Georgia X Rússia
Moderador: Conselho de Moderação
- Túlio
- Site Admin
- Mensagens: 61482
- Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
- Localização: Tramandaí, RS, Brasil
- Agradeceu: 6309 vezes
- Agradeceram: 6658 vezes
- Contato:
Re: Georgia X Rússia
Conselho de Segurança da ONU desiste de pedir cessar-fogo na Ossétia do Sul
O Conselho de Segurança da ONU renunciou hoje à possibilidade de emitir uma chamada conjunta para um cessar-fogo na Geórgia por falta de consenso e alertou sobre a extensão do conflito para fora da Ossétia do Sul.
"Infelizmente, minha conclusão é que será muito difícil, se não impossível, encontrar pontos de coincidência suficientes para elaborar uma declaração conjunta", explicou após a reunião o embaixador belga Jan Grauls, que ocupa a Presidência rotativa do Conselho de Segurança.
Este era o terceiro encontro em menos de 48 horas entre os 15 membros do principal órgão da ONU para tentar pactuar um pedido comum de cessar-fogo.
No entanto, e como nas ocasiões anteriores, a reunião acabou sem acordo e, pela primeira vez, os membros não fixaram outra data a curto prazo para continuar com as negociações.
Na saída da reunião, tanto Grauls como outros embaixadores na ONU alertaram sobre a extensão das hostilidades para fora da região separatista da Ossétia do Sul rumo a outros territórios da Geórgia, particularmente a Abkházia.
"Está claro que o conflito já se estendeu a outras áreas da Geórgia", lamentou Grauls, que transmitiu também a "preocupação de vários membros com a progressiva e rápida deterioração da situação humanitária, com um crescente número de feridos e refugiados".
Segundo o embaixador, "vários membros expressaram também seu apoio à integridade do território da Geórgia" e pediram "a cessação imediata das hostilidades e dos atos de violência".
"Nesse sentido, expressaram o firme apoio aos esforços de mediação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e a União Européia (UE)", afirmou.
O presidente do Conselho também disse que os soldados da missão de observadores da ONU na Geórgia foram retirados do Vale de Kodori, zona de conflito com a Rússia, depois que seu quartel-general fora advertido sobre o perigo por parte das autoridades da Abkházia.
EFE
Agência EFE
O Conselho de Segurança da ONU renunciou hoje à possibilidade de emitir uma chamada conjunta para um cessar-fogo na Geórgia por falta de consenso e alertou sobre a extensão do conflito para fora da Ossétia do Sul.
"Infelizmente, minha conclusão é que será muito difícil, se não impossível, encontrar pontos de coincidência suficientes para elaborar uma declaração conjunta", explicou após a reunião o embaixador belga Jan Grauls, que ocupa a Presidência rotativa do Conselho de Segurança.
Este era o terceiro encontro em menos de 48 horas entre os 15 membros do principal órgão da ONU para tentar pactuar um pedido comum de cessar-fogo.
No entanto, e como nas ocasiões anteriores, a reunião acabou sem acordo e, pela primeira vez, os membros não fixaram outra data a curto prazo para continuar com as negociações.
Na saída da reunião, tanto Grauls como outros embaixadores na ONU alertaram sobre a extensão das hostilidades para fora da região separatista da Ossétia do Sul rumo a outros territórios da Geórgia, particularmente a Abkházia.
"Está claro que o conflito já se estendeu a outras áreas da Geórgia", lamentou Grauls, que transmitiu também a "preocupação de vários membros com a progressiva e rápida deterioração da situação humanitária, com um crescente número de feridos e refugiados".
Segundo o embaixador, "vários membros expressaram também seu apoio à integridade do território da Geórgia" e pediram "a cessação imediata das hostilidades e dos atos de violência".
"Nesse sentido, expressaram o firme apoio aos esforços de mediação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e a União Européia (UE)", afirmou.
O presidente do Conselho também disse que os soldados da missão de observadores da ONU na Geórgia foram retirados do Vale de Kodori, zona de conflito com a Rússia, depois que seu quartel-general fora advertido sobre o perigo por parte das autoridades da Abkházia.
EFE
Agência EFE
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Re: Georgia X Rússia
Segundo o Tages-Anzeiger de Zurique:Túlio escreveu:Conselho de Segurança da ONU desiste de pedir cessar-fogo na Ossétia do Sul
O Conselho de Segurança da ONU renunciou hoje à possibilidade de emitir uma chamada conjunta para um cessar-fogo na Geórgia por falta de consenso e alertou sobre a extensão do conflito para fora da Ossétia do Sul.
"Infelizmente, minha conclusão é que será muito difícil, se não impossível, encontrar pontos de coincidência suficientes para elaborar uma declaração conjunta", explicou após a reunião o embaixador belga Jan Grauls, que ocupa a Presidência rotativa do Conselho de Segurança.
Este era o terceiro encontro em menos de 48 horas entre os 15 membros do principal órgão da ONU para tentar pactuar um pedido comum de cessar-fogo.
No entanto, e como nas ocasiões anteriores, a reunião acabou sem acordo e, pela primeira vez, os membros não fixaram outra data a curto prazo para continuar com as negociações.
Na saída da reunião, tanto Grauls como outros embaixadores na ONU alertaram sobre a extensão das hostilidades para fora da região separatista da Ossétia do Sul rumo a outros territórios da Geórgia, particularmente a Abkházia.
"Está claro que o conflito já se estendeu a outras áreas da Geórgia", lamentou Grauls, que transmitiu também a "preocupação de vários membros com a progressiva e rápida deterioração da situação humanitária, com um crescente número de feridos e refugiados".
Segundo o embaixador, "vários membros expressaram também seu apoio à integridade do território da Geórgia" e pediram "a cessação imediata das hostilidades e dos atos de violência".
"Nesse sentido, expressaram o firme apoio aos esforços de mediação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e a União Européia (UE)", afirmou.
O presidente do Conselho também disse que os soldados da missão de observadores da ONU na Geórgia foram retirados do Vale de Kodori, zona de conflito com a Rússia, depois que seu quartel-general fora advertido sobre o perigo por parte das autoridades da Abkházia.
EFE
Agência EFE
"Durante tempo demais os participantes brincaram com fogo perto do barril de pólvora do Cáucaso: agora ele explodiu. Em algum ponto, uma voz sábia deveria ter dito 'basta', mas ninguém o fez. Os russos impediram teimosos qualquer solução do conflito. Os EUA, por sua vez, apoiaram [Saakachvili] sem pensar – com armas, especialistas e com cobertura internacional. Mas agora o aprendiz de feiticeiro georgiano se tornou independente e iniciou uma guerra. Auto-iludindo-se, esperava certamente uma vitória rápida. Ele calculou mal."
Esta opinião é severamente compartilhada pela polonesa Gazeta Wyborcza.
"Com sua decisão de 'libertar' a Ossétia do Sul, o presidente georgiano Saakachvili cometeu um gigantesco erro. Como Slobodan Milosevic antes dele, não entendeu que seu país só tem a escolher entre o adeus às repúblicas separatistas – Abkhásia e Ossétia do Sul – e o esfacelamento da nação em conflitos sangrentos.
Provavelmente, o presidente da Geórgia apostou astutamente que na sexta-feira, abertura dos Jogos Olímpicos, a Rússia permaneceria neutra. Tal se provou ingênuo, pois Moscou jamais perderia uma oportunidade dessas.
[...] Saakachvili, um político em quem o Ocidente e a Polônia apostaram, pagará mais cedo ou mais tarde por seu erro."
-
- Novato
- Mensagens: 17
- Registrado em: Sex Ago 22, 2003 3:58 pm
Re: Georgia X Rússia
Vem cá.... Gori nao é a cidade natal de Stalin?Junker escreveu:
A Georgian woman passes by a building hit by bombardments in Gori on August 9, 2008. AFP PHOTO / DIMITAR DILKOFF (Photo credit should read DIMITAR DILKOFF/AFP/Getty Images)
Pior que é sim
Re: Georgia X Rússia
pior é que nem derrubaram as estátuas, parece que eles tem orgulho dele...MAURICIO_SUKHOI escreveu:Vem cá.... Gori nao é a cidade natal de Stalin?
