Mundo Árabe em Ebulição

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tflash
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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#196 Mensagem por tflash » Ter Fev 01, 2011 4:12 am

Nos países bem governados o não é o governo que prefere os produtos. Os cidadãos compram o que querem com o seu dinheiro. Uma democracia é aquilo que todos ou quase todos desejam para lá.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#197 Mensagem por marcelo l. » Ter Fev 01, 2011 8:20 am

tflash escreveu:Nos países bem governados o não é o governo que prefere os produtos. Os cidadãos compram o que querem com o seu dinheiro. Uma democracia é aquilo que todos ou quase todos desejam para lá.
Os acordos comerciais com tarifas ajudam...e como.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#198 Mensagem por FOXTROT » Ter Fev 01, 2011 8:40 am

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Israel reforça fronteira com Egito por temer entrada de terroristas
01 de fevereiro de 2011

Israel reforçou sua fronteira com o Egito perante o temor de que a situação de revolta popular que vive o país vizinho possa levar à infiltração de terroristas, além de beduínos e imigrantes africanos em busca de asilo.


A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo jornal Ha'aretz, que detalha que tropas do Exército e agentes da Polícia de Fronteiras israelenses foram desdobrados ao longo do limite divisório com o Egito - de 250 km - para evitar que terroristas possam aproveitar a situação de caos no Egito para perpetrar ataques em Israel.

Outra das inquietações é que grupos de beduínos residentes na Península do Sinai possam sair do Egito para infiltrar-se em Israel, somando-se aos imigrantes de países africanos que nos últimos anos conseguiram entrar de forma ilegal no Estado judeu.

Por outra parte, meios da imprensa local informam nesta terça-feira que Israel aprovou o destacamento de tropas egípcias no Sinai, uma zona que, segundo o acordo de paz assinado pelos dois países em 1979, deveria ficar desmilitarizada. Haveria na zona 800 soldados egípcios com a missão de lidar com eventuais distúrbios protagonizados por beduínos.

No fim de semana, 12 pessoas morreram em tiroteios entre beduínos e forças de segurança egípcias nessa península, perto da fronteira do Egito com a Faixa de Gaza, informaram meios da imprensa israelense e palestina.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, indicou na segunda-feira que nenhum dos dois países está interessado em retornar ao passado e que a política de Israel é preservar a paz com seu vizinho árabe.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#199 Mensagem por FOXTROT » Ter Fev 01, 2011 8:41 am

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Irã: rebelião egípcia ajudará a criar 'Oriente Médio islâmico'
01 de fevereiro de 2011

A rebelião no Egito vai ajudar a criar um "Oriente Médio islâmico", afirmou o chanceler iraniano Ali Akbar Salehi, citado nesta terça-feira pela televisão estatal.

"Pelo que sei a respeito do grande povo revolucionário do Egito, que está fazendo história, tenho certeza de que vai desempenhar um papel na criação de um Oriente Médio islâmico, para todos os que buscam liberdade, justiça e independência", declarou Salehi, segundo o portal da televisão estatal iraniana.

A onda de manifestações no Egito "demonstra a necessidade de mudança na região e do fim dos regimes impopulares", disse o ministro das Relações Exteriores iraniano. "Lamentavelmente, observamos a ingerência direta (...) de alguns dirigentes americanos", acrescentou o ministro.

Salehi afirmou que o Irã vai propor ajuda aos manifestantes. "Marchamos ao lado daqueles que buscam liberdade no mundo e apoiamos a sublevação da grande nação do Egito", insistiu, antes de fazer uma homenagem aos mais de 125 mortos nas manifestações egípcias.

Em 2009, o Irã também foi palco de massivos protestos contra o governo depois da polêmica reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad. A repressão matou dezenas de pessoas, e milhares foram detidas. As relações entre Teerã e Cairo são tensas desde o triunfo da revolução islâmica no Irã.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#200 Mensagem por FOXTROT » Ter Fev 01, 2011 9:15 am

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Crise no Egito é desafio diplomático para governo Obama
01 de fevereiro de 2011

Obama tenta conciliar apoio a Mubarak com apelo popular por mudanças
A crise que se desenrola há mais de uma semana no Egito, com protestos em todo o país pedindo a saída do presidente Hosni Mubarak, representa um desafio diplomático para o governo do presidente americano, Barack Obama, dizem especialistas em relações entre os Estados Unidos e o mundo árabe.

