
- Clermont
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
É, basicamente, é isso mesmo. Porém, é impossível evitar que cada pessoa, de acordo com suas tendências, faça comparações positivas e negativas, entre um governante e outro.saullo escreveu:É ruim essa visão dicotômica entre FHC x Lula, de que um seria Deus e outro o diabo...Com o passar dos anos, veremos que o grande flagelo, que era a inflação desenfreada, o dragão que nos tornava cada dia mais pobres, foi vencido e debelado desde o finalzinho do Governo Itamar, e vem sendo durante os governos FHC + Lula...vejam bem..."+" e não "x". Ambos, FHC e Lula, forjaram uma nova visão do Brasil no mundo.
(...)mas AMBOS terão, e o futuro dirá isso, durante seus 16 anos de governo, promovido uma guinada muito grande na presença brasileira no mundo. Erros existem, mas no início dos anos 1990, saídos de governos Sarney/Collor, nossa terra brasilis não era dos lugares mais habitáveis do planeta. Melhoramos muito, mas ainda temos muito pela frente.
Eu, pessoalmente, acho que o Brasil estaria melhor, hoje, se Serra tivesse vencido em 2002. Mas, querem saber de uma coisa gozada? Eu não votei nele, naquela eleição. Votei no outro.
Nada como alguns anos para mudar nossas perspectivas...
Por outro lado, também sou forçado a reconhecer que a História registrará que o letrado, o que fala "trocentas línguas", agiu pior do que Evo Morales e Hugo Chàvez. Ele alterou a Constituição do Brasil, em benefício próprio, sem consulta nas urnas. Apenas por métodos solertes - embora, nunca comprovados - de manipulação do Congresso Nacional. Enquanto isto, o semi-letrado, barbudo, sem-dedo, falastrão, que mal fala a língua pátria, não tentou alterar a Constituição para disputar um terceiro mandato. Mesmo tendo 80 % de apoio popular.
Não importa os motivos. Isto é um fato: FHC mudou a Constituição em benefício próprio, e Lula não fez isto.
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Kratos escreveu:Vou lhe ensinar um conceito ao qual você é fraco demais, intelectualmente, pra entender por conta própria, portanto preste muita atenção.HIGGINS escreveu:Eu estou ficando besta com este fórum.
Uma nota, sem cabimento, recebe uma atenção desmedida. Isto em um lugar onde os foristas se dizem "escolados" com lobbies...
É brincadeira.
Para começar, vou lembrar da Bolívia: quando da crise do gás, todos criticaram as atitudes tomadas, esquecendo-se que os contratos escorchantes e de preços aviltantes que se tinha, claramente desfavoráveis aos bolivianos. O Governo Boliviano movia-se em direção à Venezuela, contando com apoio da PDVSA.
O que se deu?
Que o preço do gás boliviano, aumentado, não se consubstanciou como elevado, que a dependência deste fornecimento decaiu, devido a iniciativa do estado brasileiro de importar GLP.
A Bolívia, agora, está nas nossas portas. A Petrobrás voltou a investir, ganhou a concessão do maior campo de gás...
Onde está a PDVSA?
Paraguai: Ganhou um aumento direto de 140 para 360 milhões, e a comercialização direta no mercado aberto de energia. Vai perder muito, pois a característica destes leilões é jogar o preço para baixo, devido a concorrência ferina das geradoras.
Como resultado, vão continuar a vender diretamente.
Politicamente, tira-se a pressão de Lugo, que precisava de um acordo. Humilhar o bispo - Presidente, apenas o faria cair nos braços do "bolivarianismo".
É isso o que querem?
Vou dizer aqui uma coisa:
Chega a ser ridículo o comportamento de alguns aqui. Parecem se esquecer da situação que vivíamos há oito anos idos. Além do mais, reclamam muito dos EUA, da UE e da CHINA, quanto ao tratamento deste em relação a nós, mas se esquecem disto quando a situação se inverte, tendo os nossos vizinhos como parte mais fraca.
Vocês querem que tenhamos o mesmo tipo de liderança abjeta e míope?
É isto?
Talvez isto se dê, porque a miopia, a desfaçatez e a insidiosidade sejam inerentes as vossas almas. Identificam-se.
3 coisas eu faço sempre:
sexo;barras paralelas e porrada em entreguistas do PSDB E PFL (DEMagogos).
Adoro as eleições, pois é o momento que tenho para fazer a minha barra de ferro, girar!
Ao patriota o que importa é o melhor para seu país, e para o povo de seu país. O patriota não se importa com as necessidades de outras nações, quando estas ameaçam colocar em detrimento as necessidades de sua pátria-mãe, e somente atende as necessidades de outras nações se isso lhe resulta em futuros benefícios para a pátria-mãe.
E leia bem, antes de sair por ai apontando dedos, e acusando os outros de serem entreguistas, saiba que o entreguista aqui é você, VOCÊ; um traidor, que coloca uma ideologia (o confronto entre nações pobres e ricas) idiota acima do bem da sua nação e do povo da sua nação; um traidor que aplaude o nosso governo, governo este governo gasta dinheiro pra subornar um governo estrangeiro que faz de sua política externa uma constante agressão aos interesses regionais brasileiros, tal governo estrangeiro faz vista grossa à constantes agressões aos nossos cidadãos residentes em tal território.
Então, antes de ficar indignado pelo comportamento de outros foristas, tome vergonha na sua cara e largue de ser um covarde esquerdista, um traidor da nação, que prefere que nosso país desperdície seus recursos com vizinhos traiçoeiros, sem garantia de retorno de tais investimentos. O entreguista aqui é você.
Um conceito é uma derivação, objetiva, capaz de permitir o entendimento de algo, que pode ser designado; como idéia. Abstrato por natureza, exige uma definição, pois sem esta, não tem como subsistir, haja vista que é necessário que sua aplicação seja sempre idêntica e substancial. Como você foi incapaz de fazer uma coisa ou outra, observa-se com clareza, que não sabes o que é um conceito, portanto, és incapaz de apontar-me falta alguma, no plano intelectual.
Isto posto, vamos adiante:
Patriotismo: por definição é o apego e devoção aos símbolos pátrios, confunde-se com nacionalismo, que possui uma definição mais ampla e é calcado por um entendimento do ideal necessário, aqui compreendido pelo termo mais popular:ideologia.
