Noticias de Portugal
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- Rui Elias Maltez
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Re: Noticias de Portugal
Agora com o chamado Programa "Simplex" é tudo na hora.
A ideia em si é positiva, por desburocratizar muita coisa que já até estava ultrapassada pelos novos tempos, mas isso do "divórcio na hora" não é bem assim.
O que acontece é que agora o processo fica mais facilitado e mais rápido, por ultrapassar muitos passos que eram dados antes e que nem faziam muito sentido, mesmo que uma das partes não o deseje.
Ou seja, se antes uma das partes não o desejasse, podia-se ficar 3 anos à espera, em que o juíz depois de tentativas de reconciliação e não resultando, e de litigância nos tribunais. Se fossse de mútuo acordo era mais rápido, mas ainda asim, demorava por causa das partilhas de bens, custódia dos filhos, etc.
Mas o Governo português trouxe outras inovações como a "Empresa na Hora" em que num único local se pode constituir uma empresa, ou "casa na hora" onde também tudo fica mais simples para comprar casa.
O problema é ter dinheiro para a comprar, e para isso temos agora o "desemprego na hora", e o "recibo verde na hora", ou ainda o "trabalho precário na hora"
A ideia em si é positiva, por desburocratizar muita coisa que já até estava ultrapassada pelos novos tempos, mas isso do "divórcio na hora" não é bem assim.
O que acontece é que agora o processo fica mais facilitado e mais rápido, por ultrapassar muitos passos que eram dados antes e que nem faziam muito sentido, mesmo que uma das partes não o deseje.
Ou seja, se antes uma das partes não o desejasse, podia-se ficar 3 anos à espera, em que o juíz depois de tentativas de reconciliação e não resultando, e de litigância nos tribunais. Se fossse de mútuo acordo era mais rápido, mas ainda asim, demorava por causa das partilhas de bens, custódia dos filhos, etc.
Mas o Governo português trouxe outras inovações como a "Empresa na Hora" em que num único local se pode constituir uma empresa, ou "casa na hora" onde também tudo fica mais simples para comprar casa.
O problema é ter dinheiro para a comprar, e para isso temos agora o "desemprego na hora", e o "recibo verde na hora", ou ainda o "trabalho precário na hora"
Editado pela última vez por Rui Elias Maltez em Sex Out 17, 2008 5:03 am, em um total de 1 vez.
- Rui Elias Maltez
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Re: Noticias de Portugal
_______________________Metade dos portugueses já passaram por situação de pobreza
Crise financeira atinge pessoas que, até agora, estavam imunes à privação
MARIA CLÁUDIA MONTEIRO / http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/
Uma elevada parte da população portuguesa é vulnerável à pobreza
Quase dois milhões de portugueses vivem em risco de pobreza. Desemprego, velhice, doença e os baixos salários são as principais causas que ditam o infortúnio de quem tem apenas 366 euros, ou menos, para sobreviver.
Aos factores endémicos, junta-se, agora, a voragem impiedosa de uma crise financeira internacional que, nos últimos meses, já começou a fazer vítimas: os "novos pobres". Pessoas com um ordenado fixo, mas cujo rendimento não chega para satisfazer as necessidades do agregado familiar.
O fenómeno atinge cada vez mais pessoas que tradicionalmente estavam fora das bolsas de pobreza. "A partir dos anos 90, começou a surgir a nova pobreza urbana", explicou José Lúcio, docente do mestrado em Gestão do Território, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. "Pessoas tradicionalmente não pobres, que devido a alterações económicas da sociedade começaram a entrar em situações de pobreza".
Gente que passa pela pobreza, mas que não é pobre, sublinha o professor universitário. "Um indivíduo pode conhecer um ciclo de pobreza, que pode não ser permanente, nem de longa duração", explica. Entre 1995 e 2000, 46% do portugueses passaram pela pobreza, em pelo menos um dos anos, refere Alfredo Bruto da Costa, no livro "Um olhar sobre a Pobreza, vulnerabilidade e exclusão social no Portugal Contemporâneo". "Quer isto dizer que uma elevada parte da população portuguesa é vulnerável à pobreza, mesmo que, em dado momento, não seja pobre", lê-se na obra do presidente do Conselho Económico e Social.