Segundo analistas, o governo americano enfrenta o desafio de conciliar o apoio a Mubarak, importante aliado dos Estados Unidos há 30 anos, com o apelo popular por mudanças democráticas no Egito. Alguns chegam a afirmar que os Estados Unidos estão diante de um dilema entre defender os ideais americanos ou os interesses americanos.

"Por décadas os Estados Unidos deram prioridade a uma agora claramente ilusória estabilidade em detrimento dos ideais americanos", disse em um artigo Shadi Hamid, diretor de pesquisas do Brookings Institution em Doha.

Mubarak é um aliado americano em uma região considerada estratégica pelos Estados Unidos. O líder egípcio é um parceiro dos Estados Unidos na luta contra o extremismo islâmico e nas ações para conter as ambições do Irã na região, e teve participação importante nas negociações de paz entre israelenses e palestinos.

"Ele é o nosso homem no Oriente Médio", disse à BBC Brasil o ex-enviado especial à região David Newton, analista do Middle East Institute, em Washington.

Analistas afirmam que uma eventual queda de Mubarak poderia levar a uma onda de instabilidade na região e colocar em risco os interesses americanos, além de permitir a provável ascensão do grupo de oposição Irmandade Muçulmana. No entanto, o apoio ao líder egípcio seria visto como apoio a um regime não-democrático.

"Acho que devemos sinalizar a quem quer que venha a seguir que nós apoiamos a demanda que tantos egípcios expressaram, que é não apenas o fim do regime de Mubarak e de seu Partido Nacional Democrático, mas uma mudança fundamental que permita aos egípcios ter um governo mais aberto e transparente", disse Steven Cook, do Council on Foreign Relations, em uma coletiva de imprensa em Washington.

"Apoiar um regime que claramente não tem legitimidade, eu acho, no longo prazo, não nos coloca em uma posição muito boa", afirmou Cook.

Mudança de tom

De acordo com Robert Danin, também do Council on Foreign Relations, em Washington, o governo americano está respondendo à crise egípcia com uma "estratégia de dois trilhos".

"Por um lado, tentou afirmar seu contínuo apoio ao regime de Hosni Mubarak, que tem sido um amigo dos Estados Unidos - um regime que fez avançar os interesses americanos na região por um longo período - e ao mesmo tempo articular princípios condizentes com o que os manifestantes estão pedindo", afirmou Danin na coletiva de imprensa sobre a crise egípcia, em Washington.

Mubarak é aliado americano em região estratégica

"O que está acontecendo (no Egito) vai afetar fundamentalmente os interesses americanos na região", disse Danin.

Ao longo dos últimos dias, diante da escalada dos protestos no Egito e de críticas por ter reagido com lentidão aos acontecimentos, o governo americano foi mudando de tom em suas declarações a respeito da crise.

No início dos protestos, a secretária de Estado americano falava na "parceria importante" com o Egito. No domingo, porém, já pedia uma "transição ordenada para um governo democrático".

Nesta segunda-feira, o Departamento de Estado anunciou o envio do ex-embaixador no Egito Frank Wisner ao Cairo, para se reunir com autoridades locais e reforçar o apelo por mudanças políticas que permitam a realização de eleições justas.

Futuro

De acordo com analistas, caso Mubarak permaneça no poder, o regime egípcio pode se tornar mais repressivo.

"Se ele sobreviver a isso, é provável que se torne bem mais repressivo. E não estou certo de que, sob essas circunstâncias, os Estados Unidos poderiam dar tanto apoio. Estou certo de que ele iria buscar por legitimidade em outro lugar", disse Cook.

Segundo Newton, se Mubarak permanecer no poder "as relações deverão ficar muito tensas".

No entanto, uma eventual saída de Mubarak do poder poderia abrir caminho para um governo menos alinhado com os interesses americanos. Alguns analistas nos Estados Unidos chegam a traçar um paralelo com a revolução islâmica no Irã, de 1979, quando a queda do xá Reza Pahlevi, que era apoiado pelo governo americano, deu lugar ao regime dos aiatolás.

De acordo com Newton, caso o presidente egípcio deixe o poder, os Estados Unidos perderão seu "facilitador" na região. O analista disse, porém, não acreditar em uma confrontação com um eventual novo governo no Egito.