Como o patriotismo é por definição orgulho de sua pátria, não se pode antepor outra coisa, para designar se uma pessoa é ou não patriota.
Se você quer citar conceitos, Kratos... Urge que os conheça primeiro!
Então eu sou um “um traidor, que coloca uma ideologia (o confronto entre nações pobres e ricas) idiota acima do bem da sua nação e do povo da sua nação”. Pois muito que bem. Vamos considerar que ideal, e o seu derivativo abstrato, ideologia, seja (como é) o oposto de real e realidade. Dado que as relações entre povos, culturas e nações (que envolvem pessoas, culturas, territórios e organização política) são imperiosamente demandadas pelas características geográficas e dos recursos naturais (minerais, hídricos e energéticos), por sua vez, delimitados pelas contingências inerentes, que são de ordem populacional e climáticas, tem-se a situação de que estas são favoráveis ou desfavoráveis, conforme o atendimento ou não das variáveis que incidem nesta dinâmica relacional. A ação de um povo, para contornar esse desfavorecimento, se chama “política”, cuja aplicação em termos amplos, quando afeito a uma região, se chama “geopolítica”.
Como a “geopolítica”, não é uma construção teórica de alguma cadeira acadêmica de ciências humanas, mas sim um desenvolvimento de política aplicada, não se pode retirá-la da realidade circundante, pois perderia o sentido. Desta maneira, pode-se dizer que toda ação de cunho geopolítico não é ideológico no sentido puro do termo, pois esta ação se afiança no real, não no imaginário.
Observa-se nas ações recentes do estado brasileiro, uma postura não de alinhamento automático a qualquer idéia que viceja no continente, mas sim, de atração dos vizinhos aos interesses nacionais, a partir do desenvolvimento dos interesses comuns. Para que tal aconteça, é necessário que haja por parte da nação alvo, não só uma perspectiva próxima ou equivalente (ela por certo já existe), mas um entendimento tácito, de que isto será cumprido.
A Bolívia é o exemplo cabal: exportadora de energia estava afeita a um contrato, cujos valores eram absurdamente baixos. Este desequilíbrio foi por várias vezes objeto de comentários nas colunas especializadas de petróleo e energia. Isto se deu, porque o mesmo foi realizado quando o governo brasileiro estava absorto em uma política dependente das nações centrais, incapaz de alicerçar qualquer política regional, afeito a uma dependência de capital externo associado a exportação pura e simples de commodites agrícolas.
Neste contexto, todo e qualquer interesse, que visava atender o parque industrial, produtor de bens com valor agregado, ficava em segundo plano.
No plano interno Boliviano, no entanto, força-se a situação para que se obtenha ganhos mais favoráveis. Mas, para que isto se desse, era necessário ou diversificar o destino da exportação de energia, ou reforçar a dependência do comprador. Éramos o único comprador (na verdade Argentina e Chile se configuram como compradores, mas o volume ainda hoje não é substancial).
A Bolívia procurou forçar um impasse, o Brasil, ganhar tempo. A estratégia brasileira foi esta e materializou-se nos terminais de importação para GLP, bem como com as recentes ampliações dos gasodutos brasileiros, com suas fontes produtivas na costa. Cortou-se, portanto a dependência.
O aumento do preço do gás boliviano, que em termos internacionais foi módico, proporcionou a entrada do gás liquefeito em condições competitivas em nosso mercado, desfazendo assim, qualquer necessidade futura de dependência à produção boliviana do mesmo. Em contrapartida, observa-se, que o ligeiro enriquecimento do estado boliviano, resultou em um aumento das importações brasileiras. O motivo é simples: a Bolívia é um estado interior, não produz bens industriais e os necessita. De quem ela compra?
Por fim, a capacidade de financiamento, de que o Brasil dispõe, impôs, pela realidade, que a Bolívia convidasse novamente à Petrobrás para que esta viesse a realizar a extração do seu maior campo de hidrocarbonetos.
Pergunta-se agora, quem venceu?
Em nenhum momento perdemos a calma, mandamos nossos tanques morro acima, para satisfação de propalados “egos pátrios”, típicos de almas primárias. A “oposição”, muito berrou neste sentido, o que foi por demais intrigante: tal comportamento foi apenas oportunismo político ou estupidez?
Quanto à expulsão dos brasileiros em faixa de fronteira, não cabe discussão: é um direito boliviano, fundamentado juridicamente. Além do mais, temos leis semelhantes.
O que não se diz desta história, é que ela possui como pano de fundo uma disputa interna (política) entre o governo da província e a autoridade central. Lamentável que pessoas humildes se vejam deslocadas, mas fato é que são brasileiros e o Brasil que cuide dos seus.
Antes de continuar quero dizer que se por ventura, ser cego significa ter uma visão, cuja perspectiva foge do que se veicula, diuturnamente em nossa “mídia informativa”. Então sou cego.Kratos escreveu:VocÊ é burro por acaso? Cego? Tem problemas mentais? O Lugo já estava no "bolivarianismo" desde de anos antes da sua eleição, Lugo foi bancado ao poder com recursos financeiros e apoio político de Chavez, ele é o "bolivarianismo" no Paraguai. E "tira-se a pressão de Lugo"? Lugo que se foda, Lugo é o problema em primeiro lugar, e quanto mais pressão haver nele, mais cedo ele sai e mais chances se tem de colocar na presidência do Paraguai alguem que não seja tão hostil aos nossos interesses.HIGGINS escreveu:Paraguai: Ganhou um aumento direto de 140 para 360 milhões, e a comercialização direta no mercado aberto de energia. Vai perder muito, pois a característica destes leilões é jogar o preço para baixo, devido a concorrência ferina das geradoras.
Como resultado, vão continuar a vender diretamente.
Politicamente, tira-se a pressão de Lugo, que precisava de um acordo. Humilhar o bispo - Presidente, apenas o faria cair nos braços do "bolivarianismo".
É isso o que querem?
Se como portador de “Problemas mentais”, significa empenhar-se em tentar comunicar-me em um fórum, onde se preocupa antes em afirmar-se ideologicamente, ao passo que dissimuladamente acusa aqueles que tratam da realidade, como se ideólogos fossem, então eu tenho tais “problemas mentais”.
E caso a alcunha de “burro”, representa a percepção de que nossas ações equivalem a construção moral da percepção de mundo, então eu sou “burro”.
