RÚSSIA
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- FOXTROT
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Fico feliz em ver a Rússia firmando posição na política externa outra vez, esse mundo de uma única potência não existe mais.
Saudações
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Para mim o massacre e tudo igual independente de qual ideologia e religião for e não aprovo o que a Síria de Assad e Libia de Khadaffi faz só questiono é que só coloca visão de um lado só nessa história veja o que aconteceu com Líbia depois Kadaffi infelizmente são dois extremistas lutando um contra outro e que e cada lado recebem opoios exeternos para posterios beneficio não importando quantas vidas disperdiçadas.Deixe a Russia e o Putin, eu quero é ouvir voce a condenar!
ou tambem não capaz?
Ou voce e daqueles que acha que um massacre feito por um lider de esquerda é diferente de um massacre feito por um lider de direita?
A coisa é muito mais complexas do que simples pessoas na rua sendo massacrada.
- FoxTroop
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Teorias geopolíticas?!!! Quais teorias geopolíticas?!!! Aquelas que eu andei a defender em buracos infectos no cu de Judas, passando sede e fome, longe dos que amo e arriscando o cavername, enquanto tu e toda uma cambada mal agradecidos e cheios de "politicamente correctos" estavam a virar copos na noite ou a ver como dar a volta a uma garina?!!! E por isso, sim, tenho mais bases que a maioria para dizer que não condeno isto e eles que se fodam entre eles porque sei que à 1ª hipótese vão tentar-me foder. Já passei por esse filme e sei no que estas merdas dão.DSA escreveu:Eu até acho que o Irão ou o Iraque também deveriam enviar forças para ajudar o governo sírio a repor a "ordem institucional"
Ajuda a massacrar povo desarmado?
Que justificação tens tu para nao condenares isto?
Por mim voce pode meter as suas teorias de geopolitica no saco!
Se te preocupas tanto com eles, ao menos mostra que tens bolas de Homem e dá-te como voluntário para ir lá "lutar pela democracia". Ao menos reconheço isso ao talibans e afins, que dão o corpo a manifesto por aquilo em que acreditam enquanto os "indignados" aqui, tão preocupadinhos com os problemas de outros e tão desejosos de enviar os conterrâneos para morrer em nome das suas "preocupações" nem Homens são para lutar contra a destruição do seu modelo de vida. Asco
Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
x2FoxTroop escreveu:Teorias geopolíticas?!!! Quais teorias geopolíticas?!!! Aquelas que eu andei a defender em buracos infectos no cu de Judas, passando sede e fome, longe dos que amo e arriscando o cavername, enquanto tu e toda uma cambada mal agradecidos e cheios de "politicamente correctos" estavam a virar copos na noite ou a ver como dar a volta a uma garina?!!! E por isso, sim, tenho mais bases que a maioria para dizer que não condeno isto e eles que se fodam entre eles porque sei que à 1ª hipótese vão tentar-me foder. Já passei por esse filme e sei no que estas merdas dão.DSA escreveu:
Ajuda a massacrar povo desarmado?
Que justificação tens tu para nao condenares isto?
Por mim voce pode meter as suas teorias de geopolitica no saco!
Se te preocupas tanto com eles, ao menos mostra que tens bolas de Homem e dá-te como voluntário para ir lá "lutar pela democracia". Ao menos reconheço isso ao talibans e afins, que dão o corpo a manifesto por aquilo em que acreditam enquanto os "indignados" aqui, tão preocupadinhos com os problemas de outros e tão desejosos de enviar os conterrâneos para morrer em nome das suas "preocupações" nem Homens são para lutar contra a destruição do seu modelo de vida. Asco
- suntsé
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
X300000!!!!!!!kurgan escreveu:x2FoxTroop escreveu:
Teorias geopolíticas?!!! Quais teorias geopolíticas?!!! Aquelas que eu andei a defender em buracos infectos no cu de Judas, passando sede e fome, longe dos que amo e arriscando o cavername, enquanto tu e toda uma cambada mal agradecidos e cheios de "politicamente correctos" estavam a virar copos na noite ou a ver como dar a volta a uma garina?!!! E por isso, sim, tenho mais bases que a maioria para dizer que não condeno isto e eles que se fodam entre eles porque sei que à 1ª hipótese vão tentar-me foder. Já passei por esse filme e sei no que estas merdas dão.
Se te preocupas tanto com eles, ao menos mostra que tens bolas de Homem e dá-te como voluntário para ir lá "lutar pela democracia". Ao menos reconheço isso ao talibans e afins, que dão o corpo a manifesto por aquilo em que acreditam enquanto os "indignados" aqui, tão preocupadinhos com os problemas de outros e tão desejosos de enviar os conterrâneos para morrer em nome das suas "preocupações" nem Homens são para lutar contra a destruição do seu modelo de vida. Asco
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Segunda Volta em Português de portugal quer dizer segundo turno para caso alguem não entendeu.
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Rússia/Eleições: Putin admite segunda volta
O primeiro-ministro e candidato à presidência russa, Vladimir Putin, admitiu a possibilidade de uma segunda volta nas presidenciais e prometeu trabalhar com o vencedor, caso seja derrotado.
"Compreendo que é possível uma segunda volta em conformidade com a legislação existente, isso irá depender da vontade dos eleitores", declarou num encontro de jovens advogados que pretendem ser observadores no escrutínio de 04 de março.
Putin afirmou estar convencido da vitória na primeira volta.
"Claro que eu não apresentaria a minha candidatura se não contasse com a vitória. Também compreendo e penso que compreendem que a segunda volta estará inevitavelmente ligada à continuação de uma certa luta e a alguma desestabilização da situação política. Mas não há nada de terrível nisso. Se for necessário, estarei pronto para a segunda volta", explicou.
O dirigente russo apelou aos apoiantes para que não fiquem em casa por considerarem que "Putin ganhará de qualquer forma".
Vladimir Putin declarou que se perder as eleições, vai ficar melindrado.
"Não quero trabalhar, não irei trabalhar se não tiver apoio, não tem sentido. Nesse caso, outras pessoas devem tentar fazer melhor, porque os cidadãos do nosso país entregam os destinos da Rússia noutras mãos, e será preciso apenas ajudar essas pessoas a resolver os problemas que se colocam ao país. Se tal acontecer, não ficarei melindrado com essa escolha", frisou.
"A nossa e a vossa tarefa consiste em descobrir os verdadeiros resultados das eleições, porque só com base na verdadeira vontade do povo é que o poder será capaz de realizar as tarefas e planos que se colocam ao país", acrescentou.
O dirigente russo admitiu a possibilidade de oferecer alguns cargos aos adversários políticos.
"Já disse que convidei para trabalhar pessoas de outros partidos considerados da oposição: Causa da Direita, Iabloko. Eles trabalharam, trabalham e continuaram a trabalhar eficazmente, por isso nada de impossível vejo nisso. Mais, alguns querem enviar os seus representantes para o poder executivo. Não excluo isso", frisou.
Putin considerou que a presença de observadores estrangeiros contribui para o aumento da confiança na Rússia, mas pediu isenção.
O primeiro-ministro russo acusou organizações internacionais de terem sido tendenciosas na avaliação das legislativas de 04 de dezembro e notou que noutros países estrangeiros, nomeadamente nos Estados Unidos, os partidos políticos não podem receber apoio financeiro externo na luta política interna.
As eleições presidenciais na Rússia estão marcadas para 04 de março e a oposição exige a realização de um escrutínio transparente.