"Não teríamos mais o papel de mediador desempenhado por Mubarak", disse Newton. "Mas também não acredito em confrontação com um novo governo."

Newton cita a assistência militar de mais de US$ 1 bilhão por ano que os Estados Unidos fornece ao Egito e que serve como uma forma de "pressão" sobre o governo.

"Caso Mubarak deixe o poder, as coisas seriam diferentes com o Egito. Mas não seria uma relação hostil", disse Newton.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#201 Mensagem por FOXTROT » Ter Fev 01, 2011 9:58 am

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ElBaradei: "Mubarak deveria ir embora para salvar a pele"
01 de fevereiro de 2011

O ex-diplomata egípcio Mohamed ElBaradei, que está se impondo como referência da oposição ao regime de Hosni Mubarak, advertiu nesta terça-feira em uma entrevista ao jornal britânico The Independent que se o presidente "quer salvar a pele, seria melhor ir embora".

"Quando um regime retira totalmente a polícia das ruas do Cairo, quando capangas são parte da polícia secreta, tentando dar a impressão de que sem Mubarak o país vai afundar no caos, isto é um ato criminoso. Alguém tem que prestar contas", declarou o ex-diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e prêmio Nobel da Paz.

"E agora, como podem ouvir nas ruas, as pessoas não estão dizendo que Mubarak deve ir embora, estão dizendo agora que Mubarak deve ser julgado. Se quer salvar a pele, faria melhor em ir embora", completou ElBaradei em uma entrevista concedida pelo especialista em Oriente Médio Robert Fisk.

ElBaradei também disse confiar no Exército. "Creio que, no fim, o Exército estará com o povo. Isto é senso comum quando há duas milhões de pessoas nas ruas representando a 85 milhões".

Apesar de ter recebido a missão de "negociar" com o regime por uma díspar Coalizão Nacional pela Mudança, que reúne vários partidos de oposição, entre elas a Irmandade Muçulmana, disse na entrevista que não quer ser presidente.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#202 Mensagem por FOXTROT » Ter Fev 01, 2011 1:47 pm

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Ultimato a Mubarak: até sexta-feira deixar poder para evitar banho de sangue


Manifestação de hoje, na praça Tahrir.

1. A megamanifestação ocorrida pela manhã na praça Tharir deu vida ao discurso da perda da legitimação por parte de Hosny Mubarak, presidente que se mantém no cargo há quase 30 anos.

Para os opositores, cerca de 2 milhões de cidadãos egípcios estiveram presentes à praça Tahrir para pedir urgentes reformas políticas e a queda de Mubarack. Como consequência, o presidente Mubarack teria perdido a legitimação, que provém do povo.

No fundo, uma adequação, sem o devido processo, do instituto do “recall”, que vigora nos EUA ( na Califórnia, o cartão vermelho do recall foi aplicado ao antigo governador e se elegeu Arnold Schwarzenegger), Rússia e alguns cantões suíços.

O discurso da perda de legitimidade para continuar a governar o Egito saiu de uma reunião que ocorreu hoje entre os grupos de oposição.

Dessa reunião oposicionista participaram as lideranças do Al-Wafd (liberais democratas), Al Nassi (nacionalistas), Movimento Nacional para Mudanças (progressistas), Fraternidade Muçulmana (adeptos de uma teocracia) e Tajamud (reúne vários grupos de esquerda).

Em entrevista, o líder El-Baradei, já vencedor do Prêmio Nobel da Paz, deu um “ultimatum a Mubarak”: “Deverá deixar o país até sexta-feira para evitar um banho de sangue”.

Segundo estimativa da ONU, o conflito no Egito iniciado na terça 25 resultou, até agora, em 300 mortes. E uma mensagem da Unesco pede proteção urgente aos tesouros egípcios diante de constantes tentativas de saque.

2. O Irã, sem nenhuma sutileza, aproveitou a comemoração de hoje do 32º. Aniversário da Revolução Islâmica para reproduzir, em irritantes repetições pela rádio e televisão, o discurso do falecido aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini.

Em antigo vídeo, Khomeini conclama o Egito a por fim à influência norte-americana: “O povo egípcio deve se rebelar e afastar da região o arrogante global e os seus aliados” (referência aos EUA e governo egípcio).

