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Re: NOTÍCIAS
A partir de 2ª feira começaremos a ter todas as respostas à estas dúvidas.
Um abraço!
Fernando Augusto Terra
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Re: NOTÍCIAS
Háááá´, , agora a shot list virou bost list, né?Penguin escreveu:Mentiu?! A Saab afirmou que as todas as autorizações haviam sido concedidas, o que foi dito em nota à imprensa. Nunca escondeu que necessitava delas.Marino escreveu:E a SAAB, pq não está sendo cobrada, pelo menos aqui?
Mentiu descaradamente à imprensa dizendo que todos os itens do Gripen estavam liberados pelos países de origem.
O Pepê postou, várias vezes, que o Brasil teria que negociar item por item com cada fabricante, com cada país.
Isto veio a tona agora, com o papelão com a Noruega.
Cadê a imprensa honesta, independente, que não cobra a empulhação, as mentiras?
Mentiu sim, para aimprensa e para vcs que acreditaram pois, como disse o Pepê "N" vezes, em seu documento oficial ESCREVEU que o país deveria conseguir, por si, as licenças e ToT com cada país, separadamente. Ela não possui autorização para ToT de NADA.
A Dassault por outro lado, omitiu de forma "enganosa, senão fraudulentos" que não necessitava de licenças para re-exportar componentes e tecnologias de terceiros presentes no Rafale. Obviamente que essa "omissão" funcionava muito bem para a sua campanha de marketing que casava como uma luva com o simbolismo do posicionamento de independência em relação aos EUA por parte da política externa do Governo brasileiro.
Não, no documento oficial entregue ao Brasil está escrito que os componentes, veja COMPONENTES, que não tiverem autorização de exportação seriam substituídos por outros franceses.
Vc se prende a COMPONENTES, pois as TECNOLOGIAS que interessam são todas francesas.
Representantes do Governo americano na época (em 2009, via imprensa) afirmaram que as licenças para liberar a venda ao Brasil de componentes e tecnologias presentes no Rafale (e Gripen) haviam sido concedidas:
Ótimo, então não vão precisar ser substituídos por outros franceses.
E os componentes e tecnologias do F-18 e Gripen? Estão liberados?
ÉPOCA teve acesso a um documento da Embaixada dos Estados Unidos em que ela afirma que seu governo tem condições de comparar as ofertas dos três países porque parte da tecnologia usada por suecos e franceses é americana. Conforme o documento, “o governo americano aprovou a transferência de tecnologia americana existente nas propostas da Suécia e da França”. Ou seja: embora se apresentem como fornecedores de um produto próprio, suecos e franceses estariam, em determinados aspectos, servindo de intermediários da tecnologia americana.O Ministro da Defesa francês, Hervé Morin, não desmentiu. Ao contrário confirmou o uso de tecnologia dos EUA no Rafale.O governo americano rebate: diz que há, sim, tecnologia americana em sistemas eletrônicos e de segurança e em componentes de navegação do Rafale. Afirma que o Rafale só pode ser vendido por causa de autorizações já despachadas pelo Congresso americano. “Isso é uma novidade mundial”, diz uma autoridade envolvida na negociação. “Os franceses não gostam de admitir o uso de certa tecnologia americana em seus aviões".
Me parece que o short list foi totalmente equivocado. Aliás, nem deveria ter sido feito.
Em nome do simbolismo e independência em relação aos EUA, o único caça que poderia se encaixar neste figurino seria o Su-35 e talvez o J-10 (que não foi nem levado em consideração). O grande desequilibro a favor do Brasil na balança bilateral de comércio Brasil-Rússia teria sido uma ótima desculpa para não melindrar nenhum outro fornecedor.
Os argumentos pró-Rafale deveriam ir em outra direção. Essa história de independência total, ToT irrestrita não cheira nada bem. Mas isso é como eu percebo tudo que tem vindo a público sobre o F-X2.
Caiu a máscara do mosquito e a solução agora é melar, né?
