NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Penguin, concordo em grande parte, só faço a ressalva que o Chile sempre teve condições sócio-econômicas superiores as nossas. Por exemplo, enquanto ao final do Império tínhamos 10 a 15% da população alfabetizada, no Chile este percentual era invertido.
Eu tenho muitas críticas em relação ao regime militar, mas tenho que reconhecer que houve um avanço gigantesco do ponto de vista econômico. Parte deste avanço decorreu da política de arrocho salarial, o que fez a desigualdade aumentar de maneira vertiginosa, mas experimentamos crescimentos consistentes acima dos 5% por muitos anos.
O governo do Pinochet foi um choque ainda maior, não só na repressão, lá eles aplicaram uma política econômica efetivamente liberal. Isso me lembrou de um documentário que dizia o seguinte: O liberalismo social não casa com o liberalismo econômico. Nos primeiros anos de Pinochet o aumento salarial não acompanhava a inflação, o PIB per capita caiu muito e o desemprego ainda mais. Ainda foram feitas reformas que na prática significavam que o Estado estava deixando de atuar em determinadas áreas sociais. Isso aumentou muito a pobreza e o povo, claro, se revoltou.
Aí entra a parte que o liberalismo social não casa com o econômico. Quando estas políticas começam a entrar em ação o povo pede mudanças e só em uma ditadura ou regime igualmente atípico elas podem ser levadas adiante, ou seja, a liberdade do povo de mudar de caminho precisou ser desconsiderada. Aquelas mudanças não poderiam ser levadas adiante em um regime democrático.
Por conta destas políticas, com o tempo o custo da mão-de-obra foi reduzido, assim como a carga tributária, o que se traduziu em vantagem econômica e os investimentos fluíram. Estou reduzindo de maneira muito grosseira porque entendo pouco sobre a economia do Chile, inclusive se estiver dando barrigada peço que quem entende mais sobre o assunto me corrija.
Segue um link sobre o assunto: http://www.revistadeestudosinternaciona ... e/view/190
E um trecho:
De acordo com os dados da CEPAL (2009), o plano foi adotado e tinha como finalidade combater a inflação que estava em índices elevados. No entanto, após um ano de implantação, o PIB caiu 12,9% e a produção industrial caiu 28%. Houve uma duplicação no desemprego, de 9,17% para 17,6%. Ditticio (2007) afirma que na metade de 1977, o panorama da economia chilena começava a mudar, apresentando uma diminuição da inflação de 63,5% em 1977 para 30,3% no ano seguinte.
A reforma financeira ocorreu em 1975 com a volta da privatização de bancos, a liberalização das taxa de juros e a desregulamentação do crédito e dos prazos para os empréstimos e financiamentos. Mas a reforma tributária teve um caráter regressivo e depois foi complementada. Em suma, a recessão de 1975 fez o PIB cair 11,3%, mas depois voltou a crescer entre 1977 e 1980. Durante o período de 1978 a 1981, o PIB cresceu, em média, por ano, 2,5%. Portanto, o ponto de inflexão histórica no Chile não foi em 1973, mas sim na crise de 1980, quando houve uma mistura de medidas intervencionistas com políticas liberais. Essa crise acabou forçando o governo a estatizar o sistema bancário, contudo, logo após a crise, este voltou a ser privatizado (DITTICIO, 2007)
Eu tenho muitas críticas em relação ao regime militar, mas tenho que reconhecer que houve um avanço gigantesco do ponto de vista econômico. Parte deste avanço decorreu da política de arrocho salarial, o que fez a desigualdade aumentar de maneira vertiginosa, mas experimentamos crescimentos consistentes acima dos 5% por muitos anos.
O governo do Pinochet foi um choque ainda maior, não só na repressão, lá eles aplicaram uma política econômica efetivamente liberal. Isso me lembrou de um documentário que dizia o seguinte: O liberalismo social não casa com o liberalismo econômico. Nos primeiros anos de Pinochet o aumento salarial não acompanhava a inflação, o PIB per capita caiu muito e o desemprego ainda mais. Ainda foram feitas reformas que na prática significavam que o Estado estava deixando de atuar em determinadas áreas sociais. Isso aumentou muito a pobreza e o povo, claro, se revoltou.
Aí entra a parte que o liberalismo social não casa com o econômico. Quando estas políticas começam a entrar em ação o povo pede mudanças e só em uma ditadura ou regime igualmente atípico elas podem ser levadas adiante, ou seja, a liberdade do povo de mudar de caminho precisou ser desconsiderada. Aquelas mudanças não poderiam ser levadas adiante em um regime democrático.
Por conta destas políticas, com o tempo o custo da mão-de-obra foi reduzido, assim como a carga tributária, o que se traduziu em vantagem econômica e os investimentos fluíram. Estou reduzindo de maneira muito grosseira porque entendo pouco sobre a economia do Chile, inclusive se estiver dando barrigada peço que quem entende mais sobre o assunto me corrija.
Segue um link sobre o assunto: http://www.revistadeestudosinternaciona ... e/view/190
E um trecho:
De acordo com os dados da CEPAL (2009), o plano foi adotado e tinha como finalidade combater a inflação que estava em índices elevados. No entanto, após um ano de implantação, o PIB caiu 12,9% e a produção industrial caiu 28%. Houve uma duplicação no desemprego, de 9,17% para 17,6%. Ditticio (2007) afirma que na metade de 1977, o panorama da economia chilena começava a mudar, apresentando uma diminuição da inflação de 63,5% em 1977 para 30,3% no ano seguinte.
A reforma financeira ocorreu em 1975 com a volta da privatização de bancos, a liberalização das taxa de juros e a desregulamentação do crédito e dos prazos para os empréstimos e financiamentos. Mas a reforma tributária teve um caráter regressivo e depois foi complementada. Em suma, a recessão de 1975 fez o PIB cair 11,3%, mas depois voltou a crescer entre 1977 e 1980. Durante o período de 1978 a 1981, o PIB cresceu, em média, por ano, 2,5%. Portanto, o ponto de inflexão histórica no Chile não foi em 1973, mas sim na crise de 1980, quando houve uma mistura de medidas intervencionistas com políticas liberais. Essa crise acabou forçando o governo a estatizar o sistema bancário, contudo, logo após a crise, este voltou a ser privatizado (DITTICIO, 2007)
- Penguin
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Sério isso?LeandroGCard escreveu:Dói né?NettoBR escreveu:Vale o mesmo pra quem chama os liberais e a direita de "golpistas", "neo-fascistas" e "amantes da ditadura", justificar um argumento extremista "se defendendo de outro" não é uma coisa muito equilibrada.
