Rui Elias Maltez escreveu:Lauro:
Muito Bom sua mensagem. Nota 10 ( 100 % ) !
Caro kl,
A Fragata Espanhola que vai participar da UNITAS 2005, possui embacado os SH-60 B ?
Abraços,
Nas F-80 (Classe
Santa Maria) e nas F-100 (Classe
Alvaro de Bazán) os helis orgânicos a essas fragatas são os SH.60.
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Sobre esta conversa que vai longa, já agora dou a minha opinião:
Não desmereço uma marinha que tenha um meio de projecção como o
NAE S. Paulo.
Considero-o uma excelente plataforma para defesa/ataque.
Se consideramos uma doutrina defensiva por parte do Brasil, e se alargarmos esse conceito aos novos tempos, temos que para defender os interesses brasileiros em determinado ponto do globo, uma plataforma como o
NAE S. Paulo pode ser útil, com a sua aviação embarcada.
Para que não restem dúvidas, tormara-mos nós que Portugal, por exemplo, tivesse um PA desses, mesmo com a idade do
S. Paulo e com a sua aviação embarcada.
O que acontece é que o Brasil tem que definir a razão de ter uma plataforma dessas, única e sem outros meios de projecção complementares, para que pudesse verdadeiramente defender esses interesses geo-estratégicos do Brasil em qualquer parte do globo, para mais se o teatro fosse assimétrico.
Ou seja:
O Brasil só pode aspirar a ter um PA útil, olhando para o
S. Paulo, mesmo considerando a sua modernização, bem como a dos A-4, se esse teatro de conflito for simétrico, porque de outra forma, será inútil mobilizar essa força embarcada.
Se tivesse que defender os seus interesses em África, no Índico ou no Pacífico, e a menos que integrasse essa plataforma numa força multi-nacional, o que o Brasil poderia fazer com o
S. Paulo?
E se esse teatro fosse de uma conflitualidade de elevada intensidade, em que o opositor tivesse meios de ataque sofisticados, em qualidade e em qunantidade?
Julgo que é isso que todos nós devemos questionar, e equacionar, antes de responder sobre se o
S. Paulo é efectivamente útil (e eu acho que é) e se o seu custo de manutenção compensa o seu grau de utilização e de operacionalidade.
- Tem o
NAE S. Paulo uma aviação embarcada de elevada qualidade para puder combater uma força inimiga?
- Tem a MB uma linha logística que lhe permita manter um empenhamento territorial longe do Brasil, destacado que estaria o
S. Paulo longe da sua terra-mãe?
- Tem o Brasil AOR e navios logísticos para manter essa cadeia logística, que lhe permita um empenhamento consequente para manter um elevado grau de prontidão?
- Tem o Brasil fragatas AAW e ASW que escoltariam o
S. Paulo, garantindo-lhe segurança perante um ataque de saturação ou mesmo de média intensidade?
A partir daí, e das respostas que se possam dar a estas questões, julgo que poderemos então falar do porquê do Brasil ter um PA convencional como o
NAE S. Paulo, prescindindo de maior flexibilidade estratégica de projecção e cadeias logísticas, como seria o caso de procurar outras soluções.