No Egito, os islâmicos sunitas representam 89% da população. O Irã é xiita, enquanto os al-qaedistas são fundamentalistas sunitas que pretendem unir a todos, mas sob orientação de Osama bin Laden, que se apresenta como o novo califa.

3. A Fraternidade Muçulmana é a principal força político-religiosa e extremista do Egito. A assembléia parlamentar nacional é composta por 454 membros, sendo dez de livre escolha do presidente da República. A Fraternidade Muçulmana detém 88 cadeiras.

Para analistas internacionais, cerca de 20% dos egípcios apóiam a Fraternidade Muçulmana. Para republicanos e direitistas israelenses, os bem organizados membros da Fraternidade Muçulmana poderão vencer a eleição e chegar ao poder, com riscos à paz mundial.

Ontem, o ator Omar Sharif, que é egípcio e vive no Cairo, disse querer a democracia com a substituição de Mubarack. Mas, disse estar temeroso com a minoria radical islâmica. Em outras palavras, teme por um Estado teocrático, como no Irã xiita.

Depois de pegar carona nas manifestações iniciadas na terça 25 por estudantes e trabalhadores desejosos de mais liberdade e democracia, a Fraternidade Muçulmana já começa a fazer exigências. Hoje, expediu comunicado a refutar qualquer diálogo com o vice-presidente Omar Suleiman, que o Exército apóia para conduzir a transição.

PANO RÁPIDO. Com o discurso da perda de legitimidade de Mubarak, a oposição quer a queda do presidente e convocação imediata de eleições. Nada de esperar até outubro, ou seja, o calendário oficial.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#203 Mensagem por Anton » Ter Fev 01, 2011 2:17 pm

Em meio a protestos, rei da Jordânia dissolve gabinete

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/8688 ... nete.shtml

O Palácio Real da Jordânia dissolveu nesta terça-feira todo seu gabinete e nomeou Marouf Al Bakhit como primeiro-ministro.

A medida vem em meio a protestos populares inspirados na revolta na Tunísia e no Egito e que pediam a renúncia do primeiro-ministro Samir Rifai, acusado pelo aumento no preço dos combustíveis e dos alimentos e por atrapalhar reformas políticas.

O rei Abdullah 2º já aceitou a renúncia de Rifai e pediu a Bakhit que forme um novo gabinete.

Na sexta-feira passada (28), mais de 3.000 jordanianos saíram às ruas após as orações muçulmanas para pedir ao rei a destituição do primeiro-ministro e a adoção de reformas econômicas e políticas no país.

O protesto marcou a terceira semana consecutiva de marchas nas ruas da capital, Amã, e nas cidades de Irbid, Zarqa, Ajlun, Mafrak, Karnak e Ácaba. Os partidos islâmicos na oposição, os sindicatos, a sociedade civil e os grupos de ativistas convocaram e lideraram os protestos.




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#204 Mensagem por rodrigo » Ter Fev 01, 2011 3:53 pm

Protestos marcados na Síria, e a internet e celulares sob extrema vigilância.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#205 Mensagem por FOXTROT » Ter Fev 01, 2011 3:57 pm

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Egito: Israel teme que revolta interrompa fornecimento de gás
01 de fevereiro de 2011

Israel expressou seu temor nesta terça-feira de que o fornecimento de gás do Egito possa ser interrompido com as revoltas populares no país, que pedem a saída do presidente Hosni Mubarak.

"Nós mais uma vez percebemos que o Oriente Médio não é uma região estável. Precisamos agir para garantir nossa energia de forma segura, sem depender de outros", disse um porta-voz do ministério israelense de infraestrutura nacional, Uzi Landau, à AFP.

O Egito atualmente fornece em torno de 40% do gás natural de Israel e, em dezembro, quatro empresas israelenses assinaram contratos de 20 anos, avaliados em US$ 10 bilhões, para importar gás egípcio.

Mas com a incerteza em relação ao futuro político do Egito, Israel está preocupado com a possibilidade de o novo regime do Cairo não respeitar a paz bilateral assinada três décadas atrás - e, consequentemente, o fornecimento de energia.

Esse temor aumentou depois que líderes egípcios da Irmandade Muçulmana pediram que o Cairo interrompesse o fornecimento de gás a Israel.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu expressou preocupação com o fato de grupos islâmicos explorarem o caos no Egito para ganhar poder.