Sinto amigo, acaba esta semana.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: NOTÍCIAS
gomugomu escreveu:Penguin escreveu: Mentiu?! A Saab afirmou que as todas as autorizações haviam sido concedidas, o que foi dito em nota à imprensa. Nunca escondeu que necessitava delas.
A Dassault por outro lado, omitiu de forma "enganosa, senão fraudulentos" que não necessitava de licenças para re-exportar componentes e tecnologias de terceiros presentes no Rafale. Obviamente que essa "omissão" funcionava muito bem para a sua campanha de marketing que casava como uma luva com o simbolismo do posicionamento de independência em relação aos EUA por parte da política externa do Governo brasileiro.
Representantes do Governo americano na época (em 2009, via imprensa) afirmaram que as licenças para liberar a venda ao Brasil de componentes e tecnologias presentes no Rafale (e Gripen) haviam sido concedidas:
O Ministro da Defesa francês, Hervé Morin, não desmentiu. Ao contrário confirmou o uso de tecnologia dos EUA no Rafale.
Me parece que o short list foi totalmente equivocado. Aliás, nem deveria ter sido feito.
Em nome do simbolismo e independência em relação aos EUA, o único caça que poderia se encaixar neste figurino seria o Su-35 e talvez o J-10 (que não foi nem levado em consideração). O grande desequilibro a favor do Brasil na balança bilateral de comércio Brasil-Rússia teria sido uma ótima desculpa para não melindrar nenhum outro fornecedor.
Os argumentos pró-Rafale deveriam ir em outra direção. Essa história de independência total, ToT irrestrita não cheira nada bem. Mas isso é como eu percebo tudo que tem vindo a público sobre o F-X2.
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Re: NOTÍCIAS
Politicamente é realmente uma bost list.Marino escreveu:Háááá´, , agora a shot list virou bost list, né?Penguin escreveu: Mentiu?! A Saab afirmou que as todas as autorizações haviam sido concedidas, o que foi dito em nota à imprensa. Nunca escondeu que necessitava delas.
Mentiu sim, para aimprensa e para vcs que acreditaram pois, como disse o Pepê "N" vezes, em seu documento oficial ESCREVEU que o país deveria conseguir, por si, as licenças e ToT com cada país, separadamente. Ela não possui autorização para ToT de NADA.
A Dassault por outro lado, omitiu de forma "enganosa, senão fraudulentos" que não necessitava de licenças para re-exportar componentes e tecnologias de terceiros presentes no Rafale. Obviamente que essa "omissão" funcionava muito bem para a sua campanha de marketing que casava como uma luva com o simbolismo do posicionamento de independência em relação aos EUA por parte da política externa do Governo brasileiro.
Não, no documento oficial entregue ao Brasil está escrito que os componentes, veja COMPONENTES, que não tiverem autorização de exportação seriam substituídos por outros franceses.
Vc se prende a COMPONENTES, pois as TECNOLOGIAS que interessam são todas francesas.
Representantes do Governo americano na época (em 2009, via imprensa) afirmaram que as licenças para liberar a venda ao Brasil de componentes e tecnologias presentes no Rafale (e Gripen) haviam sido concedidas:
Ótimo, então não vão precisar ser substituídos por outros franceses.
E os componentes e tecnologias do F-18 e Gripen? Estão liberados?
O Ministro da Defesa francês, Hervé Morin, não desmentiu. Ao contrário confirmou o uso de tecnologia dos EUA no Rafale.
Me parece que o short list foi totalmente equivocado. Aliás, nem deveria ter sido feito.
Em nome do simbolismo e independência em relação aos EUA, o único caça que poderia se encaixar neste figurino seria o Su-35 e talvez o J-10 (que não foi nem levado em consideração). O grande desequilibro a favor do Brasil na balança bilateral de comércio Brasil-Rússia teria sido uma ótima desculpa para não melindrar nenhum outro fornecedor.