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Então nazismo e fascismo não tem bases socialistas? Não adianta, parei por aqui...LeandroGCard escreveu:Não, o que eles fazem é tentar jogar Hitler e Mussolini no colo da esquerda, por "serem favoráveis a um governo forte", por terem "Socialista" no nome do partido e por aí vai... . O que também é uma outra forma de ofender quem é de esquerda. Agora vai dizer que o PT é de direita por ter gasto muito mais dinheiro com o "bolsa empresário" e com a corrupção das estatais (novamente em favorecimento às grandes empresas privadas) do que com quaisquer programas sociais, por ter praticamente enterrado a reforma agrária e etc...NettoBR escreveu:Até hoje não vi ninguém nesse fórum idolatrar Hitler e Mussolini, esse tal "equilibrio do jogo" não está fazendo sentido.
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E "bolsa empresário" é política de estado-babá, 90% das vezes são governos socialistas...
Não incomoda porque é exatamente o que eu falei, justifica e mostra equilíbrio se defender com o mesmo argumento extremista do outro?LeandroGCard escreveu:Uma coisa não justifica a outra. Ponto.NettoBR escreveu:Eles quem? Se for pra colocar dentro do mesmo balaio 10 ou 20 pedindo intervenção no meio de uma multidão de 200,300 mil pessoas então aqueles que chamam todo esquerdista de comunista também está justificado.
Mas o pessoal da direita vive colocando posts e mais posts dizendo que a esquerda quer dominar o país e transformá-lo em uma república bolivariana, que o MST está tramando uma revolução maoísta, que o fórum de São Paulo está planejando implantar o marxismo no Brasil, que as ações do PT foram todas no sentido de sub-repticiamente demolir a sociedade brasileira para facilitar a implantação do comunismo e coisas assim, e dizendo quem defende a esquerda está necessariamente fazendo parte deste time.
Agora, quando se faz a mesma coisa no sentido contrário, aí incomoda, não?
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Gritam "Democracia" e passam longe do princípio básico dela...Penguin escreveu:
![Cool 8-]](./images/smilies/icon_cool.gif)
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Sim, é sério, muito sério.NettoBR escreveu:Sério isso?![]()
Para ver se percebem o que estão fazendo quando saem rotulando os outros a torto e à direito.
Não, nenhuma, é evidente que não, basta ler o que diziam seus criadores sobre os socialistas e o que fizeram com eles ao chegarem ao poder. Isso não passa de uma tentativa deslavada de jogar o próprio lixo no colo dos outros.Então nazismo e fascismo não tem bases socialistas? Não adianta, parei por aqui...![]()
Lei de novo os posts do Algus.
Claro, claro, dar 10 vezes mais para empresários privados do que gasta em programas sociais (sem contar as propinas por baixo do pano) é uma ação total e completamente inspirada nos preceitos socialistas, sem dúvida. Onde já se viu um governo capitalista favorecer muito mais os empresários que os trabalhadores? Mas péra então, qual é o tipo de ideologia que prega a expropriação das empresas privadas e o fim da classe empresarial mesmo? Deve ser o capitalismo então... .E "bolsa empresário" é política de estado-babá, 90% das vezes são governos socialistas...
Que pena que não te incomoda. Porque para mim extremismos incomodam sim , de qualquer lado que seja. Não consigo ficar confortável vendo um lado despejando os maiores absurdos e as maiores ofensas sobre o outro e ainda exigindo que este permaneça comportadinho. É uma questão até de justiça, sabe?Não incomoda porque é exatamente o que eu falei, justifica e mostra equilíbrio se defender com o mesmo argumento extremista do outro?
Leandro G. Card
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Que grande bobagem. Você tem mais direitos porque é maioria? Pff. Invoco abaixo um grande comunista contemporâneo:NettoBR escreveu:Gritam "Democracia" e passam longe do princípio básico dela...Penguin escreveu:
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"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Delfim Netto admite à PF que recebeu R$ 240 mil em espécie da Odebrecht
Estadão Conteúdo
19/08/201615h49
Em depoimento ao delegado da Polícia Federal Rodrigo Luís Sanfurgo de Carvalho, da Lava Jato, o ex-ministro Antonio Delfim Netto afirmou que recebeu R$ 240 mil em espécie da Odebrecht em outubro de 2014 por "motivos pessoais, por pura conveniência", devido a um serviço de consultoria que ele teria prestado à empreiteira.
Delfim, 88, foi o todo poderoso ministro da Fazenda do regime militar, nos anos 1970. Ele ficou famoso como o ministro do "milagre econômico". Seu depoimento à Polícia Federal ocorreu na segunda-feira (15).
Ele declarou que "presta serviços" para a empreiteira há 20 anos, mas que esta consultoria específica, pela qual ganhou R$ 240 mil, foi feita sem contrato. Afirmou que não recebeu outros valores da empreiteira "em circunstâncias similares".
O ex-ministro alegou, ainda, que "não tinha ideia" que o valor foi pago pelo setor da Odebrecht responsável pelo caixa 2 da empreiteira, conforme revelou a investigação da Lava Jato.
"Que em diversas oportunidades presta consultoria (à Odebrecht) sem qualquer contrato, o que não exclui a natureza da consultoria prestada; que, conforme afirmado, presta serviços para a Odebrecht há mais de 20 anos; que, por vezes, presta consultoria por telefone ou pessoalmente; que, no caso em questão, não possui um contrato firmado, mas assegura que prestou tal consultoria e recebeu por ela o valor de R$ 240.000,00", afirmou o ex-ministro.
O valor repassado a Delfim consta de uma das planilhas do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht. Operações Estruturadas é o nome oficial do "departamento da propina" da empreiteira, revelado pela Operação Xepa, desdobramento da Lava Jato.
No documento, aparece que a entrega foi feita no dia 22 de outubro de 2014 no escritório de advocacia na capital paulista onde trabalha um sobrinho de Delfim chamado Luiz Appolonio Neto.