Antes ser brindado com tais adjetivos nas situações dadas acima, do que tentar-me afirmar via primarismo, obtusidade e obsolência, na forma e no ser.
Vou discutir agora, o Paraguai:
Dá-se que é a nação problemática da América Latina, pois por mais que se cite a Bolívia como a mais pobre, o Paraguai, que pouco mais rico é, exibe uma realidade social ainda mais problemática, já que esta se fundamenta em uma rigidez atávica ao sistema político, que a Bolívia, até agora, não exibia (e ainda não exibe).
Lugo, é importante que se entenda, não é representante de um ideário socialista real ou equivalente. Não poderia, é um ex-Bispo Católico. Sua ascensão se deu no quarto de século, onde a Cúria Romana perseguiu toda e qualquer manifestação de apreço às idéias da Teologia da Libertação e assemelhados. Portanto, se Lugo fosse adepto do chamado “Marxismo Católico”, jamais teria deixado de ser um padre... Sua construção idearia se fez sob a perspectiva de justiça e caridade cristã, cuja manifestação política se dá como confronto às classes paraguaias, identificadas com a manutenção do status quo vigente. No entanto, não se fundamenta em um pressuposto de violência, vingança ou mesmo de reparação imediata, ou seja, não alude à representatividade revolucionária, pois esta não é a formação católica.
Neste ínterim, este presidente é para o Brasil, importante, pois como é um forasteiro, um intruso à classe política tradicional do Paraguai, não possui o mesmo os alicerces internos, característicos das oligarquias locais, portanto, por princípio, não representa interesses internos de relevância, afora aqueles representados pelas bandeiras sociais com as quais se elegeu. Assim, abrem-se possibilidades para atrelamento dos interesses brasileiros, com os interesses políticos imediatos deste dignitário, contanto que se saiba como fazer tal aproximação.
É evidente, que cumpre a quem está afeito a uma estratégia de exportação de energia, caso das chamadas “nações bolivarianas”, apresentar-se dentro de uma “união ideológica”, para que as diferenças e assimetrias entre os países não venham a influenciar uma pressuposta postura em bloco, necessária para fazer aos interesses compradores. Daí o financiamento de candidaturas pela América Latina afora(Venezuela). No entanto, o Brasil não é um exportador de energia, pelo contrário, é exportador de produtos agrícolas e de bens industrializados, sendo que para os últimos, é a América Latina o seu destino. Portanto, é do interesse brasileiro manter o Paraguai em um rumo de desenvolvimento sustentado, e para que isso aconteça, o pensamento absurdo veiculado no Paraguai, de se ter a energia elétrica como produto de exportação (como se petróleo fosse) deve ser revertido, para a noção de aproveitamento interno (algo que parece lógico, mas que não é tão simples).
O gargalo paraguaio é a incapacidade deste país, de ser crível quanto à capacidade de honrar os créditos a ele concedidos. Um problema de toda a AL; por isto, ampliar a capacidade financeira paraguaia atende os interesses imediatos do Brasil, que poderá em acordos de financiamento, atrelar o pagamento dos mesmos aos proventos advindos da compra de energia da empresa bi-nacional. E isto, feito sem que se faça necessária uma retórica coercitiva, que implicaria em uma reação à liderança brasileira, leia-se, às inserções comerciais brasileiras futuras.
Portanto, fragilizar politicamente Lugo, não atenderia aos nossos interesses, além de reforçar a retórica “bolivariana”, cujo eixo econômico (exportador de energia), não nos interessa.
Por isto, digo a você, Sr. Kratos, que antes que julgue, com o vosso saber mor, as ações do seu país, compreenda a forma como ele se insere, na região e no mundo. Desta forma, pouparia a si, o desconforto de ser exposto como pessoa de visão curta e pensamento equivocado, para não dizer, infantil. A nação mais poderosa do globo teve em seu comando até pouco tempo, pessoas de equivalente mister, e os resultados, desastrosos, são conhecidos. Evocar para o Brasil, um comportamento equivalente, soa como piada de mau gosto, principalmente, para aqueles com olhos voltados ao futuro.
Em resumo: Só pode ensinar, aquele que sabe.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Um fraternal abraço,
.'.
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Um livro muito importante para entender vários problemas da questão Itaipu.
O autor foi ministro das relações exteriores de Costa e Silva, e tem dois capítulos dedicados à questão dos acordos e construção de Itaipu. Vale muito a pena ser lido.
O autor foi ministro das relações exteriores de Costa e Silva, e tem dois capítulos dedicados à questão dos acordos e construção de Itaipu. Vale muito a pena ser lido.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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sossega e depois desinquieta.
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Paraguai adia decisão sobre entrada da Venezuela
Assunção.
O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, surpreendeu e retirou, ontem, o pedido que havia feito ao Senado para aprovar a adesão da Venezuela ao Mercosul. Segundo fontes oficiais, a manobra foi feita para prevenir a derrota da proposta e eventuais rusgas.
´O governo paraguaio aguardará condições mais favoráveis para remeter novamente o pedido de adesão da Venezuela ao Mercosul´, afirmou o chanceler Héctor Lacognata.
O Senado do Paraguai, que tem maioria oposicionista, se preparava para tratar do assunto - que também está pendente no Congresso brasileiro - na primeira hora de ontem. Os Congressos da Argentina e do Uruguai já aprovaram a reivindicação venezuelana. A adesão da Venezuela foi aprovada pelos governos do Mercosul em julho de 2006.
O pedido de retirada da proposta foi feito em carta do presidente Lugo ao presidente do Senado e do Congresso, Miguel Carrizosa. O chanceler paraguaio reconheceu haver um ´ambiente negativo, com risco de rejeição´ e afirmou que o governo ´se reserva o direito de apresentar o assunto em outro momento´. Ele admitiu, no entanto, que a opinião da oposição e de setores do governo em relação ao governo de Hugo Chávez não deve mudar ´em um mês ou em um ano´.
O Paraguai temia também que a rejeição atrapalhasse as negociações de restauração da empresa estatal de energia do país, a Petropar, com a análoga venezuelana, a PDVSA, no valor de US$ 300 milhões.
http://diariodonordeste.globo.com/mater ... igo=662072
Assunção.
O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, surpreendeu e retirou, ontem, o pedido que havia feito ao Senado para aprovar a adesão da Venezuela ao Mercosul. Segundo fontes oficiais, a manobra foi feita para prevenir a derrota da proposta e eventuais rusgas.