Os argumentos pró-Rafale deveriam ir em outra direção. Essa história de independência total, ToT irrestrita não cheira nada bem. Mas isso é como eu percebo tudo que tem vindo a público sobre o F-X2.
Caiu a máscara do mosquito e a solução agora é melar, né?
Sinto amigo, acaba esta semana.
Tecnicamente não.
[]s
Editado pela última vez por Penguin em Dom Dez 05, 2010 9:47 pm, em um total de 1 vez.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: NOTÍCIAS
EUA relatam que FAB disse preferir F-18AlbertoRJ escreveu:
Ele também não teria dito que o Super Hornet é "tecnicamente melhor que os demais", como eu havia sinalizado. Nem que seria o preferido da FAB.
[]'s
Telegrama afirma que, para comandante da FAB, caça americano "era o melhor"; preferência do Brasil é por francês Documentos vazados pelo WikiLeaks revelam bastidores do lobby norte-americano em concorrência bilionária
FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA
O comandante da Força Aérea Brasileira, brigadeiro Juniti Saito, aparece em um despacho secreto da diplomacia norte-americana afirmando dar preferência aos F-18, aviões caça dos EUA.
Trata-se de referência a uma das maiores licitações da história da aeronáutica, que pretende adquirir 36 aviões por um valor aproximado de R$ 15 bilhões.
A preferência do Palácio do Planalto é pelos equipamentos oferecidos pela empresa francesa Dassault, que fabrica o Rafale.
Em 31 de julho de 2009, o telegrama secreto assinado pelo então embaixador americano em Brasília, Clifford Sobel, dizia que Saito tomou a iniciativa de ter uma conversa reservada em jantar no dia anterior com o general Doug Fraser, comandante do Comando Sul.
Na conversa, Saito disse que "não existia dúvida, do ponto de vista técnico, de que o F-18 era o melhor avião". Esse caça é produzido pela Boeing.
"Voamos no equipamento norte-americano há décadas", relatou o brasileiro, segundo frase colocada entre aspas no despacho diplomático de Clifford Sobel.
"E sabemos que [o F-18] é confiável e que sua manutenção é simples e oferece bom custo/benefício por meio do sistema de vendas militares externas", continua o texto.
Como já se sabia naquela época da predileção do presidente Lula pelo Rafale, Saito se antecipou e fez um comentário. "Ele disse que os franceses não poderiam se queixar porque acabaram de assinar um contrato de US$ 14 bilhões com o Brasil (para submarinos e helicópteros)."
A única ressalva apresentada por Saito foi a respeito da transferência de tecnologia por parte dos americanos. Informou precisar de carta dos EUA se comprometendo com essa política.
Sobel afirmou acreditar que o documento estivesse em estágio final de aprovação. "Aliviado, Saito disse que precisava ter a carta em mãos até o dia 6 de agosto", descreve o telegrama.
Esse despacho diplomático ao qual a Folha teve acesso é um entre milhares obtidos pela organização não governamental WikiLeaks (http://cablegate.wikileaks.org/) . Além desse telegrama, a Folha teve acesso a vários outros que tratam da compra dos caças pelo Brasil
A Folha.com criou uma seção especial sobre os papéis: folha.com/wikileaks.
Há grande volume de telegramas relatando o esforço dos EUA a favor dos caças F-18, da Boeing.
Nesse documento no qual aparece Saito, ele conta que Barack Obama tratou do assunto diretamente com Lula numa reunião de cúpula do G8 na Itália, em julho de 2009. Esse lobby de Obama não ficou conhecido à época.
As manifestações de Saito foram consideradas pela diplomacia dos EUA "a mais clara expressão" de que o brigadeiro pretenderia "recomendar o F-18".
Mas, no final do ano passado, não foi o que se passou, pois a FAB classificou em primeiro lugar o caça Gripen, da Suécia, deixando o F-18 em segundo lugar na disputa.
