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Enviado: Sáb Fev 16, 2008 1:30 pm
por FIGHTERCOM
Vinicius Pimenta escreveu:
FIGHTERCOM escreveu:Vinicius,

Você vai ter que me desculpar, mas você foi um tanto infeliz na sua comparação. Comparar o SABER60 com um FAL? Projetos que tem no mínimo 30 anos de diferença?
Dotar as FEs com o MD-97L é uma coisa, agora dotar a tropa com o SABER60 é outra totalmente diferente. Todos aqui no fórum DB sabemos que o MD-97L nasceu e vai morrer errado, não existe milagre.
No mais, não conheço nenhum projeto que seja lançado plenamente operacional. Todos percorrem o mesmo caminho do desenvolvimento e para isso é imprescindível a aquisição por parte de nossas forças armadas e nisso se inclui os Fuzileiros Navais.
O Saber60 não cumpre os requisitos? Então a MB que apresente os requisitos à Orbisat para adaptar o projeto aos requerimentos da Força. O que não pode ocorrer é classificar determinado equipamento de inadequado e correr de braços abertos para fornecedores externos. Isso em nada contribui para a nossa independência tecnológica. Se pensarmos assim continuaremos com o nosso atraso tecnológico.


Abraços,

Wesley


Olha, quem vai me desculpar é você, mas tenho que pedir que leia o que eu escrevi com mais atenção.

Não entrei no mérito do equipamento SABER 60. Me referia ao seu questionamento sobre o fato de o CFN ser tropa de elite e ter que escolher o melhor equipamento. Eu perguntei: é mentira?

Releia:

Se o SABER 60 não cumpre os requisitos - e não digo se cumpre ou não, pois não vem ao caso -, devemos enfiá-lo golea abaixo da nossa primeira linha de defesa?

Esse era meu simples questionamento.

Se você quer saber minha opinião, admitindo que o SABER 60 seja do mesmo tipo de radar utilizado pelo CFN, e tenha qualidades compatíveis com as necessidades da tropa, prefiro que o CFN opere esse radar do que outro equipamento estrangeiro, obviamente. Agora SE, e somente SE, não cumprir e não sendo possível adequar o radar às necessidades da tropa, defendo solução importada sim.

Ficou claro?



Olá Vinicius,

Atendendo ao seu pedido, novamente li o que você escreveu. Ainda mantenho o que afirmei anteriormente, sua comparação foi tanto quanto equivocada. Sabemos que o MD-97L originou a partir do FAL (um projeto que já tem lá seus 30 anos) e apesar das “melhorias” possui serias limitações como já foi dito aqui no fórum. Seu emprego é inaceitável até pela Infantaria, o que dizer então das FEs?

Já o SABER M60 é um projeto novo e que ainda está em desenvolvimento. Sua adoção, por qualquer Força, ainda que com limitações, é algo aceitável. Digo isso, pois qualquer equipamento para ter suas capacidades elevadas precisa ir para campo, não será somente em um laboratório que ele será colocado plenamente operacional. Através da sua utilização é que serão gerados relatórios sugerindo mudanças para adequar o sistema. E diferente do primeiro, o segundo tem como ter suas capacidades melhoradas.

Agora suponhamos: SE o SABER M60 não cumpre os requisitos, o que deve fazer a MB? Apresentar os seus requisitos à Orbisat ou buscar uma solução externa?

Agora eu lhe peço que releia o meu primeiro post, pois em nenhum momento fiz questionamento.

Para concluir, reconheço a importância dos Fuzileiros Navais para a soberania do Brasil, mas em caso de conflito serão as nossas empresas (com os produtos disponíveis) que irão dar suporte ao mesmo. E mais, Ser a Elite não significa somente usar equipamentos de primeira linha, mas também saber utilizar o que se tem disponível naquele momento.

Espero que tenha me entendido.

Abraços,

Wesley

Enviado: Sáb Fev 16, 2008 1:31 pm
por FIGHTERCOM
Sideshow escreveu:
Vinicius Pimenta escreveu:
Sideshow escreveu:Complexo de vira lata é foda......o Saber M60 não deve nada para outros radares do mesmo tipo como o Elta 2106NG que o proprio EB tentou comprar antes de desenvolver o M60.


Quem tem complexo de vira-lata? Não admito esse tipo de declaração.

Releia meu post antes de repetir tamanha bobeira.


E por acaso eu te citei?