Pior que é sim
A Georgian soldier walks by a monument to Soviet former dictator Josef Stalin before going to the front line in Gori, central Georgia, on August 9, 2008. AFP PHOTO / DIMITAR DILKOFF (Photo credit should read DIMITAR DILKOFF/AFP/Getty Images)
Re: Georgia X Rússia
Polonia ofrece respaldo más que diplomático
El presidente de Polonia, Lech Kaczynski, afirmó por su parte que estaba dispuesto a brindar un respaldo que fuese más allá de la diplomacia a Georgia, según declaraciones emitidas por la emisora polaca TVP.
Se brindará "cualquier tipo de ayuda realmente posible", afirmó el primer mandatario polaco. Ante la pregunta acerca de si brindaría ayuda militar al país caucásico, Kaczynski respondió: "No tenemos previsto realizar ningún envío de tropas polacas a Georgia. Sin embargo, cualquier tipo de ayuda es posible."
Lo que está ocurriendo en Georgia es un "argumento fuerte" a favor de la instalación del escudo antimisiles en Polonia, destacó el polaco. El sábado por la noche, Kaczynski habló por teléfono con el presidente georgiano, Mijail Saakashvili.
Además, Polonia expidió junto con los Estados bálticos Lituania, Letonia y Estonia una declaración común condenando la intervención del Ejército ruso en el conflicto. La intervención militar rusa es incompatible con el derecho internacional y es un "acto de agresión".
http://www.elmundo.es/elmundo/2008/08/1 ... 21857.html
El presidente de Polonia, Lech Kaczynski, afirmó por su parte que estaba dispuesto a brindar un respaldo que fuese más allá de la diplomacia a Georgia, según declaraciones emitidas por la emisora polaca TVP.
Se brindará "cualquier tipo de ayuda realmente posible", afirmó el primer mandatario polaco. Ante la pregunta acerca de si brindaría ayuda militar al país caucásico, Kaczynski respondió: "No tenemos previsto realizar ningún envío de tropas polacas a Georgia. Sin embargo, cualquier tipo de ayuda es posible."
Lo que está ocurriendo en Georgia es un "argumento fuerte" a favor de la instalación del escudo antimisiles en Polonia, destacó el polaco. El sábado por la noche, Kaczynski habló por teléfono con el presidente georgiano, Mijail Saakashvili.
Además, Polonia expidió junto con los Estados bálticos Lituania, Letonia y Estonia una declaración común condenando la intervención del Ejército ruso en el conflicto. La intervención militar rusa es incompatible con el derecho internacional y es un "acto de agresión".
http://www.elmundo.es/elmundo/2008/08/1 ... 21857.html
- Skyway
- Sênior
- Mensagens: 11166
- Registrado em: Seg Jun 19, 2006 1:40 pm
- Agradeceu: 24 vezes
- Agradeceram: 266 vezes
Re: Georgia X Rússia
Repórter da BBC relata 'cenas de pânico' em cidade bombardeada
Richard Galpin descreve clima na georgiana Gori, atingida por bombardeios russos.
A aviação russa bombardeou no sábado (9) alvos na cidade de Gori, a cerca de 25 quilômetros do coração dos conflitos na província separatista da Ossétia do Sul, na Geórgia. O repórter da BBC Richard Galpin descreve o que chama de "cenas de pânico" no vilarejo.
"Vimos o impacto dos ataques aéreos em Gori – edifícios em chamas. Podíamos ouvir a aviação russa sobre nós. Em um dos ataques, o piloto errou a base militar alvejada e atingiu dois blocos de apartamentos civis.
Quando chegamos à cidade, chamas saíam por janelas em apartamentos onde ainda havia pessoas presas. Uma mulher suplicava aos bombeiros e soldados que a ajudassem a encontrar sua família. Dizia que havia ido ao apartamento em chamas mas não conseguira encontrar os parentes.
Vimos civis feridos sendo retirados de prédios. Havia claramente feridas muito graves. Soldados georgianos na cena dos bombardeios nos disseram que civis haviam sido mortos naqueles apartamentos. Vimos pelo menos um homem ser retirado sem vida.
Uma investida aérea atingiu uma base militar da qual aparentemente a maioria dos soldados havia conseguido sair antes das bombas. Militares disseram à BBC que os alvos eram bases na cidade. Há três, nas quais milhares estão estacionados.
Vítimas
Soubemos que o principal hospital da cidade estava lotado de vítimas. Havia cenas de pânico na cidade. Um grande número de soldados também procurava abrigo. Militares corriam pelas ruas e civis fugiam em busca de segurança. Nuvens de fumaça tomavam os céus de Gori.
Durante toda a noite, tínhamos visto um grande contingente de tropas georgianas chegar a esta cidade. Alguns eram reservistas, o que indica que existe uma mobilização em massa neste país.
Por ora, a situação mais crítica é na Ossétia do Sul. Bombardeios massivos atingiram a capital da província, Tskhinvali, nas últimas 48 horas. Moradores são obrigados a viver longos períodos de tempo em abrigos. Há combates também ao redor da cidade.
Autoridades da região dizem que 1,4 mil pessoas foram mortas nas primeiras 24 horas do conflito – o governo central da Geórgia diz que a estimativa não tem sentido.
Hospitais cheios
Também na capital, os hospitais estão lotados de vítimas. Pelo menos cem pessoas foram internadas com ferimentos. Soubemos que cerca de 30 georgianos foram mortos – entendemos que são soldados, mas é difícil saber se isto é certo.
Na estrada da capital do país, Tbisili, para cá, havia ambulâncias indo e vindo, supostamente levando feridos para hospitais com mais infra-estrutura.
A Geórgia diz que diversas bases militares georgianas e um porto na costa do mar Negro, a centenas de quilômetros daqui, foram bombardeados pela aviação russa.
Claramente, os russos estão escolhendo alvos em diferentes partes do país."
Richard Galpin descreve clima na georgiana Gori, atingida por bombardeios russos.
A aviação russa bombardeou no sábado (9) alvos na cidade de Gori, a cerca de 25 quilômetros do coração dos conflitos na província separatista da Ossétia do Sul, na Geórgia. O repórter da BBC Richard Galpin descreve o que chama de "cenas de pânico" no vilarejo.
"Vimos o impacto dos ataques aéreos em Gori – edifícios em chamas. Podíamos ouvir a aviação russa sobre nós. Em um dos ataques, o piloto errou a base militar alvejada e atingiu dois blocos de apartamentos civis.
Quando chegamos à cidade, chamas saíam por janelas em apartamentos onde ainda havia pessoas presas. Uma mulher suplicava aos bombeiros e soldados que a ajudassem a encontrar sua família. Dizia que havia ido ao apartamento em chamas mas não conseguira encontrar os parentes.
Vimos civis feridos sendo retirados de prédios. Havia claramente feridas muito graves. Soldados georgianos na cena dos bombardeios nos disseram que civis haviam sido mortos naqueles apartamentos. Vimos pelo menos um homem ser retirado sem vida.
Uma investida aérea atingiu uma base militar da qual aparentemente a maioria dos soldados havia conseguido sair antes das bombas. Militares disseram à BBC que os alvos eram bases na cidade. Há três, nas quais milhares estão estacionados.
Vítimas
Soubemos que o principal hospital da cidade estava lotado de vítimas. Havia cenas de pânico na cidade. Um grande número de soldados também procurava abrigo. Militares corriam pelas ruas e civis fugiam em busca de segurança. Nuvens de fumaça tomavam os céus de Gori.
Durante toda a noite, tínhamos visto um grande contingente de tropas georgianas chegar a esta cidade. Alguns eram reservistas, o que indica que existe uma mobilização em massa neste país.