Appolonio chegou a ser conduzido coercitivamente na Operação Xepa - 26ª fase da Lava Jato que tinha como alvo o setor responsável pelos recursos ilícitos da empreiteira - ocasião em que disse não se recordar de ter recebido o pagamento.
Posteriormente, sua defesa encaminhou ofício à PF em Curitiba - base da Lava Jato - informando que "referidos valores não lhe pertencem, apenas foram recebidos no endereço acima mencionado a pedido do economista Antonio Delfim Netto, o qual por motivos particulares e em razão de sua avançada idade, não quis receber em seu escritório".
Ainda segundo a defesa de Apollonio, todo o valor foi repassado ao ex-ministro, que recebeu a quantia "em virtude de consultoria prestada".
À Polícia Federal, Delfim Netto disse que seu sobrinho presta "consultoria jurídica" para ele. O ex-ministro não detalhou qual foi o serviço de consultoria para a Odebrecht que justificou os R$ 240 mil. Ele afirmou que o dinheiro já foi gasto e declarado em seu Imposto de Renda.
"Que o valor em questão foi gasto; que não sabe precisar exatamente a destinação; que referido valor foi posteriormente declarado aos órgãos competentes; que seus contadores providenciaram a retificação da declaração de imposto de renda para inserir referido valor; que declarou citado montante como serviço prestado", disse o ex-ministro.
Delfim disse ainda que produz relatórios mensais para a empreiteira e que iria encaminhar o contrato de consultoria que mantém com a empresa.
A empreiteira informou que não vai se manifestar sobre o caso.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... brecht.htm
Estadão Conteúdo
19/08/201615h49
Em depoimento ao delegado da Polícia Federal Rodrigo Luís Sanfurgo de Carvalho, da Lava Jato, o ex-ministro Antonio Delfim Netto afirmou que recebeu R$ 240 mil em espécie da Odebrecht em outubro de 2014 por "motivos pessoais, por pura conveniência", devido a um serviço de consultoria que ele teria prestado à empreiteira.
Delfim, 88, foi o todo poderoso ministro da Fazenda do regime militar, nos anos 1970. Ele ficou famoso como o ministro do "milagre econômico". Seu depoimento à Polícia Federal ocorreu na segunda-feira (15).
Ele declarou que "presta serviços" para a empreiteira há 20 anos, mas que esta consultoria específica, pela qual ganhou R$ 240 mil, foi feita sem contrato. Afirmou que não recebeu outros valores da empreiteira "em circunstâncias similares".
O ex-ministro alegou, ainda, que "não tinha ideia" que o valor foi pago pelo setor da Odebrecht responsável pelo caixa 2 da empreiteira, conforme revelou a investigação da Lava Jato.
"Que em diversas oportunidades presta consultoria (à Odebrecht) sem qualquer contrato, o que não exclui a natureza da consultoria prestada; que, conforme afirmado, presta serviços para a Odebrecht há mais de 20 anos; que, por vezes, presta consultoria por telefone ou pessoalmente; que, no caso em questão, não possui um contrato firmado, mas assegura que prestou tal consultoria e recebeu por ela o valor de R$ 240.000,00", afirmou o ex-ministro.
O valor repassado a Delfim consta de uma das planilhas do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht. Operações Estruturadas é o nome oficial do "departamento da propina" da empreiteira, revelado pela Operação Xepa, desdobramento da Lava Jato.
No documento, aparece que a entrega foi feita no dia 22 de outubro de 2014 no escritório de advocacia na capital paulista onde trabalha um sobrinho de Delfim chamado Luiz Appolonio Neto.
Appolonio chegou a ser conduzido coercitivamente na Operação Xepa - 26ª fase da Lava Jato que tinha como alvo o setor responsável pelos recursos ilícitos da empreiteira - ocasião em que disse não se recordar de ter recebido o pagamento.
Posteriormente, sua defesa encaminhou ofício à PF em Curitiba - base da Lava Jato - informando que "referidos valores não lhe pertencem, apenas foram recebidos no endereço acima mencionado a pedido do economista Antonio Delfim Netto, o qual por motivos particulares e em razão de sua avançada idade, não quis receber em seu escritório".
Ainda segundo a defesa de Apollonio, todo o valor foi repassado ao ex-ministro, que recebeu a quantia "em virtude de consultoria prestada".
À Polícia Federal, Delfim Netto disse que seu sobrinho presta "consultoria jurídica" para ele. O ex-ministro não detalhou qual foi o serviço de consultoria para a Odebrecht que justificou os R$ 240 mil. Ele afirmou que o dinheiro já foi gasto e declarado em seu Imposto de Renda.
"Que o valor em questão foi gasto; que não sabe precisar exatamente a destinação; que referido valor foi posteriormente declarado aos órgãos competentes; que seus contadores providenciaram a retificação da declaração de imposto de renda para inserir referido valor; que declarou citado montante como serviço prestado", disse o ex-ministro.
Delfim disse ainda que produz relatórios mensais para a empreiteira e que iria encaminhar o contrato de consultoria que mantém com a empresa.
A empreiteira informou que não vai se manifestar sobre o caso.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... brecht.htm
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
No livro "minha luta", Hitler fala muito de socialismo, se diz defensor dele. Mas ele também diz que este termo foi deturpado por Marx, que socialismo significava algo completamente diferente. Para Hitler, o termo socialismo tem algo a ver com "tornar parte do povo alemão", no sentido de fazer pertencer àquela sociedade.
Hitler defendia um capitalismo onde o poder econômico deve estar sob comando do seu próprio povo. A iniciativa privada foi incentivada durante o período nazista, houve também intensa privatização (ex: as autobahns), mas com o objetivo de manter nas mãos de alemães. Ele fala muito de entregar terras e empresas aos mais capacitados, ao mesmo tempo que critica o pensamento de igualdade da esquerda, afirmando que subverte a ordem natural das coisas e que levará tudo ao caos.