Landau reuniu-se com os presidentes das companhias israelenses que estão desenvolvendo o campo de gás em Tamar - que deve iniciar a produção em 2013 - para pedir a eles que acelerem o projeto e entreguem no prazo, informou seu gabinete.

O ministro afirmou que a importância do campo de Tamar é ainda maior "em tempos de incerteza na nossa região". Os campos de Tamar, perto do porto de Haifa, nordeste de Israel, têm reservas estimadas de 8 bilhões de metros cúbicos.

O jornal financeiro The Globes informou nesta terça-feira que o ministério de Landau fez treinamentos para lidar com cenários de emergências nos quais o fornecimento de gás são cortados, sem divulgar mais detalhes sobre isso.




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PRick

Re: Mundo Árabe em Ebulição

#206 Mensagem por PRick » Ter Fev 01, 2011 4:38 pm

Coisas interessantes.

Segundo a visão da Rede Globo do mundo, o Governo Mubarak é considerado um sucesso para o mundo exterior(quer dizer é subordinado aos EUA e seus aliados), mas está sem qualquer aceitação no plano interno. Essa é a idéia de bom governo no Oriente Médio para os EUA, Israel e nossa mídia. Afinal, a legitimidade interna é secundária para esses democratas.

Quanto a Síria não deixa de ser engraçado, porque se o governante atual sair, o próximo será tão anti-ocidente ou mais que o anterior, não deverá existir qualquer modificação no alinhamento externo, já no Egito a diferença deverá ser profunda.

[]´s




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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#207 Mensagem por Penguin » Ter Fev 01, 2011 5:05 pm

01/02/2011

Na blogosfera chinesa, o Egito deixou de existir

PEQUIM
O governo chinês proibiu buscas com a palavra “Egito” nos principais portais de redes sociais do país, sinal de temor de que o movimento pró-reforma no mundo árabe incentive protestos semelhantes no gigante asiático.



Nos populares portais Sina.com e Sohu.com, que abrigam blogs e microblogs semelhantes ao Twitter, a busca pela palavra “Egito” levava a uma mensagem dizendo que os resultados “não serão mostrados”.

Tanto o Twitter como o Facebook, usados para organizar manifestações no Egito, têm o acesso bloqueado na China, que abriga a maior população mundial de internautas, com 457 milhões conectados à rede.

O governo tem usado constantemente a censura na internet para limitar o debate político. Como no ano passado, quando o dissidente político Liu Xiaobo teve o nome bloqueado após ganhar o Prêmio Nobel da Paz.

Na imprensa chinesa, as manifestações no Egito e no mundo árabe têm sido criticadas e minimizadas. No sábado, o jornal “Global Times”, do Partido Comunista, publicou um editorial intitulado: “Revoluções coloridas não trarão verdadeira democracia”.

“A democracia tem um forte apelo por causa dos modelos bem sucedidos no Ocidente. Mas é questionável se esse sistema é aplicável em outros países, à medida que surgem mais e mais exemplos fracassados”, afirma o editorial.

Anteontem, o governo chinês afirmou que deseja a volta rápida da “estabilidade social e da ordem” no Egito.

Em outro ponto sensível para a China, a crise no Egito tem levantado inevitáveis comparações entre as praças Tahrir, no centro do Cairo, e da Paz Celestial, em Pequim, palco de um massacre de dezenas de estudantes pró-reforma, em 1989.

Na China desde 2005 após morar no Egito, o correspondente da revista “New Yorker” Evan Osnos não acredita que a China esteja à beira de protestos semelhantes ao do Egito.

“Apesar de todos os problemas na China, o fato simples é que a sensação dominante na China é o oposto polar à do Egito: a China é um lugar de mudança constante, vertiginosa, agitada”, escreveu Osnos ontem, em seu blog.

Ele adverte, porém, de que os protestos do Egito e da Tunísia não são contra economias debilitadas, mas reflexo do crescimento dos últimos anos.