Eu estava respondendo para o FIGHTERCOM.

Como o SABER60 não é o top de linha, logo....



Acho que não me fiz entender...


Wesley

Enviado: Sáb Fev 16, 2008 1:32 pm
por Marino
Por favor, alguem pode colocar de onde saiu a notícia, e não o post, de que os FN vão comprar mais giraffe?
Acho que o debate acima foi inócuo.

Enviado: Sáb Fev 16, 2008 2:03 pm
por WalterGaudério
Marino escreveu:Por favor, alguem pode colocar de onde saiu a notícia, e não o post, de que os FN vão comprar mais giraffe?
Acho que o debate acima foi inócuo.


Marino Boa tarde. Na verdade NÃO houve nenhuma notícia, tampouco ofocial sobre aquisição de mais Giraffe. Apenas uma intenção há muito declarada informalmente em várias reportagens sobre a FFE. A "info" de que mais Giraffe seriam incorporados(2 unidades) se deve aofato de que a reboque de uma possível participação brasileira em força de paz da ONU no DARFUR , haveria um reforço material a FFE na forma de mais PiranhaIII e mais sistemas de aquisição de alvos para AAé(Giraffe) e mais Mistral, isso começou em outro fórum e veio para cá com ares de realidade consumada. :roll: :roll: :shock: :?

Mas sempre deixando claro(parece que não foi suficiente) que se tratava de uma possibilidade.

sds

walter

Enviado: Sáb Fev 16, 2008 2:08 pm
por Marino
cicloneprojekt escreveu:
Marino escreveu:Por favor, alguem pode colocar de onde saiu a notícia, e não o post, de que os FN vão comprar mais giraffe?
Acho que o debate acima foi inócuo.


Marino Boa tarde. Na verdade NÃO houve nenhuma notícia, tampouco ofocial sobre aquisição de mais Giraffe. Apenas uma intenção há muito declarada informalmente em várias reportagens sobre a FFE. A "info" de que mais Giraffe seriam incorporados(2 unidades) se deve aofato de que a reboque de uma possível participação brasileira em força de paz da ONU no DARFUR , incluria um reforço material aFFE na forma de mais PiranhaIII e mais sistemas de aquisição de alvos para AAé(Giraffe) e mais Mistral.

Mas sempre deixando claro(parece que não foi suficiente) que se ratava de uma possibilidade.

sds

walter

Valeu Walter, obrigado.
Mas creio que o pessoal da FFE com certeza acompanha o desenvolvimento do SABER. Se for compatível com o material existente, não tenho dúvida que eles preferirão o material nacional.
Um abraço.

Enviado: Sáb Fev 16, 2008 4:48 pm
por Corsário01
A ONU pediu e a França TB para que o Brasil fosse a Darfur mas o Lula negou.
Lá parece que as coisas não seriam tão "lights" qto o Haiti, mas penso que a possibilidade de sacos pretos fez ele recuar.

Enviado: Sáb Fev 16, 2008 11:44 pm
por Vinicius Pimenta
FIGHTERCOM escreveu:Olá Vinicius,

Atendendo ao seu pedido, novamente li o que você escreveu. Ainda mantenho o que afirmei anteriormente, sua comparação foi tanto quanto equivocada.


Amigo, então agora quem vai me desculpar é você, mas me parece haver alguma dificuldade, pois você ainda não entendeu. Outra: essa discussão é inútil, porque estamos tratando de coisas diferentes, além dasas razões que o Marino falou. Mas vamos lá.

Sabemos que o MD-97L originou a partir do FAL (um projeto que já tem lá seus 30 anos) e apesar das “melhorias” possui serias limitações como já foi dito aqui no fórum. Seu emprego é inaceitável até pela Infantaria, o que dizer então das FEs?


Sim mas não vem ao caso porque na minha mensagem o objeto em si não faz diferença e sim o conceito: elite é elite e tem que ser equipada como tal.

Já o SABER M60 é um projeto novo e que ainda está em desenvolvimento. Sua adoção, por qualquer Força, ainda que com limitações, é algo aceitável. Digo isso, pois qualquer equipamento para ter suas capacidades elevadas precisa ir para campo, não será somente em um laboratório que ele será colocado plenamente operacional. Através da sua utilização é que serão gerados relatórios sugerindo mudanças para adequar o sistema. E diferente do primeiro, o segundo tem como ter suas capacidades melhoradas.


