FIGHTERCOM escreveu: ↑Sex Mar 29, 2019 11:22 am
FCarvalho escreveu: ↑Sex Mar 29, 2019 12:07 am
Não há intenção de compra de navios usados na MB. Não tem plano B dessa vez. Ou vai, ou racha.
abs
FCarvalho,
Penso eu que dificilmente iremos escapar de uma possível aquisição de oportunidade. Não que isso me agrade, mas o timing passou e não poderemos esperar somente pela classe Tamandaré. Quem sabe com essa aproximação com os EUA não possibilite a aquisição de algumas unidades da classe Arleigh Burke?
Abraços,
Wesley
Olá Wesley
A MB tem a pretensão de obter 12 navios desta classe. Idealmente o número pode chegar a 18, com a esquadra contando com duas ou três classes no máximo de navios. Se eu entendi direito, os dois primeiros lotes serão navios iguais, com o segundo contando com as melhorias de praxe que se espera obter a partir da experiência com o lote inicial. Se tudo der certo, o segundo lote pode ser um pouco maior e mais complexo que o primeiro. E se tivermos muita sorte, talvez o terceiro lote conte com navios na classe de 6 mil ou mais toneladas como a MB espera.
Tenho cá para mim que se conseguirmos 12 unidades até 2030, o que seria praticamente um milagre, as 6 unidades seguintes podem ser as fragatas que se planejou no Prosuper. Ou não.
Como o Knigh7 colocou antes aqui, aparentemente os almirantes se tocaram que ter não significar operar. E neste aspecto, dispor de 12 navios de 3400 tons e operará-los integralmente durante todo o seu tempo de vida útil é bem mais razoável e lógico do que ficar teimando em querer ter navios de 6 ou 7 mil que pouco ou nada sairão do porto.
É bom lembrar, conquanto, que a MB não desistiu do seu Nae, que cedo ou tarde ainda virá à luz, quiça na década de 2030, quando tivermos toda a esquadra renovada. O problema real é saber qual será a esquadra brasileira em 2030, dado que nosso planejamento nunca é levado a serio e menos ainda há qualquer compromisso do poder político e econômico com os programas e projetos da defesa. Mesmo assim a MB continua vislumbrando, até prova em contrário, a disposição de navios maiores e melhor armados do que a CCT.
Eu particularmente penso que se obtivermos 18 navios em três classes distintas, baseadas na Meko 100 e 200, com tonelagem variando entre as 3400 das CCT, e no máximo, umas 5 mil toneladas, já estará de ótimo tamanho para uma marinha com a falta de consciência e responsabilidade que temos no Brasil em relação à defesa.
Enfim, não adianta tentarmos tapar o sol com a peneira. O Brasil, sua sociedade e o poder público, nada mais esperam que a sua marinha de guerra seja, e haja, se muito, como uma boa guarda costeira, que fica todo mundo satisfeito. Esse negócio de marinha de águas azuis é sonho de verão dos almirantes.
Depois da decisão dessa semana, a MB provavelmente irá se concentrar em obter os NaPaOc, e demais patrulhas, seja através da nova legislação que garante uns trocados a mais para serem gastos nesta área, seja através de outros meios/recursos que lhes cheguem as mãos. E como disse já aqui, muito provavelmente, se abriram mão de todo o trabalho feito na CV-3, nada garante que o(s) propjeto(s) do CPN na área tenham qualquer melhor chance de um dia se tornar realidade. É muito provável que a própria Melo 100 seja eleita como o NaPaOc em versão menor e adaptada para a missão. Mais rápido, mais fácil e mais barato de se obter.
Agora é aguardar o desenrolar dos fatos. Espero honestamente que a próxima década tenha um bom termo para os navios patrulha de que tanto precisamos e também que novos lotes sejam encomendados antes do seu fim.
Dizem que o seguro morreu de velho. O nosso, relativo à defesa, já está mais do que atrasado.
abs