http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... notimpol#3RELAÇÕES PESSOAIS
O governo dos EUA "é percebido pela maioria dos brasileiros como no máximo medianamente interessado em apoiar a venda. Essa é uma desvantagem crítica em uma sociedade como a brasileira, na qual os relacionamentos pessoais servem de fundação para os negócios", dizia o telegrama confidencial.
Embora tenham assinado vários documentos se comprometendo a transferir tecnologia, os norte-americanos se diziam intrigados. No Brasil, autoridades sempre propagavam a ideia de que isso não iria acontecer.
"Pode bem ser que os brasileiros desejem manter vivas as dúvidas sobre a transferência de tecnologia a fim de contarem com uma desculpa automática para a compra de um avião inferior, caso os líderes políticos assim decidam", dizia o despacho.
Em um item chamado "ataque à proposta francesa", os diplomatas dos Estados Unidos argumentam ser necessário "lembrar aos brasileiros" que "o esforço francês de vendas vem se baseando em alegações enganosas, se não fraudulentas".
É que parte dos equipamentos do Rafale tem "alta presença de conteúdo norte-americano, o que inclui sistemas de mira, componentes de radar e sistemas de segurança que requererão licenças norte-americanas".
NOTÍCIAS
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Re: NOTÍCIAS
FSP, 04/12
Editado pela última vez por Penguin em Dom Dez 05, 2010 11:46 am, em um total de 2 vezes.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: NOTÍCIAS
E talvez nenhum documento poderá vir à comprovar nada...gaitero escreveu:Olha, dentro do governo, inclui-se as FA's, existe preferência até pelo cancelamento do F-X e compra do Typhoon, garanto que se procurar bem, até nego torçendo pro J-10B tem.
Mas documentos que comprovam o posicionamento não existe nenhum... e repito, nenhum..
Porque em todos os documentos oficiais, os caças são dissecados, e mostra-se os pontos fortes e fracos de cada um, fica a criteiro do leitor apontar quais são os pontos fortes que mais importam e dar pesos maiores e menores para cada um...
A Eliane disse muitas verdades em vários artigos, assim como muita gente, contudo ninguem até agora mostrou as informações por completo..
Mostra-se apenas a parte que interessa mostrar... E isto é resultado de muito $$
Se não houver campo aberto
lá em cima, quando me for
um galpão acolhedor
de santa fé bem coberto
um pingo pastando perto
só de pensar me comovo
eu juro pelo meu povo,
nem todo o céu me segura
retorno à velha planura
pra ser gaúcho de novo
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Re: NOTÍCIAS
Estes telegramas divulgados pelo Wikileaks só revelam, ao menos pra mim, uma enorme angústia dos americanos em não poder mudar o seu próprio status quo em relação a ToT. Estão convencidos que seu produto (F/A-18 SH) é superior (será? Tenho sérias dúvidas) aos outros dois concorrentes, mas estão igualmente convencidos que não podem atender nossas demandas. Então não adianta reclamar, pois aqui há decisão política, a politicagem não tem espaços.
Sim, não tem espaços porque (já cansei de falar isto aqui, mas foi para o ralo e depois para o mangue) que o Brasil busca algo superior, não apenas a compra de novos caças. A coisa é simbólica e o símbolo é o novo caça, mesmo que a menina dos olhos seja o sub nuclear (este não poderia ser o símbolo, seria considerado uma "ameaça maior").
Igualmente cansei de dizer que adoraria ver o F-18 nas cores da FAB, mas não aceitaria ver a END ser ignorada. Sim, ignorada no sentido de ser um planejamento estratégico e que seria rompida e/ou ignorada se suas diretrizes fossem estupidamente rejeitada. Comprar o F-18 é o mesmo que rasgar a END. Se, por outro lado, a política norte-americana para o Brasil fosse outra, se a transferência de tecnologia não se resumisse ao singela e enigmática "necessária", então a END não seria rasgada. Sempre defendi que Brasil e EUA são "idênticos", nas devidas proporções, e que justamente por isso deveriam ampliar os laços, mas parece que da parte de lá não há interesse, então por que deveria haver interesse da parte de cá?
Que agora fique claro os motivos de (eu) ter sempre afirmado que não suporto debater sobre o hardware. Sim, um caça tem quatro dimensões, as três físicas e a dimensão política, sendo esta a mais importante. Partindo desta premissa, que não é minha, é de um projetista inglês de caças, fica cada vez mais claro que o F/A-18 SH é, ao menos para o Brasil, um péssimo caça, pois lhe falta uma dimensão: a política. A visão estreita do ex-embaixador americano no Brasil não lhe permitiu enxergar tal coisa, pois sua visão é tridimensional, mas para entender os negócios sobre vendas de caças é preciso enxergar quadridimensionalmente. Uma pena...
PS: o mesmo se aplica a vários amigos e colegas do fórum, ou seja, visão tridimensional ante um mundo quadridimensional. Abram os olhos (para as três dimensões físicas) e abram a mente (para apurar a capacidade de compreensão da quarta dimensão, visto que esta não se enxerga com os olhos da cara).