Em maio do ano passado, segundo um telegrama do dia 19 daquele mês, os americanos decidiram passar a fazer lobby intenso a favor da Boeing porque "contatos brasileiros dizem não acreditar que o governo dos Estados Unidos esteja apoiando a venda fortemente".
"O esforço francês está sendo administrado diretamente pelo gabinete do presidente Sarkozy" e "o envolvimento sueco" é "em nível ministerial".
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
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Re: NOTÍCIAS
Calma Marino, tu estás muito entusiasmado.
No mais, ratifico o poste inteiro do Santiago.
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Re: NOTÍCIAS
Confesso que fui pego DE SURPRESA: NUNCA imaginei que iria ler isso, dito por quem disse!!!Santiago escreveu:Me parece que o short list foi totalmente equivocado. Aliás, nem deveria ter sido feito.
Em nome do simbolismo e independência em relação aos EUA, o único caça que poderia se encaixar neste figurino seria o Su-35 e talvez o J-10 (que não foi nem levado em consideração). O grande desequilibro a favor do Brasil na balança bilateral de comércio Brasil-Rússia teria sido uma ótima desculpa para não melindrar nenhum outro fornecedor.
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: NOTÍCIAS
Até julho/09, pode ser que não, mas após, sim:AlbertoRJ escreveu:Notem também que, segundo o telegrama divulgado, o Saito teria pressionado os EUA a apresentarem documento "garantindo a transferência de tecnologia até o dia 6 de agosto de 2009", o que significa claramente que isso NÂO TINHA SIDO FEITO.
[]'s
RELAÇÕES PESSOAIS
O governo dos EUA "é percebido pela maioria dos brasileiros como no máximo medianamente interessado em apoiar a venda. Essa é uma desvantagem crítica em uma sociedade como a brasileira, na qual os relacionamentos pessoais servem de fundação para os negócios", dizia o telegrama confidencial.
Embora tenham assinado vários documentos se comprometendo a transferir tecnologia, os norte-americanos se diziam intrigados. No Brasil, autoridades sempre propagavam a ideia de que isso não iria acontecer.
"Pode bem ser que os brasileiros desejem manter vivas as dúvidas sobre a transferência de tecnologia a fim de contarem com uma desculpa automática para a compra de um avião inferior, caso os líderes políticos assim decidam", dizia o despacho.
Em um item chamado "ataque à proposta francesa", os diplomatas dos Estados Unidos argumentam ser necessário "lembrar aos brasileiros" que "o esforço francês de vendas vem se baseando em alegações enganosas, se não fraudulentas".
É que parte dos equipamentos do Rafale tem "alta presença de conteúdo norte-americano, o que inclui sistemas de mira, componentes de radar e sistemas de segurança que requererão licenças norte-americanas".
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Re: NOTÍCIAS
knigh7 escreveu:EUA relatam que FAB disse preferir F-18AlbertoRJ escreveu:
Ele também não teria dito que o Super Hornet é "tecnicamente melhor que os demais", como eu havia sinalizado. Nem que seria o preferido da FAB.
[]'s
Telegrama afirma que, para comandante da FAB, caça americano "era o melhor"; preferência do Brasil é por francês Documentos vazados pelo WikiLeaks revelam bastidores do lobby norte-americano em concorrência bilionária
FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA
O comandante da Força Aérea Brasileira, brigadeiro Juniti Saito, aparece em um despacho secreto da diplomacia norte-americana afirmando dar preferência aos F-18, aviões caça dos EUA.
Trata-se de referência a uma das maiores licitações da história da aeronáutica, que pretende adquirir 36 aviões por um valor aproximado de R$ 15 bilhões.
A preferência do Palácio do Planalto é pelos equipamentos oferecidos pela empresa francesa Dassault, que fabrica o Rafale.
Em 31 de julho de 2009, o telegrama secreto assinado pelo então embaixador americano em Brasília, Clifford Sobel, dizia que Saito tomou a iniciativa de ter uma conversa reservada em jantar no dia anterior com o general Doug Fraser, comandante do Comando Sul.