Por ora, a situação mais crítica é na Ossétia do Sul. Bombardeios massivos atingiram a capital da província, Tskhinvali, nas últimas 48 horas. Moradores são obrigados a viver longos períodos de tempo em abrigos. Há combates também ao redor da cidade.
Autoridades da região dizem que 1,4 mil pessoas foram mortas nas primeiras 24 horas do conflito – o governo central da Geórgia diz que a estimativa não tem sentido.
Hospitais cheios
Também na capital, os hospitais estão lotados de vítimas. Pelo menos cem pessoas foram internadas com ferimentos. Soubemos que cerca de 30 georgianos foram mortos – entendemos que são soldados, mas é difícil saber se isto é certo.
Na estrada da capital do país, Tbisili, para cá, havia ambulâncias indo e vindo, supostamente levando feridos para hospitais com mais infra-estrutura.
A Geórgia diz que diversas bases militares georgianas e um porto na costa do mar Negro, a centenas de quilômetros daqui, foram bombardeados pela aviação russa.
Claramente, os russos estão escolhendo alvos em diferentes partes do país."
AD ASTRA PER ASPERA
- Skyway
- Sênior
- Mensagens: 11166
- Registrado em: Seg Jun 19, 2006 1:40 pm
- Agradeceu: 24 vezes
- Agradeceram: 266 vezes
Re: Georgia X Rússia
Sinceramente, esperava maior competência da Russia nos ataques. Nõa pelo erro do Piloto, pois com bombas burras é até "normal"... Mas eu achava justamente que ela não usaria bombas burras. Com tanta variedade de armamentos que os Russos possuem, podiam usar uma bomba guiada ou foguete guiado...
AD ASTRA PER ASPERA
Re: Georgia X Rússia
Eu acho que o Presidente da Geórgia Saakashvili está querendo instigar um conflito de grandes proporções envolvendo os EUA e Europa numa guerra contra à Rússia.Vocês notaram que à bandeira da UE estava ao lado da georgiana ao fazer seus comunicados pela televisão, alguém deve ter autorizado?
O que vcs acham?
O que vcs acham?
Re: Georgia X Rússia
Se EUA e UE entrarem em guerra com a Rússia, o petróleo vai a US$1000,00+kurgan escreveu:Eu acho que o Presidente da Geórgia Saakashvili está querendo instigar um conflito de grandes proporções envolvendo os EUA e Europa numa guerra contra à Rússia.Vocês notaram que à bandeira da UE estava ao lado da georgiana ao fazer seus comunicados pela televisão, alguém deve ter autorizado?
O que vcs acham?
Bastante improvável.
Editado pela última vez por Junker em Sáb Ago 09, 2008 10:24 pm, em um total de 1 vez.
-
- Sênior
- Mensagens: 4297
- Registrado em: Qua Fev 19, 2003 7:14 pm
- Localização: Florianópolis
- Contato:
Re: Georgia X Rússia
Ele evidentemente está querendo apoio do Ocidente, e pra isso faz esse tipo de coisa. Agora daí a dizer que ele quer instigar um conflito de grandes proporções é outra história.
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
Antoine de Saint-Exupéry
- Túlio
- Site Admin
- Mensagens: 61482
- Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
- Localização: Tramandaí, RS, Brasil
- Agradeceu: 6309 vezes
- Agradeceram: 6658 vezes
- Contato:
Re: Georgia X Rússia
NYT: conflito na Ossétia é teste de poder para Rússia
Michael Schwirtz
Anne Barnard
C.J. Chivers
A Rússia conduziu ataques aéreos em alvos georgianos na noite de sexta-feira, intensificando o conflito na região separatista da Geórgia, que está se tornando um teste do poder e alcance militar de um Kremlin revitalizado.
No mesmo dia antes do ataque, tropas russas e veículos blindados entraram na Ossétia do Sul, em apoio à região separatista no feroz conflito com a Geórgia.
O Estados Unidos e outras nações ocidentais, reunidos pela Otan, condenaram a violência e exigiram o cessar-fogo. A secretária de Estado americana Condoleezza Rice foi além e pediu à Rússia que retirasse suas forças militares.
Mas os soldados russos permaneceram no local e oficiais da Geórgia relataram pelo menos um ataque aéreo no porto de Poti, no Mar Negro, no final da noite de sexta-feira.
Nenhum dos lados deu indícios de recuo. O primeiro-ministro russo Vladimir V. Putin declarou que a "guerra havia começado" e o presidente georgiano Mikheil Saakashvili acusou a Rússia de uma "invasão muito bem planejada" e mobilizou os reservistas militares do país.
Também houve sinais de uma campanha de guerra cibernética contra a Geórgia, com os web sites do governo saindo da rede inúmeras vezes durante o dia.
O incidente pode levar à retomada de um conflito prolongado na região do Cáucaso, um canal importante para o fluxo de petróleo entre o mar Cáspio e os mercados mundiais e uma área da fronteira russa com longo histórico de conflitos, sendo o da Chechênia o mais recente.
A incursão militar na Geórgia marcou um novo sinal da confiança e resolução de Moscou, e também foi um teste às capacidades do exército russo, que Putin tentou modernizar e reequipar durante seus dois mandatos presidenciais.
Os atritos entre a Geórgia e a Ossétia do Sul, que declarou sua independência de facto do país, vêm se estendendo há anos, mas se intensificaram quando Saakashvili assumiu o poder na Geórgia, fazendo da unificação nacional a peça central de sua política.
Saakashvili, aliado próximo dos EUA, busca a posição de país-membro da Otan para a Geórgia e é desprezado por Moscou, em parte devido à sua atuação como porta-voz de movimentos democráticos e seu alinhamento pró-Ocidente.
No início do ano, a Rússia anunciou que expandiria seu apoio às regiões separatistas. A Geórgia considerou o novo apoio como um ato de anexação.
O conflito da Geórgia também parece indicar os limites de poder do presidente Dmitri A. Medvedev, sucessor escolhido a dedo por Putin. Durante o dia, foram as declarações austeras de Putin na China, onde estava para a abertura dos Jogos Olímpicos, que definiram a posição da Rússia no conflito.
Mas Medvedev também deu uma declaração pública, não deixando claro quem estava no comando das operações militares da Rússia. Oficialmente, a autoridade pertence a Medvedev e não cabem a Putin questões de política externa - no entanto, ele representou a Rússia na China e falou da guerra.
"A guerra na Ossétia rapidamente entregou a idiotice de nossa administração estatal", disse Ekho Moskvy, comentarista da rádio liberal.
"Quem está no comando? - Putin ou Medvedev? Um está em Pequim e o outro de férias." A guerra entre a Geórgia e a Ossétia do Sul, até recentemente considerada um "conflito congelado", remonta ao início dos anos 1990, quando a Ossétia do Sul e outra região separatista, Abkhazia, ganharam independência de facto da Geórgia após o colapso da União Soviética.
A região se manteve em uma paz frágil, monitorada por forças de manutenção da paz russas, mas os conflitos com a Geórgia aumentaram drasticamente em 2004, quando Saakashvili foi eleito.
Notícias do conflito na sexta-feira divulgaram informações conflitantes, não deixando claro se o controle de Tskhinvali, capital da província rebelde, estava nas mãos da Geórgia ou da Rússia.
Também não ficou claro na noite de sexta-feira se o combate terrestre havia sido entre soldados russos e georgianos ou limitado a embates entre separatistas e forças georgianas.
Marat Kulakhmetov, comandante das forças de manutenção da paz russas em Tskhinvali, disse na manhã de sábado que os separatistas da Ossétia do Sul ainda têm controle de maior parte da cidade e que as forças georgianas estão presentes apenas nas fronteiras ao sul.
As recém-chegadas forças militares da Rússia não entraram na cidade, ele disse. O relato foi corroborado pela declaração de Irakli Alasania, embaixador da Geórgia na ONU, que afirmou que as unidades militares da Geórgia estavam presentes em oito cidades nos limites da capital.