Sim, não tem espaços porque (já cansei de falar isto aqui, mas foi para o ralo e depois para o mangue) que o Brasil busca algo superior, não apenas a compra de novos caças. A coisa é simbólica e o símbolo é o novo caça, mesmo que a menina dos olhos seja o sub nuclear (este não poderia ser o símbolo, seria considerado uma "ameaça maior").
Igualmente cansei de dizer que adoraria ver o F-18 nas cores da FAB, mas não aceitaria ver a END ser ignorada. Sim, ignorada no sentido de ser um planejamento estratégico e que seria rompida e/ou ignorada se suas diretrizes fossem estupidamente rejeitada. Comprar o F-18 é o mesmo que rasgar a END. Se, por outro lado, a política norte-americana para o Brasil fosse outra, se a transferência de tecnologia não se resumisse ao singela e enigmática "necessária", então a END não seria rasgada. Sempre defendi que Brasil e EUA são "idênticos", nas devidas proporções, e que justamente por isso deveriam ampliar os laços, mas parece que da parte de lá não há interesse, então por que deveria haver interesse da parte de cá?
Que agora fique claro os motivos de (eu) ter sempre afirmado que não suporto debater sobre o hardware. Sim, um caça tem quatro dimensões, as três físicas e a dimensão política, sendo esta a mais importante. Partindo desta premissa, que não é minha, é de um projetista inglês de caças, fica cada vez mais claro que o F/A-18 SH é, ao menos para o Brasil, um péssimo caça, pois lhe falta uma dimensão: a política. A visão estreita do ex-embaixador americano no Brasil não lhe permitiu enxergar tal coisa, pois sua visão é tridimensional, mas para entender os negócios sobre vendas de caças é preciso enxergar quadridimensionalmente. Uma pena...
PS: o mesmo se aplica a vários amigos e colegas do fórum, ou seja, visão tridimensional ante um mundo quadridimensional. Abram os olhos (para as três dimensões físicas) e abram a mente (para apurar a capacidade de compreensão da quarta dimensão, visto que esta não se enxerga com os olhos da cara).
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Re: NOTÍCIAS
Claro que estes telegramas-documentos comprovam coisas, Roberto, comprovam o tamanho da angústia dos americanos e a sua enorme incapacidade de resolver os nossos problemas. Isto revela o xororô da derrota, a incapacidade de rever o quadro, mas revela também a tentativa de usar de influência de alguns para convencer o líder maior (leia-se lobby descarado). Não sou eu que afirmo tal coisa, tudo isso está nos tais telegramas, é só ler e saborear.RobertoRS escreveu:E talvez nenhum documento poderá vir à comprovar nada...gaitero escreveu:Olha, dentro do governo, inclui-se as FA's, existe preferência até pelo cancelamento do F-X e compra do Typhoon, garanto que se procurar bem, até nego torçendo pro J-10B tem.
Mas documentos que comprovam o posicionamento não existe nenhum... e repito, nenhum..
Porque em todos os documentos oficiais, os caças são dissecados, e mostra-se os pontos fortes e fracos de cada um, fica a criteiro do leitor apontar quais são os pontos fortes que mais importam e dar pesos maiores e menores para cada um...
A Eliane disse muitas verdades em vários artigos, assim como muita gente, contudo ninguem até agora mostrou as informações por completo..
Mostra-se apenas a parte que interessa mostrar... E isto é resultado de muito $$
Abração!!!
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Re: NOTÍCIAS
orestespf escreveu:Estes telegramas divulgados pelo Wikileaks só revelam, ao menos pra mim, uma enorme angústia dos americanos em não poder mudar o seu próprio status quo em relação a ToT. Estão convencidos que seu produto (F/A-18 SH) é superior (será? Tenho sérias dúvidas) aos outros dois concorrentes, mas estão igualmente convencidos que não podem atender nossas demandas. Então não adianta reclamar, pois aqui há decisão política, a politicagem não tem espaços.
Sim, não tem espaços porque (já cansei de falar isto aqui, mas foi para o ralo e depois para o mangue) que o Brasil busca algo superior, não apenas a compra de novos caças. A coisa é simbólica e o símbolo é o novo caça, mesmo que a menina dos olhos seja o sub nuclear (este não poderia ser o símbolo, seria considerado uma "ameaça maior").
Igualmente cansei de dizer que adoraria ver o F-18 nas cores da FAB*, mas não aceitaria ver a END ser ignorada. Sim, ignorada no sentido de ser um planejamento estratégico e que seria rompida e/ou ignorada se suas diretrizes fossem estupidamente rejeitada. Comprar o F-18 é o mesmo que rasgar a END. Se, por outro lado, a política norte-americana para o Brasil fosse outra, se a transferência de tecnologia não se resumisse ao singela e enigmática "necessária", então a END não seria rasgada. Sempre defendi que Brasil e EUA são "idênticos", nas devidas proporções, e que justamente por isso deveriam ampliar os laços, mas parece que da parte de lá não há interesse, então por que deveria haver interesse da parte de cá?
