Re: MST: ORGANIZAÇÃO CLANDESTINA, CRIMINOSA E CORRUPTA!!!
Enviado: Sáb Abr 23, 2011 7:12 pm
MST e Código Florestal.
Ruy Fabiano - 22.04.11.
O calendário político brasileiro já incorporou, há mais de uma década, uma efeméride que, não obstante sua ilegalidade, é celebrada como se não o fosse. Intitula-se abril vermelho.
Consiste em ações simultâneas e coordenadas de invasões de terras e prédios públicos, sob o comando do MST, marca de fantasia, que inexiste como pessoa jurídica e é pilotada por ONGs, sustentadas por dinheiro público e de instituições internacionais.
Sendo uma abstração jurídica, não há como enquadrá-lo, ainda que seus atos ocorram no plano da realidade. As invasões são anunciadas com antecedência e saudadas por grupos políticos radicais, a maioria vinculada ao PT. Mesmo promovendo ilegalidades, que frequentemente resultam em violência, as ONGs do MST recebem dinheiro público, outra transgressão que também passa batida.
As invasões fazem parte da Jornada de Lutas pela Reforma Agrária, em memória dos 19 sem-terra mortos em confronto com a Polícia Militar do Pará em 17 de abril de 1996, em Eldorado de Carajás. Esse dia foi oficialmente declarado, no governo FHC, como dia nacional da reforma agrária, o que fez com que todo o mês acabasse abrangido por ações ostensivas pela causa.
Desde o início deste abril, mais de 70 propriedades em 17 estados foram ocupadas, mobilizando um exército de 17 mil invasores. Treze sedes do Incra foram ocupadas, estradas foram fechadas, numa estratégia que, até aqui, tem servido menos à causa da reforma que a seus promotores.
Quem o diz é o deputado comunista Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ao comentar a conduta do líder máximo do MST, João Pedro Stédile: Stédile abandonou os assentados. Vive de financiamento externo e não representa os agricultores, que vivem multados e abandonados nos assentamentos, enquanto ele (Stédile) passeia pela Europa.
De fato, não há um projeto de assentamento que os torne produtivos. A maioria dos assentados subsiste em péssimas condições, mantidos com cestas básicas providas pelo agronegócio, ironicamente eleito como vilão dos problemas do campo.
Outra ironia envolve a reforma do Código Florestal, em exame no Congresso, cujo relatório, de autoria do mesmo Aldo Rebelo, garante a ocupação produtiva de áreas que a lei em vigor quer desapropriar, em nome da criação de uma reserva ambiental legal.
Se isso ocorrer e assim será se se mantiver o atual Código -, cerca de 90% (isso mesmo!) dos produtores rurais brasileiros, a maioria médios e pequenos, estarão na ilegalidade. Há alguma coisa de errada numa lei que coloca a quase totalidade do universo a que se destina na ilegalidade. Ou são todos delinquentes ou a lei o é.
A produção de alimentos, que garante hoje milhares de empregos na área rural e sucessivos superávits na balança comercial, irá decair, tornando-os mais caros e raros. E o país, que se tornou, nas quatro últimas décadas, um dos maiores exportadores de alimentos do mundo, voltará a importá-los. Por aí, vê-se que lógica e política nem sempre andam de mãos dadas.
O mais lógico é que os defensores da reforma agrária defendessem a reforma do Código, já que precisam de terras para ocupar e produzir. O Código vigente manda reflorestar terras que há décadas, algumas mesmo há séculos, servem à produção.
Nenhum país do mundo fez nada semelhante. O Brasil possui a maior reserva legal do planeta. Mais da metade de seu território 56% -, mantém a vegetação original, como Cabral a encontrou em 1500. Na Europa, é pouco mais de 1%; idem nos Estados Unidos.
O Código Florestal vigente é de 1965, concebido num contexto em que o país tinha menos da metade da atual população e importava alimentos. As atualizações mais de 60 emendas foram feitas por decretos e medidas provisórias, sem a participação do Congresso, sob pressão de lobbies ambientais multinacionais, como o Greenpeace, vinculados a empresas que disputam com o Brasil o mercado mundial de alimentos.
O que Aldo Rebelo propõe é a manutenção da área produtiva e a restrição a futuros desmatamentos, o que já impõe o desafio de aumentar a produção de alimentos sem aumentar a área de plantio. O raciocínio de seus opositores, levado ao extremo, imporia o reflorestamento de nossas metrópoles, que, no passado, afinal, eram área de mata virgem, assim como Manhattan, Londres ou Paris.
Os 56% de vegetação original que o Brasil ostenta, com todas as ações predadoras do passado, já o tornam a reserva legal do planeta. Nele cabe toda a Europa Ocidental, que inventou o termo, mas jamais o aplicou.