Oficiais da Geórgia afirmaram que aviões de combate russos atacaram forças georgianas e civis em Tshkinvali e que aeroportos em quatro cidades do país, fora da área rebelde, haviam sido atingidos.
Schota Utiashvili, oficial do ministério do Interior georgiano, disse que os ataques envolveram a base militar de Vaziany próxima a Tblisi, a capital da Geórgia, uma base militar em Marneuli e aeroportos nas cidades de Delisi e Kutaisi. "Estamos sob ataque massivo," disse.
Tradução: Amy Traduções
The New York Times
Michael Schwirtz
Anne Barnard
C.J. Chivers
A Rússia conduziu ataques aéreos em alvos georgianos na noite de sexta-feira, intensificando o conflito na região separatista da Geórgia, que está se tornando um teste do poder e alcance militar de um Kremlin revitalizado.
No mesmo dia antes do ataque, tropas russas e veículos blindados entraram na Ossétia do Sul, em apoio à região separatista no feroz conflito com a Geórgia.
O Estados Unidos e outras nações ocidentais, reunidos pela Otan, condenaram a violência e exigiram o cessar-fogo. A secretária de Estado americana Condoleezza Rice foi além e pediu à Rússia que retirasse suas forças militares.
Mas os soldados russos permaneceram no local e oficiais da Geórgia relataram pelo menos um ataque aéreo no porto de Poti, no Mar Negro, no final da noite de sexta-feira.
Nenhum dos lados deu indícios de recuo. O primeiro-ministro russo Vladimir V. Putin declarou que a "guerra havia começado" e o presidente georgiano Mikheil Saakashvili acusou a Rússia de uma "invasão muito bem planejada" e mobilizou os reservistas militares do país.
Também houve sinais de uma campanha de guerra cibernética contra a Geórgia, com os web sites do governo saindo da rede inúmeras vezes durante o dia.
O incidente pode levar à retomada de um conflito prolongado na região do Cáucaso, um canal importante para o fluxo de petróleo entre o mar Cáspio e os mercados mundiais e uma área da fronteira russa com longo histórico de conflitos, sendo o da Chechênia o mais recente.
A incursão militar na Geórgia marcou um novo sinal da confiança e resolução de Moscou, e também foi um teste às capacidades do exército russo, que Putin tentou modernizar e reequipar durante seus dois mandatos presidenciais.
Os atritos entre a Geórgia e a Ossétia do Sul, que declarou sua independência de facto do país, vêm se estendendo há anos, mas se intensificaram quando Saakashvili assumiu o poder na Geórgia, fazendo da unificação nacional a peça central de sua política.
Saakashvili, aliado próximo dos EUA, busca a posição de país-membro da Otan para a Geórgia e é desprezado por Moscou, em parte devido à sua atuação como porta-voz de movimentos democráticos e seu alinhamento pró-Ocidente.
No início do ano, a Rússia anunciou que expandiria seu apoio às regiões separatistas. A Geórgia considerou o novo apoio como um ato de anexação.
O conflito da Geórgia também parece indicar os limites de poder do presidente Dmitri A. Medvedev, sucessor escolhido a dedo por Putin. Durante o dia, foram as declarações austeras de Putin na China, onde estava para a abertura dos Jogos Olímpicos, que definiram a posição da Rússia no conflito.
Mas Medvedev também deu uma declaração pública, não deixando claro quem estava no comando das operações militares da Rússia. Oficialmente, a autoridade pertence a Medvedev e não cabem a Putin questões de política externa - no entanto, ele representou a Rússia na China e falou da guerra.
"A guerra na Ossétia rapidamente entregou a idiotice de nossa administração estatal", disse Ekho Moskvy, comentarista da rádio liberal.
"Quem está no comando? - Putin ou Medvedev? Um está em Pequim e o outro de férias." A guerra entre a Geórgia e a Ossétia do Sul, até recentemente considerada um "conflito congelado", remonta ao início dos anos 1990, quando a Ossétia do Sul e outra região separatista, Abkhazia, ganharam independência de facto da Geórgia após o colapso da União Soviética.
A região se manteve em uma paz frágil, monitorada por forças de manutenção da paz russas, mas os conflitos com a Geórgia aumentaram drasticamente em 2004, quando Saakashvili foi eleito.
Notícias do conflito na sexta-feira divulgaram informações conflitantes, não deixando claro se o controle de Tskhinvali, capital da província rebelde, estava nas mãos da Geórgia ou da Rússia.
Também não ficou claro na noite de sexta-feira se o combate terrestre havia sido entre soldados russos e georgianos ou limitado a embates entre separatistas e forças georgianas.
Marat Kulakhmetov, comandante das forças de manutenção da paz russas em Tskhinvali, disse na manhã de sábado que os separatistas da Ossétia do Sul ainda têm controle de maior parte da cidade e que as forças georgianas estão presentes apenas nas fronteiras ao sul.
As recém-chegadas forças militares da Rússia não entraram na cidade, ele disse. O relato foi corroborado pela declaração de Irakli Alasania, embaixador da Geórgia na ONU, que afirmou que as unidades militares da Geórgia estavam presentes em oito cidades nos limites da capital.
Oficiais da Geórgia afirmaram que aviões de combate russos atacaram forças georgianas e civis em Tshkinvali e que aeroportos em quatro cidades do país, fora da área rebelde, haviam sido atingidos.
Schota Utiashvili, oficial do ministério do Interior georgiano, disse que os ataques envolveram a base militar de Vaziany próxima a Tblisi, a capital da Geórgia, uma base militar em Marneuli e aeroportos nas cidades de Delisi e Kutaisi. "Estamos sob ataque massivo," disse.
Tradução: Amy Traduções
The New York Times
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
- soultrain
- Sênior
- Mensagens: 12154
- Registrado em: Dom Jun 19, 2005 7:39 pm
- Localização: Almada- Portugal
Re: Georgia X Rússia
Esqueçam, por isso a Europa tratou o Kosovo com pinças e é chamada de cobarde até hoje. Não se mexe em ninhos de vespa com as mãos.
[[]]'s
[[]]'s
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
Re: Georgia X Rússia
09/08/2008 - 22h51
General russo é ferido na Ossétia do Sul
MOSCOU, 10 Ago 2008 (AFP) - O general russo Anatoli Krulev foi ferido neste sábado na Ossétia do Sul, alvo de uma ofensiva das tropas georgianas, informou o canal russo de informação Vesti.
O general Krulev, comandante do 58º Exército russo, enviado à Ossétia do Sul com outras unidades russas, ficou ferido levemente quando seu carro foi atingido por tiros, revelou o Vesti.
Dois jornalistas russos também ficaram feridos neste sábado na Ossétia do Sul, segundo o mesmo o canal de TV.
O correspondente Alexander Sladkov e o cinegrafista Leonid Lossev, ambos do Vesti, foram feridos a bala, depois que seu veículo foi alvo de disparos.
Os dois foram hospitalizados e operados em Vladikavkaz, capital da república russa da Ossétia do Norte, vizinha da Ossétia do Sul, acrescentou a Vesti.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2 ... 09806.jhtm
General russo é ferido na Ossétia do Sul
MOSCOU, 10 Ago 2008 (AFP) - O general russo Anatoli Krulev foi ferido neste sábado na Ossétia do Sul, alvo de uma ofensiva das tropas georgianas, informou o canal russo de informação Vesti.
O general Krulev, comandante do 58º Exército russo, enviado à Ossétia do Sul com outras unidades russas, ficou ferido levemente quando seu carro foi atingido por tiros, revelou o Vesti.
Dois jornalistas russos também ficaram feridos neste sábado na Ossétia do Sul, segundo o mesmo o canal de TV.
O correspondente Alexander Sladkov e o cinegrafista Leonid Lossev, ambos do Vesti, foram feridos a bala, depois que seu veículo foi alvo de disparos.