Que agora fique claro os motivos de (eu) ter sempre afirmado que não suporto debater sobre o hardware. Sim, um caça tem quatro dimensões, as três físicas e a dimensão política, sendo esta a mais importante. Partindo desta premissa, que não é minha, é de um projetista inglês de caças, fica cada vez mais claro que o F/A-18 SH é, ao menos para o Brasil, um péssimo caça, pois lhe falta uma dimensão: a política. A visão estreita do ex-embaixador americano no Brasil não lhe permitiu enxergar tal coisa, pois sua visão é tridimensional, mas para entender os negócios sobre vendas de caças é preciso enxergar quadridimensionalmente. Uma pena...
PS: o mesmo se aplica a vários amigos e colegas do fórum, ou seja, visão tridimensional ante um mundo quadridimensional. Abram os olhos (para as três dimensões físicas) e abram a mente (para apurar a capacidade de compreensão da quarta dimensão, visto que esta não se enxerga com os olhos da cara).
Perfeito, Mestre.
Aos amigos....o que mais dizer após esse post?
Sobraram os franceses.
A única alternativa possível seria um hipotético cancelamento do FX2 e o alinhamento com os projetos russos. Disparados os melhores, BVRmente falando.
Outras escolhas seriam uma vergonha para este país e uma mácula para os (i)responsáveis.
Vou cavucar uns buracos nesse mar de morros daqui, ver se faço um alpendre minêro. Com cachaça e torresmo.
Abraços.
* eu tb, mas prefiro os flankers e paks.
Editado pela última vez por gribel em Dom Dez 05, 2010 12:38 pm, em um total de 2 vezes.
Re: NOTÍCIAS
Colaborando (sem autorização) com as palavras do Orestes, vai um trecho de um dos 'cables' angustiados dos americanos.
Há, me parece, uma tentativa também de descreditar as decisões do Governo Brasileiro, colocando a exigência de ToT como "uma desculpa" quando na verdade o erro está na falta de ações concretas (garantias) do Governo Norte-Americano.
------------------
"Ainda que as decisões mais importantes para aprovar a BRASILIA 00000634 002 OF 003 transferência de tecnologia como parte da venda do FX2 tenham sido tomadas, os líderes brasileiros continuam a duvidar da capacidade norte-americana de cumprir o prometido. Embora o problema tenha sido mitigado por meio de uma estratégia efetiva de assuntos públicos, continuamos a ouvir que, na ausência de garantias específicas pelo primeiro escalão do Departamento de Estado, os brasileiros não se sentem seguros. Pode bem ser que os brasileiros desejem manter vivas as dúvidas sobre a transferência de tecnologia a fim de contarem com uma desculpa automática para a compra de um avião inferior, caso os líderes políticos assim decidam. As repetidas preocupações quanto a códigos-fonte intransferíveis podem ter base semelhante. Por fim, ouvimos que existem preocupações no Congresso quanto a uma possível corrida armamentista na América do Sul. Caso isso chegue aos ouvidos dos brasileiros, haverá novas preocupações quanto à possibilidade de que o Congresso intervenha para bloquear a venda. A embaixada recomenda o seguinte, como próximos passos a fim de reforçar nossos argumentos no que tange à transferência de tecnologia: --uma carta do presidente Obama ao presidente Lula defendendo a causa - uma carta da secretária Clinton ao MOD Jobim afirmando que o USG aprovou a transferência de toda a tecnologia apropriada. - A orientação interagências quanto ao código-fonte (liberada para um artigo publicado em abril pela Revista Força Aérea) deveria ser disseminada para uso. - Todos os contatos de alto nível, entre os quais pelos secretários de Estado e da Defesa e pelo presidente dos Estados Unidos (POTUS), devem incluir garantias de que a transferência de tecnologia foi aprovada. - As agências de Washington devem iniciar consultas com assessores apropriados no Congresso o mais cedo possível a fim de superar a percepção equivocada de que vendas de armas ao Brasil causariam desestabilização."
Há, me parece, uma tentativa também de descreditar as decisões do Governo Brasileiro, colocando a exigência de ToT como "uma desculpa" quando na verdade o erro está na falta de ações concretas (garantias) do Governo Norte-Americano.