“A China assegurou a lealdade de uma massa crítica de sua população melhorando as suas vidas em alguns aspectos importantes. Não demorará, eu suspeito, para que a manutenção da paz dependa de estender essas melhorias a outras partes da vida chinesa também.”


http://pelomundo.folha.blog.uol.com.br/ ... 8632623-27
Escrito por Fabiano Maisonnave às 08h58




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#208 Mensagem por marcelo l. » Ter Fev 01, 2011 5:07 pm

http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... e_id=13401

O Egito a caminho da revolução. O que fazer?
Aqueles que temem o crescimento do “islamismo radical” como fator de instabilidade nessa região, deveriam estar mais atentos em relação às “ditaduras amistosas” que, na verdade, são as principais responsáveis pela insegurança no mundo. Desemprego em massa, preços dos alimentos e repressão política é uma combinação explosiva mais perigosa do que os homens bomba. No caso do Egito dois terços da população são jovens abaixo de 30 anos, dos quais 90% estão desempregados. O artigo é de

Reginaldo Nasser (*)
A
s mobilizações populares na Tunísia, Egito, Iêmen e em outros lugares são um alerta para o chamado mundo desenvolvido e seria uma grande avanço para a democracia se esta região que permanece imersa na violência, em fraudes eleitorais e miséria crescente da população recebesse o devido apoio internacional nesse momento.

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que os EUA poderão revisar a ajuda ao Egito. O presidente Obama solicitou às autoridades egípcias que evitem o uso de qualquer tipo de violência contra manifestantes pacíficos, alertando que " aqueles que protestam nas ruas têm uma responsabilidade de expressar-se pacificamente. Já a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que a “estabilidade do país é muito importante, mas não a qualquer preço”. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que "os líderes do Egito escutem as preocupações legítimas e os desejos de seus cidadãos”. O primeiro ministro britânico David Cameron declarou: “Eu acho que precisamos de reformas. Quero dizer que nós apoiamos o progresso e o reforço da democracia”.

Como avaliar a atitude desses líderes mundiais? Patética, cínica, hipócrita, irresponsável? Talvez devêssemos recorrer a um grande pensador liberal do século XIX, Aléxis de Tocqueville, e ouví-lo a respeito dos períodos revolucionários na França. Tocqueville alertava para o fato de líderes, que adquiriram experiência em lidar com a política em ambiente de ausência de liberdade, quando se encontraram diante de uma revolução que chegou “inesperadamente”, se assemelhavam aos remadores de rio que, de repente, se vêem instados a navegar no meio do oceano. Os conhecimentos adquiridos em suas viagens por águas calmas vão proporcionar mais problemas do que ajuda nessa aventura, e na maioria das vezes exibem mais confusão e incerteza do que os próprios passageiros que supostamente deveriam conduzir.

Já havia sinais reveladores dessas turbulências, mas o Ocidente preferia se preocupar com burcas, minaretes e terrorismo. Um relatório do Banco Mundial, publicado em 2009, informava que os países árabes importavam cerca de 60% dos alimentos que consomem e já são os maiores importadores de cereais no mundo, dependendo de outros países para a sua segurança alimentar. A elevação dos preços nos mercados mundiais, desde 2008, já causou ondas de protestos em dezenas de países e milhões de desempregados e pobres nos países árabes, como foram os casos da Argélia , em 1988, e da Jordânia em 1989. Um exemplo mais recente, além da região árabe, é o Quirguistão onde um aumento da eletricidade e tarifas de celulares causaram manifestações com dezenas de mortos e milhares de feridos.

Aqueles que temem o crescimento do “islamismo radical” como fator de instabilidade nessa região, deveriam estar mais atentos em relação às “ditaduras amistosas” que, na verdade, são as principais responsáveis pela insegurança no mundo. Desemprego em massa, preços dos alimentos e repressão política é uma combinação explosiva mais perigosa do que os homens bomba.

A demografia no mundo árabe é também um grande problema. A população cresceu cinco vezes durante o século XX, e o crescimento continua a uma média anual de 2,3%. A população do Egito está em torno de 80 milhões. Em 2050 (de acordo com projeções da ONU) deverá ter 121 milhões. A população da Argélia irá crescer de 33 milhões em 2007 para 49 milhões em 2050; a do Iêmen de 22 a 58 milhões. Isso significa que mais empregos precisam ser criados - e mais alimentos importados, ou aumentar a capacidade para produzir mais. No caso do Egito dois terços da população são jovens abaixo de 30 anos, dos quais 90% estão desempregados.