Nas eleições, além do primeiro-ministro, Vladimir Putin, participam o dirigente comunista Guennadi Ziuganov, o líder nacionalista Vladimir Jirinovski, o dirigente do Partido Rússia Justa, Serguei Mironov, e o magnata Mikhail Prokhorov.
As últimas sondagens publicadas apontam para a realização de uma segunda volta, entre Putin e Ziuganov.
http://darussia.blogspot.com/2012/02/ru ... gunda.html
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Rússia/Eleições: Putin admite segunda volta
O primeiro-ministro e candidato à presidência russa, Vladimir Putin, admitiu a possibilidade de uma segunda volta nas presidenciais e prometeu trabalhar com o vencedor, caso seja derrotado.
"Compreendo que é possível uma segunda volta em conformidade com a legislação existente, isso irá depender da vontade dos eleitores", declarou num encontro de jovens advogados que pretendem ser observadores no escrutínio de 04 de março.
Putin afirmou estar convencido da vitória na primeira volta.
"Claro que eu não apresentaria a minha candidatura se não contasse com a vitória. Também compreendo e penso que compreendem que a segunda volta estará inevitavelmente ligada à continuação de uma certa luta e a alguma desestabilização da situação política. Mas não há nada de terrível nisso. Se for necessário, estarei pronto para a segunda volta", explicou.
O dirigente russo apelou aos apoiantes para que não fiquem em casa por considerarem que "Putin ganhará de qualquer forma".
Vladimir Putin declarou que se perder as eleições, vai ficar melindrado.
"Não quero trabalhar, não irei trabalhar se não tiver apoio, não tem sentido. Nesse caso, outras pessoas devem tentar fazer melhor, porque os cidadãos do nosso país entregam os destinos da Rússia noutras mãos, e será preciso apenas ajudar essas pessoas a resolver os problemas que se colocam ao país. Se tal acontecer, não ficarei melindrado com essa escolha", frisou.
"A nossa e a vossa tarefa consiste em descobrir os verdadeiros resultados das eleições, porque só com base na verdadeira vontade do povo é que o poder será capaz de realizar as tarefas e planos que se colocam ao país", acrescentou.
O dirigente russo admitiu a possibilidade de oferecer alguns cargos aos adversários políticos.
"Já disse que convidei para trabalhar pessoas de outros partidos considerados da oposição: Causa da Direita, Iabloko. Eles trabalharam, trabalham e continuaram a trabalhar eficazmente, por isso nada de impossível vejo nisso. Mais, alguns querem enviar os seus representantes para o poder executivo. Não excluo isso", frisou.
Putin considerou que a presença de observadores estrangeiros contribui para o aumento da confiança na Rússia, mas pediu isenção.
O primeiro-ministro russo acusou organizações internacionais de terem sido tendenciosas na avaliação das legislativas de 04 de dezembro e notou que noutros países estrangeiros, nomeadamente nos Estados Unidos, os partidos políticos não podem receber apoio financeiro externo na luta política interna.
As eleições presidenciais na Rússia estão marcadas para 04 de março e a oposição exige a realização de um escrutínio transparente.
Nas eleições, além do primeiro-ministro, Vladimir Putin, participam o dirigente comunista Guennadi Ziuganov, o líder nacionalista Vladimir Jirinovski, o dirigente do Partido Rússia Justa, Serguei Mironov, e o magnata Mikhail Prokhorov.
As últimas sondagens publicadas apontam para a realização de uma segunda volta, entre Putin e Ziuganov.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Ministério da Defesa gastará cerca de 3 bilhões de dólares para arsenais militares.
O Ministério da Defesa da Rússia antes do fim de 2015 terá gastado 2,9 bilhões de dólares para construir novos e reconstruir velhos arsenais, comunica o vice-ministro da Defesa, general de exército Dmitri Bulgakov.
Conforme Bulgakov, em 2012 o Ministério planeja construir 613 reservatórios para munições no território dos Distritos Militares Ocidental e do Sul, em 2013 novos reservatórios surgirão no Distrito Militar Central, em 2014 – no Distrito Oriental.Também se tenciona equipá-los com guardas do perímetro, sistemas de extinção de incêndios e video vigilância.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/01/65114155.html
O Ministério da Defesa da Rússia antes do fim de 2015 terá gastado 2,9 bilhões de dólares para construir novos e reconstruir velhos arsenais, comunica o vice-ministro da Defesa, general de exército Dmitri Bulgakov.
Conforme Bulgakov, em 2012 o Ministério planeja construir 613 reservatórios para munições no território dos Distritos Militares Ocidental e do Sul, em 2013 novos reservatórios surgirão no Distrito Militar Central, em 2014 – no Distrito Oriental.Também se tenciona equipá-los com guardas do perímetro, sistemas de extinção de incêndios e video vigilância.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/01/65114155.html
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Uma surpresa para o “cardápio” de Munique?.
A Conferência de Segurança em Munique pode vir a ser o intermediário na discussão entre a Rússia e a OTAN, que se prolonga por vários anos, a respeito do problema de defesa antimíssil. O presidente da conferência Wolfgang Ischinger declarou que na conferência será apresentada uma proposta compromissória a respeito do sistema europeu de defesa antimíssil que será conveniente a ambas as partes.
Na véspera do fórum internacional de segurança em Munique, que se abre a 3 de fevereiro, o presidente da conferência Ischinger, que foi anteriormente embaixador da Alemanha nos EUA, informou que durante quase dois anos está sendo elaborado com a participação de representantes dos EUA, Rússia e Estados – membros da OTAN uma variante compromissiva na esfera de criação do “escudo” antimíssil da Europa.
De acordo com Ischinger, o momento-chave da nova variante será a troca de dados e a sua avaliação conjunta. Mas os sistemas de defesa antimíssil não serão unidos. Washington está contra esta medida pois teme a entrega de tecnologias. Wolfgng Ischinger não revelou outros pormenores. No entanto, os peritos apressam-se a interpretar esta declaração como um avanço nas conversações. A opinião de Igor Korotchenko, redator – chefe da revista “Defesa Nacional” e membro da presidência do conselho social do ministério da defesa da Rússia, é mais categórica.
– A Rússia tornou bem clara reiteradas vezes a sua posição. Moscou necessita de garantias, juridicamente obrigatórias, de que o sistema europeu de defesa antimíssil não será orientado contra ela. No plano prático, isso significa que as posições de lançamento de antimísseis devem ser afastadas da fronteira russa à distância, equivalente ao raio da sua aplicação militar. É esta a premissa única que a Rússia impõe como condição de instalação do sistema europeu de defesa antimíssil. Quanto a diversas propostas, incluindo propostas de criar centro de intercâmbio de dados, estas, certamente, irão merecer devida atenção. Mas a posição de princípios da Rússia continua invariável.
Ainda em meados do século passado Wolfgang Ischinger exortou através do artigo “O Telhado do Lar Europeu”, publicado no jornal alemão “Frankfurter Allgemeine Zeitung”, a incorporar a Rússia na criação do sistema europeu de defesa antimíssil em pé de igualdade com outros Estados e de maneira a levar em consideração os interesses russos. É interessante que a atual informação sobre um novo compromisso vem dele e não dos órgãos oficiais de Washington ou de Bruxelas. Aliás, na opinião de Igor Korotchenko, a fonte de informação não importa.
