Marino escreveu:Do Inforel.
O artigo apresenta vários números que são perguntados por aqui:[/b]Programas de Reaparelhamento dependem apenas de vontade política
08/07/2007 - 20h39
Parado desde dezembro de 2005 na Casa Civil da Presidência da República, o Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM), elaborado para repor e modernizar os meios considerados prioritários da força para o período de 2006 – 2025 vai precisar de US$ 2,57 bilhões apenas para as prioridades definidas em sua primeira etapa, que deveria ir de 2006 a 2012.
De acordo com o Comandante da Marinha, Almirante Julio Soares de Moura Neto, a primeira etapa do PRM deveria ser executada em seis anos ao custo de R$ 5,7 bilhões. A segunda etapa, nos 14 anos seguintes. Ele acredita que o programa será implementado ainda este ano.
Dos 12 navios-patrulha oceânica, de 500 toneladas, dois estão em construção. O PRM prevê ainda sete navios-patrulha de mil toneladas, quatro helicópteros de multi-emprego que podem ser dos Estados Unidos ou europeus, e seis navios-escolta de três mil toneladas.
Segundo ele, a Corveta Barroso está em fase final de construção e a Marinha pretende ainda modernizar e reaparelhar o porta-aviões São Paulo, adquirir mísseis e navios de transporte, além de fortalecer a presença dos fuzileiros na Amazônia, onde já são quase mil soldados.
A aprovação do PRM injetaria outros R$ 600 milhões ao Orçamento da Marinha. Para o Comandante, seriam necessários R$ 1,2 bilhão anuais apenas para investimentos para que a Marinha mantivesse a supremacia em relação às potências regionais e buscasse um lugar entre as chamadas potências médias.
Ele explicou que em 9 de dezembro de 2005, por Decreto Presidencial, e sob a coordenação da Casa Civil da Presidência da República, foi instituído um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) para avaliar as prioridades e propor os cronogramas e fluxo de recursos necessários aos Programas de Reaparelhamento da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
O relatório final desse trabalho está pronto e aguarda decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No Congresso, deputados e senadores querem ouvir os três comandantes a respeito da situação de cada força, mas consideram imprescindível conhecer o diagnóstico realizado pelo grupo.
Já se sabe que a escassez de recursos destinados à Defesa, obrigou o GTI a orientar os trabalhos para as “prioridades absolutas”, de cada força e que possam ser atendidas em curto e médio prazos.
Submarino Nuclear
Moura Neto explicou que o projeto do submarino nuclear não integra o Programa de Reaparelhamento da Marinha, mas é uma das prioridades estratégicas da força, considerado uma das principais armas de dissuasão no meio militar.
Segundo ele, o projeto depende de uma decisão de Estado do presidente da República. Se essa decisão política for favorável a construção do submarino nuclear, o projeto deverá levar ainda 12 anos para ser concluído. Para a Marinha, trata-se de uma “prioridade absoluta”, uma vez que o Programa Nuclear Brasileiro nasceu dentro da força.
O Comandante Julio Soares de Moura Neto confirmou que trabalha para que a Marinha tenha os recursos necessários à construção de um submarino e a modernização dos cinco existentes, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ). Para tanto, a força negocia a obtenção de um financiamento externo, no total de R$ 2,71 bilhões.
A Comissão de Financiamento Externo (COFIEX), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, já deu parecer favorável ao empréstimo e aguarda o sinal verde do governo para dar início a tramitação do acordo junto ao Congresso Nacional.
“A proposta de construção prevê que a entrega do submarino deverá estar concluída em até sete anos após a assinatura do contrato comercial. Quanto as modernizações, para o primeiro submarino teria uma duração de quatro anos e para os quatro seguintes ocorreria, seqüencialmente, em dois anos, para cada um”, informou a Marinha.
O PRM prevê, ainda, a construção no Brasil, de nove Navios-Patrulha (NPa) de maior porte, para atender às necessidades de patrulha nas àjguas jurisdicionais brasileiras.
Atualmente, a Marinha possui cinco submarinos e tem necessidade estratégica de 12. Os submarinos atuais têm em média, dez anos de uso. Quanto aos navios-patrulha oceânicos, são 16 com 14 anos e a força pretende ter 30.
Os navios escolta, são 14, com 25 anos. O número ideal é 18. Para a Amazônia, a Marinha dispõe de cinco navios-patrulha com 33 anos e quer outros cinco. Os navios anfíbios são três e a força quer dobrar esse número. Esses meios têm em média, 46 anos de uso.
Bastante esclarecedro Marino. Obrigado.
Uma info que não possuías era acerca dos NaPa 500 , 12 unidades é um bom número. E além disso 7 os NaPaOc de cerca de 1000t, vão dar uma capacidade mínima de vigilância sobre a Amazônia Azul.
sds
Walter