Baseada no turismo, na agricultura e na exportação de petróleo e algodão, a economia é incapaz de sustentar a taxa de crescimento demográfico. 40% da população vive com menos de US$ 2 (R$ 3,30) por dia, o país está na 101ª posição no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)

De certa forma a auto-imolação do jovem tunisiano, Mohamad Bouazizi, que deflagrou a onda de protestos na Tunisia revela, no nível individual, aquilo que está acontecendo nas sociedades daquela região como um todo. Ele não se rebelou, apenas porque não encontrou trabalho que refletisse suas ambições profissionais, mas sim quando um oficial da polícia confiscou as frutas e legumes que estava vendendo sem autorização. Quando foi fazer uma reclamação para buscar justiça, sua demanda foi rejeitada.

Provavelmente foi este sentimento de injustiça que levou Mohamed Bouazizi e milhares de pessoas às ruas, empenhados em quebrar o ciclo da miséria e opressão.

Talvez seja mais confortável para a chamada comunidade internacional lidar com um mundo árabe dividido entre nacionalistas, relativamente seculares, de um lado e islamismo radical, de outro, do que um mundo mais complexo, com problemas econômicos, sociais e políticos que conta com sua cumplicidade.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#209 Mensagem por marcelo l. » Ter Fev 01, 2011 5:09 pm

rodrigo escreveu:Protestos marcados na Síria, e a internet e celulares sob extrema vigilância.
Já ocorreram na sexta-feira passada...Em Homs e Aleppo quem sabe chegue em Damasco a onda.




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Francoorp
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Re: Mundo Árabe em Ebulição

#210 Mensagem por Francoorp » Ter Fev 01, 2011 5:20 pm

Após protestos, rei da Jordânia nomeia novo primeiro-ministro

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O rei Abdullah 2º da Jordânia afastou nesta terça-feira todos os membros de seu gabinete de governo e nomeou um novo primeiro-ministro, a quem pediu que aponte um novo ministério e dê andamento a reformas políticas no país.

As mudanças foram anunciadas depois de protestos em diversas cidades no mês passado, nos quais manifestantes exigiram o direito de eleger pelo voto direto o premiê e a adoção de medidas contra a pobreza e o desemprego.

O novo primeiro-ministro nomeado pelo monarca, Marouf Bakhit, já havia ocupado o cargo entre 2005 e 2007.

Segundo o correspondente da BBC em Amã Marcus George, o novo primeiro-ministro tem agora a difícil tarefa de evitar que a Jordânia passe também por uma crise política como a provocada por protestos na Tunísia e o Egito.

‘Impulso à democracia’

Em um comunicado, o escritório do rei Abdullah indicou que a missão de Bakhit será “dar passos práticos, rápidos e tangíveis para lançar reformas políticas legítimas, dar impulso à democracia na Jordânia e garantir uma vida decente e segura a todos os jordanianos”.

O texto diz que reformas são “uma necessidade para proporcionar uma vida melhor” à população do país, e que isso só será possível se houver um “aumento na participação popular na tomada de decisões”.

Centenas de jordanianos protestaram nas últimas semanas nas ruas da capital jordaniana, Amã, e de outras cidades pedindo a renúncia do agora ex-primeiro-ministro Samir Rifai, cuja renúncia foi aceita pelo rei Abdullah também nesta terça-feira.

Rifai foi apontado como responsável pelo aumento nos preços do combustível e dos alimentos no país.

O grupo de oposição Frente de Ação Islâmica criticou a indicação de Marouf Bakhit, dizendo que a escolha indica que as reformas ainda não irão começar, e pediu que os protestos continuem.

Entretanto, o grupo salientou que não pretende pedir que o Rei Abdullah 2º seja afastado do poder.

Fonte: BBC Brasil via Plano Brasil.

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Mais uma ditadura do Oriente Médio apoiada pelos USA que esta caindo… quem sabe a proxima seja a Arabia Saudita???

Finalmente depois de todas as opressoes aprovadas pelos USA na regiao mais uma democracia agora esteja florescendo, se os USA deixarem isso acontecer, pois nas democracias o povo tem a bruta mania de participar da vida e dos acordos da naçao… e os USA teriam muito a perder!!

Tunisia, Egito, Siria começando e agora a Jordania... esperamos a vez da Arabia Saudita… 4 ditaduras da regiao apoiadas pelos USA, mas a liberdade e a democracia vencerao, rede globo querendo ou nao!!

Valeu!!




As Nossas vidas não são nada, A Nossa Pátria é tudo !!!

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