– Pode-se tornar esta informação pública em qualquer local, - seja Washington, Tóquio ou Munique. Enquanto os EUA e a OTAN se recusarem a examinar estas questões no plano prático, a Rússia vai tomar todas as medidas que tinham sido apontadas anteriormente pelo presidente Dmitri Medvedev. Nas etapas em que o sistema europeu de defesa antimíssil ameaçar realmente as nossas forças estratégicas, vamos tomar todo o conjunto de medidas de resposta, ou seja, vamos instalar os mísseis tático-operativos “Iskander” na região de Kaliningrado e na parte sul da Rússia e reorientar uma parte do nosso potencial estratégico-militar para a eliminação de objetos do sistema europeu de defesa antimíssil no caso de um hipotético conflito militar.
É difícil de prever se o novo “prato” político, de que falou Ischinger, será uma ou não uma surpresa para a mesa de Munique. O mais importante é que ele seja “comestível”.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/01/65119188.html
A Conferência de Segurança em Munique pode vir a ser o intermediário na discussão entre a Rússia e a OTAN, que se prolonga por vários anos, a respeito do problema de defesa antimíssil. O presidente da conferência Wolfgang Ischinger declarou que na conferência será apresentada uma proposta compromissória a respeito do sistema europeu de defesa antimíssil que será conveniente a ambas as partes.
Na véspera do fórum internacional de segurança em Munique, que se abre a 3 de fevereiro, o presidente da conferência Ischinger, que foi anteriormente embaixador da Alemanha nos EUA, informou que durante quase dois anos está sendo elaborado com a participação de representantes dos EUA, Rússia e Estados – membros da OTAN uma variante compromissiva na esfera de criação do “escudo” antimíssil da Europa.
De acordo com Ischinger, o momento-chave da nova variante será a troca de dados e a sua avaliação conjunta. Mas os sistemas de defesa antimíssil não serão unidos. Washington está contra esta medida pois teme a entrega de tecnologias. Wolfgng Ischinger não revelou outros pormenores. No entanto, os peritos apressam-se a interpretar esta declaração como um avanço nas conversações. A opinião de Igor Korotchenko, redator – chefe da revista “Defesa Nacional” e membro da presidência do conselho social do ministério da defesa da Rússia, é mais categórica.
– A Rússia tornou bem clara reiteradas vezes a sua posição. Moscou necessita de garantias, juridicamente obrigatórias, de que o sistema europeu de defesa antimíssil não será orientado contra ela. No plano prático, isso significa que as posições de lançamento de antimísseis devem ser afastadas da fronteira russa à distância, equivalente ao raio da sua aplicação militar. É esta a premissa única que a Rússia impõe como condição de instalação do sistema europeu de defesa antimíssil. Quanto a diversas propostas, incluindo propostas de criar centro de intercâmbio de dados, estas, certamente, irão merecer devida atenção. Mas a posição de princípios da Rússia continua invariável.
Ainda em meados do século passado Wolfgang Ischinger exortou através do artigo “O Telhado do Lar Europeu”, publicado no jornal alemão “Frankfurter Allgemeine Zeitung”, a incorporar a Rússia na criação do sistema europeu de defesa antimíssil em pé de igualdade com outros Estados e de maneira a levar em consideração os interesses russos. É interessante que a atual informação sobre um novo compromisso vem dele e não dos órgãos oficiais de Washington ou de Bruxelas. Aliás, na opinião de Igor Korotchenko, a fonte de informação não importa.
– Pode-se tornar esta informação pública em qualquer local, - seja Washington, Tóquio ou Munique. Enquanto os EUA e a OTAN se recusarem a examinar estas questões no plano prático, a Rússia vai tomar todas as medidas que tinham sido apontadas anteriormente pelo presidente Dmitri Medvedev. Nas etapas em que o sistema europeu de defesa antimíssil ameaçar realmente as nossas forças estratégicas, vamos tomar todo o conjunto de medidas de resposta, ou seja, vamos instalar os mísseis tático-operativos “Iskander” na região de Kaliningrado e na parte sul da Rússia e reorientar uma parte do nosso potencial estratégico-militar para a eliminação de objetos do sistema europeu de defesa antimíssil no caso de um hipotético conflito militar.
É difícil de prever se o novo “prato” político, de que falou Ischinger, será uma ou não uma surpresa para a mesa de Munique. O mais importante é que ele seja “comestível”.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/02/01/65119188.html
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
A corporação Armamento tático-balístico: mísseis mais modernos para a aviação e para a marinha de guerra.
Em breve a força aérea da Rússia, em particular os caças-interceptores MiG-31BM, irão receber o míssil tático mais moderno, que tinha sido desenvolvido pela Corporação de Armamento Balístico. Esta informação foi divulgada pelo coronel-general Aleksandr Zelin, comandante em chefe da força aérea russa. No presente caso trata-se do míssil da classe ar – ar, de grande raio de ação, informa o diretor geral desta corporação Boris Obnossov.
– Este foguete deve substituir o míssil R-33E, atualmente exportado, que faz parte do complexo de intercepção longínqua do caça MiG-31. Além disso, o novo míssil de grande raio de ação deve ser adotado na qualidade de armamento orgânico da aviação do campo de combate. Uma confrontação do míssil TVD-BD com o míssil que ele deve substituir torna evidente que o novo engenho deve ter o raio de ação cerca de duas vezes maior, deve ser capaz de atingir alvos nas alturas de 15 metros a 25 quilômetros e voar com sobrecarga que supere duas vezes o respectivo parâmetro de R-33E. Este míssil funciona independentemente do tempo. É capaz de atingir caças, aviões de assalto, bombardeiros e, inclusive, mísseis alados.
Altos parâmetros aerodinâmicos dos mísseis ar – ar permitem garantir o raio de ação de até duzentos quilômetros. O sistema de apontamento de foguetes com a correção posterior por rádio garantem o atingimento de alvos em todos os ângulos, nas condições de rádiointerferências geradas pela superfície aquática ou terrestre. Precisamente a existência de todos estes fatores é que explica o grande interesse de pilotos militares na conclusão mais breve dos seus testes.
Uma das últimas obras, desenvolvidas pela corporação Armamento Tático-Balístico é um míssil alado de baseamento aéreo. Como é claro, por força de razões evidentes, a informação sobre as suas características é muito limitada. Sabe-se, todavia, que se trata do desenvolvimento do míssil da classe X-55, o que irá proporcionar à aviação russa de grande raio de ação novas possibilidades nos combates dado que este armamento autônomo de alta precisão e de raio grande e médio de ação pode desempenhar a função de um meio de contenção estratégico não nuclear. A Corporação de Armamento Tático-Balístico tem dedicado uma grande atenção à criação de novos mísseis antinavio, – aponta Boris Obnossov.
– Trabalhamos também neste setor. São conhecidos os nossos projetos – os complexos balísticos Mosquit e Uran. Temos avançado bem nestes setores. Na última exposição foi exibido um míssil da nova geração, que supera duas vezes o seu análogo anterior quanto ao raio de ação e proteção contra as interferências.
Atualmente os testes estatais do novo míssil já estão na fase final.
http://portuguese.ruvr.ru/2012/01/31/65029598.html
Em breve a força aérea da Rússia, em particular os caças-interceptores MiG-31BM, irão receber o míssil tático mais moderno, que tinha sido desenvolvido pela Corporação de Armamento Balístico. Esta informação foi divulgada pelo coronel-general Aleksandr Zelin, comandante em chefe da força aérea russa. No presente caso trata-se do míssil da classe ar – ar, de grande raio de ação, informa o diretor geral desta corporação Boris Obnossov.