Na conversa, Saito disse que "não existia dúvida, do ponto de vista técnico, de que o F-18 era o melhor avião". Esse caça é produzido pela Boeing.
"Voamos no equipamento norte-americano há décadas", relatou o brasileiro, segundo frase colocada entre aspas no despacho diplomático de Clifford Sobel.
"E sabemos que [o F-18] é confiável e que sua manutenção é simples e oferece bom custo/benefício por meio do sistema de vendas militares externas", continua o texto.
Como já se sabia naquela época da predileção do presidente Lula pelo Rafale, Saito se antecipou e fez um comentário. "Ele disse que os franceses não poderiam se queixar porque acabaram de assinar um contrato de US$ 14 bilhões com o Brasil (para submarinos e helicópteros)."
A única ressalva apresentada por Saito foi a respeito da transferência de tecnologia por parte dos americanos. Informou precisar de carta dos EUA se comprometendo com essa política.
Sobel afirmou acreditar que o documento estivesse em estágio final de aprovação. "Aliviado, Saito disse que precisava ter a carta em mãos até o dia 6 de agosto", descreve o telegrama.
Esse despacho diplomático ao qual a Folha teve acesso é um entre milhares obtidos pela organização não governamental WikiLeaks (http://cablegate.wikileaks.org/) . Além desse telegrama, a Folha teve acesso a vários outros que tratam da compra dos caças pelo Brasil
A Folha.com criou uma seção especial sobre os papéis: folha.com/wikileaks.
Há grande volume de telegramas relatando o esforço dos EUA a favor dos caças F-18, da Boeing.
Nesse documento no qual aparece Saito, ele conta que Barack Obama tratou do assunto diretamente com Lula numa reunião de cúpula do G8 na Itália, em julho de 2009. Esse lobby de Obama não ficou conhecido à época.
As manifestações de Saito foram consideradas pela diplomacia dos EUA "a mais clara expressão" de que o brigadeiro pretenderia "recomendar o F-18".
Mas, no final do ano passado, não foi o que se passou, pois a FAB classificou em primeiro lugar o caça Gripen, da Suécia, deixando o F-18 em segundo lugar na disputa.
Em maio do ano passado, segundo um telegrama do dia 19 daquele mês, os americanos decidiram passar a fazer lobby intenso a favor da Boeing porque "contatos brasileiros dizem não acreditar que o governo dos Estados Unidos esteja apoiando a venda fortemente".
"O esforço francês está sendo administrado diretamente pelo gabinete do presidente Sarkozy" e "o envolvimento sueco" é "em nível ministerial".
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol
No relatório final do FX vai constar a assinatura do Saito(+ CM) concordando com os termos estabelecidos? suponto verdade o descrito acima.....e não sendo o F-18 o escolhido....isso tudo faria sentido ?
de volta a Campo Grande - MS.
Re: NOTÍCIAS
Era única solução viável e possível, se as coisas fossem realmente sérias.
Ah um FX-3...
