Lord Nauta escreveu:
Estes navios são relativamente novos e estão em muito boas condições.Para virem o valor deveria ser extremamente baixo. Entretanto para serem incorporadas a MB deveria ser estuda a possibilidade de instalação de um Towed array sonar para possibilita-las ao emprego ASW, em minha opinião a maior ameaça as instalações petrolíferas do país no mar.
De acordo. Ademais, as Garcia (ex-Pará) tinham um senhor sonar de casco (era tão grande que deu um trabalhão para levar as fragatas para desmanche, como postaste), estaria ainda disponível?
Lord Nauta escreveu:Entretanto acredito que pelo menos no momento a MB deve investir em manter operacionais os meios disponíveis e retornar as operações as Defensora, Inhaúma e Jaceguay além de iniciar a modernização da Barroso com sistemas previstos para as CV 03. Este seria um plano exequível e compatível com a realidade orçamentária.
Me parece meio difícil, e justamente pela realidade orçamentária. Por exemplo, a mais nova das quatro Inhaúma foi baixada justamente por não haver recursos para seu
upgrade,
update ou sequer um
retrofit razoável.
Lord Nauta escreveu:A partir de 2021 penso que a melhor alternativa seria as Type 23 modernizadas.
Sds
Lord Nauta
E/ou OHP.
FCarvalho escreveu:Deixa eu dar um pitaco meio maluco aqui.
Pensando com meus botões outro dia, imaginei o seguinte: até o final desta década a MB praticamente vai perder quase toda a sua (já pouca) capacidade de operação em águas azuis, e não temos muitas alternativas viáveis internas,ou externas, a não ser a CV-3, para substituir imediatamente a baixa das fragatas.
Bom, me corrijam então aí os colegas mais entendidos no assunto sobre isso: não poderíamos aproveitar de alguma forma o projeto do NaPaOc BR, que nada mais é que uma Barroso muito modificada, e equipá-los com o mínimo básico necessário de sistemas eletrônicos e armamentos nacionais e chamar elas de corvetas BR, comprar umas 10 de uma porrada só para substituir todas as fragatas, e ir quebrando o galho com elas até que um dia, quem sabe, a CV-3 consiga sair do papel com suas 3 mil e tantas toneladas e com tudo do bom e do melhor nelas?
Acho que essas hipotéticas Corvetas BR, aproveitando-se dos avanços no casco, poderiam operar os Linx modernizados, 4 Mansup, um canhão Oto 76, CORCED, e um MANPADS do tipo do RBS-70 navalizado e 2 lançadores torpedo nacionais. Há também a possibilidade de colocar nela radares e sistemas nacionais navalizados, que não precisariam ser o top do top, visto que se trataria apenas de um navio intermediário, ou mesmo um "demo" das futuras CV-3, testando operacionalmente todos os produtos que poderão vir a ser inseridos naquele projeto. E tudo isso a um relativo baico custo.
Daríamos um certo fõlego a BID e também ao AMRJ, onde poderiam ser construídas. Ainda em tempo, talvez algum estaleiro por aqui, por se tratar de um projeto mais simples, do ponto de vista do casco, pudesse também participar, gerando escala para sistemas e armas postos nelas.
Enfim, sairia talvez mais barato que as CV-3 e ainda ajudaria todo mudo, tanto do ponto de vista comercial-industrial como de engenharia. Acho que todos sairiam ganhando. Afinal, supondo que fosse aprovada, este projeto também poderia aproveitar-se para comprar também as citas 5 undes de NaPaOc BR, que usariam o mesmo casco e superestrutura. Seria uma forma de baratear os custos de produção e investimento e ainda conseguir deixar a MB com a boca fora d'água na próxima década.
Em tempo, alguém sabe quanto custará aproximadamente o NaPaOc BR? Diz-se que as CV-3 não saem por menos de 250-300 milhões de dólares. Se aqueles navios ficarem na casa da centena de milhar, apresentados os argumentos acima, talvez consigamos convencer alguém a aprovar e investir nisso. O contrário, já se sabe. É ficar sem marinha pelos próximos 10/15 anos. Mas... será que alguém se importa mesmo com isso?
abs.
Sei lá, cupincha, vejo diferente: me parece mais lógico se partir da CV-03 - da qual só vamos mesmo fazer o casco e alguns poucos sistemas - e:
1 - Reduzir o custo unitário, instalando apenas os equipamentos e armas necessários a um Patrulha (como o Oto 76 ou equivalente na proa e radares de busca e pontaria, além da plena capacidade de operação e hangaragem de helis), apenas deixando livre o espaço previsto para os restantes, que a tornarão efetivamente uma Escolta, mas apenas em caso de necessidade;
2 - Usar a mínima capacidade de propulsão necessária à operação de um Patrulha, podendo até usar apenas 03 diesels (mas com previsão para até uns 6, se precisarmos de uma Escolta);
3 - Aproveitar o espaço que fica disponível pela não-instalação de várias armas e equipamentos de Escolta para fazer outra coisa típica de Patrulha: levar FNs.
O interessante é que o projeto se torna bem mais palatável ao pessoal do "canhões x manteiga", afinal, Patrulha é bem visto, pois socorre navios acidentados, resgata náufragos, faz buscas, combate o tráfico de armas e drogas, contrabando, etc.
Assim, ao menos a meu ver, seria interessante ver a MB construindo uma frota de Escoltas na surdina, com todo mundo achando que é Patrulha.
Já pegar Patrulha de raiz e querer fazer virar Escolta, por tudo o que foi dito e demonstrado durante páginas e mais páginas deste e outros tópicos, me parece um REMENDÃO fadado ao fracasso. Na hora da necessidade, não vai ser mais do que um quebra-galho cheio de limitações operativas.
PS.: se funcionasse esse lance de empurrar Corveta (Fragata leve?) disfarçada de Patrulha, talvez também funcionasse o passo seguinte, ou seja, fazer "Patrulhas" bem maiores, com umas desculpas bem amanteigadas, e prontinhas para preencher, sempre
SE E QUANDO NECESSÁRIO, os requisitos originais do PROSUPER para Fragatas. Lembrar que, quando a necessidade aparece, o dinheiro costuma aparecer junto (agora não aparece justamente porque ninguém com caneta na mão e cheques do GF para preencher vislumbra qualquer necessidade real de Escoltas)...