Ele criticava ferrenhamente o socialismo soviético, que ele chamava de "marxismo". Recusava-se a chamar os soviéticos de socialistas, pois como disse antes na opinião ele o termo fora deturpado. Ao mesmo tempo também criticava muito o liberalismo, que ele chamava de "capitalismo internacional". Dizia que este modelo possibilitava que raças inferiores pudessem dominar a economia alemã, os colocando para baixo. Dizia que tanto o "marxismo" (socialismo soviético) quanto o "capitalismo internacional" (liberalismo) foram inventados por judeus e tinham o plano de fazer com que esta "raça" dominasse a economia mundial.
Alguns trechos sobre o que ele pensa a respeito da questão da desigualdade, da meritocracia e do marxismo. Citações em azul:
"Nesse tempo, abriram-se-me os olhos para dois perigos que eu mal conhecia pelos nomes e que, de nenhum modo, se me apresentavam nitidamente na sua horrível significação para a existência do povo germânico: marxismo e judaísmo". - Pág 24
"À proporção que me aprofundava no conhecimento da doutrina marxista e me esforçava por ter uma idéia mais clara das atividades do marxismo, os próprios acontecimentos se encarregavam de dar uma resposta àquelas dúvidas.
A doutrina judaica do marxismo repele o princípio aristocrático na natureza. Contra o privilégio eterno do poder e da força do indivíduo levanta o poder das massas e o peso-morto do número. Nega o valor do indivíduo, combate a importância das nacionalidades e das raças, anulando assim na humanidade a razão de sua existência e de sua cultura. Por essa maneira de encarar o universo, conduziria a humanidade a abandonar qualquer noção de ordem. E como nesse grande organismo, só o caos poderia resultar da aplicação desses princípios, a ruína seria o desfecho final para todos os habitantes da Terra.
Se o judeu, com o auxilio do seu credo marxista, conquistar as nações do mundo, a sua coroa de vitórias será a coroa mortuária da raça humana e, então, o planeta vazio de homens, mais uma vez, como há milhões de anos, errará pelo éter.
A natureza sempre se vinga inexoravelmente de todas as usurpações contra o seu domínio.
Por isso, acredito agora que ajo de acordo com as prescrições do Criador Onipotente. Lutando contra o judaísmo, estou realizando a obra de Deus." - Pág 66
Este trecho acima eu considero particularmente importante, por isso os comentários a seguir. Ele diz que o princípio aristocrático é natural e que o marxismo repele este princípio. Ele considera o marxismo uma doutrina judaica, talvez porque Marx era judeu, sei lá. Aristocracia, segundo definição do google é uma organização sociopolítica baseada em privilégios de uma classe social formada por nobres que detém, ger. por herança, o monopólio do poder.
Acho importante citar isso porque fica claro que a crítica não é apenas em relação ao marxismo, mas o cerne do pensamento da esquerda. Ele defende justamente uma sociedade de classes, que valoriza o indivíduo, que privilegia os "melhores", assumindo que isso é uma coisa natural. Mais adiante ele deixa isso ainda mais claro. Outros trechos:
"A atual Democracia do ocidente é a precursora do marxismo, que sem ela seria inconcebível Ela oferece um terreno propicio, no qual consegue desenvolver-se a epidemia." - Pág 78
"Fiz também um profundo estudo das ligações do marxismo com o judaísmo.
Se, outrora, em Viena, a Alemanha me tinha dado a impressão de um colosso inabalável, começaram agora entretanto a surgir em mim considerações apreensivas. No meu íntimo eu estava descontente com a política externa da Alemanha, o que revelava ao pequeno circulo que meus conhecidos, bem como com a maneira extremamente leviana, como me parecia, de tratar-se o problema mais importante que havia na Alemanha daquela época - o marxismo.
Já naquela época eu chamava a atenção, no meio em que vivia, para a frase tranqüilizadora de todos os poltrões de então: "A nós nada nos pode acontecer". Esse pestilento modo de pensar já outrora destruíra um império gigantesco. Por acaso só a Alemanha não estaria sujeita às mesmas leis de tidas as outras comunidades humanas?
Nos anos de 1913 e 1914 manifestei a opinião, em vários círculos, que, em parte, hoje estão filiados ao movimento nacional-socialista, de que o problema futuro da nação alemã devia ser o aniquilamento do marxismo." - Pág 150
No começo do livro ele já conclui que a nação alemã tem que eliminar o marxismo, associa marxismo aos judeus e diz que combatendo isso estaria executando a obra de Deus. Esta é a parte que isso fica claro. A parte que é necessário analisar com cautela é que ele chama de marxismo o pensamento geral da esquerda e sobretudo o socialismo soviético.
Aqui ele fala da concepção do Estado nacional socialista e racista, como ele mesmo procura definir sua ideologia, fazendo contraponto ao que chama de marxismo, mas que na verdade é o aspecto mais comum da esquerda:
"Em face disso, a concepção "racista" distingue a humanidade em seus primitivos elementos raciais, Ela vê, no Estado, em princípio, apenas um meio para um fim e concebe como fim a conservação da existência racial humana.
Consequentemente, não admite, em absoluto, a igualdade das raças, antes reconhece na sua diferença maior ou menor valor e, assim entendendo, sente-se no dever de, conforme à eterna vontade que governa este universo, promover a vitória
dos melhores, dos mais fortes e exigir a subordinação dos piores, dos mais fracos. Admite, assim, em princípios, o pensamento aristocrático fundamental da Natureza e acredita na validade dessa lei, em ordem descendente, até o mais baixo dos seres.
Vê não só os diferentes valores das raças, mas também os diferentes valores dos indivíduos. Das massas destaca ela a significação das pessoas, mas, nisso, em face do marxismo desorganizador, age de maneira organizadora". - Pág 355
Se o Estado nacional socialista e racista tem como sua mais importante finalidade a formação e educação do povo, como esteio do mesmo, é óbvio que não basta somente favorecer os elementos raciais em si, educá-los para a vida prática.
Faz-se necessário também que a sua própria organização seja estabelecida em harmonia com esse objetivo.
Seria loucura querer medir o valor dos homens pela raça, e, ao mesmo tempo, declarar guerra ao princípio marxista segundo o qual "um homem é sempre igual a outro", se não estivermos resolvidos a tirar daquele axioma todas as conseqüências. A última conseqüência do reconhecimento da importância da questão do sangue, isto é, do fundamento do problema racial, deve consistir em levar aos indivíduos essa convicção. Assim como eu devo estabelecer a diferença entre os povos pela raça a que pertencem, assim também devem fazer os indivíduos dentro de uma determinada coletividade. A afirmação de que os povos não são iguais provoca nos indivíduos de uma nação a idéia de que nem todas as cabeças são iguais, porque, também nesse caso, embora as partes essenciais sejam semelhantes nas linhas gerais, nos casos individuais notam-se milhares de pequenas diferenças.