Discordo: elite é elite e tem que ser equipada como tal. Sem dúvida o SABER 60 poderia e DEVERIA ser testado em campo por tropas como o CFN, mas enquanto não se adequasse às exigências, não poderia ser a solução final e teria que ser obrigatoriamente coberto por material de uso comprovadamente eficiente.

Agora suponhamos: SE o SABER M60 não cumpre os requisitos, o que deve fazer a MB? Apresentar os seus requisitos à Orbisat ou buscar uma solução externa?


Depende, se a Orbisat puder desenvolver a solução de maneira eficiente, a um custo compatível e num prazo definido, obviamente a solução nacional é indicada. Senão...

Agora eu lhe peço que releia o meu primeiro post, pois em nenhum momento fiz questionamento.


Sua mensagem:

"Mas vão aparecer aqueles dizendo que os Fuzileiros são uma tropa de elite e como tal merecem equipamento de primeira linha. Como o SABER60 não é o top de linha, logo...."

Isso é ou não é questionamento? É. Você questiona quem diz que FN é elite e merece equipamento de primeira linha, ao menos nesse caso.

Para concluir, reconheço a importância dos Fuzileiros Navais para a soberania do Brasil, mas em caso de conflito serão as nossas empresas (com os produtos disponíveis) que irão dar suporte ao mesmo. E mais, Ser a Elite não significa somente usar equipamentos de primeira linha, mas também saber utilizar o que se tem disponível naquele momento.

Espero que tenha me entendido.


Concordo, mas, ainda assim, elite é elite e precisa estar equipada como tal. FN é a ponta de lança, se é possível equipá-los da melhor forma possível, que se faça.

Alguns pontos dessa discussão:

Esqueça o objeto em si e se prenda no conceito, era esse o objetivo inicial da minha mensagem. Se for mais fácil, esqueça a comparação.

Eu concordo com o uso do SABER 60, pois creio se tratar de um ótimo equipado. Se não o fosse, não concordaria mesmo porque ainda assim acredito na necessidade de ter o top de linha pra quem precisa ser top de linha.

Enviado: Dom Fev 17, 2008 12:07 am
por Vinicius Pimenta
Sideshow escreveu:E por acaso eu te citei?

Eu estava respondendo para o FIGHTERCOM.

Como o SABER60 não é o top de linha, logo....


Então peço desculpas, mas sugiro que tome cuidado quando responder "genericamente", pra evitar esses mal-entendidos. :wink:

Enviado: Dom Fev 17, 2008 12:07 am
por Mapinguari
cicloneprojekt escreveu:
Marino escreveu:Por favor, alguem pode colocar de onde saiu a notícia, e não o post, de que os FN vão comprar mais giraffe?
Acho que o debate acima foi inócuo.


Marino Boa tarde. Na verdade NÃO houve nenhuma notícia, tampouco ofocial sobre aquisição de mais Giraffe. Apenas uma intenção há muito declarada informalmente em várias reportagens sobre a FFE. A "info" de que mais Giraffe seriam incorporados(2 unidades) se deve aofato de que a reboque de uma possível participação brasileira em força de paz da ONU no DARFUR , haveria um reforço material a FFE na forma de mais PiranhaIII e mais sistemas de aquisição de alvos para AAé(Giraffe) e mais Mistral, isso começou em outro fórum e veio para cá com ares de realidade consumada. :roll: :roll: :shock: :?

Mas sempre deixando claro(parece que não foi suficiente) que se tratava de uma possibilidade.

sds

walter


E é bom que sejam adquiridos mais dois. Quem tem um, não tem nenhum... :wink:

Enviado: Dom Fev 17, 2008 2:39 pm
por Glauber Prestes
Battleaxe escreveu:A ONU pediu e a França TB para que o Brasil fosse a Darfur mas o Lula negou.
Lá parece que as coisas não seriam tão "lights" qto o Haiti, mas penso que a possibilidade de sacos pretos fez ele recuar.
Não íamos de hospital de campanha em darfur?

Enviado: Dom Fev 17, 2008 5:01 pm
por Corsário01
Iamos???????
Aonde estava escrito isso??????????
Coloque ai, please!