E apesar do risco de pobreza ser mais acentuado para os desempregados (31%) do que para as pessoas que têm trabalho (11%), verifica-se que a maioria dos pobres são trabalhadores por conta de outrem (30,8%) ou por conta própria (18%), reformados (21,6%) e domésticas (11%).
Os baixos salários, o fraco nível educativo e a falta de qualificações explicam este cenário. A par da actual crise financeira, com a consequente subida das taxas de juro para o crédito à habitação, que tem feito chegar às bolsas de pobreza gente, até hoje, imune a privações.
"As pessoas que apoiamos, actualmente, são diferentes", explicou Zelmina Pinto, psicóloga da Fundação Filos. "Antes, eram mais famílias problemáticas, com baixos níveis de escolaridade, enquanto que, agora, apoiamos cada vez mais famílias da classe média que não conseguem pagar as casas", conta.
O desemprego e a subidas das taxas de juro são as principais causas que conduzem ao pedido de auxílio e ao Rendimento Social de Inserção.
Pobres, apesar de trabalharem
00h28m / http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/
O livro "Um olhar sobre a pobreza em Portugal - Vulnerabilidade e exclusão social no Portugal Contemporâneo" conclui que 46% dos portugueses passaram por uma situação de pobreza, entre 1995 e 2000. É um número chocante...
É, mas temos que ter em atenção a forma como, geralmente, se apresentam os dados sobre a pobreza em Portugal: normalmente são dados respeitantes a apenas um ano. O valor de 46% diz respeito a quem passou pela pobreza em algum momento ao longo de seis anos.
A grandeza do número deixa exposta a fragilidade da sociedade portuguesa face à pobreza.
Sim, mostra a vulnerabilidade da sociedade portuguesa. A pobreza é, muitas vezes, explicada através de perspectivas culpabilizantes, individualistas. No entanto, devemos estar conscientes de que esta problemática está enraizada na sociedade portuguesa. Se é verdade que o grupo de pessoas que viveu em situação de pobreza ao longo de todo o período de seis anos é relativamente reduzido (6,3%), é igualmente verdade que quase metade da população viveu em situação de pobreza em pelo menos um dos anos, mesmo que nos restantes não tenha sido considerada pobre.
E ao contrário do que muitas vezes se pensa, a pobreza não atinge só os desempregados...
É verdade que ter trabalho é um factor de protecção, enquanto que o desemprego é um factor de risco. Mas olhando para o conjunto das pessoas pobres, há uma fatia muito significativa (cerca de 40%) que, apesar de trabalhar, está numa situação de pobreza, para o que concorrem em grande medida os baixos salários.
Quais as medidas necessárias para acabar com esta realidade?
São precisas medidas de natureza económica, que têm a ver com o funcionamento do mercado de trabalho.
Isabel Baptista, co-autora de "Um olhar sobre a Pobreza"
Editado pela última vez por Rui Elias Maltez em Sex Out 17, 2008 5:05 am, em um total de 1 vez.
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Re: Noticias de Portugal
Para quando "governantes-honestos-e-sérios-relampago" pela Internet?????Edu Lopes escreveu:Portugal cria o divórcio-relâmpago pela internet
Triste sina ter nascido português
- Rui Elias Maltez
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Re: Noticias de Portugal
Hoje fez-se História nos Açores. Pela primeira vez, os partidos de esquerda conseguiram eleger deputados para o Parlamento Regional. O BE (Bloco de Esquerda) elegeu 2 deputados e a CDU (Coligação do Partido Comunista Português com o Partido Ecologista os Verdes) elegeu 1 deputado.
O PS venceu hoje as eleições regionais dos Açores, com 49,96 por cento dos votos e maioria absoluta dos deputados. Mas desce em relação ao resultado conseguido em 2004, quando obteve perto de 57 por cento do total. Os socialistas descem igualmente em número de votos e mandatos na Assembleia Legislativa Regional: em 2004 tinham conseguido 60.140 votos e 31 mandatos (em 52 possíveis) e agora venceram com 45.070 votos, correspondentes a 30 deputados, num total de 57. A abstenção atingiu o valor mais alto de sempre em eleições legislativas regionais, 53,24 por cento. Dos quase 193.000 eleitores açorianos, pouco mais de 90.000 exerceram o seu direito de voto.