A primeira conseqüência desse modo de encarar o problema é também a mais elementar. Refiro- me ao trabalho de favorecer, no seio da coletividade, os elementos de mais valor sob o ponto de vista racial e cuidar sobretudo de sua alimentação.
Mais fácil torna-se essa tarefa, justamente porque pode ser quase mecanicamente compreendida e resolvida. Mais difícil é, porém, descobrir, no seio da coletividade, os indivíduos de mais valor sob o ponto de vista intelectual e ideal e sobre eles exercer uma influência que ponha esses espíritos superiores a serviço da nação.
Esse movimento no sentido de estimular a inteligência e a capacidade não se pode fazer mecanicamente, é um trabalho que depende da luta diária pela vida. Uma concepção social que se propõe, pondo de lado os pontos de vista democráticos das massas, a entregar a terra aos melhores, aos tipos mais elevados, não deve logicamente estimular, no seio do povo, o princípio aristocrático, mas assegurar a direção aos mais capazes, para que esses possam exercer a mais elevada influencia sobre esse mesmo povo. Esse trabalho não se pode fundar sobre o princípio da maioria mas deve ser alicerçado no reconhecimento do valor da personalidade. Quem quer que hoje acredite que um Estado nacional-socialista racista pode diferenciar-se dos outros Estados, com a aplicação de meios puramente mecânicos, pela melhoria da vida econômica, etc., isto é, por uma melhor distribuição da riqueza, por um maior controle no processo econômico, por salários mais compensadores, pelo combate às grandes desproporções dos mesmos, quem assim pensar, repetimos, encontrar-se-á em um absoluto impasse e provará não ter a mais leve idéia do que entendemos por uma verdadeira concepção do mundo. - Pp 408~409
Segue o link do livro traduzido para quem quiser ler, até porque tirar trechos de um livro, ainda que se tratem de trechos grandes, muitas vezes podem nos induzir a uma conclusão completamente diferente da proposta original. https://www.radioislam.org/historia/hit ... df/por.pdf
Hitler defendia um capitalismo onde o poder econômico deve estar sob comando do seu próprio povo. A iniciativa privada foi incentivada durante o período nazista, houve também intensa privatização (ex: as autobahns), mas com o objetivo de manter nas mãos de alemães. Ele fala muito de entregar terras e empresas aos mais capacitados, ao mesmo tempo que critica o pensamento de igualdade da esquerda, afirmando que subverte a ordem natural das coisas e que levará tudo ao caos.
Ele criticava ferrenhamente o socialismo soviético, que ele chamava de "marxismo". Recusava-se a chamar os soviéticos de socialistas, pois como disse antes na opinião ele o termo fora deturpado. Ao mesmo tempo também criticava muito o liberalismo, que ele chamava de "capitalismo internacional". Dizia que este modelo possibilitava que raças inferiores pudessem dominar a economia alemã, os colocando para baixo. Dizia que tanto o "marxismo" (socialismo soviético) quanto o "capitalismo internacional" (liberalismo) foram inventados por judeus e tinham o plano de fazer com que esta "raça" dominasse a economia mundial.
Alguns trechos sobre o que ele pensa a respeito da questão da desigualdade, da meritocracia e do marxismo. Citações em azul:
"Nesse tempo, abriram-se-me os olhos para dois perigos que eu mal conhecia pelos nomes e que, de nenhum modo, se me apresentavam nitidamente na sua horrível significação para a existência do povo germânico: marxismo e judaísmo". - Pág 24
"À proporção que me aprofundava no conhecimento da doutrina marxista e me esforçava por ter uma idéia mais clara das atividades do marxismo, os próprios acontecimentos se encarregavam de dar uma resposta àquelas dúvidas.
A doutrina judaica do marxismo repele o princípio aristocrático na natureza. Contra o privilégio eterno do poder e da força do indivíduo levanta o poder das massas e o peso-morto do número. Nega o valor do indivíduo, combate a importância das nacionalidades e das raças, anulando assim na humanidade a razão de sua existência e de sua cultura. Por essa maneira de encarar o universo, conduziria a humanidade a abandonar qualquer noção de ordem. E como nesse grande organismo, só o caos poderia resultar da aplicação desses princípios, a ruína seria o desfecho final para todos os habitantes da Terra.
Se o judeu, com o auxilio do seu credo marxista, conquistar as nações do mundo, a sua coroa de vitórias será a coroa mortuária da raça humana e, então, o planeta vazio de homens, mais uma vez, como há milhões de anos, errará pelo éter.
A natureza sempre se vinga inexoravelmente de todas as usurpações contra o seu domínio.
Por isso, acredito agora que ajo de acordo com as prescrições do Criador Onipotente. Lutando contra o judaísmo, estou realizando a obra de Deus." - Pág 66
Este trecho acima eu considero particularmente importante, por isso os comentários a seguir. Ele diz que o princípio aristocrático é natural e que o marxismo repele este princípio. Ele considera o marxismo uma doutrina judaica, talvez porque Marx era judeu, sei lá. Aristocracia, segundo definição do google é uma organização sociopolítica baseada em privilégios de uma classe social formada por nobres que detém, ger. por herança, o monopólio do poder.
Acho importante citar isso porque fica claro que a crítica não é apenas em relação ao marxismo, mas o cerne do pensamento da esquerda. Ele defende justamente uma sociedade de classes, que valoriza o indivíduo, que privilegia os "melhores", assumindo que isso é uma coisa natural. Mais adiante ele deixa isso ainda mais claro. Outros trechos:
"A atual Democracia do ocidente é a precursora do marxismo, que sem ela seria inconcebível Ela oferece um terreno propicio, no qual consegue desenvolver-se a epidemia." - Pág 78
"Fiz também um profundo estudo das ligações do marxismo com o judaísmo.