´O governo paraguaio aguardará condições mais favoráveis para remeter novamente o pedido de adesão da Venezuela ao Mercosul´, afirmou o chanceler Héctor Lacognata.
O Senado do Paraguai, que tem maioria oposicionista, se preparava para tratar do assunto - que também está pendente no Congresso brasileiro - na primeira hora de ontem. Os Congressos da Argentina e do Uruguai já aprovaram a reivindicação venezuelana. A adesão da Venezuela foi aprovada pelos governos do Mercosul em julho de 2006.
O pedido de retirada da proposta foi feito em carta do presidente Lugo ao presidente do Senado e do Congresso, Miguel Carrizosa. O chanceler paraguaio reconheceu haver um ´ambiente negativo, com risco de rejeição´ e afirmou que o governo ´se reserva o direito de apresentar o assunto em outro momento´. Ele admitiu, no entanto, que a opinião da oposição e de setores do governo em relação ao governo de Hugo Chávez não deve mudar ´em um mês ou em um ano´.
O Paraguai temia também que a rejeição atrapalhasse as negociações de restauração da empresa estatal de energia do país, a Petropar, com a análoga venezuelana, a PDVSA, no valor de US$ 300 milhões.
http://diariodonordeste.globo.com/mater ... igo=662072
A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender. (Albino Teixeira)
- rodrigo
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Itaipu, un milagro
Antonio Dias Leite
14/08/2009
A obrigação de compra da totalidade da energia e a preferência de compra do excedente paraguaio são inseparáveis
Revisitei Itaipu em maio. Fiquei mais impressionado do que nunca com a grandiosidade da usina e a continuidade das operações baseadas no Tratado. Como conseguimos realizar tudo aquilo? E mais, operar com regularidade e segurança, apesar das mudanças do câmbio, de juros e de intercorrentes crises financeiras nacionais e internacionais?
O empreendimento garantiu ao Brasil um bloco de energia firme de mérito incontestável para a estabilidade do nosso sistema elétrico. Para o país vizinho, colocou-o na posição ímpar de ter assegurado, sem investimentos iniciais e sem novos investimentos, o atendimento de sua demanda por energia elétrica pelo menos por meio século, por maior que venha a ser seu crescimento econômico. E o Paraguai recebeu ainda recursos financeiros além da energia. Contudo, persiste naquele país, a convicção inabalável de que é explorado pelo Brasil.
Reunidos em Assunção no dia 25 de maio, os presidentes dos dois países examinaram reivindicações do Paraguai, intensificadas desde a inclusão, de forma demagógica e até agressiva, do tema, na plataforma eleitoral do presidente Lugo. Assinaram acordo a ser submetido ao Congresso do Brasil e do Paraguai. Concluíram que o Tratado de Itaipu pode e deve ser modificado. Dentre as disposições do recente entendimento, inclusive algumas que nada têm a ver com Itaipu ou com o Tratado, destaco três, que, me parece, devam ser alvo de atenção especial dos parlamentares brasileiros e paraguaios.
Assegura-se à Administração Nacional de Eletricidade (Ande) o direito de vender energia da quota do Paraguai diretamente no mercado interno brasileiro, aumenta-se em 200% a contribuição fixa anual que Itaipu paga ao governo daquele país pela venda de energia excedente ao Brasil e propõe-se a construção, por Itaipu, de linha de transmissão em território paraguaio, com o objetivo de atender Assunção e arredores. Cada uma tem conotação própria.
A primeira não altera o espírito do Tratado, mas requer regulamentação a fim de que a novidade não implique grandes distúrbios no mercado interno brasileiro. A segunda se fundamenta em juízo de valor, que também prevaleceu na escolha da contribuição inicialmente acordada. A terceira não encontra respaldo no Tratado e no estatuto, já que a construção e a operação das linhas de escoamento da energia ficaram a cargo de cada país, em seu respectivo território. O objetivo de auxiliar o Paraguai a poder consumir a própria energia há de ser feito, evitando-se, todavia, que Itaipu se envolva com operação da linha e definição de tarifa. Dessa forma, o Brasil estará a salvo de possíveis novas acusações de intromissão em negócios internos do Paraguai.
Esse atendimento por parte do governo brasileiro tem caráter momentâneo. A incompreensão continuará.
Desentendimentos em torno de Sete Quedas têm mais de um século de história. A busca pelo entendimento foi intensificada desde a Ata de Iguaçu, de 1966, até o Tratado de 1973, no qual se definiu em comum não apenas a realização do aproveitamento hidrelétrico dos recursos hídricos do rio Paraná, pertencentes em condomínio aos dois países, como também a criação, com igualdade de direitos e obrigações, de entidade binacional, com o propósito de efetivar esse aproveitamento.
Tive modesta participação no grupo que, há um quarto de século, sob a coordenação do Ministro das Relações Exteriores, Gibson Barbosa, negociou o Tratado com representantes do governo do Paraguai, superando obstáculos políticos interpostos pelo governo da Argentina, solucionados em 1979 por acordo tripartite.
Escrevo hoje na qualidade de sobrevivente desses eventos.
Reli três documentos de 1973: a exposição de motivos, de março, que encaminhou ao presidente Médici o anteprojeto do Tratado; a exposição de motivos, de maio, referente ao projeto de lei que dispôs sobre a aquisição dos serviços de eletricidade de Itaipu; e, por último, a minha apresentação sobre o Tratado e a Lei de Itaipu na Câmara dos Deputados no dia 24 de maio, quando dos debates finais sobre ambos os atos.
Procurava-se entendimento entre dois países soberanos que haveriam de ser tratados como iguais. Não obstante, não era impossível deixar de reconhecer as disparidades quanto à experiência na condução de empreendimentos de grande vulto, o tamanho da demanda por eletricidade e à capacidade de assumir responsabilidades financeiras na construção da maior hidrelétrica do mundo. O Brasil tinha dimensão econômica 50 vezes maior que a do Paraguai. Esse reconhecimento foi determinante na construção de um formato institucional e um arcabouço jurídico originais.
Na atribuição de responsabilidades executivas não havia como atender.
A disparidade financeira foi contornada mediante constituição de um capital mínimo, quase simbólico, de modo que o Paraguai tivesse condições de integralizá-lo. O investimento foi, assim, realizado com empréstimos de agentes financeiros do Brasil e do exterior, todos garantidos pelo Tesouro Nacional brasileiro. A viabilidade financeira se sustentou no compromisso da aquisição, conjunta ou separadamente, do total da potência instalada.