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"Ainda que as decisões mais importantes para aprovar a BRASILIA 00000634 002 OF 003 transferência de tecnologia como parte da venda do FX2 tenham sido tomadas, os líderes brasileiros continuam a duvidar da capacidade norte-americana de cumprir o prometido. Embora o problema tenha sido mitigado por meio de uma estratégia efetiva de assuntos públicos, continuamos a ouvir que, na ausência de garantias específicas pelo primeiro escalão do Departamento de Estado, os brasileiros não se sentem seguros. Pode bem ser que os brasileiros desejem manter vivas as dúvidas sobre a transferência de tecnologia a fim de contarem com uma desculpa automática para a compra de um avião inferior, caso os líderes políticos assim decidam. As repetidas preocupações quanto a códigos-fonte intransferíveis podem ter base semelhante. Por fim, ouvimos que existem preocupações no Congresso quanto a uma possível corrida armamentista na América do Sul. Caso isso chegue aos ouvidos dos brasileiros, haverá novas preocupações quanto à possibilidade de que o Congresso intervenha para bloquear a venda. A embaixada recomenda o seguinte, como próximos passos a fim de reforçar nossos argumentos no que tange à transferência de tecnologia: --uma carta do presidente Obama ao presidente Lula defendendo a causa - uma carta da secretária Clinton ao MOD Jobim afirmando que o USG aprovou a transferência de toda a tecnologia apropriada. - A orientação interagências quanto ao código-fonte (liberada para um artigo publicado em abril pela Revista Força Aérea) deveria ser disseminada para uso. - Todos os contatos de alto nível, entre os quais pelos secretários de Estado e da Defesa e pelo presidente dos Estados Unidos (POTUS), devem incluir garantias de que a transferência de tecnologia foi aprovada. - As agências de Washington devem iniciar consultas com assessores apropriados no Congresso o mais cedo possível a fim de superar a percepção equivocada de que vendas de armas ao Brasil causariam desestabilização."
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Re: NOTÍCIAS
Só uma coisa: Um purreco dos patrões aos 44 do segundo tempo encagaçou meio mundo. Muito cabra parrudo afinando. Pensem nisso.
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Re: NOTÍCIAS
Embora transpasse um esforço enorme por parte da embaixada, ainda tem uma palavra que incomoda bastante.DELTA22 escreveu:Colaborando (sem autorização) com as palavras do Orestes, vai um trecho de um dos 'cables' angustiados dos americanos.
Há, me parece, uma tentativa também de descreditar as decisões do Governo Brasileiro, colocando a exigência de ToT como "uma desculpa" quando na verdade o erro está na falta de ações concretas (garantias) do Governo Norte-Americano.
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"Ainda que as decisões mais importantes para aprovar a BRASILIA 00000634 002 OF 003 transferência de tecnologia como parte da venda do FX2 tenham sido tomadas, os líderes brasileiros continuam a duvidar da capacidade norte-americana de cumprir o prometido. Embora o problema tenha sido mitigado por meio de uma estratégia efetiva de assuntos públicos, continuamos a ouvir que, na ausência de garantias específicas pelo primeiro escalão do Departamento de Estado, os brasileiros não se sentem seguros. Pode bem ser que os brasileiros desejem manter vivas as dúvidas sobre a transferência de tecnologia a fim de contarem com uma desculpa automática para a compra de um avião inferior, caso os líderes políticos assim decidam. As repetidas preocupações quanto a códigos-fonte intransferíveis podem ter base semelhante. Por fim, ouvimos que existem preocupações no Congresso quanto a uma possível corrida armamentista na América do Sul. Caso isso chegue aos ouvidos dos brasileiros, haverá novas preocupações quanto à possibilidade de que o Congresso intervenha para bloquear a venda. A embaixada recomenda o seguinte, como próximos passos a fim de reforçar nossos argumentos no que tange à transferência de tecnologia: --uma carta do presidente Obama ao presidente Lula defendendo a causa - uma carta da secretária Clinton ao MOD Jobim afirmando que o USG aprovou a transferência de toda a tecnologia apropriada. - A orientação interagências quanto ao código-fonte (liberada para um artigo publicado em abril pela Revista Força Aérea) deveria ser disseminada para uso. - Todos os contatos de alto nível, entre os quais pelos secretários de Estado e da Defesa e pelo presidente dos Estados Unidos (POTUS), devem incluir garantias de que a transferência de tecnologia foi aprovada. - As agências de Washington devem iniciar consultas com assessores apropriados no Congresso o mais cedo possível a fim de superar a percepção equivocada de que vendas de armas ao Brasil causariam desestabilização."
Não que o franceses venham a passar mais tecnologia da JACA do que os americanos, mas a política de Estado Norte Americana é um tanto quanto intransigente nesses assuntos.
Ademais, pelo que tenho ouvido, ratificado depois dos exercícios da Cruzex, a manutenção do avião Gaulês é um tanto quanto complicada e ainda mais trabalhosa do que se imaginava.
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Re: NOTÍCIAS
Gomu, vc tem ouvido de quem?
Ouça mais adiante, quando o relatório final for mostrado ao CDN, não agora.
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"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: NOTÍCIAS
O que posso dizer é que foram pessoas de dentro da FAB que participaram do exercício.
Não que deva ter alguma importância ou valor fático esta afirmação, até porque se deu em caráter informal e, talvez, opinativo.
No final, a minha visão ainda é de que desperdiçamos uma grande oportunidade no FX-2, onde, por escolhas erradas, perdemos nossa chance de alcançar os verdadeiros objetivos a serem almejados.
É um exemplo dos mais lamentáveis da falta de profissionalismo e, até mesmo, objetivos, tanto da Força quanto do Governo. Não fosse isso o futuro caça já teria sido escolhido e já estaria em fase de produção.