Se, outrora, em Viena, a Alemanha me tinha dado a impressão de um colosso inabalável, começaram agora entretanto a surgir em mim considerações apreensivas. No meu íntimo eu estava descontente com a política externa da Alemanha, o que revelava ao pequeno circulo que meus conhecidos, bem como com a maneira extremamente leviana, como me parecia, de tratar-se o problema mais importante que havia na Alemanha daquela época - o marxismo.
Já naquela época eu chamava a atenção, no meio em que vivia, para a frase tranqüilizadora de todos os poltrões de então: "A nós nada nos pode acontecer". Esse pestilento modo de pensar já outrora destruíra um império gigantesco. Por acaso só a Alemanha não estaria sujeita às mesmas leis de tidas as outras comunidades humanas?
Nos anos de 1913 e 1914 manifestei a opinião, em vários círculos, que, em parte, hoje estão filiados ao movimento nacional-socialista, de que o problema futuro da nação alemã devia ser o aniquilamento do marxismo." - Pág 150
No começo do livro ele já conclui que a nação alemã tem que eliminar o marxismo, associa marxismo aos judeus e diz que combatendo isso estaria executando a obra de Deus. Esta é a parte que isso fica claro. A parte que é necessário analisar com cautela é que ele chama de marxismo o pensamento geral da esquerda e sobretudo o socialismo soviético.
Aqui ele fala da concepção do Estado nacional socialista e racista, como ele mesmo procura definir sua ideologia, fazendo contraponto ao que chama de marxismo, mas que na verdade é o aspecto mais comum da esquerda:
"Em face disso, a concepção "racista" distingue a humanidade em seus primitivos elementos raciais, Ela vê, no Estado, em princípio, apenas um meio para um fim e concebe como fim a conservação da existência racial humana.
Consequentemente, não admite, em absoluto, a igualdade das raças, antes reconhece na sua diferença maior ou menor valor e, assim entendendo, sente-se no dever de, conforme à eterna vontade que governa este universo, promover a vitória
dos melhores, dos mais fortes e exigir a subordinação dos piores, dos mais fracos. Admite, assim, em princípios, o pensamento aristocrático fundamental da Natureza e acredita na validade dessa lei, em ordem descendente, até o mais baixo dos seres.
Vê não só os diferentes valores das raças, mas também os diferentes valores dos indivíduos. Das massas destaca ela a significação das pessoas, mas, nisso, em face do marxismo desorganizador, age de maneira organizadora". - Pág 355
Se o Estado nacional socialista e racista tem como sua mais importante finalidade a formação e educação do povo, como esteio do mesmo, é óbvio que não basta somente favorecer os elementos raciais em si, educá-los para a vida prática.
Faz-se necessário também que a sua própria organização seja estabelecida em harmonia com esse objetivo.
Seria loucura querer medir o valor dos homens pela raça, e, ao mesmo tempo, declarar guerra ao princípio marxista segundo o qual "um homem é sempre igual a outro", se não estivermos resolvidos a tirar daquele axioma todas as conseqüências. A última conseqüência do reconhecimento da importância da questão do sangue, isto é, do fundamento do problema racial, deve consistir em levar aos indivíduos essa convicção. Assim como eu devo estabelecer a diferença entre os povos pela raça a que pertencem, assim também devem fazer os indivíduos dentro de uma determinada coletividade. A afirmação de que os povos não são iguais provoca nos indivíduos de uma nação a idéia de que nem todas as cabeças são iguais, porque, também nesse caso, embora as partes essenciais sejam semelhantes nas linhas gerais, nos casos individuais notam-se milhares de pequenas diferenças.
A primeira conseqüência desse modo de encarar o problema é também a mais elementar. Refiro- me ao trabalho de favorecer, no seio da coletividade, os elementos de mais valor sob o ponto de vista racial e cuidar sobretudo de sua alimentação.
Mais fácil torna-se essa tarefa, justamente porque pode ser quase mecanicamente compreendida e resolvida. Mais difícil é, porém, descobrir, no seio da coletividade, os indivíduos de mais valor sob o ponto de vista intelectual e ideal e sobre eles exercer uma influência que ponha esses espíritos superiores a serviço da nação.
Esse movimento no sentido de estimular a inteligência e a capacidade não se pode fazer mecanicamente, é um trabalho que depende da luta diária pela vida. Uma concepção social que se propõe, pondo de lado os pontos de vista democráticos das massas, a entregar a terra aos melhores, aos tipos mais elevados, não deve logicamente estimular, no seio do povo, o princípio aristocrático, mas assegurar a direção aos mais capazes, para que esses possam exercer a mais elevada influencia sobre esse mesmo povo. Esse trabalho não se pode fundar sobre o princípio da maioria mas deve ser alicerçado no reconhecimento do valor da personalidade. Quem quer que hoje acredite que um Estado nacional-socialista racista pode diferenciar-se dos outros Estados, com a aplicação de meios puramente mecânicos, pela melhoria da vida econômica, etc., isto é, por uma melhor distribuição da riqueza, por um maior controle no processo econômico, por salários mais compensadores, pelo combate às grandes desproporções dos mesmos, quem assim pensar, repetimos, encontrar-se-á em um absoluto impasse e provará não ter a mais leve idéia do que entendemos por uma verdadeira concepção do mundo. - Pp 408~409
Segue o link do livro traduzido para quem quiser ler, até porque tirar trechos de um livro, ainda que se tratem de trechos grandes, muitas vezes podem nos induzir a uma conclusão completamente diferente da proposta original. https://www.radioislam.org/historia/hit ... df/por.pdf
- Algus
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O socialismo como conhecemos (os que foram postos em prática, como o de Stalin ou o de Mao) foram violentos, autoritários, repressores... O nazismo também foi. Daí as pessoas interpretam que nazismo também é de esquerda. Se o socialismo de Stalin foi assim e é de esquerda, faz sentido pensar que o nazismo também seja.
Eles de fato tiveram muitos pontos em comum. Mas estes pontos em comum decorrem do fato que ambos se tratavam de regimes autoritaristas / totalitaristas. Tem todo um estudo sobre estes sistemas políticos. Eles podem ser de esquerda ou de direita, não é porque os regimes socialistas que nos vêm a cabeça foram autoritaristas que autoritarismo seja sinônimo de socialismo.
