Re: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Enviado: Sáb Set 12, 2009 5:29 pm
Sr. Clermont, salve!Clermont escreveu:HITLER QUERIA A GUERRA?
Por Patrick J. Buchanan – 1º de setembro de 2009.
Em 1º de setembro de 1939, há setenta anos atrás, o Exército alemão atravessou a fronteira polonesa. Em 3 de setembro, a Grã-Bretanha declarou guerrra.
Seis anos depois, 50 milhões de cristãos e judeus tinham perecido. A Grã-Bretanha estava quebrada e na bancarrota, a Alemanha era uma ruína fumegante. A Europa tinha servido como local para os mais mortíferos combates já conhecidos pelo homem, e os civis tinham sofrido horrores piores do que os soldados.
Em maio de 1945, as hordas do Exército Vermelho tinham ocupado todas as grandes capitais da Europa Central: Viena, Praga, Budapeste, Berlim. Cem milhões de cristãos estavam debaixo da sola da mais bárbara tirania na história: o regime bolchevique do maior terrorista de todos, Josef Stalin.
Qual causa pôde ter justificado tais sacrifícios?
A guerra polaco-alemã tinha surgido de uma querela sobre uma cidade do tamanho de Ocean City, no Maryland. Danzig, 95 porcento alemã, tinha sido separada da Alemanha, em Versalhes, violando o princípio de auto-determinação de Woodrow Wilson. Até mesmo os líderes britânicos pensavam que Danzig devia ser devolvida.
Por quê Varsóvia não negociou com Berlim, que estava ventilando uma oferta de compensação territorial na Eslováquia? Porque os poloneses tinham uma garantia de guerra da Grã-Bretanha, prometendo que, em caso de a Alemanha atacar, a Grã-Bretanha e seu império iriam em socorro da Polônia.
Mas, por quê a Grã-Bretanha passou uma não-solicitada garantia de guerra para uma junta de coronéis poloneses, dando-lhes o poder para arrastar a Grã-Bretanha para uma segunda guerra com a mais poderosa nação na Europa?
Danzig valia uma guerra? Ao contrário dos sete milhões de honcongueses que os britânicos renderam para Pequim, que não queriam ir, os danzigers estavam clamando pela volta à Alemanha.
A resposta que chega: a garantia de guerra não se tratava de Danzig, ou, até mesmo, da Polônia. Tratava-se sobre os imperativos moral e estratégico de “parar Hitler”, após ele demonstrar, ao rasgar o Pacto de Munique e, com ele, a Tchecoslováquia, de que estava pronto para conquistar o mundo. E não se poderia permitir que esta besta nazista fizesse isto.
Se é verdade, é um ponto de vista justo. Os americanos, afinal de contas, estavam preparados para utilizarem bombas atômicas, para manter o Exército Vermelho afastado do Canal da Mancha. Mas, onde está a evidência de que Adolf Hitler, cujas vítimas, até março de 1939, eram uma fração daquelas do general Pinochet ou de Fidel Castro, estava rumando para conquistar o mundo?
Após Munique, em 1938, a Tchecoslováquia desabou em pedaços. Mesmo assim, considerem o que aconteceu com estes pedaços.
O alemães Sudeten foram devolvidos ao domínio alemão, como desejavam. A Polônia anexou a pequena região disputada de Teschen, onde milhares de poloneses viviam. As terras ancestrais da Hungria, no sul da Eslováquia, foram devolvidas. Os eslovacos tiveram sua independência plena garantida pela Alemanha. Quanto aos tchecos, eles foram a Berlim, em busca do mesmo acordo dos eslovacos, mas Hitler insistiu que aceitassem um protetorado.
Agora, qualquer um pode desprezar o que foi feito, mas como esta partição da Tchecoslováquia demonstra uma impulsão hitleriana para a conquista do mundo?
Vem a resposta: Se a Grã-Bretanha não tivesse dado a garantia e ido à guerra, após a Tchecoslováquia teria sido a vez da Polônia, então, da Rússia, então da França, então da Grã-Bretanha, então dos Estados Unidos.