Os dois foram hospitalizados e operados em Vladikavkaz, capital da república russa da Ossétia do Norte, vizinha da Ossétia do Sul, acrescentou a Vesti.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2 ... 09806.jhtm
Re: Georgia X Rússia
El Ejército ruso bombardea el aeropuerto de Tiblisi, según las autoridades georgianas
Putin insta al Gobierno de Tiblisi a poner fin a "la agresión" sobre la región caucásica.- La ONU renuncia a pedir el alto en Osetia por falta de consenso
AGENCIAS - Tbilisi / Moscú / Nueva York - 10/08/2008
la situación entre Rusia y Georgia empeora según pasan las hora. Esta madrugada el Ejército ruso ha bombardeado el aeropuerto de Tiblisi, capital de Georgia, según han asegurado esta madrugada fuentes del Gobierno de Georgia. Shota Utiashvili, alto cargo del ministerio del Interior de Georgia, ha informado que "aviones rusos han lanzado esta noche tres bombas contra el aeropuerto de la capital".
Horas antes, el Consejo de Seguridad de la ONU había renunciado, en la tercera reunión que celebraba en menos de 48 horas, a la posibilidad de emitir un llamamiento conjunto al alto el fuego en la zona de conflicto por falta de consenso y ha alertado de la extensión del conflicto fuera de Osetia del Sur. "Lamentablemente, mi conclusión es que va a ser muy difícil, si no imposible, encontrar puntos de coincidencia suficientes para elaborar una declaración conjunta", explicó el presidente de turno del Consejo de Seguridad de la ONU, el embajador belga Jan Grauls, tras la reunión del Consejo.
Antes de la reunión, en la que las distantes posiciones rusas y georginas impiden el acurdo en el seno de la ONU, el primer ministro ruso, Vladimir Putin, en una intervención televisiva desde la vecina Osetia del Norte, instó a las "autoridades de Georgia a que parecen inmediatamente la agresión contra Osetia del Sur, que paren todas las violaciones de los acuerdos de cese al fuego y que respete los derechos legales y los intereses de otra gente" y ha asegurado que "desde el punto de vista legal, la acción de Rusia es totalmente legítima". El primer ministro ruso se ha desplazado a Osetia del Norte enclave vecino a la que se ha desplazado para tratar de primera mano el conflicto con Georgia, así como gestionar la huida de los refugiados surosetos que han abandonado la región. Para Putin, "la aspiración de Georgia para unirse a la OTAN está conducida por sus intentos de arrastrar a otras naciones y pueblos en sus sanguinarias aventuras".
La batalla por tomar el control de la ciudad más importante del enclave secesionista se intensificó durante la pasada madrugada con enfrentamientos que, según oficiales rusos, se ha cobrado la vida de más de 2.000 personas, tras los "cientos de muertos" que reconoció ayer el presidente de facto de Osetia del Sur, Eduard Kokoity. Desde Georgia se ha rechazado de pleno el balance de muertos ofrecido por rusos y separatistas osetos, y ha contraatacado asegurando que la cifra de muertos georgianos se eleva a los 150.
Horas antes, el presidente georgiano, Mijail Saakashvili, declaró el "estado de guerra" en el país después de confirmar que ha pedido al Parlamento, donde su partido cuenta con mayoría, que declare hoy mismo la ley marcial para "hacer frente a la agresión militar rusa" en su territorio. La aplicación urgente de una norma que suele aplicarse en situaciones de guerra o rebelión y que otorga facultades extraordinarias a las Fuerzas Armadas para el resguardo del orden público muestra que Tbilisi no se ha intimidado ante la ofensiva rusa. El mandatario georgiano tiene previsto hablar hoy con su homólogo estadounidense, George W. Bush, del que espera sacar un compromiso formal en el conflicto con Rusia así como ayuda para facilitar la vuelta de sus soldados desde Irak.
Rusia tampoco tiene previsto recular. Su presidente, Dimitri Medvédev, ha hablado por teléfono con su homólogo estadounidense, George W. Bush, al que ha comunicado en primera persona que la única salida a la crisis actual es la retirada de las fuerzas de Tbilisi. Medvédev había calificado la situación en la región prorrusa de "catástrofe humanitaria" ante los miles de civiles que están padeciendo la ofensiva georgiana. Según las autoridades rusas, Moscú ha iniciado una gran evacuación de unos 30.000 civiles en Tsjinvali. Medvédev ha justificado la acción de las tropas rusas en Osetia en la necesidad de "imponer la paz a la parte georgiana" y ha cargado contra Ucrania, otra república ex soviética como Georgia, a la que acusa de apoyar "el genocidio" de Osetia del Sur tras el envío de tropas para respaldar a Tbilisi.
Delegación diplomática rumbo a la zona
Una delegación de la Unión Europea (UE), la OSCE y EE UU viaja en estos momentos a Georgia para intentar mediar en un alto el fuego que ponga fin a los combates entre los Ejércitos ruso y georgiano en Osetia del Sur, dijo hoy el ministro británico de Defensa, Des Browne, en declaraciones a Sky News. Previamente se había informado de que funcionarios de la OTAN viajarían en esta delegación, extremo desmentido por la organización.
Por su parte, el ministro británico de Exteriores, David Miliband, está en conversaciones con sus colegas de Europa y Estados Unidos para analizar "cómo detener la propagación de la violencia, asegurar un alto el fuego e impulsar las negociaciones", ha indicado en un comunicado.
Francia, que ostenta este semestre la presidencia de la UE, ha anunciado esta tarde el envío "cuanto antes" de su ministro de Exteriores, Bernard Kouchner . En un comunicado emitido por el Elíseo, Francia llama al fin de las hostilidades y a la vuelta del statu quo anterior.
Fuentes europeas han confirmado que el representante de Exteriores de la Unión (UE), Javier Solana, ha intensificado el contacto con el presidente ucranio, Viktor Iouchtchenko, y el secretario general de Naciones Unidas (ONU), Ban Ki-moon, con el objetivo de mediar en el conflicto ruso-georgiano ante la escalada de violencia de los dos últimos días.
Abjazia ataca poblados georgianos
Después de la ofensiva de Tbilisi, la caja de Pandora se ha abierto en el Cáucaso. Las tropas de la también separatista Abjazia han decidido mover su ficha por cuenta propia y han lanzando una ofensiva para apoderarse del desfiladero de Kodori, habitado por georgianos y fiel al Gobierno de Georgia.
El presidente del régimen separatista abjazo, Serguéi Bagapsh, ha anunciado que los aviones que atacaron los poblados georgianos en el desfiladero pertenecen a su región. Según datos oficiales, hasta hace poco los separatistas abjazos solo disponían de unos cuantos aviones de entrenamiento de fabricación checa, armados con ametralladoras y bombas de fabricación casera. A lo largo de toda la guerra de secesión en Abjazia, de 1992 a 1995, las fuerzas abjazas, apoyadas por la aviación y unidades regulares rusas, no lograron vencer la resistencia de los montañeses de Kodori.
Rusia y Abjazia acusan a Georgia de desplegar tropas en el desfiladero que, según ellos, supone una violación de los acuerdos de desmilitarización de las zonas colindantes, alcanzado en 1995.
La escalada de tensión por Osetia del Sur
Osetia del Sur, que limita al norte con Osetia del Norte, república integrada en la Federación de Rusia, arrastra un conflicto separatista con Georgia desde la independencia de la república ex soviética en 1991. Sin embargo, fue a partir de 1995 cuando las disputas territoriales brotaron con más fuerza después de que las autoridades georgianas se enfrentasen con los separatistas locales.
El 19 de enero de 1992, la mayoría de los habitantes de Osetia del Sur votó a favor de su incorporación a Rusia, tras lo cual empezaron a recibir ayuda desde el Norte, de donde llegaron combatientes. Las autoridades surosetas convocaron un referéndum de independencia el 12 de noviembre de 2006. El 99% de la población local votó a favor de la independencia, aunque Tbilisi no reconoció la validez de la consulta popular. Casi el 90% de los surosetios tienen ciudadanía rusa.
