Fórum Defesa Brasil

FCarvalho escreveu: Sex Dez 20, 2024 4:19 pm

RobsonBCruz escreveu: Seg Dez 16, 2024 3:36 pm

Arsenal de Guerra do Rio (AGR) e Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP).

Cabe esclarecer que a 2ª RM (São Paulo) não possui um Parque de Manutenção ou Batalhão de Manutenção, visto que o antigo Pq R Mnt/2 foi incorporado ao AGSP há alguns anos.

E isto é bom ou ruim?

Entendo que são OM com destinações distintas. Os Arsenais de Guerra são vinculados a Diretoria de Fabricação, destinando-se a fabricação e modernização dos SMEM.

Já os Pq Mnt regionais, devem ser transformados em Batalhões de Manutenção (B Mnt), orgânicos dos Grupamentos Logísticos (Gpt Log) que apoiam as DE.

De acordo com a CONCEPÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO E DO DESENHO DA FORÇA 40 publicada em agosto último, cada DE deve possui um Gpt Log. Logo, entendo que seria adequado recriar a OM de Mnt vinculada a 2ª DE.

"3.4.4.2 Os Gpt Log deverão possuir organização flexível, com capacidade de receber e enquadrar meios especializados de engenharia, saúde e recursos humanos, manutenção, transporte, suprimento e salvamento, de acordo com as necessidades para apoiar as Op Cnvg. Dessa forma, cada C Mil A, exceto o CMP, deverá possuir um Gpt Log em sua área de responsabilidade."

Importante lembrar que já está em estudo algo parecido no Rio, para a reorganização e separar as OM da Base de Apoio Logistico do Exército e do apoio logistico ao CML/1ª DE.

Pelo que me lembro, as DE há muito tempo deixaram de ser OM de referência operacional, tornando-se apenas um nível a mais no processo decisório dentro da cadeia de comando, com as bdas sendo efetivamente as unidades responsáveis pela operações no exército.

Não sei porquê, posso estar equivocado, de uns tempos para cá o exército resolveu, ao que parece, dar uma nova vida as suas DE, que na minha opinião, sempre estiveram subequipadas, armadas e organizadas, e mesmo tendo pouca ou nenhuma influência direta no emprego das OM em suas respectivas zonas de responsabilidade. Tanto que nem de longe o que está previsto em seus manuais, em termos de equipamento e organização, jamais foi disposto a nenhuma delas na íntegra, ao contrário. Nunca houve, me parece, qualquer interesse neste sentido do alto comando da força, e o que se viu neste início de séc XXI foi a quase completa desmobilização das mesmas.

O que está previsto agora neste novo programa do exército, acho eu, é mais uma tentativa de mobilizar as DE com o que de fato lhes faz jus à existência, e não apenas manter um dispositivo operacional que nada ou quase nada agrega de verdade às capacidades das bdas sob seu comando. Na verdade, são tantas as estruturas e a diversidade de OM que estão sendo orquestradas e\ou criadas que acabo achando que vamos ficar novamente, ou pelo meio do caminho, ou limitados como sempre à soluções de oportunidade ou meia boca. E se for para ser assim, pelo menos na minha opinião, não deveríamos sequer começar, e deixar tudo como está, dado que nem as bdas conseguimos ou queremos, no caso das muitas OM na região norte, acercar-nos de capacitadas integrais às mesmas.

A ver.

Divisão Exército - DE

Organização, criação e manutenção segundo os manuais do Exército Brasileiro e documentos de referência de reestruturação organizacional.

Cmdo
Estado Maior
Cia Cmdo
Artilharia Divisionária
Grupo Artilharia AAe
Grupamento Logístico
Grupamento Engenharia
Batalhão Comunicação e Guerra Eletrônica
Batalhão Polícia Exército

1ª DE – Rio de Janeiro – CML
2ª DE – São Paulo – CMSE
3ª DE – Rio Grande do Sul – CMS
4ª DE – Mato Grosso do Sul – CMO*
5ª DE – Paraná – CMS
6ª DE – Rio Grande do Sul – CMS
7ª DE – Pernambuco – CMNE
8ª DE – Pará – CMN*
9ª DE – Amazonas – CMA*

*GU a serem criadas conforme disposição documento de referência.

1.Comando

2.Estado Maior

3.Companhia de Comando Divisão – 9 Unidades

4.Artilharia Divisionária – 9 GU

2 GAC AR – 162 a 216 obuseiros
1 Bia AAe – 36 unidades de tiro + 81 VBE
1 Bia LMF – 54 unidades de tiro + 72 VBE
1 Bia Busca Alvos – 36 veículos observação 4x4 + 27 Radares

5.Grupo Artilharia AAe Divisionária – 9 GU

1 Bia AAe – 36 unidades de tiro + 81 VBE + 18 Radares

6.Grupamento Logístico – 9 GU

1 Btl Suprimentos – 9 Unidades
1 Btl Transporte – 9 Unidades
1 Btl Manutenção – 9 Unidades
1 Btl Saúde – 9 Hospitais Campanha (Divisão)

7.Grupamento Engenharia – 9 GU

1 BtlEngCmb – 9 Unidades

8.Batalhão Comunicações e Guerra Eletrônica – 9 GU

1 BtlComGE – 9 Unidades

9.Batalhão Polícia do Exército – 9 GU

1 BPE – 9 Unidades

As OM de artilharia de campanha, AAe e LMF estão organizadas conforme os RO emitidos para os respectivos programas. Tomei a liberdade de equalizar estes requisitos de acordo com a organização e disposição de veículos especializados na bateria de tiro do Astros 2020, de forma a aproveitar a capacidade já existente no país, uma vez que estes possuem todas as qualidades inerentes ao atendimento dos requisitos emitidos aqueles programas do Exército Brasileiro, com as adaptações necessárias. Os números apontados dizem respeito a atender os requisitos mínimos quantitativos para a organização de cada OM listada acima.