– Este foguete deve substituir o míssil R-33E, atualmente exportado, que faz parte do complexo de intercepção longínqua do caça MiG-31. Além disso, o novo míssil de grande raio de ação deve ser adotado na qualidade de armamento orgânico da aviação do campo de combate. Uma confrontação do míssil TVD-BD com o míssil que ele deve substituir torna evidente que o novo engenho deve ter o raio de ação cerca de duas vezes maior, deve ser capaz de atingir alvos nas alturas de 15 metros a 25 quilômetros e voar com sobrecarga que supere duas vezes o respectivo parâmetro de R-33E. Este míssil funciona independentemente do tempo. É capaz de atingir caças, aviões de assalto, bombardeiros e, inclusive, mísseis alados.
Altos parâmetros aerodinâmicos dos mísseis ar – ar permitem garantir o raio de ação de até duzentos quilômetros. O sistema de apontamento de foguetes com a correção posterior por rádio garantem o atingimento de alvos em todos os ângulos, nas condições de rádiointerferências geradas pela superfície aquática ou terrestre. Precisamente a existência de todos estes fatores é que explica o grande interesse de pilotos militares na conclusão mais breve dos seus testes.
Uma das últimas obras, desenvolvidas pela corporação Armamento Tático-Balístico é um míssil alado de baseamento aéreo. Como é claro, por força de razões evidentes, a informação sobre as suas características é muito limitada. Sabe-se, todavia, que se trata do desenvolvimento do míssil da classe X-55, o que irá proporcionar à aviação russa de grande raio de ação novas possibilidades nos combates dado que este armamento autônomo de alta precisão e de raio grande e médio de ação pode desempenhar a função de um meio de contenção estratégico não nuclear. A Corporação de Armamento Tático-Balístico tem dedicado uma grande atenção à criação de novos mísseis antinavio, – aponta Boris Obnossov.
– Trabalhamos também neste setor. São conhecidos os nossos projetos – os complexos balísticos Mosquit e Uran. Temos avançado bem nestes setores. Na última exposição foi exibido um míssil da nova geração, que supera duas vezes o seu análogo anterior quanto ao raio de ação e proteção contra as interferências.
Atualmente os testes estatais do novo míssil já estão na fase final.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Peço aos colegas DSA e FoxTroop que acalmem os ânimos, pois podemos discutir sem ser necessário disparatar uns com os outros.
É com cordialidade que se encaminha um bom debate.
Cumprimentos.
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Audaces Fortuna Iuvat
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Política e dignidade
A mensagem a Putin é que as pessoas forçadas a viver num jogo manipulado ou tratadas como gado acabam explodindo.
É COLUNISTA, ESCRITOR, GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER, THOMAS L., FRIEDMAN, THE NEW YORK TIMES, É COLUNISTA, ESCRITOR, GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER, THOMAS L., FRIEDMAN, THE NEW YORK TIMES - O Estado de S.Paulo
Destino: Moscou.
Aos cuidados do primeiro-ministro Vladimir Putin e do presidente Dmitri Medvedev. Assunto: A Rússia e a Primavera Árabe.
De: Um visitante do Cairo e de Moscou
Prezados senhores:
É possível que considerem que as situações no Egito e na Rússia nada têm em comum. Mas reflitam um pouco.
Sem dúvida, os dois países têm histórias extremamente diferentes. No entanto, depois de ter viajado para Cairo e Moscou nos últimos meses, posso afirmar que têm uma coisa muito importante em comum: a agitação política em ambos os países não foi inspirada inicialmente por nenhuma ideologia, mas pela mais humana das emoções - a busca da dignidade e da justiça.
A humilhação é a força mais subestimada na política. As pessoas podem absorver as dificuldades, a fome e a dor. Mostrarão gratidão por empregos, carros e benefícios. Mas - se as obrigarem a viver indefinidamente num jogo manipulado ou se se sentirem como gado que passa das mãos de um patrão para o filho ou de um político para outro - acabarão explodindo.
Foram tais emoções que provocaram os levantes no Cairo e em Moscou. Elas não desaparecem facilmente, e é por isso que os senhores estão numa situação bem mais complicada do que imaginam.
Assistiram aos vídeos caseiros que hoje são exibidos em toda a Rússia? Um dos meus favoritos foi realizado por dois paraquedistas russos que viraram cantores, postado no YouTube com o título "Os veteranos aviadores russos contra Vladimir Putin". Sua letra é dirigida especificamente ao senhor primeiro-ministro, depois do anúncio feito em 24 de setembro de que o presidente Medvedev deixaria o cargo e prepararia o caminho para o senhor, e o seu grupo (agora conhecido como "o bando dos desonestos e ladrões"), candidatar-se à presidência - e tentar mais dois mandatos de seis anos, mais 12 anos.
Os russos imediatamente começaram a calcular com que idade estarão antes de poder ver seu país governado por outra pessoa que não o senhor Putin. Muitos ficaram deprimidos - principalmente porque Medvedev disse que a "troca de cargos" é um plano de muito tempo. Entretanto, ninguém mais foi consultado e os senhores nem sequer se preocuparam em explicar por que Putin ficaria mais 12 anos.
Não surpreende que a música dedicada pelos paraquedistas a Putin fale de dignidade: "Você não é diferente de mim,/é um homem, não Deus./Eu não sou diferente de você,/sou um homem, não um bronco./Não deixaremos que você continue mentindo./Nem que continue roubando./ Somos soldados livres que defenderam a pátria".
Aleksei Navalni, advogado, militante e blogueiro, que ajudou a organizar os comícios contra o senhor, disse que nada foi mais fundamental para insuflar os protestos do que a experiência diária dos moscovitas que ficam presos no trânsito para que algum carro de luzes azuis piscando, de algum amigo de Putin escondido por trás dos vidros fumês, possa passar a toda velocidade.
"É uma questão de dignidade", disse Navalni. "Quem são essas pessoas? Por que não ligam para nossos direitos? Não importa minimamente sua carreira brilhante. Você terá de ficar encalacrado no trânsito e essas pessoas e seus filhos passarão por nós com suas luzes azuis piscando."
O senhor Putin realizou coisas consideráveis. Durante os primeiros oito anos na presidência, desde 2000, estabilizou a Rússia que caminhava a largos passos para o colapso e permitiu o surgimento de uma grande classe média urbana. A bem da verdade, o senhor não conseguiu isso com luvas de pelica, mas acompanhado por uma enorme corrupção e graças às exportações de petróleo. Mas parte dessa riqueza chegou até nós, favorecendo o surgimento de uma verdadeira classe média de profissionais e empreendedores. Eles são seus rebentos políticos acidentais - "talvez a primeira classe política independente na história da Rússia moderna", afirma Max Trudolyubov, editor da página de editorial do jornal Vedomosti - e agora eles querem influir no futuro do seu país.
Os senhores têm falado ultimamente com Mikhail Dmitriev, o presidente do Centro de Pesquisas Estratégicas? Ele vem criando grupos de debate desde 2009, dos quais, ao que me consta, seus assessores tiveram conhecimento, embora não acreditassem. Os protestos anti-Putin, concluiu Dmitriev, não foram provocados pelos desempregados, mas por "cidadãos russos altamente especializados", convencidos de que "a sociedade russa é uma estrada de duas mãos, uma para os privilegiados próximos ao poder", com suas próprias leis ou a falta delas, "e outra para o restante da população".
Conscientização. De 2009 em diante, diz Dmitriev, seus grupos de debate começaram mostrando que os integrantes dessa nova "classe média rica, dotada de amor próprio", conscientizaram-se de que "não eram reconhecidos como indivíduos merecedores, cujos direitos são iguais aos de qualquer outro, e como tais devem ser respeitados". Uma frase "apareceu de repente em todo o país: 'Não somos gado'". Foi então que compreendeu que "é uma questão de dignidade e amor próprio".