Como Abjazia, es una región de gran interés para Rusia y Occidente, ya que por allí pasan importantes rutas de transporte energético. Formalmente pertenece a Georgia aunque de hecho es soberana. Los surosetios gozan de una independencia de facto (como los abjazos), pero no controlan su territorio. Los militares georgianos ocupan varias alturas que les permiten bombardear tanto Tsjinvali como otras localidades. Desde la independencia de Kosovo, Rusia ha mostrado su apoyo político y financiero y su relación especial con ambas regiones.
El cruce de acusaciones entre Tbilisi y Moscú ha sido una constante en el largo conflicto que arrastran ambos países. Georgia, amparada por Estados Unidos y la UE, acusa a Rusia de "incentivar el separatismo". El Kremlin, por su parte, culpa a Georgia por la escalada de tensión y por no poner fin a las disputas territoriales. La última crisis entre ambos países llegó con las acusaciones georgianas por el derribo de un avión espía por parte de Moscú.
http://www.elpais.com/articulo/internac ... uint_1/Tes
Putin insta al Gobierno de Tiblisi a poner fin a "la agresión" sobre la región caucásica.- La ONU renuncia a pedir el alto en Osetia por falta de consenso
AGENCIAS - Tbilisi / Moscú / Nueva York - 10/08/2008
la situación entre Rusia y Georgia empeora según pasan las hora. Esta madrugada el Ejército ruso ha bombardeado el aeropuerto de Tiblisi, capital de Georgia, según han asegurado esta madrugada fuentes del Gobierno de Georgia. Shota Utiashvili, alto cargo del ministerio del Interior de Georgia, ha informado que "aviones rusos han lanzado esta noche tres bombas contra el aeropuerto de la capital".
Horas antes, el Consejo de Seguridad de la ONU había renunciado, en la tercera reunión que celebraba en menos de 48 horas, a la posibilidad de emitir un llamamiento conjunto al alto el fuego en la zona de conflicto por falta de consenso y ha alertado de la extensión del conflicto fuera de Osetia del Sur. "Lamentablemente, mi conclusión es que va a ser muy difícil, si no imposible, encontrar puntos de coincidencia suficientes para elaborar una declaración conjunta", explicó el presidente de turno del Consejo de Seguridad de la ONU, el embajador belga Jan Grauls, tras la reunión del Consejo.
Antes de la reunión, en la que las distantes posiciones rusas y georginas impiden el acurdo en el seno de la ONU, el primer ministro ruso, Vladimir Putin, en una intervención televisiva desde la vecina Osetia del Norte, instó a las "autoridades de Georgia a que parecen inmediatamente la agresión contra Osetia del Sur, que paren todas las violaciones de los acuerdos de cese al fuego y que respete los derechos legales y los intereses de otra gente" y ha asegurado que "desde el punto de vista legal, la acción de Rusia es totalmente legítima". El primer ministro ruso se ha desplazado a Osetia del Norte enclave vecino a la que se ha desplazado para tratar de primera mano el conflicto con Georgia, así como gestionar la huida de los refugiados surosetos que han abandonado la región. Para Putin, "la aspiración de Georgia para unirse a la OTAN está conducida por sus intentos de arrastrar a otras naciones y pueblos en sus sanguinarias aventuras".
La batalla por tomar el control de la ciudad más importante del enclave secesionista se intensificó durante la pasada madrugada con enfrentamientos que, según oficiales rusos, se ha cobrado la vida de más de 2.000 personas, tras los "cientos de muertos" que reconoció ayer el presidente de facto de Osetia del Sur, Eduard Kokoity. Desde Georgia se ha rechazado de pleno el balance de muertos ofrecido por rusos y separatistas osetos, y ha contraatacado asegurando que la cifra de muertos georgianos se eleva a los 150.
Horas antes, el presidente georgiano, Mijail Saakashvili, declaró el "estado de guerra" en el país después de confirmar que ha pedido al Parlamento, donde su partido cuenta con mayoría, que declare hoy mismo la ley marcial para "hacer frente a la agresión militar rusa" en su territorio. La aplicación urgente de una norma que suele aplicarse en situaciones de guerra o rebelión y que otorga facultades extraordinarias a las Fuerzas Armadas para el resguardo del orden público muestra que Tbilisi no se ha intimidado ante la ofensiva rusa. El mandatario georgiano tiene previsto hablar hoy con su homólogo estadounidense, George W. Bush, del que espera sacar un compromiso formal en el conflicto con Rusia así como ayuda para facilitar la vuelta de sus soldados desde Irak.
Rusia tampoco tiene previsto recular. Su presidente, Dimitri Medvédev, ha hablado por teléfono con su homólogo estadounidense, George W. Bush, al que ha comunicado en primera persona que la única salida a la crisis actual es la retirada de las fuerzas de Tbilisi. Medvédev había calificado la situación en la región prorrusa de "catástrofe humanitaria" ante los miles de civiles que están padeciendo la ofensiva georgiana. Según las autoridades rusas, Moscú ha iniciado una gran evacuación de unos 30.000 civiles en Tsjinvali. Medvédev ha justificado la acción de las tropas rusas en Osetia en la necesidad de "imponer la paz a la parte georgiana" y ha cargado contra Ucrania, otra república ex soviética como Georgia, a la que acusa de apoyar "el genocidio" de Osetia del Sur tras el envío de tropas para respaldar a Tbilisi.
Delegación diplomática rumbo a la zona
Una delegación de la Unión Europea (UE), la OSCE y EE UU viaja en estos momentos a Georgia para intentar mediar en un alto el fuego que ponga fin a los combates entre los Ejércitos ruso y georgiano en Osetia del Sur, dijo hoy el ministro británico de Defensa, Des Browne, en declaraciones a Sky News. Previamente se había informado de que funcionarios de la OTAN viajarían en esta delegación, extremo desmentido por la organización.
Por su parte, el ministro británico de Exteriores, David Miliband, está en conversaciones con sus colegas de Europa y Estados Unidos para analizar "cómo detener la propagación de la violencia, asegurar un alto el fuego e impulsar las negociaciones", ha indicado en un comunicado.
Francia, que ostenta este semestre la presidencia de la UE, ha anunciado esta tarde el envío "cuanto antes" de su ministro de Exteriores, Bernard Kouchner . En un comunicado emitido por el Elíseo, Francia llama al fin de las hostilidades y a la vuelta del statu quo anterior.
Fuentes europeas han confirmado que el representante de Exteriores de la Unión (UE), Javier Solana, ha intensificado el contacto con el presidente ucranio, Viktor Iouchtchenko, y el secretario general de Naciones Unidas (ONU), Ban Ki-moon, con el objetivo de mediar en el conflicto ruso-georgiano ante la escalada de violencia de los dos últimos días.
Abjazia ataca poblados georgianos
Después de la ofensiva de Tbilisi, la caja de Pandora se ha abierto en el Cáucaso. Las tropas de la también separatista Abjazia han decidido mover su ficha por cuenta propia y han lanzando una ofensiva para apoderarse del desfiladero de Kodori, habitado por georgianos y fiel al Gobierno de Georgia.
El presidente del régimen separatista abjazo, Serguéi Bagapsh, ha anunciado que los aviones que atacaron los poblados georgianos en el desfiladero pertenecen a su región. Según datos oficiales, hasta hace poco los separatistas abjazos solo disponían de unos cuantos aviones de entrenamiento de fabricación checa, armados con ametralladoras y bombas de fabricación casera. A lo largo de toda la guerra de secesión en Abjazia, de 1992 a 1995, las fuerzas abjazas, apoyadas por la aviación y unidades regulares rusas, no lograron vencer la resistencia de los montañeses de Kodori.
Rusia y Abjazia acusan a Georgia de desplegar tropas en el desfiladero que, según ellos, supone una violación de los acuerdos de desmilitarización de las zonas colindantes, alcanzado en 1995.