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Re: NOTÍCIAS
http://www1.folha.uol.com.br/poder/8407 ... gues.shtml31/07/2009 20h42
VZCZCXRO1680OO RUEHRGDE RUEHBR #0952 2122042ZNY SSSSS ZZHO 312042Z JUL 09FM AMEMBASSY BRASILIATO RUEHC/SECSTATE WASHDC IMMEDIATE 4792INFO RUEHRG/AMCONSUL RECIFE 9789RUEHRI/AMCONSUL RIO DE JANEIRO 8046RUEHSO/AMCONSUL SAO PAULO 4373RHEHNSC/NSC WASHDCRUEKJCS/SECDEF WASHDC
S E C R E T O
BRASILIA 000952 NOFORN SIPDIS STATE FOR D, P, T, AND WHA E.O. 12958: DECL: 07/31/2019 TAGS: MASS, PREL, BR
SUBJECT: COMANDANTE DA FORÇA AÉREA DO BRASIL PEDE GARANTIAS DE ESTADO QUANTO A TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA ATÉ 6 DE AGOSTO REF: BRASILIA 888
Classificado por: VICE-CHEFE DE MISSÃO LISA KUBISKE, RAZÃO 1.4 (b) e (d) 1. (S/NF)
Em jantar em 30 de julho para o general Doug Fraser, comandante do Comando Sul, o comandante da força aérea brasileira (BRAF), brigadeiro Juniti Saito (protect) conversou reservadamente com o embaixador Sobel e seu conselheiro político sobre a compra do caça FX2. Ele afirmou que não existia dúvida, do ponto de vista técnico, que o F-18 era o melhor avião. "Voamos equipamento norte-americano há décadas", ele disse, "e sabemos que é confiável e que sua manutenção é simples e oferece bom custo/benefício por meio do sistema de vendas militares externas (FMS)". Isso precisa ser incorporado ao custo do novo caça, disse, porque a BRAF provavelmente utilizará o aparelho por 30 ou 40 anos. Seria a melhor decisão, ele disse, e os franceses não poderiam se queixar porque acabaram de assinar um contrato de US$ 14 bilhões com o Brasil (para submarinos e helicópteros).
2. (S/NF) Saito enfatizou, no entanto, que a questão quanto ao compromisso do governo dos Estados Unidos (USG) para com a transferência de tecnologia continua a ser "uma significativa barreira política" e que transpô-la é extremamente importante. Saito perguntou se a carta que havia solicitado e garante a transferência de tecnologia (reftel) estava a caminho. O embaixador assegurou a ele que compreendíamos a importância de superar o problema, e disse acreditar que o documento estivesse em estágio final de aprovação. Aliviado, Saito disse que precisava ter a carta em mãos até o dia 6 de agosto. Acrescentou, no entanto, que a decisão não seria anunciada "até depois do 7 de setembro". (Nota: o presidente francês Sarkozy visitará o Brasil no mês que vem e participará das festividades do dia nacional, em 7 de setembro, como parte das atividades do "ano da França no Brasil". Fim da nota.)
3. (S/NF) Saito reiterou o quanto a conversa do presidente Obama com o presidente Lula sobre o FX2, em Aquila, havia sido importante, e disse que "ela abriu as portas para que eu pudesse procurar o embaixador, como fiz". Ele disse que o presidente Lula havia instruído o ministro da Defesa Jobim e o brigadeiro Saito a conversar com o general Jones durante a visita deste, e solicitou que o general Jones o visitasse em seu escritório.
4. (S/NF) Comentário: Essa foi a mais clara expressão, da parte de Saito, de que pretende recomendar o F-18. O posto está trabalhando para marcar uma reunião entre o general Jones e o brigadeiro Saito em 4 de agosto. O posto assume, adicionalmente, que o subsecretário Tauscher esteja se preparando para entregar a carta solicitada por Saito ao ministro da Defesa Jobim e ao ministro do Exterior Amorim, durante a visita, e acredita que isso será visto como sinal significativo de apoio do USG à oferta da Boeing. SOBEL
Editado pela última vez por Penguin em Dom Dez 05, 2010 10:35 pm, em um total de 1 vez.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: NOTÍCIAS
Acho que o FX3 vai ser por um Mono-motor, creio que todo este papo ai de padronização vai entrar pelo cano, pois ficam com um único modelo e fornecedor é a base da dependência e da chantagem!!
A FAB esta acostumada a operar mono-motor, e creio que vão abrir um FX£3 para isso... mas tendo esperança, podemos ter também um pesado, por que não?? E quem sabe teremos Su-35 e Rafale, mesmo que em um FX4??
Ou ainda uma combinação SU-35 para a interceptação a longo raio e em alta altitude, Rafale faz tudo na terra e no mar, e o Mono-Motor mais para reconhecimento, ataques à terra e escolta!
Sonha SOnha!!
