#1898
Mensagem
por PQD » Qua Jul 23, 2008 9:43 am
Em busca de culpados, um mês depois
Polícia caça no São Carlos assassinos dos três jovens da Providência, mas ninguém é preso
Rio - Trinta e cinco dias após traficantes do Morro da Mineira executarem três jovens da Providência entregues por militares do Exército, a Polícia Civil subiu o Complexo de São Carlos para tentar capturar os assassinos. Trezentos agentes e 48 delegados participaram da operação nas comunidades do Estácio para cumprir 100 mandados de prisão e outros 60 de busca e apreensão, expedidos pela 40ª Vara Criminal. Um homem não identificado foi morto mas ninguém foi preso, pois os bandidos já sabiam da movimentação dos policiais. Quatro PMs e dois inspetores da Polícia Civil investigados por envolvimento com a quadrilha são suspeitos de ter avisado os bandidos.
Durante a ação, houve pânico na Rua Barão de Petrópolis, quando um carro da polícia foi alvo de tiros ao passar em frente ao Morro do Fogueteiro. O veículo blindado seguiu para o local. Houve intenso tiroteio, que apavorou um grupo de crianças que estava numa igreja e moradores que saíam de casa. O trecho da rua até o Túnel de Santa Tereza ficou fechado por dez minutos. Ninguém se feriu.
SEGUNDO VAZAMENTO
Há duas semanas, outra operação já fora abortada, minutos antes de ser executada, devido ao vazamento de informações. Segundo o Serviço de Inteligência da Polícia Civil, há quase três semanas Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol, Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, e outros líderes do tráfico se refugiaram na Favela da Rocinha e no Morro dos Macacos, em Vila Isabel.
“Vou investigar como aconteceu o vazamento da operação. Ela era secreta até poucos minutos antes de partirmos”, disse, irritado, o diretor do Departamento de Polícia da Capital (DPC), delegado Sérgio Caldas.
A ação policial, montada a partir de investigação da 6ª DP (Cidade Nova), começou pouco depois das 5h30. Em seguida, as equipes subiram as favelas, com o apoio de um blindado e dois helicópteros da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Houve intenso tiroteio. Depois de seis horas, um homem não identificado foi morto, uma escopeta e uma pistola foram apreendidas, além de 2.180 pedras de crack, 2.883 trouxinhas de maconha, 173 papelotes de cocaína, nove motos, um carro, quatro radiotransmissores, fardas camufladas e uma granada.
Helicóptero da Core atacado no Tabajaras
Quando voltava da operação no Morro de São Carlos, um helicóptero da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil que sobrevoava a Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, foi atacado a tiros por traficantes. No confronto, um homem, ainda não identificado, morreu. Ele foi levado para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, aonde já chegou morto. Com ele foi apreendida uma pistola. Os agentes tiveram que pedir reforço e uma equipe da Core foi para a favela. Ao entrar na comunidade, conseguiram prender Amaury dos Santos Martins com uma granada. Logo depois, numa casa onde estaria um grupo de criminosos, foi preso Eduardo Guilherme com uma arma calibre 12. No local policiais ainda encontraram maconha e cocaína.
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...