La escalada de tensión por Osetia del Sur
Osetia del Sur, que limita al norte con Osetia del Norte, república integrada en la Federación de Rusia, arrastra un conflicto separatista con Georgia desde la independencia de la república ex soviética en 1991. Sin embargo, fue a partir de 1995 cuando las disputas territoriales brotaron con más fuerza después de que las autoridades georgianas se enfrentasen con los separatistas locales.
El 19 de enero de 1992, la mayoría de los habitantes de Osetia del Sur votó a favor de su incorporación a Rusia, tras lo cual empezaron a recibir ayuda desde el Norte, de donde llegaron combatientes. Las autoridades surosetas convocaron un referéndum de independencia el 12 de noviembre de 2006. El 99% de la población local votó a favor de la independencia, aunque Tbilisi no reconoció la validez de la consulta popular. Casi el 90% de los surosetios tienen ciudadanía rusa.
Como Abjazia, es una región de gran interés para Rusia y Occidente, ya que por allí pasan importantes rutas de transporte energético. Formalmente pertenece a Georgia aunque de hecho es soberana. Los surosetios gozan de una independencia de facto (como los abjazos), pero no controlan su territorio. Los militares georgianos ocupan varias alturas que les permiten bombardear tanto Tsjinvali como otras localidades. Desde la independencia de Kosovo, Rusia ha mostrado su apoyo político y financiero y su relación especial con ambas regiones.
El cruce de acusaciones entre Tbilisi y Moscú ha sido una constante en el largo conflicto que arrastran ambos países. Georgia, amparada por Estados Unidos y la UE, acusa a Rusia de "incentivar el separatismo". El Kremlin, por su parte, culpa a Georgia por la escalada de tensión y por no poner fin a las disputas territoriales. La última crisis entre ambos países llegó con las acusaciones georgianas por el derribo de un avión espía por parte de Moscú.
http://www.elpais.com/articulo/internac ... uint_1/Tes
Re: Georgia X Rússia
Estado de guerra en Georgia
Fuentes oficiales rusas informan de al menos 2.000 civiles muertos en los enfrentamientos en Tsjinvali | Rusia entra en Osetia del sur para implantar allí un "régimen de ocupación militar" | El Parlamento georgiano impone la ley marcial
09/08/2008| Actualizada a las 16:17h
Tiflis. (Agencias).- El Parlamento de Georgia aprobó hoy el decreto del presidente del país, Mijaíl Saakashvili, que impone la ley marcial en todo el territorio del país por 15 días a partir de hoy.
Tras la votación, el presidente del Legislativo, David Bakradze, destacó que el decreto "no afecta a los principales derechos de los ciudadanos" y "el país mantiene el ritmo de vida normal". Al anunciar la ley marcial, Saakashvili explicó que su imposición no está relacionada con la situación en Osetia del Sur, sino con la agresión rusa, cuyo objetivo es desatar el "pánico" entre la sociedad georgiana.
Un comunicado difundido por la cancillería georgiana acusa a Rusia de lanzar una "agresión militar de gran escala contra un estado soberano". "La aviación rusa bombardea blancos militares y civiles en todo el territorio de Georgia. En aguas de Abjasia (otra región separatista) entraron buques de la armada rusa", dice el documento. Mientras, unidades del Ejército 52 de las Fuerzas Armadas de Rusia entraron en Osetia del sur para implantar allí un "régimen de ocupación militar".
"Hoy Georgia esta de facto en guerra con Rusia", dice el documento, y asegura que "el Estado georgiano emprende todas las medidas para preservar la independencia y garantizar la seguridad de sus ciudadanos".
Por su parte, el embajador ruso en Georgia, Vyacheslav Kovalenko, ha estimado que al menos 2.000 civiles podrían haber muerto a consecuencia de los enfrentamientos entre tropas rusas y fuerzas georgianas en la capital de la región separatista de Osetia del Sur, Tsjinvali.
Explosión del polvorín del Cáucaso
El barril de pólvora que yacía hace tiempo en el Cáucaso estalló tras largas tensiones en la conflictiva región de Osetia del Sur. Precisamente en el mismo día en que se inauguraron los Juegos Olímpicos en Pekín, la gente de Tsjinvali, capital oseta, debió huir a sus sótanos ante los ataques perpetrados con tanques y misiles.
Mientras los ojos del mundo estaban puestos en el evento deportivo celebrado en China, en la región montañosa se desató un derramamiento de sangre que, según el presidente de la región oseta separatista, Eduard Kokoity, dejó más de mil muertos.
El presidente de la propia Georgia, Mijail Saakashvili, quien cuenta con el respaldo de Estados Unidos, movilizó sus tropas a Osetia del Sur porque la región pretende buscar refugio en los brazos de Rusia.
Tras el bombardeo con granadas, misiles y morteros, Tsjinvali en pocas horas pasó a ser escombros y cenizas, según declararon testigos. La televisión estatal rusa emitió durante todo el día imágenes del fuego que se estaba produciendo, mientras los aullidos de las sirenas y el estruendo del avance hacían que la gente en los sótanos se estremeciera.
Kokoity, no reconocido internacionalmente como presidente de la región separatista, afirmó que este era el "tercer genocidio perpetrado por Georgia contra el pueblo oseto".
Muy por el contrario, Saakashvili, quien pretende que su país ingrese en la Unión Europea y en la Organización del Tratado del Atlántico Norte (OTAN), elogió el comienzo de la liberación de Osetia del Sur. Como imagen de fondo de las declaraciones podía verse la bandera de la UE.
El único héroe de la Revolución de las Rosas de 2003, que por aquel entonces alejó del cargo al antiguo ministro de Relaciones Exteriores soviético Eduard Shevardnadze, volvió a estremecer hoy a los espectadores occidentales con su accionar.
La imagen del jurista inteligente formado en Estados Unidos ya se había resquebrajado en noviembre del año pasado, cuando Saakashvili ordenó como jefe de Estado que las fuerzas policiales reprimieran violentamente una manifestación masiva que se realizaba en contra de su política.
En ese entonces, Georgia, sumida en una gran pobreza, se declaró en estado de excepción. Las elecciones presidenciales adelantadas llevaron a Saakashvili al mando haciendo uso de métodos fraudulentos, según afirman analistas internacionales.
Pero hay algo que sus opositores y sus seguidores siempre tuvieron en común: la pregunta por la unidad nacional del país. Ningún georgiano quiere entregar voluntariamente ni a Osetia del Sur ni a la región secesionista de Abjazia.
Los especialistas temen que si Tbilisi renuncia voluntariamente a dichas regiones se pueda producir una desintegración del país multiétnico, ya que también existen otras provincias que aspiran a declarar su independencia.
El presidente ruso, Dmitri Medvedev, les aseguró a "los pueblos del Cáucaso" que Moscú les brindaría su protección. No pocos observadores consideraban que el comienzo de una guerra, previsible desde hace días, sería la primera prueba de fuego del flamante mandatario ruso.
En un primer momento, su antecesor, Vladimir Putin, dio indicaciones en calidad de primer ministro desde Pekín de cómo manejar la crisis. Y hoy no hubo tiempo para que ambos líderes debatieran quién debería asumir la responsabilidad en el caso.
Medvedev, quien según lo establecido por la Constitución es responsable de la política exterior, aseguró resueltamente tras un largo período de espera que los ataques a "los compatriotas rusos" en Osetia del Sur no quedarían impunes.
Durante los últimos años, Moscú había suministrado pasaportes a casi el 90 por ciento de los osetas del sur y, a pesar de los reclamos elevados por Georgia, también brindó respaldo económico a la región.
Ante semejantes intentos de "anexión", Saakashvili amenazó con recuperar a los "separatistas" por la fuerza, en caso necesario. A menudo puede oírse la acusación de que Saakashvili prefiere, con ayuda de Washington, invertir millones de euros en equipar su Ejército a ocuparse de las regiones secesionistas. Tras la caída de la Unión Soviética, el sur del Cáucaso pasó a ser una zona que iba y venía entre Rusia y Estados Unidos. Ambas partes están interesadas en asegurarse vías de transporte que son utilizadas para envíos de petróleo y de gas.