Não que deva ter alguma importância ou valor fático esta afirmação, até porque se deu em caráter informal e, talvez, opinativo.
No final, a minha visão ainda é de que desperdiçamos uma grande oportunidade no FX-2, onde, por escolhas erradas, perdemos nossa chance de alcançar os verdadeiros objetivos a serem almejados.
É um exemplo dos mais lamentáveis da falta de profissionalismo e, até mesmo, objetivos, tanto da Força quanto do Governo. Não fosse isso o futuro caça já teria sido escolhido e já estaria em fase de produção.
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Re: NOTÍCIAS
Significados são significados:
1) O simbolismo de um avião, ainda mais um caça, voando sobre as cabeças de um povo significa que foi-lhe imposto o poder de nação. Estar acima, sobre as cabeças, é o mesmo que demonstrar a imposição real de quem realmente manda. Um caça representa a coroa, aquilo que está acima da cabeça.
2) Quando não se pode ter domínio sobre as próprias tecnologias que permitem estar simbolicamente sobre as cabeças de seu próprio povo, então é preciso saber qual coroa de terceiros adotar, visto que esta estará acima da cabeça, não só do povo, mas dos próprios governantes (sejam quais forem).
3) Aceitar coroa de terceiros é exigir casamento entre as partes, assim a própria monarquia histórica sempre agiu.
4) O compromisso exigido pela noiva chamada Brasil chama-se ToT, aquele que não aceitar pagar este dote às avessas não levará a noiva para a cama.
5) Entre os americanos percebe-se nitidamente a vontade de ter esta noiva na cama, mas o rigor nacionalista disfarçado de prudência e temor simplesmente os deixaram, no máximo, com uma constrangedora ereção diante da antiga feia adolescente que hoje se transformou em uma bela e exuberante donzela. Não adianta reclamar se os dotes não puderem ser pagos; que usem da imaginação para a sobrevida das fantasias.
6) A sedução sueca transcendeu o salutar hábito das boas famílias, ousaram propor à noiva aquilo que ela já possuía, uma espécie de safismo entre loiras nórdica com morenas híbridas de um país miscigenado. Mas a nova donzela se revela conservadora e cheio de pudor, não está preparada para a sodomia moderna.
7) Mas a donzela tem um ar de cachorra de bailes funks, que mesmo sem saber compreender o significado do requebra, se sente confortável o bastante para ser cortejada por aquele com perfil do Jorginho Guinle, ainda mais com aquele sotaque francês pronunciado na base da orelha esquerda.
Em suma, deixe-me rebolar nos bailes funks, diz que me ama, prometa mundos e fundos, seja cafajeste ao máximo, porém me deixa dizer que nesta cozinha quem manda sou eu.
Abraço a todos!
1) O simbolismo de um avião, ainda mais um caça, voando sobre as cabeças de um povo significa que foi-lhe imposto o poder de nação. Estar acima, sobre as cabeças, é o mesmo que demonstrar a imposição real de quem realmente manda. Um caça representa a coroa, aquilo que está acima da cabeça.
2) Quando não se pode ter domínio sobre as próprias tecnologias que permitem estar simbolicamente sobre as cabeças de seu próprio povo, então é preciso saber qual coroa de terceiros adotar, visto que esta estará acima da cabeça, não só do povo, mas dos próprios governantes (sejam quais forem).
3) Aceitar coroa de terceiros é exigir casamento entre as partes, assim a própria monarquia histórica sempre agiu.
4) O compromisso exigido pela noiva chamada Brasil chama-se ToT, aquele que não aceitar pagar este dote às avessas não levará a noiva para a cama.
5) Entre os americanos percebe-se nitidamente a vontade de ter esta noiva na cama, mas o rigor nacionalista disfarçado de prudência e temor simplesmente os deixaram, no máximo, com uma constrangedora ereção diante da antiga feia adolescente que hoje se transformou em uma bela e exuberante donzela. Não adianta reclamar se os dotes não puderem ser pagos; que usem da imaginação para a sobrevida das fantasias.
6) A sedução sueca transcendeu o salutar hábito das boas famílias, ousaram propor à noiva aquilo que ela já possuía, uma espécie de safismo entre loiras nórdica com morenas híbridas de um país miscigenado. Mas a nova donzela se revela conservadora e cheio de pudor, não está preparada para a sodomia moderna.
7) Mas a donzela tem um ar de cachorra de bailes funks, que mesmo sem saber compreender o significado do requebra, se sente confortável o bastante para ser cortejada por aquele com perfil do Jorginho Guinle, ainda mais com aquele sotaque francês pronunciado na base da orelha esquerda.
Em suma, deixe-me rebolar nos bailes funks, diz que me ama, prometa mundos e fundos, seja cafajeste ao máximo, porém me deixa dizer que nesta cozinha quem manda sou eu.
Abraço a todos!