A disparidade da demanda de energia exigiu o estabelecimento de regras relativas à destinação da parte que cabia ao Paraguai e que excedesse o próprio consumo. Foi reconhecido o direito de cada uma das partes contratantes de aquisição da energia não utilizada pela outra parte. No contexto do Tratado, a obrigação de compra da totalidade da energia e a preferência de compra do excedente paraguaio são inseparáveis.
Entendimentos decorrentes da recente reunião presidencial de Assunção, se aprovados pelo Congresso dos dois países, poderão encerrar parte das insistentes manifestações no Paraguai contra o Tratado. Já em 1991, foram feitas alterações referentes ao estatuto. Em 1997, houve renegociação da dívida de Itaipu em condições que favoreceram o Paraguai. Outras demonstrações, principalmente as de natureza histórica e emocional, persistirão. Mas, tudo indica que Itaipu - a ideia e a obra - sobreviverão.
Enzo Debernardi, recém-falecido ex-presidente da Ande e ex-diretor geral de Itaipu, finaliza a introdução de seu livro (de 1996) com a frase que inspirou o titulo deste artigo: "El studio de la historia diplomática y política de Itaipu, la complejidad de su trama y la conjunción de tantos factores imprevisibles, quizás conduzcan al lector a pensar que su existência sea um suceso extraordinário. Concuerdo com ello y confieso que he tenido la tentación de dar por título a estes apuntes: Itaipu un milagro".
Antonio Dias Leite é professor emérito da UFRJ. Foi ministro de Minas e Energia, de 1969 a 1974.
Antonio Dias Leite
14/08/2009
A obrigação de compra da totalidade da energia e a preferência de compra do excedente paraguaio são inseparáveis
Revisitei Itaipu em maio. Fiquei mais impressionado do que nunca com a grandiosidade da usina e a continuidade das operações baseadas no Tratado. Como conseguimos realizar tudo aquilo? E mais, operar com regularidade e segurança, apesar das mudanças do câmbio, de juros e de intercorrentes crises financeiras nacionais e internacionais?
O empreendimento garantiu ao Brasil um bloco de energia firme de mérito incontestável para a estabilidade do nosso sistema elétrico. Para o país vizinho, colocou-o na posição ímpar de ter assegurado, sem investimentos iniciais e sem novos investimentos, o atendimento de sua demanda por energia elétrica pelo menos por meio século, por maior que venha a ser seu crescimento econômico. E o Paraguai recebeu ainda recursos financeiros além da energia. Contudo, persiste naquele país, a convicção inabalável de que é explorado pelo Brasil.
Reunidos em Assunção no dia 25 de maio, os presidentes dos dois países examinaram reivindicações do Paraguai, intensificadas desde a inclusão, de forma demagógica e até agressiva, do tema, na plataforma eleitoral do presidente Lugo. Assinaram acordo a ser submetido ao Congresso do Brasil e do Paraguai. Concluíram que o Tratado de Itaipu pode e deve ser modificado. Dentre as disposições do recente entendimento, inclusive algumas que nada têm a ver com Itaipu ou com o Tratado, destaco três, que, me parece, devam ser alvo de atenção especial dos parlamentares brasileiros e paraguaios.
Assegura-se à Administração Nacional de Eletricidade (Ande) o direito de vender energia da quota do Paraguai diretamente no mercado interno brasileiro, aumenta-se em 200% a contribuição fixa anual que Itaipu paga ao governo daquele país pela venda de energia excedente ao Brasil e propõe-se a construção, por Itaipu, de linha de transmissão em território paraguaio, com o objetivo de atender Assunção e arredores. Cada uma tem conotação própria.
A primeira não altera o espírito do Tratado, mas requer regulamentação a fim de que a novidade não implique grandes distúrbios no mercado interno brasileiro. A segunda se fundamenta em juízo de valor, que também prevaleceu na escolha da contribuição inicialmente acordada. A terceira não encontra respaldo no Tratado e no estatuto, já que a construção e a operação das linhas de escoamento da energia ficaram a cargo de cada país, em seu respectivo território. O objetivo de auxiliar o Paraguai a poder consumir a própria energia há de ser feito, evitando-se, todavia, que Itaipu se envolva com operação da linha e definição de tarifa. Dessa forma, o Brasil estará a salvo de possíveis novas acusações de intromissão em negócios internos do Paraguai.
Esse atendimento por parte do governo brasileiro tem caráter momentâneo. A incompreensão continuará.
Desentendimentos em torno de Sete Quedas têm mais de um século de história. A busca pelo entendimento foi intensificada desde a Ata de Iguaçu, de 1966, até o Tratado de 1973, no qual se definiu em comum não apenas a realização do aproveitamento hidrelétrico dos recursos hídricos do rio Paraná, pertencentes em condomínio aos dois países, como também a criação, com igualdade de direitos e obrigações, de entidade binacional, com o propósito de efetivar esse aproveitamento.
Tive modesta participação no grupo que, há um quarto de século, sob a coordenação do Ministro das Relações Exteriores, Gibson Barbosa, negociou o Tratado com representantes do governo do Paraguai, superando obstáculos políticos interpostos pelo governo da Argentina, solucionados em 1979 por acordo tripartite.
Escrevo hoje na qualidade de sobrevivente desses eventos.
Reli três documentos de 1973: a exposição de motivos, de março, que encaminhou ao presidente Médici o anteprojeto do Tratado; a exposição de motivos, de maio, referente ao projeto de lei que dispôs sobre a aquisição dos serviços de eletricidade de Itaipu; e, por último, a minha apresentação sobre o Tratado e a Lei de Itaipu na Câmara dos Deputados no dia 24 de maio, quando dos debates finais sobre ambos os atos.
Procurava-se entendimento entre dois países soberanos que haveriam de ser tratados como iguais. Não obstante, não era impossível deixar de reconhecer as disparidades quanto à experiência na condução de empreendimentos de grande vulto, o tamanho da demanda por eletricidade e à capacidade de assumir responsabilidades financeiras na construção da maior hidrelétrica do mundo. O Brasil tinha dimensão econômica 50 vezes maior que a do Paraguai. Esse reconhecimento foi determinante na construção de um formato institucional e um arcabouço jurídico originais.