Los especialistas opinan que Estados Unidos tiene un interés estratégico en Georgia, que serviría como base en caso de ataque: Irán se encuentra a tan sólo cientos de kilómetros del país.
En varias ocasiones, Washington se pronunció a favor de que las tropas de paz rusas estacionadas en Osetia del Sur, que estaban siendo toleradas por las Naciones Unidas, fueran reemplazadas por tropas de la Unión Europea o de la OTAN. Rusia, por su parte, solicitó hoy el apoyo de los países occidentales para su reacción militar ante los ataques georgianos.
En el Cáucaso también se encuentra la ciudad rusa de Sochi, ubicada a orillas del Mar Negro. Allí es donde Moscú pretende celebrar los Juegos Olímpicos de Invierno de 2014. Es mucho lo que está en juego.
http://www.lavanguardia.es/lv24h/200808 ... 46220.html
Fuentes oficiales rusas informan de al menos 2.000 civiles muertos en los enfrentamientos en Tsjinvali | Rusia entra en Osetia del sur para implantar allí un "régimen de ocupación militar" | El Parlamento georgiano impone la ley marcial
09/08/2008| Actualizada a las 16:17h
Tiflis. (Agencias).- El Parlamento de Georgia aprobó hoy el decreto del presidente del país, Mijaíl Saakashvili, que impone la ley marcial en todo el territorio del país por 15 días a partir de hoy.
Tras la votación, el presidente del Legislativo, David Bakradze, destacó que el decreto "no afecta a los principales derechos de los ciudadanos" y "el país mantiene el ritmo de vida normal". Al anunciar la ley marcial, Saakashvili explicó que su imposición no está relacionada con la situación en Osetia del Sur, sino con la agresión rusa, cuyo objetivo es desatar el "pánico" entre la sociedad georgiana.
Un comunicado difundido por la cancillería georgiana acusa a Rusia de lanzar una "agresión militar de gran escala contra un estado soberano". "La aviación rusa bombardea blancos militares y civiles en todo el territorio de Georgia. En aguas de Abjasia (otra región separatista) entraron buques de la armada rusa", dice el documento. Mientras, unidades del Ejército 52 de las Fuerzas Armadas de Rusia entraron en Osetia del sur para implantar allí un "régimen de ocupación militar".
"Hoy Georgia esta de facto en guerra con Rusia", dice el documento, y asegura que "el Estado georgiano emprende todas las medidas para preservar la independencia y garantizar la seguridad de sus ciudadanos".
Por su parte, el embajador ruso en Georgia, Vyacheslav Kovalenko, ha estimado que al menos 2.000 civiles podrían haber muerto a consecuencia de los enfrentamientos entre tropas rusas y fuerzas georgianas en la capital de la región separatista de Osetia del Sur, Tsjinvali.
Explosión del polvorín del Cáucaso
El barril de pólvora que yacía hace tiempo en el Cáucaso estalló tras largas tensiones en la conflictiva región de Osetia del Sur. Precisamente en el mismo día en que se inauguraron los Juegos Olímpicos en Pekín, la gente de Tsjinvali, capital oseta, debió huir a sus sótanos ante los ataques perpetrados con tanques y misiles.
Mientras los ojos del mundo estaban puestos en el evento deportivo celebrado en China, en la región montañosa se desató un derramamiento de sangre que, según el presidente de la región oseta separatista, Eduard Kokoity, dejó más de mil muertos.
El presidente de la propia Georgia, Mijail Saakashvili, quien cuenta con el respaldo de Estados Unidos, movilizó sus tropas a Osetia del Sur porque la región pretende buscar refugio en los brazos de Rusia.
Tras el bombardeo con granadas, misiles y morteros, Tsjinvali en pocas horas pasó a ser escombros y cenizas, según declararon testigos. La televisión estatal rusa emitió durante todo el día imágenes del fuego que se estaba produciendo, mientras los aullidos de las sirenas y el estruendo del avance hacían que la gente en los sótanos se estremeciera.
Kokoity, no reconocido internacionalmente como presidente de la región separatista, afirmó que este era el "tercer genocidio perpetrado por Georgia contra el pueblo oseto".
Muy por el contrario, Saakashvili, quien pretende que su país ingrese en la Unión Europea y en la Organización del Tratado del Atlántico Norte (OTAN), elogió el comienzo de la liberación de Osetia del Sur. Como imagen de fondo de las declaraciones podía verse la bandera de la UE.
El único héroe de la Revolución de las Rosas de 2003, que por aquel entonces alejó del cargo al antiguo ministro de Relaciones Exteriores soviético Eduard Shevardnadze, volvió a estremecer hoy a los espectadores occidentales con su accionar.
La imagen del jurista inteligente formado en Estados Unidos ya se había resquebrajado en noviembre del año pasado, cuando Saakashvili ordenó como jefe de Estado que las fuerzas policiales reprimieran violentamente una manifestación masiva que se realizaba en contra de su política.
En ese entonces, Georgia, sumida en una gran pobreza, se declaró en estado de excepción. Las elecciones presidenciales adelantadas llevaron a Saakashvili al mando haciendo uso de métodos fraudulentos, según afirman analistas internacionales.
Pero hay algo que sus opositores y sus seguidores siempre tuvieron en común: la pregunta por la unidad nacional del país. Ningún georgiano quiere entregar voluntariamente ni a Osetia del Sur ni a la región secesionista de Abjazia.
Los especialistas temen que si Tbilisi renuncia voluntariamente a dichas regiones se pueda producir una desintegración del país multiétnico, ya que también existen otras provincias que aspiran a declarar su independencia.
El presidente ruso, Dmitri Medvedev, les aseguró a "los pueblos del Cáucaso" que Moscú les brindaría su protección. No pocos observadores consideraban que el comienzo de una guerra, previsible desde hace días, sería la primera prueba de fuego del flamante mandatario ruso.
En un primer momento, su antecesor, Vladimir Putin, dio indicaciones en calidad de primer ministro desde Pekín de cómo manejar la crisis. Y hoy no hubo tiempo para que ambos líderes debatieran quién debería asumir la responsabilidad en el caso.
Medvedev, quien según lo establecido por la Constitución es responsable de la política exterior, aseguró resueltamente tras un largo período de espera que los ataques a "los compatriotas rusos" en Osetia del Sur no quedarían impunes.
Durante los últimos años, Moscú había suministrado pasaportes a casi el 90 por ciento de los osetas del sur y, a pesar de los reclamos elevados por Georgia, también brindó respaldo económico a la región.
Ante semejantes intentos de "anexión", Saakashvili amenazó con recuperar a los "separatistas" por la fuerza, en caso necesario. A menudo puede oírse la acusación de que Saakashvili prefiere, con ayuda de Washington, invertir millones de euros en equipar su Ejército a ocuparse de las regiones secesionistas. Tras la caída de la Unión Soviética, el sur del Cáucaso pasó a ser una zona que iba y venía entre Rusia y Estados Unidos. Ambas partes están interesadas en asegurarse vías de transporte que son utilizadas para envíos de petróleo y de gas.
Los especialistas opinan que Estados Unidos tiene un interés estratégico en Georgia, que serviría como base en caso de ataque: Irán se encuentra a tan sólo cientos de kilómetros del país.
En varias ocasiones, Washington se pronunció a favor de que las tropas de paz rusas estacionadas en Osetia del Sur, que estaban siendo toleradas por las Naciones Unidas, fueran reemplazadas por tropas de la Unión Europea o de la OTAN. Rusia, por su parte, solicitó hoy el apoyo de los países occidentales para su reacción militar ante los ataques georgianos.
En el Cáucaso también se encuentra la ciudad rusa de Sochi, ubicada a orillas del Mar Negro. Allí es donde Moscú pretende celebrar los Juegos Olímpicos de Invierno de 2014. Es mucho lo que está en juego.
http://www.lavanguardia.es/lv24h/200808 ... 46220.html