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Re: NOTÍCIAS
Penguin escreveu:FSP, 04/12
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... notimpol#3RELAÇÕES PESSOAIS
O governo dos EUA "é percebido pela maioria dos brasileiros como no máximo medianamente interessado em apoiar a venda. Essa é uma desvantagem crítica em uma sociedade como a brasileira, na qual os relacionamentos pessoais servem de fundação para os negócios", dizia o telegrama confidencial.
Embora tenham assinado vários documentos se comprometendo a transferir tecnologia, os norte-americanos se diziam intrigados. No Brasil, autoridades sempre propagavam a ideia de que isso não iria acontecer.
"Pode bem ser que os brasileiros desejem manter vivas as dúvidas sobre a transferência de tecnologia a fim de contarem com uma desculpa automática para a compra de um avião inferior, caso os líderes políticos assim decidam", dizia o despacho.
Em um item chamado "ataque à proposta francesa", os diplomatas dos Estados Unidos argumentam ser necessário "lembrar aos brasileiros" que "o esforço francês de vendas vem se baseando em alegações enganosas, se não fraudulentas".
É que parte dos equipamentos do Rafale tem "alta presença de conteúdo norte-americano, o que inclui sistemas de mira, componentes de radar e sistemas de segurança que requererão licenças norte-americanas".
Justin Case escreveu:Amigos,
Esta é um post de Shiv Aroor, editor do blog indiano LiveFist, sobre o Gripen NG e os recentes vazamentos no Wikileaks.
Não estava simples de traduzir. Vale a pena checar o original em:
http://livefist.blogspot.com/2010/12/is ... n-how.html
Abraços,MMRCA - Existe um “aviso” no modo como os americanos prejudicaram o Gripen na Noruega?
Sábado, 4 de dezembro de 2010, por Shiv Aroor
Se vocês queriam vislumbrar partes da fria ação política que, todos sabem, afeta uma competição de caças na qual os americanos têm um concorrente, um extrato das mensagens recentemente vazadas pelo Wikileaks as apresentam. É simples (se você perdeu esse detalhe): de acordo com essas mensagens vazadas (entre a Embaixada dos EUA em Oslo e o Departamento de Estado), os norte-americanos negaram a liberação de um radar AESA americano para o Gripen NG em resposta a um requisito norueguês há dois anos atrás e, simultaneamente, fizeram pressão política ("encorajamento" de alto nível proveniente de Washington) para o governo norueguês escolher o F-35 em seu lugar.
Essas mensagens fornecem a mais perfeita visão de como a ameaça relativa às futuras relações políticas/diplomáticas afeta claramente os contratos de armas. É de conhecimento comum que assim acontece, mas desta vez está lá, preto no branco. Uma das mensagens apresenta, na conclusão, em um toque final, que "esforços adicionais de convencimento contribuiriam para ajudar (a Noruega) a reconhecer a importância da sua decisão e a resistir à tentação de fazer uma escolha conveniente no curto prazo, mas que prejudicaria o interesse de longo prazo."
Isto ocorreu há dois anos. Pouco depois, a Saab decidiu cancelar todas as discussões com os americanos, franceses e israelenses (a IAI teria sido pressionada por Washington a se retirar das negociações) e foi para o RAVEN AESA da Selex Galileo, atualmente em desenvolvimento e ensaio, fazendo parte da configuração oferecida à Força Aérea da Índia na competição MMRCA.
Você pode apostar que existem mensagens enviadas por Tim Roemer (embaixador americano na Índia), pedindo o mesmo tipo de coisa (incluindo visitas de alto nível para reafirmar o conceito) antes de uma decisão indiana sobre o contrato de 12 bilhões de dólares americanos no ano que vem; mas há pelo menos uma pergunta muito importante: Será que os americanos ainda têm influência sobre o Gripen NG/IN, considerando que o motor do avião (F414G), aviônicos, head-up/down displays, sistema de controle ambiental, computador de dados aéreos, sistemas de sobrevivência, regulador de pressão, válvulas de corte e radar-altímetro são de fabricação americana? Vale a pena pensar, não obstante o fato de que a Saab (como os outros cinco candidatos, conforme o caso) foram instados a apresentar uma garantia (com aprovação governamental) de que todos os subsistemas da aeronave têm exportação autorizada não apenas pelo país integrador, mas também pelo fornecedor original.
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Re: NOTÍCIAS
E a vida continua, com os mesmos...
Os gritos dos que serão lançados às trevas exteriores...
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Janio de Freitas
O governo Lula quer fazer a compra de caças com base em propostas caducadas para comparações caducas
Os negócios em voo
JÁ VENDEDOR de armamentos bem antes de chegar a presidente da França, o marido de Carla Bruni, Nicolas Sarkozy, cria um insulto original para os jornalistas com assuntos desagradáveis: "Pedófilos!", berrou irado, em resposta aos repórteres que voltaram à corrupção de um negócio de armas entre Sarkozy e o governo do Paquistão, anos 90. Por aparente acaso, o escândalo foi remexido na França quando Lula e Nelson Jobim estão na iminência de assinar, com Sarkosy, a compra dos caças franceses Rafale, já agendada conforme publicação na Folha.