Unidades logísticas, de engenharia, comunicações e de Polícia do Exército, pelas quantidades apontadas acima devem ser verificadas quanto à sua existência e disposição às respectivas DE, de forma a equalizar suas necessidades. Não tenho conhecimento sobre a quantidade exata destas OM existentes que podem ou não ser alocadas à criação de novas DE, ou mesmo se haverá esta necessidade, uma vez que o EB, não raras vezes, cria novas OM sem necessariamente comprometer-se com sua total integralidade, lançando mão do aproveitamento de unidades dispersas e\ou emprestadas de outras localidades e\ou subordinadas a outras organizações militares.

A criação de novas DE, e a organização ou reorganização das existentes serve, como se pode ver acima, como fonte de referência a fim de fomentar diversos programas estratégicos do exército, de forma a justificar e explicar a sustentabilidade econômico financeira dos mesmos, apresentando lastro concreto ao provimento das OM existentes e\ou às que vierem a ser criadas, de acordo com as demandas do cmdo da força terrestre.

PORTARIA – EME/C Ex Nº 1.484, DE 24 DE JANEIRO DE 2025

Aprova a Diretriz de Implantação do Projeto Transformação da Companhia de Precursores Páraquedista (Cia Prec Pqdt) em Batalhão de Precursores (B Prec), e dá outras providências.

O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 5º, incisos I e III, do Anexo I, do Decreto nº 5.751, de 12 de abril de 2006, art. 3º, inciso III e o art. 4º, inciso X, do Regulamento do Estado-Maior do Exército (EB10-R-01.007), aprovado pela Portaria do Comandante do Exército nº 1.780, de 21 de junho de 2022, e considerando o que consta nos autos
64535.119895/2024-85, resolve:

Art. 1º Aprovar a Diretriz de Implantação do Projeto de Transformação da Companhia de Precursores Pára-quedista (Cia Prec Pqdt) em Batalhão de Precursores (B Prec).

Art. 2º O Estado-Maior do Exército, o Órgão de Direção Operacional, os órgãos de direção setorial e o Comando Militar do Leste adotem, em suas áreas de competência, as medidas necessárias para a execução desta Diretriz.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

NOTA: a Diretriz de Implantação do Projeto Transformação da Companhia de Precursores Pára-quedista (Cia Prec Pqdt) em Batalhão de Precursores (B Prec) encontra-se disponível no Portal da Secretaria-Geral do Exército, na intranet, pelo endereço intranet.sgex.eb.mil.br e na internet http://www.sgex.eb.mil.br/.

http://www.sgex.eb.mil.br/sistemas/bole ... tas_be.php

Uma dúvida @RobsonBCruz
O que aconteceu, ou o que acontecerá com os PELOPES que ainda existem por aí, dado que são unidades que não constam nos manuais
As suas funções, salvo melhor juízo, se confundem com a dos pelotões de reconhecimento, ou não?
Em que pese a criação da CiaPrec da 12a bda amv, os PelRec ainda insistem em permanecer ativos nos BIL. O que é algo que no mínimo contradiz a criação daquela subunidade em nível brigada.
Por falar nisso, como a maioria das OM não terão precursores a sua disposição, os PelRec e\ou Pelopes continuam sendo uma alternativa factível para a realização das missões que lhes cabem, até que se tenha outra proposta ou alternativa para apor no seu lugar, que pode ser, talvez, os drones.

FCarvalho escreveu: Sex Jan 31, 2025 3:22 pm Uma dúvida @RobsonBCruz
O que aconteceu, ou o que acontecerá com os PELOPES que ainda existem por aí, dado que são unidades que não constam nos manuais
As suas funções, salvo melhor juízo, se confundem com a dos pelotões de reconhecimento, ou não?
Em que pese a criação da CiaPrec da 12a bda amv, os PelRec ainda insistem em permanecer ativos nos BIL. O que é algo que no mínimo contradiz a criação daquela subunidade em nível brigada.
Por falar nisso, como a maioria das OM não terão precursores a sua disposição, os PelRec e\ou Pelopes continuam sendo uma alternativa factível para a realização das missões que lhes cabem, até que se tenha outra proposta ou alternativa para apor no seu lugar, que pode ser, talvez, os drones.

PELOPES é algo que NÃO existe formalmente na estrutura das OM. Nada mais é do que um pelotão com os "caras" mais preparados da OM, que é o destacamento que o comandante confia para utilizar quando a OM é demandada para emprego.

No caso então, os PelRec ou Pelotões de Exploradores não seriam as subunidades reconhecidas mais adequadas para engajar tais "caras" uma vez que na prática os PELOPES cumprem missões, vamos dizer assim, idênticas as destas OM?

Ou isso de PELOPES é só masturbação castrense de comandante de batalhão ou regimento querendo dar uma imagem de importância para algo que realmente não tem, e não é, tão importante quanto se quer crer?

Porque se for para fazer algo no estilo "operações especiais" em OM não preparadas\dedicadas para isso, bom, melhor seria aproveitar então o organograma existente e providenciar capacidades concretas ao que existe e é necessário à melhor desempenho da unidade. Um PelRec ou Pelotão de Exploradores pode ser tão ou mais efetivo quanto essas gambiarras suturnas inventadas para inflar o ego.