A luta entre os senhores e seus rebentos acidentais continuará por muito tempo.
Mas, meus caros senhores, não tenham dúvida: a vida política está de volta na Rússia. Tomem cuidado. Putin certamente vencerá as eleições de março, prevê Dmitriev, "mas sairá enfraquecido". A marca Putin está em declínio, afirma. "Está em queda. Isso garantirá que Putin seja um presidente fraco com menos apoio do que antes."
Portanto, argumenta Dmitriev, sua única opção para continuar sendo um político de peso é "criar um governo de coalizão que inclua a oposição, com base em eleições livres e imparciais, e ter como objetivo a adoção de um sistema político mais equilibrado e competitivo". Aí, então, eu o ouviria. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA.
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 0236,0.htm
A mensagem a Putin é que as pessoas forçadas a viver num jogo manipulado ou tratadas como gado acabam explodindo.
É COLUNISTA, ESCRITOR, GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER, THOMAS L., FRIEDMAN, THE NEW YORK TIMES, É COLUNISTA, ESCRITOR, GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER, THOMAS L., FRIEDMAN, THE NEW YORK TIMES - O Estado de S.Paulo
Destino: Moscou.
Aos cuidados do primeiro-ministro Vladimir Putin e do presidente Dmitri Medvedev. Assunto: A Rússia e a Primavera Árabe.
De: Um visitante do Cairo e de Moscou
Prezados senhores:
É possível que considerem que as situações no Egito e na Rússia nada têm em comum. Mas reflitam um pouco.
Sem dúvida, os dois países têm histórias extremamente diferentes. No entanto, depois de ter viajado para Cairo e Moscou nos últimos meses, posso afirmar que têm uma coisa muito importante em comum: a agitação política em ambos os países não foi inspirada inicialmente por nenhuma ideologia, mas pela mais humana das emoções - a busca da dignidade e da justiça.
A humilhação é a força mais subestimada na política. As pessoas podem absorver as dificuldades, a fome e a dor. Mostrarão gratidão por empregos, carros e benefícios. Mas - se as obrigarem a viver indefinidamente num jogo manipulado ou se se sentirem como gado que passa das mãos de um patrão para o filho ou de um político para outro - acabarão explodindo.
Foram tais emoções que provocaram os levantes no Cairo e em Moscou. Elas não desaparecem facilmente, e é por isso que os senhores estão numa situação bem mais complicada do que imaginam.
Assistiram aos vídeos caseiros que hoje são exibidos em toda a Rússia? Um dos meus favoritos foi realizado por dois paraquedistas russos que viraram cantores, postado no YouTube com o título "Os veteranos aviadores russos contra Vladimir Putin". Sua letra é dirigida especificamente ao senhor primeiro-ministro, depois do anúncio feito em 24 de setembro de que o presidente Medvedev deixaria o cargo e prepararia o caminho para o senhor, e o seu grupo (agora conhecido como "o bando dos desonestos e ladrões"), candidatar-se à presidência - e tentar mais dois mandatos de seis anos, mais 12 anos.
Os russos imediatamente começaram a calcular com que idade estarão antes de poder ver seu país governado por outra pessoa que não o senhor Putin. Muitos ficaram deprimidos - principalmente porque Medvedev disse que a "troca de cargos" é um plano de muito tempo. Entretanto, ninguém mais foi consultado e os senhores nem sequer se preocuparam em explicar por que Putin ficaria mais 12 anos.
Não surpreende que a música dedicada pelos paraquedistas a Putin fale de dignidade: "Você não é diferente de mim,/é um homem, não Deus./Eu não sou diferente de você,/sou um homem, não um bronco./Não deixaremos que você continue mentindo./Nem que continue roubando./ Somos soldados livres que defenderam a pátria".
Aleksei Navalni, advogado, militante e blogueiro, que ajudou a organizar os comícios contra o senhor, disse que nada foi mais fundamental para insuflar os protestos do que a experiência diária dos moscovitas que ficam presos no trânsito para que algum carro de luzes azuis piscando, de algum amigo de Putin escondido por trás dos vidros fumês, possa passar a toda velocidade.
"É uma questão de dignidade", disse Navalni. "Quem são essas pessoas? Por que não ligam para nossos direitos? Não importa minimamente sua carreira brilhante. Você terá de ficar encalacrado no trânsito e essas pessoas e seus filhos passarão por nós com suas luzes azuis piscando."
O senhor Putin realizou coisas consideráveis. Durante os primeiros oito anos na presidência, desde 2000, estabilizou a Rússia que caminhava a largos passos para o colapso e permitiu o surgimento de uma grande classe média urbana. A bem da verdade, o senhor não conseguiu isso com luvas de pelica, mas acompanhado por uma enorme corrupção e graças às exportações de petróleo. Mas parte dessa riqueza chegou até nós, favorecendo o surgimento de uma verdadeira classe média de profissionais e empreendedores. Eles são seus rebentos políticos acidentais - "talvez a primeira classe política independente na história da Rússia moderna", afirma Max Trudolyubov, editor da página de editorial do jornal Vedomosti - e agora eles querem influir no futuro do seu país.
Os senhores têm falado ultimamente com Mikhail Dmitriev, o presidente do Centro de Pesquisas Estratégicas? Ele vem criando grupos de debate desde 2009, dos quais, ao que me consta, seus assessores tiveram conhecimento, embora não acreditassem. Os protestos anti-Putin, concluiu Dmitriev, não foram provocados pelos desempregados, mas por "cidadãos russos altamente especializados", convencidos de que "a sociedade russa é uma estrada de duas mãos, uma para os privilegiados próximos ao poder", com suas próprias leis ou a falta delas, "e outra para o restante da população".
Conscientização. De 2009 em diante, diz Dmitriev, seus grupos de debate começaram mostrando que os integrantes dessa nova "classe média rica, dotada de amor próprio", conscientizaram-se de que "não eram reconhecidos como indivíduos merecedores, cujos direitos são iguais aos de qualquer outro, e como tais devem ser respeitados". Uma frase "apareceu de repente em todo o país: 'Não somos gado'". Foi então que compreendeu que "é uma questão de dignidade e amor próprio".
A luta entre os senhores e seus rebentos acidentais continuará por muito tempo.
Mas, meus caros senhores, não tenham dúvida: a vida política está de volta na Rússia. Tomem cuidado. Putin certamente vencerá as eleições de março, prevê Dmitriev, "mas sairá enfraquecido". A marca Putin está em declínio, afirma. "Está em queda. Isso garantirá que Putin seja um presidente fraco com menos apoio do que antes."
Portanto, argumenta Dmitriev, sua única opção para continuar sendo um político de peso é "criar um governo de coalizão que inclua a oposição, com base em eleições livres e imparciais, e ter como objetivo a adoção de um sistema político mais equilibrado e competitivo". Aí, então, eu o ouviria. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA.
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 0236,0.htm
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Os EUA podiam gastar melhor esse dinheiro em vez de ficar jogando fora na Russia só vai prejudica-los ainda mais em querer se meter nos assuntos internos deles.
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U.S. spends 160 million USD to support Russian civil society.
MOSCOW, February 2 (Itar-Tass) — The United States spent 160 million U.S. dollars in 2009-2011 to support civil society in Russia, Federation Council deputy chairman Ilyas Umakhanov said.
Speaking at a round-table meeting in the State Duma on Thursday, Umakhanov said, “According to reports that I have, for three years – 2009-2011 a total of 160 million U.S. dollars have been provided from the U.S. budget to support the so-called civil society, mass media etc. in Russia.”
http://www.itar-tass.com/en/c154/332496.html
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U.S. spends 160 million USD to support Russian civil society.