Na atribuição de responsabilidades executivas não havia como atender.
A disparidade financeira foi contornada mediante constituição de um capital mínimo, quase simbólico, de modo que o Paraguai tivesse condições de integralizá-lo. O investimento foi, assim, realizado com empréstimos de agentes financeiros do Brasil e do exterior, todos garantidos pelo Tesouro Nacional brasileiro. A viabilidade financeira se sustentou no compromisso da aquisição, conjunta ou separadamente, do total da potência instalada.
A disparidade da demanda de energia exigiu o estabelecimento de regras relativas à destinação da parte que cabia ao Paraguai e que excedesse o próprio consumo. Foi reconhecido o direito de cada uma das partes contratantes de aquisição da energia não utilizada pela outra parte. No contexto do Tratado, a obrigação de compra da totalidade da energia e a preferência de compra do excedente paraguaio são inseparáveis.
Entendimentos decorrentes da recente reunião presidencial de Assunção, se aprovados pelo Congresso dos dois países, poderão encerrar parte das insistentes manifestações no Paraguai contra o Tratado. Já em 1991, foram feitas alterações referentes ao estatuto. Em 1997, houve renegociação da dívida de Itaipu em condições que favoreceram o Paraguai. Outras demonstrações, principalmente as de natureza histórica e emocional, persistirão. Mas, tudo indica que Itaipu - a ideia e a obra - sobreviverão.
Enzo Debernardi, recém-falecido ex-presidente da Ande e ex-diretor geral de Itaipu, finaliza a introdução de seu livro (de 1996) com a frase que inspirou o titulo deste artigo: "El studio de la historia diplomática y política de Itaipu, la complejidad de su trama y la conjunción de tantos factores imprevisibles, quizás conduzcan al lector a pensar que su existência sea um suceso extraordinário. Concuerdo com ello y confieso que he tenido la tentación de dar por título a estes apuntes: Itaipu un milagro".
Antonio Dias Leite é professor emérito da UFRJ. Foi ministro de Minas e Energia, de 1969 a 1974.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Lugo rejeita presença de 500 militares dos EUA no Paraguai
17 de setembro de 2009 • 18h08
O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, rejeitou nesta quinta-feira a presença de 500 militares norte-americanos no país prevista para 2010, como parte de um programa de exercícios das tropas chamado de "Novos Horizontes".
"Não é uma rejeição categórica. Simplesmente, não achamos conveniente que o Comando Sul dos Estados Unidos esteja presente no Paraguai com 500 homens para esse tipo de exercícios", afirmou o mandatário em uma entrevista coletiva à imprensa.
A embaixadora dos Estados Unidos em Assunção, Liliana Ayalde, lamentou a decisão oficial.
"É uma decisão lamentável, mas a respeitamos", ressaltou a diplomata a jornalistas.
"Esperamos que isso não seja um indício de rejeição ao restante de nossos programas. Não temos nada que indique isso", ressaltou Ayalde.
Na coletiva, Lugo explicou que as lideranças do continente reunidas na União de Nações Sul-americanas (Unasul), em termos de defesa, segurança e soberania, "apostam na integração regional em primeiro lugar".
O presidente paraguaio frisou que na reunião de ministros das Relações Exteriores e de Defesa dos doze países da Unasul na terça-feira em Quito "foi muito questionada a grande presença de soldados norte-americanos em bases militares da região".
"Uma mobilização de 500 pessoas, militares e profissionais dentro do país não passa despercebida. Por isso, creio que não seja prudente nem conveniente", a chegada de tropas norte-americanas ao Paraguai, insistiu Lugo.
A embaixadora dos Estados Unidos explicou que o "Novos Horizontes" é um programa humanitário que envolve cuidados médicos e odontológicos a populações pobres no interior do Paraguai, além da construção de escolas e de postos de saúde, e a capacitação de militares paraguaios.
Com isso, considerou que com a decisão oficial serão suspensas cerca de 19.000 consultas médicas previstas para pessoas com poucos recursos.
http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... aguai.html
17 de setembro de 2009 • 18h08
O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, rejeitou nesta quinta-feira a presença de 500 militares norte-americanos no país prevista para 2010, como parte de um programa de exercícios das tropas chamado de "Novos Horizontes".
"Não é uma rejeição categórica. Simplesmente, não achamos conveniente que o Comando Sul dos Estados Unidos esteja presente no Paraguai com 500 homens para esse tipo de exercícios", afirmou o mandatário em uma entrevista coletiva à imprensa.
A embaixadora dos Estados Unidos em Assunção, Liliana Ayalde, lamentou a decisão oficial.
"É uma decisão lamentável, mas a respeitamos", ressaltou a diplomata a jornalistas.
"Esperamos que isso não seja um indício de rejeição ao restante de nossos programas. Não temos nada que indique isso", ressaltou Ayalde.
Na coletiva, Lugo explicou que as lideranças do continente reunidas na União de Nações Sul-americanas (Unasul), em termos de defesa, segurança e soberania, "apostam na integração regional em primeiro lugar".
O presidente paraguaio frisou que na reunião de ministros das Relações Exteriores e de Defesa dos doze países da Unasul na terça-feira em Quito "foi muito questionada a grande presença de soldados norte-americanos em bases militares da região".
"Uma mobilização de 500 pessoas, militares e profissionais dentro do país não passa despercebida. Por isso, creio que não seja prudente nem conveniente", a chegada de tropas norte-americanas ao Paraguai, insistiu Lugo.
A embaixadora dos Estados Unidos explicou que o "Novos Horizontes" é um programa humanitário que envolve cuidados médicos e odontológicos a populações pobres no interior do Paraguai, além da construção de escolas e de postos de saúde, e a capacitação de militares paraguaios.
Com isso, considerou que com a decisão oficial serão suspensas cerca de 19.000 consultas médicas previstas para pessoas com poucos recursos.
http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... aguai.html
A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender. (Albino Teixeira)
- Sterrius
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Se tem tanta preocupação que envie medicos e deixe claro que são medicos. Duvido que qualquer país reclame disso!
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Médicos com estetoscópios, e não fuzis!Sterrius escreveu:Se tem tanta preocupação que envie medicos e deixe claro que são medicos. Duvido que qualquer país reclame disso!
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg
Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
Mais uma base americana "humanitária" no exterior?... q papo furado...
Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
13 de Outubro de 2009 - 11h31
América Latina: A retirada imperial se acelera
Em poucos dias, sucederam-se dois fatos que revelam, em pequenos países latino-americanos antes subordinados a Washington, que a ex-superpotência já não controla sequer aqueles que foram seus firmes aliados durante décadas. Os recentes acontecimentos no Paraguai e em Honduras revelam que a retirada imperial de seu quintal se acelera durante a atual crise sistêmica.
Por Raúl Zibechi*, no Opera Mundi
O governo de Fernando Lugo decidiu suspender o programa Novos Horizontes do Comando Sul, que previa a utilização de 400 soldados norte-americanos em ações "humanitárias"; A presença militar estrangeira no Paraguai sempre foi rechaçada pelos movimentos camponeses e sociais, mas também pela diplomacia brasileira, que nunca viu com bons olhos a realização de manobras em zonas sensíveis como a represa fronteiriça de Itaipu, responsável por 20% da energia consumida pela oitava potência industrial do planeta.
A decisão de Lugo foi baseada no "novo cenário internacional em termos de defesa, segurança e soberania". E o próprio presidente confirmou o impacto que os debates no seio da Unasul tiveram sobre sua decisão, afirmando que na ocasião "foi muito questionada a presença de soldados norte-americanos na região".
A resposta da embaixadora de Washington em Assunção, Liliana Ayalde, qualificando a decisão de "lamentável", reflete a impotência imperial naquele que foi um de seus mais servis aliados durante oito décadas. Ela se limitou a desmentir que a presença de tropas norte-americanas no Paraguai tenha relação com atividades de inteligência vinculadas ao Aqüífero Guarani, uma das maiores reservas de água doce do mundo. Tampouco tiveram repercussão suas menções às obras sociais construídas pelos soldados do Comando Sul e a suas operações sanitárias.
A Campanha pela Desmilitarização das Américas (CADA) e o Serpaj- Paraguai denunciaram as operações do Medrete (Exercício de Treinamento de Aptidão Médica, pela sigla em inglês) como uma forma de ingerência no país. Grupos de meia centena de soldados do Comando Sul entravam até aldeias remotas, especialmente nas zonas de conflito por terras, onde, além de distribuir medicamentos e óculos, interrogavam a população e treinavam as guardas rurais ligadas aos proprietários de terras.
A presença militar norte-americana no Paraguai foi interpretada como um vasto plano de controle de uma zona estratégica que levou Washington, na década de 1980, a construir, a apenas 200 quilômetros da Bolívia, a base de Mariscal Estigarribia, onde é possível operar aviões B-52, C-130 Hércules e C-5 Galaxy. Com a decisão de Lugo, as manobras com soldados que gozavam de imunidade diplomática terminaram e o acesso de Washington à região deu um passo para trás.
O inesperado retorno de Manuel Zelaya a Tegucigalpa e sua entrada na Embaixada do Brasil deixam o país de Lula no lugar de maior destaque na crise provocada pelos golpistas. Trata-se de um êxito notável da diplomacia brasileira que deixa em maus lençóis o governo de Barack Obama, que naufraga entre a impotência e a tolerância aos golpistas.
Lula levou o tema à Assembleia das Nações Unidas e se permitiu convocar o Conselho de Segurança para que cuidasse do assunto. A ação conjunta Zelaya-Itamaraty (com apoio venezuelano) movimentou o cenário político regional e hondurenho, deixando pela primeira vez na defensiva os golpistas, que começaram a cometer erros graças ao despreparo, e forçou a comunidade internacional a agir depois de semanas de perigosa letargia.
No âmbito interno, o povo hondurenho, principal ator na resolução desta crise, parece ter notado as dificuldades enfrentadas pelos golpistas e incrementou suas mobilizações, forçando os usurpadores a mostrar sua faceta mais brutal e repressora. No âmbito internacional, o cerco passivo das semanas anteriores dá lugar a condenações e iniciativas mais contundentes.
O destacado papel do Brasil, posto agora no centro da arena internacional, contrasta com o pobre papel desempenhado pelo governo Obama, que se limitou a simples declarações e medidas simbólicas como a negação de vistos aos golpistas. Obama parece duplamente amarrado: pela situação interna de seu país, onde as direitas mais recalcitrantes obstruem seu governo e ameaçam bloquear reformas básicas como a de saúde, e por sua crescente deterioração como potência global. Os Estados Unidos não são reconhecidos nem pelas direitas golpistas, nem pelos governos democráticos, pois sua legitimidade para desenhar a ordem global está em questão.
A imagem de Zelaya saudando seu povo do balcão da embaixada do Brasil é tão inesquecível quanto os aplausos unânimes a Lula na Assembleia Geral da ONU. À exigência da restituição imediata do presidente hondurenho alinharam-se a União Europeia, os governos mais indiferentes da região e até a Casa Branca. Independentemente de como se resolver a crise hondurenha, Lula e o chanceler Celso Amorim sairão fortalecidos e, com eles, o papel de potência do Brasil.
É evidente que os espaços deixados pelo papel decadente dos Estados Unidos na região começam a ser ocupados pela estrela ascendente do Brasil. Os acordos políticos e militares selados com a França lhe permitem agora contar com um firme aliado para alcançar o desejado assento no Conselho de Segurança da ONU. Este novo papel tem também seus custos.
O Brasil continuará sendo um aliado de Washington, com quem não tem a menor intenção de romper, a fim de consolidar sua autonomia e ter as mãos mais livres na região sul-americana sem sofrer a obstrução frontal dos Estados Unidos. Para muitos de seus vizinhos, a mudança será apenas perceptível, uma vez que a potência ascendente se comporta como um "subimperialismo", como observou Rui Mauro Marini há três décadas.
*Analista uruguaio de assuntos internacionais
América Latina: A retirada imperial se acelera
Em poucos dias, sucederam-se dois fatos que revelam, em pequenos países latino-americanos antes subordinados a Washington, que a ex-superpotência já não controla sequer aqueles que foram seus firmes aliados durante décadas. Os recentes acontecimentos no Paraguai e em Honduras revelam que a retirada imperial de seu quintal se acelera durante a atual crise sistêmica.