A FAB esta acostumada a operar mono-motor, e creio que vão abrir um FX£3 para isso... mas tendo esperança, podemos ter também um pesado, por que não?? E quem sabe teremos Su-35 e Rafale, mesmo que em um FX4??
Ou ainda uma combinação SU-35 para a interceptação a longo raio e em alta altitude, Rafale faz tudo na terra e no mar, e o Mono-Motor mais para reconhecimento, ataques à terra e escolta!
Sonha SOnha!!
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Re: NOTÍCIAS
http://www1.folha.uol.com.br/poder/8407 ... gues.shtml05/01/2010 19h40
CONFIDENCIAL
ASSUNTO: FX2 no final de 2009
CLASSIFICADO POR: Lisa Kubiske, vice-embaixadora a.i.; RAZÃO: 1.4 (D)
1.(C) Enquanto 2009 chega ao fim, a competição do FX2 no Brasil continua sem uma decisão. Esperava-se que o presidente Lula tomasse uma decisão antes do fim do ano, para que fosse possível completar a venda durante seu governo. Concretamente falando, porém, mesmo que uma decisão presidencial fosse tomada imediatamente, o tempo necessário para negociar o contrato e reservar a verba significa que a decisão final de adquirir os aviões caberá ao próximo presidente, em 2011. Contatos da embaixada no Ministério das Relações Exteriores e no Ministério da Defesa acreditam que o ministro da Defesa, Jobim, vai se reunir com Lula ainda em janeiro para tentar tomar uma decisão.
SETEMBRO: PREFERÊNCIA É DADA AO RAFALE
2.(C) Lula não tem feito segredo de sua preferência pelo Rafale da Dassault, tendo anunciado durante a visita do presidente Sarkozy em 7 de setembro (ref a) que pretendia negociar a aquisição com a França, antes mesmo de ler a avaliação técnica da Força Aérea Brasileira (FAB). Nos três meses seguintes, ficou claro que Lula tinha instruído seu governo, incluindo Jobim, a concentrar sua atenção em fazer o negócio com a França funcionar. Em setembro, Lula disse à imprensa brasileira que as negociações com a França focariam o esforço para fazer o preço dos aviões ser semelhante aos que a Boeing e a Saab estavam pedindo (consta que a melhor oferta da Dassault teria sido 40% mais alta). A despeito de outra visita de Sarkozy ao Brasil em novembro e da escala posterior de Jobim em Paris, os franceses não conseguiram atender ao pedido dos brasileiros por um preço mais baixo, mas sua falta de receptividade (ref b) aparentemente não afetou a preferência brasileira. Declarações iniciais dadas em setembro por Lula e pelo chanceler Amorim procuraram dar a entender que os franceses, de alguma maneira, estariam oferecendo um nível superior de transferência de tecnologia, o que seria uma justificativa do preço mais alto, mas, à medida que foram emergindo detalhes do processo de avaliação técnica, ficou claro que os três concorrentes estavam atendendo, de modo geral, às exigências de transferência de tecnologia feitas pela FAB.
DEZEMBRO: MINISTÉRIO DA DEFESA VOLTA A EXPRESSAR INTERESSE PELO BOEING; SAAB AINDA É CONCORRENTE
3.(C) Durante outubro e novembro, contatos com funcionários da embaixada e representantes da Boeing foram recebidos com cortesia, mas com pouco interesse real, já que a atenção continuava voltada aos franceses. Nas últimas semanas, contudo, houve uma mudança notável por parte do ministro da Defesa. Começando pela reunião do A/S Valenzuela com Jobim em 14 de dezembro (relatada em telegrama separado), houve interesse renovado pela proposta USG (Governo dos EUA/Boeing. Enquanto Jobim reiterava preocupações com "precedentes negativos" de políticas relativas à transferência de tecnologia de origem americana (na realidade, queixas sobre procedimentos de licenciamento de exportações), ele disse entender que o USG tinha uma abordagem nova e que estava interessado na oferta de cooperação industrial feita pela Boeing. A Boeing fortaleceu seus argumentos, promovendo sua nova iniciativa "Super Hornet Global", pela qual elementos importantes de produção de todos os aviões F/A 18 (incluindo os destinados às Forças Armadas dos EUA) seriam transferidos ao Brasil. Ao globalizar a produção do Super Hornet e incluir o Brasil no processo, a Boeing está em condições não apenas de gerar e manter mais empregos no Brasil, como poderá acalmar a paranoia brasileira com relação teóricas suspensões pelo USG do suprimento de caças, mostrando que qualquer suspensão desse tipo afetaria a Marinha dos EUA também. Em entrevista recente ao jornal Folha de S. Paulo, Jobim tomou o cuidado de não se comprometer, mencionando a "aliança estratégica" com a França mas também observando que custo, transferência de tecnologia e capacidade geral dos aviões são importantes.