Se pegarmos as características do autoritarismo podemos juntar fascismo, socialismo soviético e nazismo numa mesma caixa. Também podemos colocar, até certo ponto, ditaduras militares e até fazer um anacronismo com regimes antigos.
Sobre totalitarismo: https://pt.wikipedia.org/wiki/Totalitarismo
Tem uma tabelinha de pontos comuns nos regimes totalitários. Dá pra identificar pelo menos metade deles em ações da ditadura militar brasileira, por exemplo.
Eles de fato tiveram muitos pontos em comum. Mas estes pontos em comum decorrem do fato que ambos se tratavam de regimes autoritaristas / totalitaristas. Tem todo um estudo sobre estes sistemas políticos. Eles podem ser de esquerda ou de direita, não é porque os regimes socialistas que nos vêm a cabeça foram autoritaristas que autoritarismo seja sinônimo de socialismo.
Se pegarmos as características do autoritarismo podemos juntar fascismo, socialismo soviético e nazismo numa mesma caixa. Também podemos colocar, até certo ponto, ditaduras militares e até fazer um anacronismo com regimes antigos.
Sobre totalitarismo: https://pt.wikipedia.org/wiki/Totalitarismo
Tem uma tabelinha de pontos comuns nos regimes totalitários. Dá pra identificar pelo menos metade deles em ações da ditadura militar brasileira, por exemplo.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Algus, eu perdi as últimas páginas (estou doente e está difícil ficar no pc. O colega vai ter que me perdoar quando eu sumo), mas quando eu me referi aos fascistas serem considerados de esquerda, era do ponto de vista econômico apenas. Se pegarmos as idéias mais modernas de esquerda/direita para julgarmos aqueles líderes, não vai fazer sentido algum porque eles sequer tinham essas idéias em conta, conforme já falamos.Algus escreveu:O socialismo como conhecemos (os que foram postos em prática, como o de Stalin ou o de Mao) foram violentos, autoritários, repressores... O nazismo também foi. Daí as pessoas interpretam que nazismo também é de esquerda. Se o socialismo de Stalin foi assim e é de esquerda, faz sentido pensar que o nazismo também seja.
Esses textos escritos pelo Hitler mostram bem porque não dá pra encaixar esse tipo de sujeito na esquerda ou direita.
Sobre o fascismo em particular, quem escreve bem sobre ele e lhe dedicou uma vida de estudos é o Anthony James Gregor ( https://en.wikipedia.org/wiki/A._James_Gregor ):
Infelizmente alguns livros dele custam mais de R$ 700 para serem trazidos ao Brasil.Gregor has argued that scholars are very far from a consensus on what fascism really is, noting that "Almost every specialist has his own interpretation."[2] Gregor limits the paradigmatic form to that of Mussolini's Italy.
He has argued that Marxist movements of the 20th century discarded Marx and Engels and instead adopted theoretical categories and political methods much like those of Mussolini.[3]
He has argued that while many revolutionary movements have assumed features of paradigmatic Fascism, none are its duplicate. He has suggested that post-Maoist China displays many of its traits. He has denied that paradigmatic Fascism can be responsibly identified as a "right-wing extremism."[4] He argues that Fascism is to be seen as a radical, reactive nationalist, statist, party-centered developmental dictatorship.
In a number of his books on Italian Fascism, Gregor asserts that the original “Fascists were almost all Marxists—serious theorists who had long been identified with Italy’s intelligentsia of the Left.” [5] In Young Mussolini, Gregor traces a philosophical thread that establishes Fascism as “a variant of classical Marxism, a belief system that pressed some themes argued by both Marx and Engels until they found expression in the form of ‘national syndicalism’ that was to animate the first Fascism.”[6]
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Leandro,LeandroGCard escreveu:Kirk, eu sinceramente prefiro que um fascista e neo-nazista como você sequer se refira a mim, de qualquer forma que seja.kirk escreveu:Comunista não gosta de ser chamado de comunista, marxista não gosta de ser chamado de marxista, daí resolve por conta própria e sem fundamentação "revidar" chamando os liberais de facistas, mas continuar defendendo estatais que são cabides de empregos dos "cumpanheiros" além de grande fonte de corrupção para permanência no poder, defendendo o indefensável ... porque aqui ninguem inventou nada FORAM BILHÕES SURRUPIADOS através da Petrobrás ... mas os Senhores fecham os olhos ... incluem cooperativismo como exemplo de "estatal" que deu certo ... e vamo pra galera ...
Uma pergunta sincera : Os Senhores querem ser chamados do que, afinal ??? ... bolivarianos, os socialistas do século XXI não pode, comunista e marista é ofensa ... qual o nome dessa "novíssima" ideologia criada pelos SENHORES ... sim porque não há fundamentação didática conhecida para esse "nova" ideologia dos Senhores ... simples assim ...
E se não gostou de ser chamado de fascista e neo-nazista, porque então insiste em querer chamar quem não é comunista ou marxista disso, ou de bolivariano e etc...? Se não gosta de rótulos, principalmente incorretos, porque insiste em pregá-los nos outros?
E mais, desde quando não ser favorável à privatização total das empresas estatais significa defender a corrupção? Que parte da busca pela melhoria do governo (o que obviamente implica em eliminar a corrupção e melhorar a administração - e sem dúvida também na retirada dos atuais ocupantes do poder, tanto do PT quanto do PMDB, PSDB e afins) você não entendeu?
Leandro G. Card
P.S.- E quanto a não existir "fundamentação didática conhecida" para essa "nova ideologia", leia o post do Algus e aprenda alguma coisa.
Até onde entendo comunista ou marxista é uma vertente ideológica, livremente divulgada enquanto nazista ou mesmo facista remetem a duas figuras assassinas que provocaram a 2ª G.M. e o extermínio de milhões de pessoas tal qual Stalin ou stalinismo ...
Enquanto comunismo é livremente ensinado nas escolas brasileiras, sobretudo escolas de graduação e divulgados como algo "bom" ou "positivo" e Marx festejado como um intelectual ... qual escola desse planeta tem algo de bom a dizer em defesa do nazismo ou facismo ??? ... exceto relacionar tais regimes como assassinos ???
Não me recordo de tê-lo rotulado em nenhum de meus posts, mas pela desproporcional reação acima, parece que vestiu a carapuça ...