MOSCOW, February 2 (Itar-Tass) — The United States spent 160 million U.S. dollars in 2009-2011 to support civil society in Russia, Federation Council deputy chairman Ilyas Umakhanov said.
Speaking at a round-table meeting in the State Duma on Thursday, Umakhanov said, “According to reports that I have, for three years – 2009-2011 a total of 160 million U.S. dollars have been provided from the U.S. budget to support the so-called civil society, mass media etc. in Russia.”
http://www.itar-tass.com/en/c154/332496.html
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Seria o princípio de um pluralismo político "à moda russa"?
Sem chegar ao ponto de considerar uma derrota para Vladimir Putin nas próximas eleições presidenciais, o questionamento da supremacia eleitoral do Rússia Unida por determinadas camadas da população nas últimas legislativas poderia sugerir que o país está entrando em uma fase de reformulação progressiva de seu sistema político, ao mesmo tempo em que conserva certas invariantes da cultura política putiniana.
Durante os acontecimentos que se sucederam após as eleições legislativas russas do dia 4 de dezembro de 2011, a imprensa francesa tendeu a focar no movimento de manifestações contra as fraudes, bem como sobre seu líder - o blogueiro Alexis Navalny. A mobilização do dia 24 de dezembro de 2011 na Avenida Sakharov para denunciar o “partido dos escroques e dos ladrões” certamente foi algo que não se via desde 1993, em um país que muitos diziam ser politicamente amorfo. Mas a espontaneidade do movimento, bem como sua dimensão espetacular, não devem fazer com que se esqueça que os manifestantes constituem somente uma parte ínfima do eleitorado russo, do qual uma maioria continua apoiando a “vertical do poder”, o modelo político instaurado por Vladimir Putin no início dos anos 2000, e muitas vezes associado à ideia de estabilidade e de crescimento reencontrados após o “caos” dos anos 1990. No entanto, uma real contestação do partido governista Rússia Unida ocorreu nas urnas nas eleições legislativas, e isso apesar das fraudes. Mais do que as próprias manifestações, ela poderia ser um prenúncio de grandes mudanças políticas durante as presidenciais de março de 2012.
Nas eleições legislativas de dezembro passado, em muitas partes da Rússia ocidental e, muitas vezes pela primeira vez, o Rússia Unida chegou em segundo – ou até terceiro – lugar atrás do partido comunista e da coalizão Rússia Justa (centro-esquerda). Essa reviravolta eleitoral ocorreu principalmente em cidades bem precisas, onde se concentra uma classe média provinciana de um gênero bem particular. Essas cidades, geralmente de tamanho médio, eram os carros-chefes do gigantesco aparelho de produção da URSS. Centros de pesquisa nuclear, fábricas estratégicas, núcleos de ciência... Esses territórios têm em comum uma história muitas vezes feita de privilégios, mas também de segredos.
Logo no início de seu primeiro mandato, Vladimir Putin liberou somas imensas para incentivar a retomada econômica dessas cidades especializadas e multifuncionais, para delas fazer as vitrines de uma potência tecnológica e científica ressuscitada. Embora persistam sérias dúvidas quanto à rentabilidade desses investimentos, continua sendo verdade que o dinheiro público – que foi investido de forma maciça ali graças aos dividendos do gás e do petróleo – contribuiu para a emergência de uma verdadeira classe média nessas municipalidades que são como um arquipélago no imenso oceano de uma “Rússia rebaixada” (termo emprestado de J.R. Raviot).
Foi justamente nessas ilhotas que o Rússia Unida sofreu os maiores reveses durante as últimas legislativas, uma vez que os eleitores preferiram amplamente o partido comunista e a coalizão Rússia Justa. Na cidade de Dubna, fundada em 1947 em torno do primeiro acelerador de partículas da URSS e capital dos físicos, o voto no Rússia Unida caiu para 21% em 2011, contra 48% nas eleições parlamentares de 2007, por exemplo. O mesmo aconteceu em Korolev, cidade que abriga o centro de controle de voos da agência espacial russa (22% para o Rússia Unida em 2011, contra 59% em 2007), ou ainda na famosa Cidade das Estrelas, onde os cosmonautas treinavam antes de suas missões (20% para o Rússia Unida em 2011). Nessas três cidades, o partido governista chegou em terceiro lugar, uma vez que o primeiro ficou com o partido comunista, e o segundo com a coalizão Rússia Justa. O mesmo fenômeno pôde ser observado em dezenas de cidades de perfil similar.
Longe das agitações da Avenida Sakharov, mantidas principalmente por movimentos liberais e nacionalistas, a contestação silenciosa dessa classe média provinciana altamente qualificada poderia ser o sinal premonitório de grandes mudanças políticas na Rússia. O Partido Comunista, bem como a coalizão “Rússia Justa” (centro-esquerda, apoiou Medvedev nas últimas eleições presidenciais), são formações políticas importantes que partilham de um certo número de valores. Ambos são a favor de um modelo de Estado-providência fundado em uma concepção vertical do poder, e eles de fato adotam uma visão da Rússia compatível com os discursos de Vladimir Putin, enquanto nacionalistas e liberais presentes nas ruas de Moscou propõem modelos alternativos às vezes muito afastados do modelo putiniano e pouco representativos das aspirações da maioria do eleitorado.
A mudança de comportamento eleitoral dessa classe média provinciana corresponderia então à expressão de um cansaço em relação ao sistema clientelista em torno do qual se organiza o Rússia Unida, bem mais que a um questionamento fundamental de princípios políticos ainda considerados a panaceia para a catástrofe econômica, social e moral que atingiu o país nos anos 1990. A classe média provinciana poderia então estar na vanguarda de um amplo movimento eleitoral de condenação do Rússia Unida. Isso sugeriria a reformulação de um poder que, embora ainda esteja baseado na ideia de verticalidade, poderia fazer eclodir um embrião de pluralismo entre o Rússia Unida, o Rússia Justa e os comunistas. Portanto, a saída de Vladimir Putin, exigida pelos manifestantes, não seria a condição fundamental para o advento de um modelo como esse; o ex-presidente poderia conseguir reformular suas redes de poder com base nessas novas aspirações afastando-se aos poucos de sua criatura, o Rússia Unida. O país poderia então entrar no caminho de uma alternância “à moda russa”.
* Kevin Limonier é pesquisador no Instituto Francês de Geopolítica (Universidade Paris-8) e membro da redação da revista “Regard sur l’Est”.
http://codinomeinformante.blogspot.com/ ... lismo.html
Sem chegar ao ponto de considerar uma derrota para Vladimir Putin nas próximas eleições presidenciais, o questionamento da supremacia eleitoral do Rússia Unida por determinadas camadas da população nas últimas legislativas poderia sugerir que o país está entrando em uma fase de reformulação progressiva de seu sistema político, ao mesmo tempo em que conserva certas invariantes da cultura política putiniana.
Durante os acontecimentos que se sucederam após as eleições legislativas russas do dia 4 de dezembro de 2011, a imprensa francesa tendeu a focar no movimento de manifestações contra as fraudes, bem como sobre seu líder - o blogueiro Alexis Navalny. A mobilização do dia 24 de dezembro de 2011 na Avenida Sakharov para denunciar o “partido dos escroques e dos ladrões” certamente foi algo que não se via desde 1993, em um país que muitos diziam ser politicamente amorfo. Mas a espontaneidade do movimento, bem como sua dimensão espetacular, não devem fazer com que se esqueça que os manifestantes constituem somente uma parte ínfima do eleitorado russo, do qual uma maioria continua apoiando a “vertical do poder”, o modelo político instaurado por Vladimir Putin no início dos anos 2000, e muitas vezes associado à ideia de estabilidade e de crescimento reencontrados após o “caos” dos anos 1990. No entanto, uma real contestação do partido governista Rússia Unida ocorreu nas urnas nas eleições legislativas, e isso apesar das fraudes. Mais do que as próprias manifestações, ela poderia ser um prenúncio de grandes mudanças políticas durante as presidenciais de março de 2012.