Enviado: Seg Fev 18, 2008 9:40 am
por Glauber Prestes
Battleaxe escreveu:Iamos???????
Aonde estava escrito isso??????????
Coloque ai, please!
Então, eu ouvi de um major que servia no 1ºBLog que eles estavam tendo que descobrir como unir containers aos hospitais infláveis, sem entrar areia. Depois (uns 2 meses depois) eu vi essa notícia no Defesanet http://www.defesanet.com.br/missao/haiti_07_11.htm, que dizia dos planos brasileiros de enviar um hospital para Darfur. E por último, eu ouvi uma ladainha sobre fuzileiros que iriam também, pra operar na defesa do tal hospital (li num dos fóruns BM, DB, ou Questões Militares no Orkut), mas nunca ouvi nada após isso.

Enviado: Seg Fev 18, 2008 10:52 am
por Carcará
SABER 60 prá lá, SABER 60 prá cá.

Sei que não tem muito haver com o tópico, mas, para quem gosta de fotos:

Fotos de meus arquivos (minha autoria) na LAAD 2007 do SABER 60 e sua Unidade de Comando e Controle.

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Grande Abraço!

"Carcará" Mascarenhas

Enviado: Seg Fev 18, 2008 11:13 am
por Sideshow
Mais informações sobre o Saber M60


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Radar de Vigilância Saber M60

Características:

Alcances de 60, 100 e 200 km;
Tecnologia de Estado Sólido;
Acompanhamento de 40 alvos simultaneamente;
Identificação IFF.


Diferenciais:

Operação remota;
Facilidade de operação;
Portabilidade;
Rápida disponibilização;
Confiabilidade;
Informações sobre o alvo em 3D ( alcance, azimute e elevação);
Conectividade e integração com outros sistemas de defesa.

http://www.orbisat.com.br/html/interna.php?chave=radares

________________________________________________-

A 1ª Bda AAAe E O PROJETO M01.00

SENSOR RADAR DE DEFESA ANTIAÉREA DE BAIXA ALTURA




Como único Grande Comando de Artilharia Antiaérea do Brasil e com amplo interesse no desenvolvimento de um sensor radar, a Primeira Brigada de Artilharia Antiaérea (1ª Bda AAAe), Brigada General Samuel Teixeira Primo, vem participando do Projeto M.01.00 desde sua concepção, mantendo clara intenção de contribuir em todas as etapas de sua evolução.

Em virtude da lacuna existente na artilharia antiaérea do País decorrente da falta de radares, sobretudo de sensores portáteis capazes de prover a mobilidade necessária a acompanhar mísseis antiaéreos de ombro, a 1ª Bda AAAe elaborou e encaminhou à 4ª Subchefia ao Estado-Maior do Exército (EME), no início de 2004, uma proposta de Requisitos Operacionais Básicos (ROB) para um sistema de tal monta. As profícuas discussões e o acurado estudo de sistemas existentes no mercado culminaram com a publicação pelo EME dos ROB 01/05, Sensor Radar de Defesa Antiaérea de Baixa Altura, em julho de 2005, marco inicial para a definição do produto a ser desenvolvido.

Definidas as necessidades operacionais com clareza, partiu-se para a obtenção dos recursos. O Projeto M01.00 é fruto de parceria entre o Exército Brasileiro e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com aportes financeiros provenientes da FINEP (Financiadora de Estudo e Projetos do MCT) e execução administrada por convênio travado entre o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) e a gestora do Projeto, a Fundação Ricardo Franco. O Centro Tecnológico do Exército (CTEx) e o Instituto Militar de Engenharia (IME) são, respectivamente, executor e co-executor do Projeto M01.00.

O Exército Brasileiro (EB), detentor de todo o conhecimento científico-tecnológico do Projeto M01.00, contratou a Orbisat da Amazônia Indústria e Aerolevantamento S.A. para sua execução, por ser uma Empresa com capacitação tecnológica e experiência no desenvolvimento de radares; seu departamento de engenharia, foco dos estudos de desenvolvimento em parceria com o EB, está situado em Campinas-SP.

A primeira fase do Programa do Projeto M01.00, o desenvolvimento, prevê a entrega de dois Protótipos, o Experimental (PE), em fase final de conclusão (outubro de 2006), e o Operacional (PO), a ser concluso até abril de 2007. A diferença entre o PE e o PO reside no robustecimento dos componentes do sistema.

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PE – SABER X60
Sistema de Acompanhamento de Alvos Aéreos Baseado na Emissão de Radiofreqüência


A segunda fase do Programa do Projeto M01.00, produção do lote piloto de 05 (cinco) unidades, está prevista para agosto de 2007, com término em dezembro de 2008.