Por Raúl Zibechi*, no Opera Mundi
O governo de Fernando Lugo decidiu suspender o programa Novos Horizontes do Comando Sul, que previa a utilização de 400 soldados norte-americanos em ações "humanitárias"; A presença militar estrangeira no Paraguai sempre foi rechaçada pelos movimentos camponeses e sociais, mas também pela diplomacia brasileira, que nunca viu com bons olhos a realização de manobras em zonas sensíveis como a represa fronteiriça de Itaipu, responsável por 20% da energia consumida pela oitava potência industrial do planeta.
A decisão de Lugo foi baseada no "novo cenário internacional em termos de defesa, segurança e soberania". E o próprio presidente confirmou o impacto que os debates no seio da Unasul tiveram sobre sua decisão, afirmando que na ocasião "foi muito questionada a presença de soldados norte-americanos na região".
A resposta da embaixadora de Washington em Assunção, Liliana Ayalde, qualificando a decisão de "lamentável", reflete a impotência imperial naquele que foi um de seus mais servis aliados durante oito décadas. Ela se limitou a desmentir que a presença de tropas norte-americanas no Paraguai tenha relação com atividades de inteligência vinculadas ao Aqüífero Guarani, uma das maiores reservas de água doce do mundo. Tampouco tiveram repercussão suas menções às obras sociais construídas pelos soldados do Comando Sul e a suas operações sanitárias.
A Campanha pela Desmilitarização das Américas (CADA) e o Serpaj- Paraguai denunciaram as operações do Medrete (Exercício de Treinamento de Aptidão Médica, pela sigla em inglês) como uma forma de ingerência no país. Grupos de meia centena de soldados do Comando Sul entravam até aldeias remotas, especialmente nas zonas de conflito por terras, onde, além de distribuir medicamentos e óculos, interrogavam a população e treinavam as guardas rurais ligadas aos proprietários de terras.
A presença militar norte-americana no Paraguai foi interpretada como um vasto plano de controle de uma zona estratégica que levou Washington, na década de 1980, a construir, a apenas 200 quilômetros da Bolívia, a base de Mariscal Estigarribia, onde é possível operar aviões B-52, C-130 Hércules e C-5 Galaxy. Com a decisão de Lugo, as manobras com soldados que gozavam de imunidade diplomática terminaram e o acesso de Washington à região deu um passo para trás.
O inesperado retorno de Manuel Zelaya a Tegucigalpa e sua entrada na Embaixada do Brasil deixam o país de Lula no lugar de maior destaque na crise provocada pelos golpistas. Trata-se de um êxito notável da diplomacia brasileira que deixa em maus lençóis o governo de Barack Obama, que naufraga entre a impotência e a tolerância aos golpistas.
Lula levou o tema à Assembleia das Nações Unidas e se permitiu convocar o Conselho de Segurança para que cuidasse do assunto. A ação conjunta Zelaya-Itamaraty (com apoio venezuelano) movimentou o cenário político regional e hondurenho, deixando pela primeira vez na defensiva os golpistas, que começaram a cometer erros graças ao despreparo, e forçou a comunidade internacional a agir depois de semanas de perigosa letargia.
No âmbito interno, o povo hondurenho, principal ator na resolução desta crise, parece ter notado as dificuldades enfrentadas pelos golpistas e incrementou suas mobilizações, forçando os usurpadores a mostrar sua faceta mais brutal e repressora. No âmbito internacional, o cerco passivo das semanas anteriores dá lugar a condenações e iniciativas mais contundentes.
O destacado papel do Brasil, posto agora no centro da arena internacional, contrasta com o pobre papel desempenhado pelo governo Obama, que se limitou a simples declarações e medidas simbólicas como a negação de vistos aos golpistas. Obama parece duplamente amarrado: pela situação interna de seu país, onde as direitas mais recalcitrantes obstruem seu governo e ameaçam bloquear reformas básicas como a de saúde, e por sua crescente deterioração como potência global. Os Estados Unidos não são reconhecidos nem pelas direitas golpistas, nem pelos governos democráticos, pois sua legitimidade para desenhar a ordem global está em questão.
A imagem de Zelaya saudando seu povo do balcão da embaixada do Brasil é tão inesquecível quanto os aplausos unânimes a Lula na Assembleia Geral da ONU. À exigência da restituição imediata do presidente hondurenho alinharam-se a União Europeia, os governos mais indiferentes da região e até a Casa Branca. Independentemente de como se resolver a crise hondurenha, Lula e o chanceler Celso Amorim sairão fortalecidos e, com eles, o papel de potência do Brasil.
É evidente que os espaços deixados pelo papel decadente dos Estados Unidos na região começam a ser ocupados pela estrela ascendente do Brasil. Os acordos políticos e militares selados com a França lhe permitem agora contar com um firme aliado para alcançar o desejado assento no Conselho de Segurança da ONU. Este novo papel tem também seus custos.
O Brasil continuará sendo um aliado de Washington, com quem não tem a menor intenção de romper, a fim de consolidar sua autonomia e ter as mãos mais livres na região sul-americana sem sofrer a obstrução frontal dos Estados Unidos. Para muitos de seus vizinhos, a mudança será apenas perceptível, uma vez que a potência ascendente se comporta como um "subimperialismo", como observou Rui Mauro Marini há três décadas.
*Analista uruguaio de assuntos internacionais
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Re: Jornal paraguaio chama Brasil de 'imperialista e explorador'
É a visão da esquerda. A da direita certamente é oposta. Eu, como centrista que sou, discordo profundamente desta 'vitória' aí, onde nossa Embaixada sem Embaixador serve de palanque, ao arrepio da Lei - falo da NOSSA Lei - além de, novamente sem dar a mínima à Constituição - falo da NOSSA - não se define o que esse senhor é em relação a nós nem a razão pela qual seus cupinchas mandam e desmandam em território que ao menos ERA PARA SER BRASILEIRO.
De resto, os golpistas que se danem, cedo ou tarde o isolamento internacional a que estão expostos os porá por terra, se farão novas eleições sob supervisão da ONU - os 'prestigiados' Brasileiros nem sequer são cogitados para ajudar a fiscalizar/arbitrar, tale a 'bela' imagem que de nós se formou lá... - e tudo voltará ao normal.
De resto, os golpistas que se danem, cedo ou tarde o isolamento internacional a que estão expostos os porá por terra, se farão novas eleições sob supervisão da ONU - os 'prestigiados' Brasileiros nem sequer são cogitados para ajudar a fiscalizar/arbitrar, tale a 'bela' imagem que de nós se formou lá... - e tudo voltará ao normal.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)