Nas eleições legislativas de dezembro passado, em muitas partes da Rússia ocidental e, muitas vezes pela primeira vez, o Rússia Unida chegou em segundo – ou até terceiro – lugar atrás do partido comunista e da coalizão Rússia Justa (centro-esquerda). Essa reviravolta eleitoral ocorreu principalmente em cidades bem precisas, onde se concentra uma classe média provinciana de um gênero bem particular. Essas cidades, geralmente de tamanho médio, eram os carros-chefes do gigantesco aparelho de produção da URSS. Centros de pesquisa nuclear, fábricas estratégicas, núcleos de ciência... Esses territórios têm em comum uma história muitas vezes feita de privilégios, mas também de segredos.
Logo no início de seu primeiro mandato, Vladimir Putin liberou somas imensas para incentivar a retomada econômica dessas cidades especializadas e multifuncionais, para delas fazer as vitrines de uma potência tecnológica e científica ressuscitada. Embora persistam sérias dúvidas quanto à rentabilidade desses investimentos, continua sendo verdade que o dinheiro público – que foi investido de forma maciça ali graças aos dividendos do gás e do petróleo – contribuiu para a emergência de uma verdadeira classe média nessas municipalidades que são como um arquipélago no imenso oceano de uma “Rússia rebaixada” (termo emprestado de J.R. Raviot).
Foi justamente nessas ilhotas que o Rússia Unida sofreu os maiores reveses durante as últimas legislativas, uma vez que os eleitores preferiram amplamente o partido comunista e a coalizão Rússia Justa. Na cidade de Dubna, fundada em 1947 em torno do primeiro acelerador de partículas da URSS e capital dos físicos, o voto no Rússia Unida caiu para 21% em 2011, contra 48% nas eleições parlamentares de 2007, por exemplo. O mesmo aconteceu em Korolev, cidade que abriga o centro de controle de voos da agência espacial russa (22% para o Rússia Unida em 2011, contra 59% em 2007), ou ainda na famosa Cidade das Estrelas, onde os cosmonautas treinavam antes de suas missões (20% para o Rússia Unida em 2011). Nessas três cidades, o partido governista chegou em terceiro lugar, uma vez que o primeiro ficou com o partido comunista, e o segundo com a coalizão Rússia Justa. O mesmo fenômeno pôde ser observado em dezenas de cidades de perfil similar.
Longe das agitações da Avenida Sakharov, mantidas principalmente por movimentos liberais e nacionalistas, a contestação silenciosa dessa classe média provinciana altamente qualificada poderia ser o sinal premonitório de grandes mudanças políticas na Rússia. O Partido Comunista, bem como a coalizão “Rússia Justa” (centro-esquerda, apoiou Medvedev nas últimas eleições presidenciais), são formações políticas importantes que partilham de um certo número de valores. Ambos são a favor de um modelo de Estado-providência fundado em uma concepção vertical do poder, e eles de fato adotam uma visão da Rússia compatível com os discursos de Vladimir Putin, enquanto nacionalistas e liberais presentes nas ruas de Moscou propõem modelos alternativos às vezes muito afastados do modelo putiniano e pouco representativos das aspirações da maioria do eleitorado.
A mudança de comportamento eleitoral dessa classe média provinciana corresponderia então à expressão de um cansaço em relação ao sistema clientelista em torno do qual se organiza o Rússia Unida, bem mais que a um questionamento fundamental de princípios políticos ainda considerados a panaceia para a catástrofe econômica, social e moral que atingiu o país nos anos 1990. A classe média provinciana poderia então estar na vanguarda de um amplo movimento eleitoral de condenação do Rússia Unida. Isso sugeriria a reformulação de um poder que, embora ainda esteja baseado na ideia de verticalidade, poderia fazer eclodir um embrião de pluralismo entre o Rússia Unida, o Rússia Justa e os comunistas. Portanto, a saída de Vladimir Putin, exigida pelos manifestantes, não seria a condição fundamental para o advento de um modelo como esse; o ex-presidente poderia conseguir reformular suas redes de poder com base nessas novas aspirações afastando-se aos poucos de sua criatura, o Rússia Unida. O país poderia então entrar no caminho de uma alternância “à moda russa”.
* Kevin Limonier é pesquisador no Instituto Francês de Geopolítica (Universidade Paris-8) e membro da redação da revista “Regard sur l’Est”.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Rússia produzirá 6 submarinos anualmente
A Rússia começará a produzir seis submarinos e um porta-aviões por ano a partir de 2013, disse nessa quinta-feira o vice-premiê, Dmitry Rogozin.
"Até 2013, a capacidade de produção [nos estaleiros russos] vai nos permitir construir seis submarinos e um porta-aviões a cada ano", disse Rogozin a repórteres, acrescentando que o número inclui tanto os submarinos nucleares e convencionais.
Como resultado, o volume de produção vai superar a da era soviética, quando a Rússia construiu uma média de cinco submarinos por ano, disse ele.
Rogozin disse anteriormente que a produção havia ficada complicada no passado em virtude da falta de financiamento, equipamento ultrapassado e uma escassez de mão-de-obra qualificada.
Rússia está planejando construir oito submarinos estratégicos da classe Borey e até 10 submarinos de ataque da classe Graney até 2020.
http://codinomeinformante.blogspot.com/ ... rinos.html
A Rússia começará a produzir seis submarinos e um porta-aviões por ano a partir de 2013, disse nessa quinta-feira o vice-premiê, Dmitry Rogozin.
"Até 2013, a capacidade de produção [nos estaleiros russos] vai nos permitir construir seis submarinos e um porta-aviões a cada ano", disse Rogozin a repórteres, acrescentando que o número inclui tanto os submarinos nucleares e convencionais.
Como resultado, o volume de produção vai superar a da era soviética, quando a Rússia construiu uma média de cinco submarinos por ano, disse ele.
Rogozin disse anteriormente que a produção havia ficada complicada no passado em virtude da falta de financiamento, equipamento ultrapassado e uma escassez de mão-de-obra qualificada.
Rússia está planejando construir oito submarinos estratégicos da classe Borey e até 10 submarinos de ataque da classe Graney até 2020.
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?
Regressa Gobbels, estás perdoado!
Caros leitores, não pretendo reabilitar o nazismo ou o seu famigerado porta-voz, mas recorri a essa frase para mostrar o baixo nível a que chegou a propaganda oficial russa para impingir a candidatura de Vladimir Putin ao cargo de Presidente da Rússia.
Sim, sim, trata-se de impingir, tão baixas são essas formas de propaganda.
Começo por reconhecer que, desta vez, as televisões russas controladas pelo Kremlin dão algum tempo de antena aos candidatos da oposição e até dedicam alguns minutos à cobertura das manifestações da oposição. Mas, em contra partida, aumentou bruscamente o tempo de antena dedicada a difamar essa mesma oposição.