Embora a ressalva "se for escolhido o Rafale", em seguida, na sua coluna de terça passada, Eliane Cantanhêde informa que amanhã Jobim "bate o martelo numa reunião com com Dilma e Paulo Bernardo (Planejamento)", e "depois é convocar o conselho de defesa para o dia 10 e reservar o dia 15 para Lula tirar fotos e assinar os atos correspondentes com o presidente Sarkozy".
Há, nessa agenda de uma escolha feita e acabada, uma originalidade brasileira para acompanhar a do presidente francês: o governo Lula quer fazer a compra da ordem de U$ 6 bilhões com base em propostas caducadas, como lhe denunciou um competidor, para comparações também caducas.
Complemento perfeito, portanto, para uma concorrência em que o terceiro colocado entre os três selecionados, nos estudos da FAB, tem a inexplicada preferência de Lula e do seu ministro -apesar de cada Rafale custar o equivalente a duas unidades de um dos concorrentes e sua hora de voo custar o triplo.
É nas sinuosidades dessa transação que os pedófilos sem altar podem incluir mais um negócio: a compra de novo avião presidencial, coisa de meio bilhão, claro que compra de um Airbus francês dos interesses de Sarkozy. A menos que a Boeing americana satisfaça-se com o presente de consolação, para ser derrotada pelos Rafale e não criar caso, que seria a compra de um grande jato seu.
Para tal fim, afinal de contas, foi inventada a necessidade de outro avião presidencial, proposta por Lula com o argumento -de lucidez e decência que não se deve pôr à prova- de que, assim, Dilma não passará pela "humilhação de fazer um reabastecimento" quando, e se, for à Ásia.
Os gritos dos que serão lançados às trevas exteriores...
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Janio de Freitas
O governo Lula quer fazer a compra de caças com base em propostas caducadas para comparações caducas
Os negócios em voo
JÁ VENDEDOR de armamentos bem antes de chegar a presidente da França, o marido de Carla Bruni, Nicolas Sarkozy, cria um insulto original para os jornalistas com assuntos desagradáveis: "Pedófilos!", berrou irado, em resposta aos repórteres que voltaram à corrupção de um negócio de armas entre Sarkozy e o governo do Paquistão, anos 90. Por aparente acaso, o escândalo foi remexido na França quando Lula e Nelson Jobim estão na iminência de assinar, com Sarkosy, a compra dos caças franceses Rafale, já agendada conforme publicação na Folha.
Embora a ressalva "se for escolhido o Rafale", em seguida, na sua coluna de terça passada, Eliane Cantanhêde informa que amanhã Jobim "bate o martelo numa reunião com com Dilma e Paulo Bernardo (Planejamento)", e "depois é convocar o conselho de defesa para o dia 10 e reservar o dia 15 para Lula tirar fotos e assinar os atos correspondentes com o presidente Sarkozy".
Há, nessa agenda de uma escolha feita e acabada, uma originalidade brasileira para acompanhar a do presidente francês: o governo Lula quer fazer a compra da ordem de U$ 6 bilhões com base em propostas caducadas, como lhe denunciou um competidor, para comparações também caducas.
Complemento perfeito, portanto, para uma concorrência em que o terceiro colocado entre os três selecionados, nos estudos da FAB, tem a inexplicada preferência de Lula e do seu ministro -apesar de cada Rafale custar o equivalente a duas unidades de um dos concorrentes e sua hora de voo custar o triplo.
É nas sinuosidades dessa transação que os pedófilos sem altar podem incluir mais um negócio: a compra de novo avião presidencial, coisa de meio bilhão, claro que compra de um Airbus francês dos interesses de Sarkozy. A menos que a Boeing americana satisfaça-se com o presente de consolação, para ser derrotada pelos Rafale e não criar caso, que seria a compra de um grande jato seu.
Para tal fim, afinal de contas, foi inventada a necessidade de outro avião presidencial, proposta por Lula com o argumento -de lucidez e decência que não se deve pôr à prova- de que, assim, Dilma não passará pela "humilhação de fazer um reabastecimento" quando, e se, for à Ásia.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: NOTÍCIAS
Wikileaks: França disposta a passar a tecnologia do Rafale ao Brasil
(AFP) – Há 2 horas
PARIS — A França está disposta a fornecer ao Brasil os códigos informáticos do avião de combate Rafale se este for comprado pelos brasileiros, afirma uma mensagem diplomática americana de novembro de 2009 divulgada pelo site WikiLeaks e citada neste domingo pelo jornal francês Le Monde.
Com o Rafale, jamais vendido até agora para ao estrangeiro, a França espera descartar os aviões americano F/A-18 Super Hornet e o sueco Grippen, que também disputam o mercado brasileiro, afirma a mensagem.
"Os franceses garantiram aos brasileiros que entregarão os códigos informáticos do Rafale, que são o coração digital do aparelho, um gesto que os demais concorrentes estão reticentes em realizar", acrescenta a embaixada neste documento.