4.(C) Ao lado do ressuscitamento das esperanças da Boeing, o Gripen sueco continua a ser um concorrente forte. Conforme notado na ref b, muitos brasileiros o enxergam como alternativa atraente ao Rafale, pelo fato de ter o preço mais baixo. O plano da Saab de co-desenvolver o Gripen de nova geração com o Brasil também lhe valeu apoio na indústria brasileira da aviação, entre aqueles que acreditam que tal desenvolvimento vá reforçar as capacidades locais de design de aeronaves. Jobim, contudo, se mostrou abertamente pouco interessado nos suecos, supostamente em função da capacidade inferior do Gripen e porque a variante "Nova Geração" oferecida ao Brasil ainda não existe. Uma matéria recente na revista Isto É, atribuída a uma fonte da FAB, observou que os programas de desenvolvimento de aeronaves militares geralmente ultrapassam seus prazos e orçamentos, negando a suposta vantagem de preço do Gripen.
5.(C) COMENTÁRIO. Embora o preço alto do Rafale e dúvidas quanto ao desenvolvimento do Gripen possam fazer com que o Super Hornet pareça a escolha óbvia, o fato é que Lula reluta em comprar uma aeronave americana. É possível que o interesse renovado pela oferta do USG não passe de uma artimanha para ganhar alavancagem sobre os franceses ou que a demora em tomar a decisão vise dar tempo à Dassault de encontrar uma maneira de reduzir seu preço. Na visão da Missão, a chance de vencer a concorrência pelo FX2 é real. Sabemos que o Super Hornet recebeu a avaliação técnica mais favorável da FAB e é a opção preferida dos operadores. Conseguimos responder com sucesso à maioria das dúvidas levantadas quanto às políticas de transferência de tecnologia do USG, em especial com a equipe de avaliação técnica. Resta, contudo, o obstáculo temível de convencer Lula. Nossa meta agora deve ser garantir que Jobim tenha um argumento mais forte possível para levar a Lula em janeiro. A Missão recomenda os seguintes passos: B7 Continuar a ressaltar o apoio total do USG em todos os contatos de alto nível com o Brasil. Como a Missão já observou anteriormente, garantias repetidas feitas pelo presidente Obama a Lula no decorrer de seus contatos normais constituem a maneira isolada mais eficaz de transmitir nosso argumento. B7 Usar os contatos iniciais com o embaixador indicado Shannon com a liderança brasileira para argumentar que temos trabalhado arduamente para assegurar que tenhamos a melhor oferta a apresentar. B7 Manter nossa campanha de assuntos públicos, para destacar que não apenas o USG completou sua aprovação da transferência de tecnologia, como a Boeing tem suficiente confiança na oferta para estar preparada para transferir parte da produção (incluindo centenas de empregos) ao Brasil. B7 Coordenar nossas ações com a Boeing de modo a assegurar que as vantagens do programa Super Hornet Global sejam levadas ao conhecimento do Congresso e da mídia brasileiros. KUBISKE
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: NOTÍCIAS
Depois disto aí em letras azuis estar grifado esta claro que o Rafale não perde mais.
"Caput" ou mela.
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