Por exemplo, as televisões controladas por Vladimir Putin, pois o Presidente Dmitri Medvedev há muito desapareceu do campo informativo, dedicam programas inteiros a mostrar como é que militantes da oposição foram à Embaixada dos Estados Unidos encontrar-se com o novo embaixador norte-americano, sublinhando, claro está, que se trata de um crime de lesa-majestade. Como se isso fosse um crime!
Os putinistas não duvidam que se trata de uma traição, pois os militantes da oposição foram receber instruções, dinheiro, etc., etc.
A seguir, esses canais passaram a mostrar onde é que os dirigentes da oposição passaram o Ano Novo, e claro que os foram encontrar nas paragens mais longínquas, no meio de Sol e de luxo. Putin e companhia, pelo contrário, devem ter passado as festas entre os milhares de sem-abrigo que existem por essa Rússia a fora.
À medida que se aproxima o início da campanha eleitoral (dia 04 de Fevereiro), o "bombardeamento ideológico" aumenta e torna-se cada vez mais primitivo. O canal televisivo ORT prendou os espectadores com o documentário "Política Fria", dedicado à política externa russa.
Grosso modo, a política externa russa reduz-se ao seguinte: Mikhail Gorbatchov vendeu a URSS ao imperialismo americano, Boris Ieltsin estava disposto a vender a Rússia, mas chegou Vladimir Putin, travou o processo no limiar do precipício e, actualmente, já mostra aos americanos "qual é o lugar deles".
A Rússia dos anos 90 é comparada às regiões mais pobres de África. A descrição da "situação tenebrosa" no país era acompanhada de imagens de mulheres e crianças negras esqueléticas, cobertas de moscas!
Não faltaram também desenhos animados completamente primitivos, onde Putin aparece como um político simples e acaba num super-homem, nem comentadores políticos norte-americanos que confirmam que realmente foi Vladimir Putin que salvou a Rússia do domínio norte-americano, que a Rússia é uma fortaleza cercada de inimigos e que Obama não dorme descansado porque a Rússia voltou a ser o principal rival!
A China, essa, não aparece no mapa, para já não falar da União Europeia! A bipolaridade da guerra fria!!!
Eu já assisti a muitos tipos de propaganda, mas a actual ultrapassa todos os limites do sensato e razoável. Não receio mesmo dizer: mete nojo! Provoca vómitos!
Não sou cidadão russo e, por conseguinte, não tenho direito a voto, mas, se tivesse, votaria em qualquer dos candidatos para me ver livre deste pesadelo.
A propaganda oficial russa certamente está convencida de que a maioria dos cidadãos engole este tipo de isco, mas pode-se enganar, pois trata-se de um produto completamente intragável.
Nessa propaganda, Putin começa a assemelhar-se cada vez mais a um déspota oriental tipo Kim Jong-Il ou Kadhafi, omnipotente, omnipresente...
Vladimir Putin afirma que quer vencer eleições limpas e transparentes, mas, a julgar pela campanha pré-eleitoral, elas não serão nem uma coisa, nem outra. O escrutínio não se resume apenas ao dia das eleições, mas também à igualdade de possibilidades dos candidatos durante a campanha eleitoral e à contagem de votos depois do encerramento das urnas.
A julgar pelo ataque propagandístico lançado por Putin e companhia, a vitória vai ser conseguida com o emprego dos métodos mais sujos e à primeira volta para que "não restem dúvidas".
Mas depois? O que vai acontecer depois? Isso já não interessa aos actuais líderes, pois estes nunca esperam o pior. É pena...
http://darussia.blogspot.com/2012/02/re ... doado.html
Caros leitores, não pretendo reabilitar o nazismo ou o seu famigerado porta-voz, mas recorri a essa frase para mostrar o baixo nível a que chegou a propaganda oficial russa para impingir a candidatura de Vladimir Putin ao cargo de Presidente da Rússia.
Sim, sim, trata-se de impingir, tão baixas são essas formas de propaganda.
Começo por reconhecer que, desta vez, as televisões russas controladas pelo Kremlin dão algum tempo de antena aos candidatos da oposição e até dedicam alguns minutos à cobertura das manifestações da oposição. Mas, em contra partida, aumentou bruscamente o tempo de antena dedicada a difamar essa mesma oposição.
Por exemplo, as televisões controladas por Vladimir Putin, pois o Presidente Dmitri Medvedev há muito desapareceu do campo informativo, dedicam programas inteiros a mostrar como é que militantes da oposição foram à Embaixada dos Estados Unidos encontrar-se com o novo embaixador norte-americano, sublinhando, claro está, que se trata de um crime de lesa-majestade. Como se isso fosse um crime!
Os putinistas não duvidam que se trata de uma traição, pois os militantes da oposição foram receber instruções, dinheiro, etc., etc.
A seguir, esses canais passaram a mostrar onde é que os dirigentes da oposição passaram o Ano Novo, e claro que os foram encontrar nas paragens mais longínquas, no meio de Sol e de luxo. Putin e companhia, pelo contrário, devem ter passado as festas entre os milhares de sem-abrigo que existem por essa Rússia a fora.
À medida que se aproxima o início da campanha eleitoral (dia 04 de Fevereiro), o "bombardeamento ideológico" aumenta e torna-se cada vez mais primitivo. O canal televisivo ORT prendou os espectadores com o documentário "Política Fria", dedicado à política externa russa.
Grosso modo, a política externa russa reduz-se ao seguinte: Mikhail Gorbatchov vendeu a URSS ao imperialismo americano, Boris Ieltsin estava disposto a vender a Rússia, mas chegou Vladimir Putin, travou o processo no limiar do precipício e, actualmente, já mostra aos americanos "qual é o lugar deles".
A Rússia dos anos 90 é comparada às regiões mais pobres de África. A descrição da "situação tenebrosa" no país era acompanhada de imagens de mulheres e crianças negras esqueléticas, cobertas de moscas!
Não faltaram também desenhos animados completamente primitivos, onde Putin aparece como um político simples e acaba num super-homem, nem comentadores políticos norte-americanos que confirmam que realmente foi Vladimir Putin que salvou a Rússia do domínio norte-americano, que a Rússia é uma fortaleza cercada de inimigos e que Obama não dorme descansado porque a Rússia voltou a ser o principal rival!
A China, essa, não aparece no mapa, para já não falar da União Europeia! A bipolaridade da guerra fria!!!
Eu já assisti a muitos tipos de propaganda, mas a actual ultrapassa todos os limites do sensato e razoável. Não receio mesmo dizer: mete nojo! Provoca vómitos!
Não sou cidadão russo e, por conseguinte, não tenho direito a voto, mas, se tivesse, votaria em qualquer dos candidatos para me ver livre deste pesadelo.
A propaganda oficial russa certamente está convencida de que a maioria dos cidadãos engole este tipo de isco, mas pode-se enganar, pois trata-se de um produto completamente intragável.
Nessa propaganda, Putin começa a assemelhar-se cada vez mais a um déspota oriental tipo Kim Jong-Il ou Kadhafi, omnipotente, omnipresente...
Vladimir Putin afirma que quer vencer eleições limpas e transparentes, mas, a julgar pela campanha pré-eleitoral, elas não serão nem uma coisa, nem outra. O escrutínio não se resume apenas ao dia das eleições, mas também à igualdade de possibilidades dos candidatos durante a campanha eleitoral e à contagem de votos depois do encerramento das urnas.
A julgar pelo ataque propagandístico lançado por Putin e companhia, a vitória vai ser conseguida com o emprego dos métodos mais sujos e à primeira volta para que "não restem dúvidas".
Mas depois? O que vai acontecer depois? Isso já não interessa aos actuais líderes, pois estes nunca esperam o pior. É pena...
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