"Quando (o presidente) Lula se queixou com (o presidente francês Nicolas) Sarkozy sobre o 'preço absurdo' dos Rafale, 80 milhões de dólares cada um, o presidente francês enviou a ele, segundo fontes do ministério das Relações Exteriores, uma carta pessoal enfatizando que a França estaria disposta a proceder a uma 'transferência sem restrições' das informações tecnológicas", assegura.
"Se a venda do Rafale for realizada, a Dassault (sua montadora) poderá pedir aos Estados Unidos licenças de controle de exportação para as partes do avião construídas com tecnologia americana", destaca a mensagem dos diplomatas americanos.
Segundo o texto divulgado, que cita fontes militares em Brasília, o Brasil "não apenas quer comprar os Rafales, como também produzir o avião em seu território e, eventualmente, vendê-lo na América Latina até 2030".
O negócio que a França aspirar fazer com o Brasil supõe a venda de 36 aviões de combate, o que supõe um contrato multimilionário.
A decisão do governo Lula ainda não foi anunciada, e não há prazo para que isso ocorra.
Em outra mensagem divulgada pelo Wikileaks há alguns dias, o rei do Bahrein teria afirmado há um ano que o caça francês tem "tecnologia ultrapassada".
Assim afirmou o soberano do Bahrein durante uma reunião realizada no dia 1o. de novembro de 2009 com o general americano David Petraeus para discutir a cooperação regional em matéria de defesa.
"O rei Hamad bin Issa al Khalifa pediu apoio ao general Petraeus (então comandante do exército americano encarregado do Oriente Médio) para que fabricantes de aeronaves dos EUA participassem do Salão Aeronáutico do Bahrein, previsto para janeiro de 2010", segundo a carta escrita pela embaixada dos EUA em Manama.
"Disse que a França estava dando o seu total apoio a que o Rafale estivesse lá, mas concordou com Petraeus que o caça francês era de tecnologia ultrapassada", segundo o informe diplomático.
Copyright © 2010 AFP. Todos os direitos reservados
http://www.google.com/hostednews/afp/ar ... 5eed2f7.01
(AFP) – Há 2 horas
PARIS — A França está disposta a fornecer ao Brasil os códigos informáticos do avião de combate Rafale se este for comprado pelos brasileiros, afirma uma mensagem diplomática americana de novembro de 2009 divulgada pelo site WikiLeaks e citada neste domingo pelo jornal francês Le Monde.
Com o Rafale, jamais vendido até agora para ao estrangeiro, a França espera descartar os aviões americano F/A-18 Super Hornet e o sueco Grippen, que também disputam o mercado brasileiro, afirma a mensagem.
"Os franceses garantiram aos brasileiros que entregarão os códigos informáticos do Rafale, que são o coração digital do aparelho, um gesto que os demais concorrentes estão reticentes em realizar", acrescenta a embaixada neste documento.
"Quando (o presidente) Lula se queixou com (o presidente francês Nicolas) Sarkozy sobre o 'preço absurdo' dos Rafale, 80 milhões de dólares cada um, o presidente francês enviou a ele, segundo fontes do ministério das Relações Exteriores, uma carta pessoal enfatizando que a França estaria disposta a proceder a uma 'transferência sem restrições' das informações tecnológicas", assegura.
"Se a venda do Rafale for realizada, a Dassault (sua montadora) poderá pedir aos Estados Unidos licenças de controle de exportação para as partes do avião construídas com tecnologia americana", destaca a mensagem dos diplomatas americanos.
Segundo o texto divulgado, que cita fontes militares em Brasília, o Brasil "não apenas quer comprar os Rafales, como também produzir o avião em seu território e, eventualmente, vendê-lo na América Latina até 2030".
O negócio que a França aspirar fazer com o Brasil supõe a venda de 36 aviões de combate, o que supõe um contrato multimilionário.
A decisão do governo Lula ainda não foi anunciada, e não há prazo para que isso ocorra.
Em outra mensagem divulgada pelo Wikileaks há alguns dias, o rei do Bahrein teria afirmado há um ano que o caça francês tem "tecnologia ultrapassada".
Assim afirmou o soberano do Bahrein durante uma reunião realizada no dia 1o. de novembro de 2009 com o general americano David Petraeus para discutir a cooperação regional em matéria de defesa.
"O rei Hamad bin Issa al Khalifa pediu apoio ao general Petraeus (então comandante do exército americano encarregado do Oriente Médio) para que fabricantes de aeronaves dos EUA participassem do Salão Aeronáutico do Bahrein, previsto para janeiro de 2010", segundo a carta escrita pela embaixada dos EUA em Manama.
"Disse que a França estava dando o seu total apoio a que o Rafale estivesse lá, mas concordou com Petraeus que o caça francês era de tecnologia ultrapassada", segundo o informe diplomático.
Copyright © 2010 AFP. Todos os direitos reservados
http://www.google.com/hostednews/afp/ar ... 5eed2f7.01
Alberto -