Em que pese sua deselegância ao pedir que não me refira mais a você, insisto na pergunta, QUE NÃO RESPONDEU, como classificar os defensores da esquerda brasileira e Latino Americana fora do escopo do comunismo ou marxismo ??? ... qual o nome dessa "nova esquerda" a que se refere e não diz de onde vem ???
Finalmente, a título de sugestão procure atacar a mensagem (como eu faço) e não o mensageiro como tu fez nesse teu infeliz post.
[] kirk
Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Bom meu amigo ... nisso te admiro, pelo menos assumiu que defende algo que não existe, diferentemente do Leandro e muitos aqui que defendem uma ideologia de esquerda criado por um Senhor chamado Karl Marx ... e dizem que não ... é outra coisa ... comunista e marxista virou ofensa agora ... similar a nazista e facista ...Bolovo escreveu:Kirk, eu gosto de ser chamado de "monarquista-bolchevista". Isto é, eu acredito que todos são iguais, porém a monarquia é mais igual do que todos.kirk escreveu: Comunista não gosta de ser chamado de comunista, marxista não gosta de ser chamado de marxista, daí resolve por conta própria e sem fundamentação "revidar" chamando os liberais de facistas, mas continuar defendendo estatais que são cabides de empregos dos "cumpanheiros" além de grande fonte de corrupção para permanência no poder, defendendo o indefensável ... porque aqui ninguem inventou nada FORAM BILHÕES SURRUPIADOS através da Petrobrás ... mas os Senhores fecham os olhos ... incluem cooperativismo como exemplo de "estatal" que deu certo ... e vamo pra galera ...
Uma pergunta sincera : Os Senhores querem ser chamados do que, afinal ??? ... bolivarianos, os socialistas do século XXI não pode, comunista e marista é ofensa ... qual o nome dessa "novíssima" ideologia criada pelos SENHORES ... sim porque não há fundamentação didática conhecida para esse "nova" ideologia dos Senhores ... simples assim ...
O interessante é que NÃO SABEM o que defendem afinal ... simplesmente porque o que defendem não tem definição e nem mesmo existe enquanto tese social ...
[] kirk
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
kkk estou te zoando, kirk. Obviamente não sou nada disso. Se o Brasil fosse uma monarquia, eu seria o primeiro a pedir a morte do Rei. Já quanto a ser 'marxista', eu confesso que nunca li Marx tão profundamente para ser considerado a tanto. Alias, Marx ainda nem tinha nascido e já existia a divisão entre os jacobinos e girondinos, do contexto da Revolução Francesa, que deu a origem aos termos esquerda e direita política que conhecemos hoje. Como o Algus magistralmente explicou, o que historicamente diferencia a esquerda de direita, é que a primeira acredita que todos são iguais (no contexto da Revolução Francesa acreditavam no fim das ordens sociais - 1º clero/2º nobreza/3º burguesia - já hoje hoje em dia podemos traduzir isso como o combate as desigualdades sociais), enquanto a direita acredita que a desigualdade social é algo natural e necessário (no contexto da Revolução Francesa acreditam na manutenção de privilégios pelas ordens mais altas, hoje em dia podemos traduzir isso como a meritocracia - existem os melhores e eles merecem ter alguns privilégios).kirk escreveu:Bom meu amigo ... nisso te admiro, pelo menos assumiu que defende algo que não existe, diferentemente do Leandro e muitos aqui que defendem uma ideologia de esquerda criado por um Senhor chamado Karl Marx ... e dizem que não ... é outra coisa ... comunista e marxista virou ofensa agora ... similar a nazista e facista ...
O interessante é que NÃO SABEM o que defendem afinal ... simplesmente porque o que defendem não tem definição e nem mesmo existe enquanto tese social ...
Marx escreveu sua obra no contexto da Revolução Industrial, onde o mundo era bem diferente, as pessoas trabalhavam horas e horas por dia, crianças trabalhavam, não havia sindicatos, enfim, era a pura e completa exploração do homem pelo homem. Acreditava que essa exploração seria tanta que chegaria a um ponto que as classe operária se revoltaria e tomaria o poder. Escreveu isso através de sua leitura do desenvolvimento do capitalismo na Inglaterra. Foi nisso que ele teorizou sobre o comunismo, ditadura do proletariado e tudo mais. Lênin pegou tudo isso e acrescentou algumas coisas, como sua teoria do imperialismo, adaptando a teoria marxista para a realidade russa, que era uma monarquia semi-feudal. Muita coisa se passou desde então, muros foram erguidos e derrubados, enfim a realidade atual é muito diferente daquela de 1867. O grande legado de Marx, se é podemos chamar assim, foi dar as fundações dos movimentos e partidos trabalhistas que existem hoje, porque suas teorias propunham dar poder ao proletário, ao trabalhador, coisa que antigamente não existia.
Veja este mapa abaixo do Banco Mundial (2014):

Nele está representando os países através de seu coeficiente de Gini, um índice que revela a desigualdade de distribuição de renda e de concentração de renda. Quanto mais próximo de 0, menos desigual, quanto mais próximo de 1, mais desigual. No mapa esses números estão multiplicados por 100. Perceba que o Brasil é um dos países com os piores índices, semelhante a países africanos. Muito diferente da igualitária Europa, que não tem nada de comunista. Eu acredito que o objetivo máximo do Brasil deveria ser o combate as desigualdades sociais, que são grandes, como demostrado. E como diminuir as desigualdades sociais no Brasil? Eu acredito que é através de uma industrialização orientada pelo Estado (assim como foi durante o conservador governo Reagan nos EUA - mão invisível para mim entra no campo da ficção cientifica), com o Estado sendo agente na diminuição das desigualdades (com os programas sociais, como é em vários países). Então o que eu sou? Sei lá. Pela concepção clássica sou de esquerda porque acredito no combate as desigualdades sociais. Jamais seria um conservador, pois acho que é até imoralidade ser num país desigual como o nosso. Mas se eu sou de esquerda, o que eu seria exatamente? Um desenvolvimentista? Não sei exatamente. Um marxista? Creio que não. Como o Leandro disse, o importante é ver os exemplos pelo mundo e retirar o que há de bom, o que serviria ao Brasil, no sentido de resolver essa pendência que acredito ser a principal em nosso país: a desigualdade social.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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