Reforma agrária e redução de terras produtivas são causas opostas, mas que, na ótica do MST, convergem estranhamente como se não o fossem. Política e lógica nem sempre andam juntas.
Ruy Fabiano - 22.04.11.
O calendário político brasileiro já incorporou, há mais de uma década, uma efeméride que, não obstante sua ilegalidade, é celebrada como se não o fosse. Intitula-se abril vermelho.
Consiste em ações simultâneas e coordenadas de invasões de terras e prédios públicos, sob o comando do MST, marca de fantasia, que inexiste como pessoa jurídica e é pilotada por ONGs, sustentadas por dinheiro público e de instituições internacionais.
Sendo uma abstração jurídica, não há como enquadrá-lo, ainda que seus atos ocorram no plano da realidade. As invasões são anunciadas com antecedência e saudadas por grupos políticos radicais, a maioria vinculada ao PT. Mesmo promovendo ilegalidades, que frequentemente resultam em violência, as ONGs do MST recebem dinheiro público, outra transgressão que também passa batida.
As invasões fazem parte da Jornada de Lutas pela Reforma Agrária, em memória dos 19 sem-terra mortos em confronto com a Polícia Militar do Pará em 17 de abril de 1996, em Eldorado de Carajás. Esse dia foi oficialmente declarado, no governo FHC, como dia nacional da reforma agrária, o que fez com que todo o mês acabasse abrangido por ações ostensivas pela causa.
Desde o início deste abril, mais de 70 propriedades em 17 estados foram ocupadas, mobilizando um exército de 17 mil invasores. Treze sedes do Incra foram ocupadas, estradas foram fechadas, numa estratégia que, até aqui, tem servido menos à causa da reforma que a seus promotores.
Quem o diz é o deputado comunista Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ao comentar a conduta do líder máximo do MST, João Pedro Stédile: Stédile abandonou os assentados. Vive de financiamento externo e não representa os agricultores, que vivem multados e abandonados nos assentamentos, enquanto ele (Stédile) passeia pela Europa.
De fato, não há um projeto de assentamento que os torne produtivos. A maioria dos assentados subsiste em péssimas condições, mantidos com cestas básicas providas pelo agronegócio, ironicamente eleito como vilão dos problemas do campo.
Outra ironia envolve a reforma do Código Florestal, em exame no Congresso, cujo relatório, de autoria do mesmo Aldo Rebelo, garante a ocupação produtiva de áreas que a lei em vigor quer desapropriar, em nome da criação de uma reserva ambiental legal.
Se isso ocorrer e assim será se se mantiver o atual Código -, cerca de 90% (isso mesmo!) dos produtores rurais brasileiros, a maioria médios e pequenos, estarão na ilegalidade. Há alguma coisa de errada numa lei que coloca a quase totalidade do universo a que se destina na ilegalidade. Ou são todos delinquentes ou a lei o é.
A produção de alimentos, que garante hoje milhares de empregos na área rural e sucessivos superávits na balança comercial, irá decair, tornando-os mais caros e raros. E o país, que se tornou, nas quatro últimas décadas, um dos maiores exportadores de alimentos do mundo, voltará a importá-los. Por aí, vê-se que lógica e política nem sempre andam de mãos dadas.
O mais lógico é que os defensores da reforma agrária defendessem a reforma do Código, já que precisam de terras para ocupar e produzir. O Código vigente manda reflorestar terras que há décadas, algumas mesmo há séculos, servem à produção.
Nenhum país do mundo fez nada semelhante. O Brasil possui a maior reserva legal do planeta. Mais da metade de seu território 56% -, mantém a vegetação original, como Cabral a encontrou em 1500. Na Europa, é pouco mais de 1%; idem nos Estados Unidos.
O Código Florestal vigente é de 1965, concebido num contexto em que o país tinha menos da metade da atual população e importava alimentos. As atualizações mais de 60 emendas foram feitas por decretos e medidas provisórias, sem a participação do Congresso, sob pressão de lobbies ambientais multinacionais, como o Greenpeace, vinculados a empresas que disputam com o Brasil o mercado mundial de alimentos.
O que Aldo Rebelo propõe é a manutenção da área produtiva e a restrição a futuros desmatamentos, o que já impõe o desafio de aumentar a produção de alimentos sem aumentar a área de plantio. O raciocínio de seus opositores, levado ao extremo, imporia o reflorestamento de nossas metrópoles, que, no passado, afinal, eram área de mata virgem, assim como Manhattan, Londres ou Paris.
Os 56% de vegetação original que o Brasil ostenta, com todas as ações predadoras do passado, já o tornam a reserva legal do planeta. Nele cabe toda a Europa Ocidental, que inventou o termo, mas jamais o aplicou.
Reforma agrária e redução de terras produtivas são causas opostas, mas que, na ótica do MST, convergem estranhamente como se não o fossem. Política e lógica nem sempre andam juntas.