Quadro dos resultados (total de 57 deputados:
PS: 30 deputados (49,96% dos votos)
PSD: 18 deputados (30,27%)
CDS/PP: 5 deputados (7,85%)
BE: 2 deputados (2,97%)
CDU: 1 deputado (2,8%)
PPM: 1 deputado (0,47%)".
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Re: Noticias de Portugal
Olha o PPM,renascendo.JLRC escreveu:
Quadro dos resultados (total de 57 deputados:
PS: 30 deputados (49,96% dos votos)
PSD: 18 deputados (30,27%)
CDS/PP: 5 deputados (7,85%)
BE: 2 deputados (2,97%)
CDU: 1 deputado (2,8%)
PPM: 1 deputado (0,47%)".
Al Zarqawi - O Dragão!
"A inveja é doce,o olho grande é que é uma merda"Autor desconhecido.
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- Rui Elias Maltez
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Re: Noticias de Portugal
O PPM ganhou um deputado, porque os cerca de 300 eleitores do Corvo votaram em peso nesse partido, ou porque de repente viraram monárquicos, ou porque o cacique do ilhéu andou a convencer essa pequena comunidade a votar massivamente no PPM.
- Al Zarqawi
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Re: Noticias de Portugal
No fundo os eleitores do PPM,são iguais ao dos outros Partidos.Não vejo,qualquer diferença comparativa.
Al Zarqawi - O Dragão!
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- Rui Elias Maltez
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Re: Noticias de Portugal
Pobreza e desigualdades colocam o país na cauda
Listagem da OCDE indica que só o México e a Turquia são mais desiguais do que Portugal
A OCDE diz que os governos não podem sempre recorrer a impostos a fim de reduzir a pobreza e desigualdade. A alternativa são os rendimentos do capital para atenuar o fosso entre ricos e pobres em países como Portugal.
Não há muita volta a dar a esta listagem, avisa a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) no relatório hoje divulgado: os resultados das contas dos seus peritos poderão fazer mudar ligeiramente o posicionamento de um ou outro país com mais um ou outro número, mas as conclusões não decorrem de "ruído estatístico".
A verdade é que entre os 30 membros da OCDE, há notórias diferenças na distribuição dos rendimentos e na taxa de população atingida pela pobreza. A Dinamarca era, em 2005, o país com menor fossso entre ricos e pobres e onde a pobreza é menos grave. No outro extremo, está o México, seguido da Turquia e logo depois por Portugal. Nisto, os Estado Unidos são nossos vizinhos e vemos a Espanha com nove países de permeio.
O relatório "Crescimento Desigual?- A distribuição de Rendimento e a Pobreza nos Países da OCDE" segue um critério para estabelecer a tabela da desigualdade, dividindo o rendimento dos agregados pelo número dos seus membros. Os cálculos são feitos sobre indicadores de meados desta década.
O documento assinala que a pobreza dos reformados baixou em muitos países. Por contraste, a pobreza infantil aumentou, ficando acima da média da população. "A pobreza infantil precisa de mais atenção", alerta a OCDE. O mesmo deve acontecer com os jovens adultos e as famílias com filhos, onde se acentuou a pobreza
Sobre políticas a seguir pelos governos, o conselho é que mais impostos só sejam medida temporária. A desigualdade deve ser reduzida através de leques salariais menos amplos e "dos rendimentos do capital", diz o documento, que refere haver grande abismo entre os rendimentos do capital e o trabalho independente. Por outro lado, "os países têm de fazer mais para garantir o emprego, em vez de esperarem por dar apoios ao desemprego, deficiência e reformas antecidapas". Mas, sendo eficaz na luta contra a pobreza, o trabalho não é suficiente para a afastar. A prová-lo está o facto de mais de metade dos pobres pertencer a agregados com algum rendimento do trabalho.
00h30m
EDUARDA FERREIRA
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.