Estabelecidos os requisitos e de posse dos recursos disponíveis, surgiu uma proposta factível de execução num prazo muito curto para um projeto desta natureza.

A intenção do Projeto M01.00 é criar uma estrutura sistêmica capaz de integrar os subsistemas da artilharia antiaérea: sistema de controle e alerta, onde se encaixam os meios de detecção por radar, sistema de comunicações, que são meios de transmissão dos dados para os sistemas finalísticos, os sistemas de armas. O quarto sistema, o logístico, também foi contemplado com amplo estudo para suprimento de sobressalentes e fácil manutenção em campanha, baseada em estrutura modular para redução do tempo médio para reparos (MTTR – Mean Time to Repair) e em consonância com os escalões de manutenção do EB; a catalogação também é compatível com o nosso modelo.

A dimensão e diversidade climática do País, somadas ao requisito de emprego do Sensor Radar por tropas estratégicas, resultaram na mobilidade, flexibilidade e facilidade de transporte do Sistema, amoldando o Sensor Radar à estratégia da “presença seletiva”.

Por isso, a proposta do sistema do Sensor Radar visa a atender não apenas à detecção de alvos, função precípua do radar, mas também ao domínio de todo o ciclo de informações com meios eletrônicos automatizados, agilizando a tomada de decisão dos escalões de comando e controle de artilharia antiaérea em tropas de naturezas diversas. Os Centros de Operações de Artilharia Antiaérea (COAAAe) são os órgãos de decisão na AAAe; um COAAAe pode ser subordinado (COAAAe S), ou principal (COAAAe P); o COAAAe P é o de maior escalão presente em uma operação.

Esta é a razão de um tempo de reação extremamente curto para os sistemas de AAAe dotados do Sensor Radar do Projeto M01.00. Considera-se como tempo de reação o lapso medido desde a detecção dos alvos pelo radar até a tomada de decisão pelos oficiais de controle (Of Ct) nos COAAAe, decisão que engloba o engajamento (ou não) do alvo pelas unidades de tiro (U Tir). Portanto, os sistemas antiaéreos dotados do Sensor Radar são capazes de fazer face à velocidade das ameaças aéreas mais modernas.

Há riscos de fratricídios em ambientes de defesa aeroespacial clássica, típica de conflitos externos, ou em defesa aeroespacial para a segurança integrada, como a realizada durante a ASPA (América do Sul-Países Árabes) ou a requerida pelo PAN 2007. Assim sendo, a integração do IFF (Identification Friend or Foe) ao radar primário foi imprescindível, com emprego de Modos civis e militares de operação (1, 2, 3/A e C). A associação do IFF- MCCEA (medidas de coordenação e controle do espaço aéreo) presente na tela do Of Ct reduz ainda mais os riscos de baixas entre as aeronaves irmãs.

Como quaisquer radares possuem limitações de detecção em terrenos acidentados e as lacunas (“zonas de sombra”) são cobertas por postos de vigilância (P Vig) com observação visual, o Sensor Radar recebe e passa dados aos P Vig, eletronicamente, para manter a eficiência temporal da AAAe.

Ao Sensor Radar cabe duas tarefas básicas: a vigilância, capacidade de manter atualizadas as informações da situação para os COAAAe, aí inclusas as MCCEA, os dados de alvos amigos e hostis e a prontidão dos sistemas de armas, por exemplo; e a busca, qual seja de transmitir dados da ameaça aérea para os sistemas de armas antiaéreos com tempo de reação curto o suficiente para lograr êxito no engajamento de alvos aéreos.

Contudo, uma proposta autóctone e sistêmica para a artilharia antiaérea engloba, sem sombra de dúvida, conhecimento dos protocolos físicos de transmissão, daí a escolha do Ethernet, RS 422 e RS-232 (protocolos comerciais), e protocolos de dados de comunicações factíveis para a troca de informações de controle de tráfego aéreo, inclusive com centros de controle da Força Aérea, destacando-se o ASTERIX (All Purpose STructured Eurocontrol Radar Information Exchange).


Convém ressaltar a importância da adoção de softwares de domínio público para todo o Projeto M01.00, condição imperiosa para adequar o Sensor Radar às necessidades da antiaérea do Brasil: softwares livres e com “parametrização” de valores, aliados aos protocolos físicos e de dados controlados facilitam a integração com outros sistemas. Por isso, as configurações iniciais das telas do sistema, feitas inicialmente para integração com o Míssil Portátil Antiaéreo 9K-38 (IGLA), podem migrar para outro sistema de armas, sejam mísseis ou canhões, com facilidade.