Todos nós estaríamos falando alemão, agora.
Mas, se Hitler estava disposto a sair para conquistar o mundo – a Grã-Bretanha, África, Oriente Médio, Estados Unidos, Canadá, América do Sul, Índia, Ásia, Austrália – por quê ele passou três anos construindo a enormemente dispendiosa Linha Siegfried, para proteger a Alemanha da França? Por quê ele começou a guerra sem nenhuma frota de superfície, nenhum transporte de tropas e, somente, com 29 submarinos oceânicos? Como você conquista o mundo com uma marinha que mal pode sair do Mar Báltico?
Se Hitler queria o mundo, por quê ele não construiu bombardeiros estratégicos, ao invés de Dorniers e Heinkels bimotores, que nem podiam alcançar a Grã-Bretanha a partir da Alemanha?
Por quê ele deixou o exército britânico sair de Dunquerque?
Por quê ele ofereceu a paz aos britânicos, duas vezes, após a queda da Polônia, e de novo, após a queda da França?
Por quê, quando caiu Paris, Hitler não exigiu a frota francesa, da mesma forma que os Aliados exigiram e obtiveram a frota do Kaiser? Por quê ele não exigiu bases na Síria sob controle francês, para atacar Suez? Por quê ele implorou a Benito Mussolini para não atacar a Grécia?
Porque Hitler queria o fim da guerra, em 1940, quase dois anos antes dos trens começarem a rolar para os campos de concentração.
Hitler nunca quis a guerra com a Polônia, mas uma aliança com ela, igual a que ele tinha com a Espanha de Francisco Franco, a Itália de Mussolini, a Hungria de Miklos Horthy e a Eslováquia do padre Jozef Tiso.
Na verdade, por que ele iria querer guerra quando, por volta de 1939, ele estava rodeado por vizinhos neutros, amistosos ou aliados, exceto a França? Ele ele tinha descartado a Alsácia, porque reconquistá-la significaria guerra com a França, e isto significaria guerra com a Grã-Bretanha, cujo império ele admirava e a quem sempre tinha desejado como aliada.
E, em março de 1939, Hitler nem mesmo tinha uma fronteira com a Rússia. Como poderia tê-la invadido?
Winston Churchill estava certo, quando ele chamou isto de “A Guerra Desnecessária” – a guerra que ainda poderá se mostrar como o golpe mortal contra nossa civilização.
Dá-se, caro colega de fórum, que se o estudo da História derivar para hipóteses e suposições, esta há de se tornar, com toda certeza, insuportável!
Não é viável, e o senhor pode atestar que viver sob miríades de possibilidades e justificativas são amarras por demais aversivas à razão.
Esta pessoa, um revisionista descarado e insensível, Patrick J. Buchanan, possui de longe uma mão servil ao capital, que desmoralizado pela crise que no seu seio foi engendrada, procura desviar atenção e criar inverdades históricas. Criar falsas certezas e enganar o espírito proletário é função se seres como este.
Hitler ambicionava o coração daquilo que se chama de Eurásia, e lutou por isto. Quero dizer, derramou sangue alemão de várias outras nacionalidades, para dar vazão às suas ambições torpes!
No entanto, este falsário da história havida, se perde na fragilidade das suas próprias questões, que não suportam uma análise simples: Para conquistar a Eurásia, Hitler precisava suprimir a Polônia. E dizer que a besta dos quatro costados não queria a guerra, é escarnecer dos milhões de mortos soviéticos, incontáveis mulheres e crianças assassinadas pela sede de sangue racista das hordas nazi-facistas!
É por isto, que para os eslavos, o maior evento histórico é conhecido por outro nome: Grande Guerra Patriótica! E alguém precisa avisar a este revisionista do capital, que ela iniciou-se por uma invasão do solo pátrio da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Isto sim, uma verdade histórica, que saiba, inconteste.