Não acho que compense, o payload máximo do C-2 é de 36 toneladas e, por exemplo, não dá para carregar um Leopard 1, que é um blindado relativamente leve comparado com os mais atuais. É basicamente um KC-390 maior, não adiciona muita coisa qualitativamente, apenas em quantidade. Sem contar que o avião japonês é MUITO caro para o que ele entrega. O nosso calcanhar de quiles é outro, logo explico:FCarvalho escreveu:Sim. Os dois do 2o GT e o 1o/1o GT.
Todos estes tem como missão primária o transporte logístico da FAB.
Se considerarmos que o projeto do KC-X foi encerrado, e que os C-99 não são aeronaves adequadas, não vejo porque a FAB não introduzir os C-2, ou outras aeronaves similar naqueles esquadrões.
Precisamos de um cargo maior pra complementar os KC-390.
E como disse, se o C-2 for capaz de fazer REVO, então porque não?
Abs
Temos 5 esquadrões de transporte "pesados" na FAB: o 1/1 GTT (C-130) e o 2/1 GTT (C-130) em Afonsos. O 1/1 GT (C-130), o 1/2 GT (C-99) e o 2/2 GT (C-767) no Galeão. Os dois primeiros perderão a exclusividade paraquedista e talvez até deixarão de existir depois que fecharem Afonsos e transferirem a Brigada PQD. Como a FAB vai receber praticamente 30 KC-390, acredito que esses serão distribuídos entre o 1/2 GT e o 2/2 GT em Galeão e talvez algum outro esquadrão a ser modificado ou criado para o interior do país.
Na questão de transporte tático, vejo que estaremos bem com esses 30 KC-390. O que eu vejo o que é o calcanhar aquiles do país é a mobilidade estratégica. Digo do país e não da FAB, pois acredito que quando a coisa vai para a esfera estratégica ela ultrapassa os domínios de uma força. Falta uma aeronave do porte de um C-17 (payload de 77t - o meu preferido, seria a minha escolha), mesmo em algumas poucas unidades, umas 3 ou 4. Eu as colocaria no 2/2 GT, junto com o C-767 (eu prefiro o A330 MRTT, que é muito mais capaz, que também deveria ser uns 4 - sem contar que o C-767 só faz transporte, não REVO).
Veja que nesse momento está ocorrendo a Operação Ibicuí no sul do país, em Rosário do Sul-RS, sob comando da 3ª Divisão de Exército. Foram requisitados os Astros II para esse exercício, mas esses estão veículos? No centro do país, em Formosa-GO. E como eles foram enviados? De carreta, num trajeto de mais de 2 mil quilômetros, demorando dias para chegar, mesmo com o Astros II sendo aerotransportável pelo C-130. Porque dessa decisão? Talvez uma falta de conversa entre EB e FAB, uma falta de dialogo no MD? Mobilidade estratégica no Brasil é algo que ainda estamos engatinhando.