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Desde o início das atividades do Projeto M.01.00, a 1ª Bda AAAe cedeu um oficial de estado-maior, com especialização em artilharia antiaérea e guerra eletrônica, com ênfase para o campo de não-comunicações, para acompanhar, em tempo integral, o andamento dos trabalhos em Campinas-SP. Iniciou-se, assim, um novo processo de integração entre as áreas operacional e científico-tecnológica do Exército, que tem apresentado resultados significativos e marca o nascimento de uma nova etapa nos projetos de desenvolvimento sob a égide do DCT.

É digna de registro a participação, com disponibilidade integral, no Projeto M01.00 de um oficial da Arma de Comunicações, proveniente do Centro Integrado de Guerra Eletrônica (CIGE), também especializado em guerra eletrônica, mas voltado para o campo de não-comunicações. Seu trabalho tornou eficiente a configuração das redes de comunicações e permitiu discussões com a área operacional de artilharia antiaérea para a determinação das medidas de proteção eletrônicas (MPE) do radar.



Outro propósito importante da presença de um artilheiro antiaéreo foi a configuração das unidades de visualização (UV) do operador do radar, do oficial de controle, das U Tir e P Vig, todos estruturados com softwares livres.

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Tela do Oficial de controle.

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Tela das U Tir/P Vig.

No Projeto M01.00, o acompanhamento cerrado de oficiais da área operacional, de artilharia antiaérea e de comunicações, propiciou a rápida conversão dos ROB em especificações para a Orbisat, bem como a verificação do seu cumprimento por parte da Empresa, além de permitir reajustes com rapidez. É uma forma inteligente e eficiente de as especificações estarem direcionadas para atendimento do usuário e de obter as características desejadas do sistema.

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A experiência adquirida no Projeto M01.00 permite inferir que o desenvolvimento nacional, com ampla integração dos segmentos operacional e científico-tecnológico, assegura um modelo de projeto adequado a atender às necessidades da tropa. O conhecimento e domínio das tecnologias empregadas, dos protocolos físicos e de dados de comunicações e o uso de softwares abertos são, entre outras, chaves para a obtenção de materiais de emprego militar (MEM) realmente casados com os interesses do País.

Em breve, o Sensor Radar de defesa Antiaérea de Baixa Altura será dotação dos Grupos e Baterias de Artilharia Antiaérea da Força Terrestre (FT) e executará as funções de vigilância e busca antiaérea, contribuindo, sensivelmente, para o incremento da capacidade dissuasória da Força Terrestre, por ser um MEM sob o controle tecnológico do Brasil.

Eis o caminho pelo qual “vedaremos a que asas estranhas tragam sombra aos nossos horizontes”.

http://www.1bdaaaae.eb.mil.br/Artigo%20Bda%20AAAe.htm

Enviado: Seg Fev 18, 2008 11:29 am
por FIGHTERCOM
Olá Vinicius,

Minha analise sobre o SABER M60 leva em consideração que por se tratar de um projeto novo o mesmo tem potencial de evolução. Além do mais, não acredito que a Orbisat tenha em mente fornecer tal sistema somente para o EB.

Vinicius Pimenta escreveu:
FIGHTERCOM escreveu:Sabemos que o MD-97L originou a partir do FAL (um projeto que já tem lá seus 30 anos) e apesar das “melhorias” possui serias limitações como já foi dito aqui no fórum. Seu emprego é inaceitável até pela Infantaria, o que dizer então das FEs?

Sim mas não vem ao caso porque na minha mensagem o objeto em si não faz diferença e sim o conceito: elite é elite e tem que ser equipada como tal. .

Após ler a sua argumentação me veio uma dúvida:
Quando você diz “elite é elite e tem que ser equipada como tal”, entendo. Mas os equipamentos utilizados hoje pela elite foram testados por quem? Vejamos, o Batalhão Tonelero utiliza a carabina Colt M4 em conjunto com uma unidade MARS, de fabricação israelense. Dois sistemas Top de Linha e adotados por diversas tropas de elite mundialmente. Os requerimentos utilizados para o desenvolvimento deles surgiram da necessidade das tropas de cada país (EUA e Israel). Sabemos que tanto um quanto o outro percorreram um longo caminho para se chegar a um produto de alta qualidade e ser considero Top. Durante esse desenvolvimento, quem testou e utilizou? Infantaria? FEs? Ou os dois?

Vinicius Pimenta escreveu:
FIGHTERCOM escreveu:Já o SABER M60 é um projeto novo e que ainda está em desenvolvimento. Sua adoção, por qualquer Força, ainda que com limitações, é algo aceitável. Digo isso, pois qualquer equipamento para ter suas capacidades elevadas precisa ir para campo, não será somente em um laboratório que ele será colocado plenamente operacional. Através da sua utilização é que serão gerados relatórios sugerindo mudanças para adequar o sistema. E diferente do primeiro, o segundo tem como ter suas capacidades melhoradas.


Discordo: elite é elite e tem que ser equipada como tal. Sem dúvida o SABER 60 poderia e DEVERIA ser testado em campo por tropas como o CFN, mas enquanto não se adequasse às exigências, não poderia ser a solução final e teria que ser obrigatoriamente coberto por material de uso comprovadamente eficiente. .


Concordaria com a sua afirmação se estivéssemos falando de EUA, Inglaterra, França, etc. Mas estamos falando de Brasil, cuja realidade é outra. Aqui não existem soluções temporárias, qualquer equipamento adotado hoje irá perdurar por uns bons anos nas forças. Existe espaço para a utilização de dois equipamentos (um nacional e outro importado)? Acredito que sim. O que não existe são recursos para a aquisição dos mesmos. Basta analisar com mais calma para perceber que nossas aquisições são feitas encima de janelas de oportunidade, escolheu e pronto. Certas ou erradas são elas que estarão em operação pelo tempo que durarem. A adoção de um equipamento importado por nossas Forças Armadas traz sérias conseqüências para a nossa indústria, quando a mesma tem condição de fornecer, pois se perde a oportunidade de impulsionar os programas nacionais. Além do mais, como incentivar as empresas a desenvolverem novos produtos sendo que uma tropa quer ser equipada sempre com o melhor? (Esse aviso vale para todos: Releiam a parte anterior com atenção antes de interpretarem como "Complexo de Vira-lata")

Reconheço que o que expressei acima reflete um problema cuja culpa não é somente da MB, EB e FAB, mas do governo também que não libera os recursos necessários para se ter Forças Armadas condizentes com o nosso país. No entanto, se o governo não faz a sua parte as três armas não podem agir da mesma maneira para com a indústria nacional. Adotar equipamentos desenvolvidos lá fora com capacidade comprovada e utilizá-los aqui em exercícios conjuntos ou em simulações é algo muito fácil, quero ver é quando a situação ficar crítica. A quem vamos recorrer? Quando menos se espera, o Brasil se vê envolvido em um conflito e são nesses momentos que começamos a fazer certos questionamentos: O suporte prestado pelo fornecedor será mantido? Sofreremos um embargo da ONU? Como manter esses equipamentos?

Já disse isso no tópico anterior e volto a repetir: “Em caso de conflito serão as nossas empresas (com os produtos disponíveis) que irão dar suporte ao mesmo”.

No Brasil a história sempre se repete e nós não aprendemos com ela. Temos a oportunidade de corrigir os erros do passado, mas nada fazemos. Temos a chance de abraçar um projeto hoje e nos tornamos independentes, mas o preterimos por sermos imediatistas. E ainda querem pregar a idéia de que o Brasil é um país Grande, quando na verdade ainda pensamos pequeno, pensamos como um país subdesenvolvido.

Como se diz aqui em Minas: Só tem tamanho, mais nada...

Vinicius Pimenta escreveu:
FIGHTERCOM escreveu:Agora eu lhe peço que releia o meu primeiro post, pois em nenhum momento fiz questionamento.


Sua mensagem:

"Mas vão aparecer aqueles dizendo que os Fuzileiros são uma tropa de elite e como tal merecem equipamento de primeira linha. Como o SABER60 não é o top de linha, logo...."

Isso é ou não é questionamento? É. Você questiona quem diz que FN é elite e merece equipamento de primeira linha, ao menos nesse caso.


Bem, cada um interpreta da maneira que melhor lhe convêm. Continuo a afirmar que em momento algum fiz questionamento, mas se você preferi achar o contrário tudo bem. Apesar de não concordar, respeitarei a sua opnião.

Espero que tenha compreendido a minha preocupação com o que foi exposto acima e que meu desabafo não o tenha ofendido.

Abraços,

Wesley